quarta-feira, 25 de maio de 2011

JOSÉ SIMÃO

Ueba! O Datena tá a pé!

Uma amiga minha disse que o marido dela tá igual ao Palofi: em quatro anos a barriga aumentou 20 vezes

Fonte: folha.uol.com.br 25/05

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!

E mais uma da série "Os Predestinados". Gerente do Banco do Brasil: Luciana CHEQUE de Freitas.

E a Câmara Municipal de São Braz, no Piauí, acaba de eleger o tesoureiro: Clécio PINDAÍBA! E em Botafogo, o urologista Marco Antônio RUELA!

E o estádio do Corinthians? O Diferenciadão! O presidente do Timão garante que as obras começarão na próxima semana.

E o Datena? O comandante Hamilton foi pra Record! Abandono de lar! E levou o helicóptero! Ele deu uma voadora no Datena. Rarará!

Ele vai ter que pagar pensão pro Datena! Ou como disse o Mauricio Stycer: "O programa do Datena virou pedestre!".

E o bom do comandante Hamilton é que ele entregava pizza em dia de enchente. Pizza Delivery! Que coisa, hein. Por essa eu não esperava: o comandante Hamilton deixou o Datena a pé! É a pior coisa da separação: quando um dos dois vai embora e leva o carro.

E o Palofi? Uma amiga minha disse que o marido dela tá igual ao Palofi: em quatro anos a barriga aumentou 20 vezes! Rarará!

E o Sensacionalista acha que pro Palofi ter esse patrimônio, deve ter informado o esconderijo do Bin Laden, a idade da Glória Maria e o ponto fraco do Chuck Norris. Informações privilegiadas!

E basta ter uma crise que os quatro pixulés da oposição saem da toca. Álvaro Dias devia convocar CPI do Bronzeamento Artificial. Rarará! ACM Neto, ops, ACM NATO! Vulgo tamborete de quenga.

CPI Mista: meia marguerita e meia calabresa. PSDB/DEM/PPS. Partido Sem Direção do Brasil com os DEMolidos! E o PPS não é o partido daquele Roberto Freire? Ele é o Fernando Henrique sem chantili. Fernando Henrique em estado bruto. Rarará!

E a placa do flanelinha no show do Paul McCartney: "POU, ESTACIONE!". E adorei este outdoor: "Mais qualidade de vida. Ampliação do Cemitério Municipal de Roseira!". E este aqui em Vargem Grande do Sul: "Chácara Paraíso! Vende-se cobertura de jumento pega". Ai, se esse jumento pega!

O brasileiro é cordial! Olha esta em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás: "Aviso aos pixadores! Enquanto minha pistola funcionar, várias tampas de caixão posso fechar". Só vou pra Santo Antônio coberto! Descoberto, jamais! Parece aquela cidade de Minas: Tiros. "Bem-vindo a Tiros". Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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OBITUÁRIO

Abdias do Nascimento, mestre da arte negra

Ator, diretor, dramaturgo, artista plástico, poeta e militante deixa um legado histórico e incalculável à cultura como expressão de afrodescendentes. Fonte: correioweb.com.br 25/05

O homem Abdias do Nascimento tinha um orgulho dito em vida: o de nunca fraquejar diante do racismo, o de arrombar portas e bater no peito para denunciar a dor de ser discriminado pela cor da pele. O menino de infância adocicada pelo cheiro vindo do tacho da mãe cozinheira e pela suavidade dos acordes do violão tocado pelo pai operário gritou quando a violência racial lhe deu as primeiras rasteiras.

— Era tanta mágoa, tanto desapreço. Eram tantas palavras malditas ditas contra o negro, lamentava.

Na manhã de ontem, aos 97 anos, o ator, diretor, dramaturgo, artista plástico, poeta e militante Abdias do Nascimento morreu sem ver o Brasil como sonhou, com grandes líderes negros a chefiar o Estado, as grandes empresas nacionais e os veículos de comunicação. Despediu-se da vida, no entanto, consciente de que a conquista por maior respeito e visibilidade passa por sua trincheira de luta. É, sem dúvida, o maior símbolo da negritude no Brasil, sobretudo por associar as ações políticas à arte. Foi ele quem idealizou, fundou e dirigiu o Teatro Experimental do Negro (TEN), em 1944, atuando diretamente na modernização dos palcos nacionais ao colocar a problemática dos afrodescendentes no palco

— Criei o Teatro Negro Experimental não só com o objetivo do combate, mas para ampliar os horizontes da população afrodescendente, resgatando a história do negro, os valores culturais e, principalmente, oferecendo alternativas criativas para a construção de um futuro de melhor qualidade da população de origem africana no Brasil, dizia Abdias do Nascimento.

O Teatro Negro Experimental surgiu em diálogo com Os Comediantes, companhia que montou Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, em 1943, colocando o Brasil par a par com as inovações das artes cênicas. Abdias do Nascimento foi a público convocar negros e negras para atuarem nos palcos. Vieram operários, dançarinos de gafieira, sambistas do morro, empregadas domésticas e passistas das escolas de samba. Juntos, ocuparam instalações da UNE, foram alfabetizados, politizados e receberam aulas de interpretação com o professor Ironildes Rodrigues. Estrearam com montagem própria em maio de 1945, no sofisticado Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com o espetáculo O imperador Jones, de Eugene O'Neill. Grandes intérpretes foram formados no TEN. Ruth de Souza, dama negra do teatro brasileiro, é uma delas. O TEN estimulou a dramaturgia própria como um norte estético.

— Tinha ido ao Peru com a Santa Hermandad Orquídea, grupo de poetas argentinos e brasileiros do qual fazia parte. Em Lima, assisti à peça O imperador Jones, estrelada por um ator branco, Hugo D'Evieri, que estava pintado de preto. Saí de lá refletindo sobre essa situação e quis criar um grupo no qual os atores negros pudessem chegar ao palco.

Já símbolo da resistência do negro no país, perseguido e preso pelo governo totalitário de Getúlio Vargas, Abdias do Nascimento recebeu apoio de intelectuais e artistas em sua empreitada histórica nos palcos. Trocou experiências estéticas com Augusto Boal, Nelson Rodrigues e comemorou dois anos de atividade com trecho do espetáculo Otelo, de William Shakespeare. Em cena, a dama Cacilda Becker contracenava com os atores negros. O que provocou um escândalo na elite branca que consumia teatro burguês. Em 1957, o TEN participou da montagem de Perdoa-me por me traíres com o próprio Nelson Rodrigues contracenando com Abdias do Nascimento, Léa Garcia e Sônia Oiticica.

Ações múltiplas

O impacto do TEN ultrapassou os palcos. Abdias organizava ações sociais, como a Beleza Negra e o Concurso de Artes Plásticas, com o tema Cristo negro. Estava por trás de uma série de convenções, congresso e semanas para discutir a situação do negro no país. Editou o jornal Quilombo. O TEN estimulou ainda a criação de companhias similares e seguiu em atividade até 1968, quando Abdias do Nascimento foi forçado a sair do país e viveu 13 anos no exílio. Foi justamente nesse período que ele trocou a atividade artística pela militância política direta. Beneficiado pela Anistia, investiu na carreira política, assumindo cargo de deputado federal e senador da República pelo PDT, sempre reivindicando um lugar para a cultura negra na sociedade.

A coerência na carreira artística e política, que começou na década de 1930, quando integrou a Frente Negra Brasileira, em São Paulo, fez de Abdias do Nascimento um nome incontestável no Brasil e no exterior. De alma delicada, gostava tanto de arte e orquídeas que não conseguia viver longe delas. O mestre será enterrado hoje, para quem não sabe, dia mundial dedicado à África, berço de todos.

— Abdias do Nascimento partiu para Orum, o grande mestre. Obrigado por tudo, diz o rapper Gog.

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Câmara aprova Código Florestal, que anistia desmatamento antigo

Pequenas fazendas não terão de replantar reserva de mata, que pode chegar a 80% da área

Áreas de Preservação Permanente, como topo de morro e várzea de rio, foram foco de controvérsia no debate Fonte: folha.uol.com.br 25/05

Após semanas de embate, negociações e troca de acusações, a Câmara dos Deputados aprovou o texto base da reforma do Código Florestal. A proposta foi analisada sem consenso entre governo, ambientalistas e ruralistas.

O governo não conseguiu mobilizar a base aliada nem convencer o relator do texto, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a mudar pontos cruciais, como a chamada anistia para os desmatamentos feitos por produtores rurais até 2008.

O novo código determina como deve ser a preservação de rios, florestas e encostas, combinada com a produção de alimentos e a criação de gado. Desde 1965, quando foi criado, o Código Florestal passou por várias modificações. Há 12 anos o Congresso tenta discutir um novo texto.

A SAGA DE ALDO

Em outubro de 2009, Aldo assumiu a relatoria. Apresentou um documento que foi alvo de críticas de ambientalistas e ruralistas. Ao longo do trabalho, o deputado foi acusado de defender os interesses do agronegócio. Fonte: folha.uol.com.br 25/05

Questionado sobre seu texto final, Aldo disse que era "o possível", negando o alinhamento com os ruralistas e pedindo que a proposta seguisse para o Senado.

"Como relator, não aguento mais amarrar e desamarrar esse feixe de lenha e carregá-lo por mais tempo. É o momento de votarmos e deixarmos que o Senado realize seu trabalho", disse.

O texto, que contou com aval de 410 deputados e foi rejeitado por 63, também estabelece a isenção da reserva legal para as propriedades de quatro módulos.

Até o fechamento desta edição, os deputados ainda não tinham analisado uma emenda do PMDB que, se aprovada, implicaria em uma derrota do governo ao consolidar a manutenção de atividades agrícolas nas APPs (áreas de preservação permanente) e autorizar os Estados a participarem da regularização das propriedades rurais.

Agora, o governo pretende reverter no Senado esses pontos e ainda ampliar a punição do agricultor que for reincidente em crimes ambientais. Se não conseguir desfazer o quadro, a presidente Dilma Rousseff pretende vetar parte desses pontos. Na campanha eleitoral, ela se comprometeu a não autorizar projetos que estabelecessem a redução das áreas protegidas.

O revés partiu especialmente da bancada ruralista com deputados aliados do PMDB, PP, PR e PTB. O texto foi submetido a votação sem acordo entre o Planalto e a base aliada do governo.

Mesmo prevendo que perderia a votação, o governo liberou a análise da proposta para destravar a pauta da Câmara, que tem 11 medidas provisórias, sendo que a maioria perde validade na próxima semana. O PMDB, principal aliado, já tinha se comprometido a não votar mais nada se o código não fosse analisado.

O PT ficou dividido, sendo que 43 dos 80 deputados da bancada votaram a favor do texto base . O líder do PT, Paulo Texeira (SP), disse que a orientação era apoiar a proposta de Aldo, mesmo com várias críticas e divergência.

Nos últimos dias, o governo chegou a fazer concessões. O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) fez uma série de reuniões para tentar ajustar o relatório de Aldo.

Como a discussão do projeto foi interrompida há duas semanas, nenhuma nova emenda poderia ser apresentada. O Planalto chegou a ampliar a proposta feita na véspera para tentar conseguir o apoio da base aliada.

Uma última cartada seria flexibilizar as APPs de matas ciliares (de rio) não só para propriedades de quatro módulos, que ficaram em 20%, mas também estabelecer um escalonamento para as APPs em terras de até 10 módulos. "O governo chegou com uma proposta muito boa, mas tarde demais", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

O governo também resistia à isenção da reserva legal para os quatro módulos (20 a 400 hectares, dependendo do Estado). Queria que o texto de Aldo trouxesse apenas previsão para agricultura familiar, mas o relator insistiu em incluir pequenas propriedades. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a medida deixará 15 milhões de hectares, o equivalente ao Acre, sem reflorestamento.

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Ministério Público defende que seja divulgada lista de passaportes

Governo Lula deu 328 documentos especiais Fonte: folha.uol.com.br 25/05

O Ministério Público Federal é favorável a tornar pública a lista de pessoas que receberam passaportes diplomáticos em caráter excepcional de 2006 a 2010.

Reportagens da Folha revelaram que sete parentes do ex-presidente Lula receberam o superpassaporte a pedido do petista.

Dois de seus filhos receberam o benefício no dia 29 de dezembro do ano passado, a dois dias do fim do mandato do então presidente.

Em quatro anos, 328 passaportes diplomáticos foram concedidos sob a alegação de "interesse do país". O Ministério Público só pediu o cancelamento dos documentos dos familiares de Lula.

A Folha pediu para o Itamaraty revelar os nomes de todos beneficiados. O órgão negou, e o jornal entrou com mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça.

A Folha decidiu ir à Justiça, baseada no artigo 5º da Constituição, que garante o direito ao acesso às informações públicas. O tribunal negou o pedido em caráter liminar (provisório), mas ainda não decidiu o mérito.

No parecer do Ministério Público Federal, o subprocurador-geral Wallace de Oliveira Bastos afirma que "as informações requeridas pela impetrante [Folha] não possuem caráter sigiloso, sendo imperioso reconhecer que não há impedimento legal em tornar públicos os nomes dos beneficiados com o passaporte diplomático".

O Itamaraty alterou as regras para a concessão do documento em caráter excepcional 19 dias após a primeira reportagem publicada pelo jornal. Agora, ele só pode ser pedido por "solicitação formal", e os nomes têm de ser divulgados.

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Morre o ativista Abdias do Nascimento

Escritor e ex-parlamentar, ele foi um dos pioneiros na luta contra a discriminação racial Fonte: folha.uol.com.br 25/05

O ativista Abdias do Nascimento, símbolo do combate à discriminação racial no Brasil, morreu na noite de anteontem aos 97 anos, no Rio de Janeiro.

Escritor, jornalista e ex-parlamentar, ele estava internado desde abril por causa de uma pneumonia que agravou problemas cardíacos e renais crônicos e não resistiu às complicações da doença.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Nascimento, afirmando que o Brasil "perdeu um de seus maiores líderes no combate à discriminação racial".

Nascido na cidade de Franca (SP), em 1914, Abdias Nascimento se mudou para o Rio em 1936 e iniciou naquela década sua militância no movimento negro.

Chegou a ser preso em duas ocasiões por protestar contra a discriminação e a ditadura do Estado Novo (1937-45) e exilou-se nos Estados Unidos por 13 anos durante o regime militar.

Já de volta ao Brasil, em 1981, foi um dos fundadores do PDT. Sempre como suplente, foi deputado federal entre 1983 e 1986, e duas vezes senador na década de 90.

Como parlamentar, foi um dos primeiros a apresentar projetos de ações afirmativas para negros, como o que previa a criação de uma cota de 20% para mulheres negras e de 20% para homens negros na seleção de candidatos ao serviço público.

Seu corpo será velado na Câmara Municipal do Rio amanhã, a partir das 18h, e cremado na sexta-feira.

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RUY CASTRO

Nomes imortais

RIO DE JANEIRO - Houve um tempo em que, ao andar pela rua, você entreouvia pelo radinho de pilha dos porteiros a narração do jogo daquela tarde ou noite e, se saísse um gol ou jogada importante, era fácil saber o que estava acontecendo. Afinal, os jogadores se chamavam Boiadeiro, Beijoca, Bobô, Biro-Biro, Dinamite, Fio Maravilha, Chulapa, Alfinete, Grapete, Caçapava, e só havia um de cada com esses nomes. Fonte: folha.uol.com.br 25/05

Hoje, não é mais assim. Mesmo assistindo ao Brasileirão pela TV e ligando os nomes às figuras, você pode se confundir. E não estou me referindo aos dois Deivids, três Lucas, três Douglas e três Gabrieis que jogam nos times em disputa. Nem aos cinco Renans -dos quais três, espantosamente, são goleiros. Nem mesmo aos cinco Evertons (um deles, Heverton), oito Williams (incluindo os Wilians e Willians) e oito Felipes ou Felippes, dos quais só um é Filipe.

Estou pensando mais nos nove Thiagos (que compreendem os Tiagos, com ou sem sobrenome, e um Thiego), 11 Leandros (contando um Eliandro) e na profusão de rapazes chamados Alex, Aleks, Alex Silva, Alessandro (vários), D'Alessandro, Alec Sandro e Alex Sandro. Sem falar nos sete Diegos e quatro Diogos (o nome é o mesmo) e nos nada menos que 11 Rafaeis. Daí, vários terem de usar o sobrenome.

Mas meus favoritos continuam a ser os sons: Acleisson, Adilson, Anailson, Demerson, Emerson (dois), Gilson, Glaydson, Jackson (dois), Jefferson, Jobson, Joilson, Keirrison, Kleberson, Liedson, Madson, Maylson, Richarlyson, Vilson, Wallyson e, pode crer, seis Andersons, com ou sem chapeuzinho no a. Além de um Wallace, um Wendel, um Werley, um Wesley e cinco Wellingtons, com um ou dois eles e com ou sem gê.

Pensando bem, de que estou me queixando? Em que outra época teríamos Avine, Fransergio, George Lucas, Maicon, Maicossuel, Robston, Sheslon e Tressor?

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Comissão do Senado vota hoje direito de resposta

Projeto define em que casos será concedido Fonte: folha.uol.com.br 25/05

Conhecido por travar diversos embates com jornalistas, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) quer tornar mais rígido o direito de resposta na imprensa.

O projeto, de autoria do congressista e que pode ser votado hoje no Senado, define que o direito seja concedido em casos de "equívoco de informação ou contra a honra, reputação, nome, imagem e marca de uma pessoa física ou jurídica".

O texto estabelece prazo de 60 dias, contado da data da última divulgação da matéria considerada ofensiva, para que a resposta seja veiculada. Se isso não ocorrer sete dias depois do prazo vencido, o projeto prevê que a parte ofendida pode demandá-lo em juízo.

O projeto tramita em caráter terminativo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Se for aprovado, segue para votação na Câmara, sem passar pelo plenário.

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