sábado, 7 de maio de 2011

JOSÉ SIMÃO

Supremo! O Gaylaço dos Gays!

E matar o Bin Laden é fácil, quero ver o Obama jogar bola com o time do Palmeiras! Rarará! Fonte: folha.uol.com.br 07/05



BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!
Manchete do Sensacionalista: "ONU investiga massacre de brasileiros na Libertadores". E a goleada dos gays? Supremo aprova união gay! Por dez a zero! Gaylaço dos gays! Rarará!
Já imaginou o Galvão transmitindo? "Ééé gay! Ééé gay! Ééé gay! Ééé um GAYLAÇO!". De placa! Rarará! Chama o Bolsonaro pra padrinho! E o Supremo tá de parabéns, os morcegos deram uma dentro. Juiz do Supremo com aquela capinha preta não parece o avô do Batman?!
E os gays bombaram no Twitter. Olha os comentários: "O primeiro pedaço do bolo vai pro Supremo!". E já tem gay mal intencionado: "Agora é oficial! Dei o golpe do baú!". E aquela alienada: "Vou tirar foto de véu e grinalda pra ver se fico parecido com a princesa Kate". Rarará!
Mas é união gay e não casamento gay! Foi aprovação de casamento civil. Quando chegar a vez dos militares, vai ter fila. Rarará! E o Sensacionalista: "Casais gays já podem mijar de porta aberta e deixar a toalha molhada em cima da cama". E a tampa da privada levantada. Intimidade para todos!
E um recado pro pastor homofóbico Malafaia: "Vitória do Povo de Satanás! Chupa, Malafaia!". E um outro: "Já recebi três pedidos de divórcio!". E já começaram as piadinhas: "A mídia é corintiana, mas o Supremo é são-paulino!". Rarará!
E matar o Bin Laden é fácil, quero ver o Obama jogar bola com o time do Palmeiras. O Palmeiras é como guaraná de dois litros: chega na metade, acaba o gás. E como você sabe quando um carro é velho? Quando tem o adesivo: "Palmeiras Campeão!" Rarará!
E a charge do Elias com um recado pro Inter: "Falcão, não esquenta! Eu também fui eliminado em casa". Rarará!
E o Saddam e o Bin Laden não morreram: eles estão jogando truco em Guantánamo. E jogar o Bin Laden no mar é um atentado ao Bob Esponja! E o Kibeloco: "Casa Branca afirma que foto do corpo do Bin Laden é horrível. Isso porque eles não conhecem a Geisy Arruda!". Rarará!
E mais um predestinado. Técnico de elevador da Schindler: Ronaldo SEGURA! Quando o elevador estiver caindo, ele grita: "SEGUUUUUUUURA!". Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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"Quem quer ser artista está ferrado", diz Martinho da Vila

Artista é pai de Mart'nália e de pianista clássica; novo trabalho tem participação de cinco membros da prole

Apesar de êxito no meio musical, sambista afirma que não aconselhou filhos a seguir carreira
Fonte: folha.uol.com.br 07/05


Em seu novo disco, não por acaso com título de "Lambendo a Cria", o músico Martinho da Vila, 73, contou com a participação de cinco dos seus oito filhos.
A prole é motivo de orgulho para o sambista, pai de Mart'nália e da pianista Maíra Freitas. Nesta entrevista, ele fala da sua influência na opção dos filhos pela carreira musical, da importância da sorte e das dificuldades para alcançar o sucesso.

Folha - Qual sua participação para que seus filhos escolhessem esta carreira?
Martinho da Vila - Sempre falei que eles não deveriam trabalhar no meio, mas, ao mesmo tempo, desde cedo eu os coloquei para estudar música. Eu sou músico de percussão, não de harmonia, e queria vê-los tocando bem um vilão, um piano ou um sopro.


Todos têm talento?
Acho que todos eles são bem músicos mesmo, mas nem todos brilharam ainda. Meu filho Tunico, por exemplo, já poderia ser uma estrela. Ele canta bem, compõe direitinho, tem uma boa presença de palco, é um percussionista de primeira, mas não deslanchou. Já a Mart'nália aconteceu, ela é uma estrela mesmo.


O que a diferencia?
Eu sempre notei que ela queria. Ela gostava mais da coisa. Desde cedo quis estudar piano, depois passou para o violão, gostava de dançar. Quando eles começaram a fazer vocal comigo, ela sempre se destacava muito. Então, eu dei força para gravar um disco, depois patrocinei um outro, e ela foi.


Sua outra filha, Maíra Freitas, foi uma surpresa?
Ela abraçou o piano, e isso surpreendeu. Piano é barra pesada, tem que estudar muito. Eu incentivei para que ela continuasse estudando até se tornar uma pianista de verdade. Hoje, ela é concertista de música clássica.


E tem talento, não?
Ela tem talento pra caramba. Mas eu conheço tanta gente que tem talento e não tem sorte...
Por isso, eu acho que o cara que pensa mesmo em ser artista está ferrado, porque pouca gente consegue fazer sucesso.
E são pouquíssimos os que conseguem fazer uma carreira por muito tempo. Igual a mim, é raríssimo.

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O inédito de Saramago

Não se trata de outro caso de escritor que tem seu baú revirado depois de morto e cujos textos um dia descartados vão parar nas livrarias. Quem afiança é Zeferino Coelho, que editou José Saramago por mais de três décadas na Caminho, hoje selo do grupo Leya.
Fonte: folha.uol.com.br 07/05


"É um livro muito bom, embora escrito num estilo anterior ao do Saramago que se consagrou", explica, tendo nas mãos as provas de "Clarabóia", que sai em novembro. A obra foi escrita na década de 1950 e enviada ao "Diário de Notícias". Anos depois, já famoso, recebeu o aviso de que seus originais foram encontrados. Preferiu não publicar, mas disse que, após a morte, a decisão podia ser outra. "Na falta de Saramago, quem o substitui? "Lobo Antunes?". Zeferino tem outro preferido: "Gonçalo M. Tavares".

PROSA LUSÓFONA
Da boa prosa contemporânea, a Feira do Livro de Lisboa, que vai até 15 de maio, tem títulos como "O Homem do Turbante Verde", de Mário de Carvalho, que sai pela Caminho, e "A Noite das Mulheres Cantoras", de Lídia Jorge, pela Dom Quixote.
Lançamentos importantes, porém, não coincidem com a data do evento. "A Comissão das Lágrimas", o novo livro de Lobo Antunes, só é publicado em outubro pela Dom Quixote.
De maio até dezembro, pela mesma editora, haverá obras de Patrícia Reis, Maria Teresa Horta, José Eduardo Agualusa, Pepetela, Rita Ferro, Miguel Real e Mário Cláudio.

A EDITORA E A POLÊMICA
A biografia de Snu Abecassis (1940-1980) é um dos livros que mais receberam cobertura da imprensa portuguesa na primeira semana da Feira de Lisboa.
Dinamarquesa que viveu em vários países antes de residir em Lisboa, foi a fundadora da editora Dom Quixote, uma das mais tradicionais de Portugal.
Namorou Francisco Sá Carneiro, então primeiro-ministro português, em um relacionamento que, na época, provocou polêmica entre as alas conservadoras pois ele ainda não era divorciado. Os dois morreram no mesmo acidente de avião.
O livro é "Snu e a Vida Privada com Sá Carneiro", de Cândida Pinto.

O NÚMERO É
14,5 milhões de livros vendidos em Portugal
em 2010; é cerca de 5% do volume no Brasil, segundo APEL e CBL

Pessoa indemonstrável Do espólio de Fernando Pessoa, sai pelo selo português Ática, da Babel, o inédito "A Demonstração do Indemonstrável", livrinho datilografado a tinta roxa em inglês. Ainda devem sair do baú outros inéditos do poeta.

Jorge de Sena "Rever Portugal", de Jorge de Sena, sai pela Guimarães, selo da Babel. Reúne os textos políticos que o autor escreveu entre os anos de 1959 e 1978. A maior parte pertence ao período do seu exílio no Brasil, quando integrou as fileiras da oposição democrática ao salazarismo. Existem ainda textos referentes ao período posterior à Revolução dos Cravos

Agustina Bessa-Luís A Babel traz para o Brasil em breve a obra de Agustina Bessa-Luís, que se consagrou na década de 1950 com "A Sibila". Sua obra é relançada na Feira do Livro de Lisboa. Por aqui, o primeiro título será "Breviário do Brasil"

Ficção judaica A Cotovia, editora independente conhecida pela qualidade da literatura que publica, não fez lançamentos. Divulgou no evento alguns títulos recentes, como a coleção "Judaica", que inclui três brasileiros: Helena Salem, Moacyr Scliar e Bernardo Sorj

Fantástica Editora independente, a Saída de Emergência fez o pré-lançamento do novo livro de David Soares, "Batalha". O jovem é considerado o melhor escritor português de literatura fantástica em atividade hoje

Visão do Egito "Tahir, os Dias da Revolução", livro-reportagem de Alexandra Lucas Coelho, é um dos destaques da editora independente Tinta da China na feira portuguesa. Da autora, já saíram "Caderno Afegão" e "Viva México".

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Dividir Estados não equivale a melhora na gestão pública Fonte: folha.uol.com.br 07/05



A Câmara abriu a possibilidade, na última quinta-feira, de desmembramento do Estado do Pará. Conforme a decisão dos deputados, a população paraense fará um plebiscito para decidir se deve ou não ser criado o Estado de Carajás. E ainda há a possibilidade de o Congresso Nacional chamar o eleitorado para decidir pela instauração do Estado de Tapajós.
Os defensores dessa ideia argumentam que o potencial econômico de tais regiões seria mais bem aproveitado se ganhassem autonomia.
Além disso, como o Pará é muito grande, o desmembramento poderia aproximar os governantes da população, hoje muito distante das decisões tomadas na capital. Como exemplo citam o Tocantins, que melhorou bastante após se separar de Goiás.
O problema é que, em nome da autonomia, deixa-se de pensar em duas questões atuais da gestão pública brasileira. A primeira é que o momento exige maior eficiência nos gastos públicos, fazendo mais com menos.
Cabe lembrar que o desmembramento vai gerar duas novas estruturas governamentais, replicando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em cada um dos novos Estados. Os paraenses precisam saber deste custo para decidirem -afinal, supõe-se que serão eles que vão pagar a conta.
A questão federativa também se torna mais complexa com o desmembramento. A cooperação entre os níveis de governo é uma peça-chave para se aumentar a efetividade das políticas públicas.
Criar mais dois Estados pode levar à multiplicação do conflito. E se os entes federativos não forem parceiros no Pará, as fragilidades administrativas ficarão mais patentes.
Ademais, a divisão dará mais seis senadores e 16 deputados à região, e seria necessário saber se os demais Estados concordam com isso.
A consequência mais complicada é que, se o projeto for adiante, abriremos as portas para novos desmembramentos, após o Brasil ter evitado isso nos últimos 20 anos.
Há outros quatro projetos de criação de Estados na Câmara. A sociedade precisa saber que maior autonomia a algumas regiões poderá significar menor eficiência e efetividade das políticas públicas. Por isso precisamos de menos desmembramentos e mais parcerias entre níveis de governos.


FERNANDO LUIZ ABRUCIO é doutor em Ciência Política pela USP, professor da FGV (SP) e pesquisador dos temas da gestão pública e do federalismo.

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Salto à frente do STF

Ao garantir direitos de casais e famílias de pessoas do mesmo sexo, Supremo põe a lei brasileira em compasso com novos anseios sociais
Fonte: folha.uol.com.br 07/05

Em decisão justamente qualificada como histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que casais homossexuais formam uma família e possuem, portanto, os mesmo direitos de casais de pessoas de sexos diferentes.
Os ministros do STF foram unânimes ao decidir que o princípio da igualdade previsto na Constituição Federal impede o Estado brasileiro de tratar diferentemente seus cidadãos em razão de preferências sexuais.
Com o reconhecimento, fica assegurada a transmissão de herança entre parceiros do mesmo sexo, assim como o direito a pensões, aposentadorias, planos de saúde e outros direitos previstos para os casais que vivem em regime de união estável. Também fica facilitada a adoção de crianças por casais homossexuais.
Além dos efeitos práticos da medida, ela precisa ser celebrada por seu impacto simbólico. Ao reconhecer que o Estado deve proteger, sem discriminação, as escolhas privadas dos cidadãos, o Supremo dá contribuição decisiva para que o Brasil se transforme em um país livre de preconceitos.
Um argumento levantado por grupos conservadores e religiosos afirma que a Constituição menciona apenas a união de homem e mulher e que tal provisão só poderia ser modificada pelo Congresso, não pelo Judiciário.
O fato de a Carta omitir a união homossexual não impede seu reconhecimento, entendeu o STF. Se impedisse, haveria contradição com um objetivo fundamental da lei maior, consagrado logo no artigo 3º: "Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".
Diferentemente de outros países de maioria católica (como Espanha, Portugal ou Argentina), cujos Parlamentos já haviam superado a restrição de direitos a homossexuais, o sistema político brasileiro -e não apenas o Legislativo- é ainda muito permeável a argumentos religiosos.
Nada indica que o Congresso estivesse disposto a contrariar essa poderosa corrente de opinião e aprovar alguma legislação com avanços significativos sobre o tema. A decisão do STF é histórica, portanto e mais uma vez, por reconhecer e reafirmar a laicidade do Estado brasileiro.
O Supremo, dessa forma, adiantou-se na defesa de direitos individuais que parcelas crescentes da opinião pública almejavam ver reconhecidos, diante da omissão do Congresso. Uma democracia, para ser completa, precisa ter mecanismos como esse para impedir que grupos sociais, mesmo que majoritários, impeçam a garantia de direitos fundamentais de minorias.

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Tuiteiro do complexo do Alemão lança portal de notícias sobre favelas do Rio Fonte: folha.uol.com.br 07/05


Cinco meses após se tornar uma das principais fontes comunitárias da ocupação do complexo do Alemão pela polícia do Rio, o estudante Renê Silva Santos, 17, lançou ontem um portal de notícias sobre as favelas cariocas.
O novo site, Voz das Comunidades(www.vozdascomunidades.com.br), é uma expansão do perfil do Twitter@VozDaComunidade. Em novembro, antes da operação que expulsou traficantes da Vila Cruzeiro e do complexo do Alemão, Renê era seguido por 180 usuários.
A audiência cresceu à medida que o perfil descrevia detalhes exclusivos sobre a operação no morro.
Hoje, mais de 50 mil pessoas acompanham o cotidiano do Alemão através dos relatos de Renê, e muitos apoiam suas investidas sociais. Na Páscoa, ele conseguiu arrecadar, pelo Twitter, recursos suficientes para doar 950 ovos de chocolate e 400 caixas de bombom para as crianças do complexo.
Com o Voz da Comunidade, Renê planeja oferecer a outras favelas o megafone virtual que conseguiu construir para seu bairro.
"A ideia é contar com cerca de 20 voluntários que vão passar informações e fazer matérias do que acontece nas comunidades", diz. Ele espera conseguir patrocínio nos próximos meses para remunerar os colaboradores.
Devido à demanda, o grupo de voluntários está sendo selecionado por meio de um concurso de redação on-line. Até agora, oito adolescentes e adultos da Vila Cruzeiro, Maré, Rocinha e Cidade de Deus já estão confirmados.
"Pessoas de outras cidades também já se ofereceram para contribuir, mas, por enquanto, queremos nos concentrar só no Rio", diz Renê.

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