quinta-feira, 5 de maio de 2011

JOSÉ SIMÃO

Ueba! Bin Laden sofreu bullying!

Ganso se junta com o Pato no Milan. E o Berlusconi entra com o Pinto. Como sempre. Rarará! Fonte: folha.uol.com.br 05/05


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Tá tudo explicado. Manchete do site Sensacionalista: "Bin Laden deixou vídeo dizendo que sofreu bullying na escola!".
E jogaram o Bin Laden no mar! E Iemanjá devolveu a oferenda. Não basta aquele monte de Sidra Cereser, agora me jogam o Bin Laden? E diz que a carreira de terrorista do Bin Laden foi por água abaixo!
E o chargista Duke explica a sigla PSDB. P de prejuízo. S de surtado. D de detonado . E B de baqueado. Partido surtado, detonado e baqueado! E vamos fazer bullying com jogador de futebol? Vamos! O Dentinho agora só faz gol na Mulher Samambaia. Tem que plantar samambaia na rede! Igual varanda de casa de sogra! E já avisei pro Dentinho que samambaia é pra plantar, não pra comer.
E o Adriano Caminhão de Usina? "Você vai ficar cinco meses sem jogar." "SÓ?!" Claro, até esvaziar o caminhão! E o Ganso, que vai pro Milan do Berlusconi? O Ganso se junta com o Pato. E o Berlusconi entra com o Pinto. Como sempre. Rarará!
Ataque do Milan: Ganso, Pinto e Pato. Porque o pinto tá sempre no meio. Hoje eu tô podre.
E mais uma notícia podre e verídica: "Capixaba ganha o direito de se masturbar no trabalho". É verdade! Em Vila Velha, Espírito Santo! Diz que ela se masturba 47 vezes por dia. E trabalha que horas?! Goza férias e goza no trabalho! Em silêncio ou com eco? Senão os vizinhos vão chamar o Psiu! E ela vai pegar LER no trabalho: lesão por esforço repetitivo. Rarará!
Agora, em vez de sair pra fumar, é sair pra se masturbar! E a placa que tá rodando na internet? "Palmeiras! Aguarde no acostamento!" Diz que o Greenpeace tá preocupado, porque em vez de baleia, já tem porco morrendo na praia!
BIN LADEN NÃO MORREU! Ele está em Jacaré dos Homens, Pernambuco! Eu tenho o vídeo do forrozeiro Bin Laden do Brega, o Terrorista do Amor: "Eu sou o homem-bomba, ninguém pode me pegar". E as dançarinas? São as binladinhas! Rarará! E ele diz que vai detonar as torres de Brasília! E mais uma série de predestinados. Em Porto Alegre, tem a neuropsiquiatra Monique NERVO. Em Barretos, a ortopedista Daniela PERNA. E em Guarulhos, o ginecologista Braulio Spada. Parabéns pelos dois!
Ah, o site Sensacionalista tá com programa no Multishow. "Casseta e Planeta" do século 21! Nóis sofre, mas nóis goza. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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CESTA BÁSICA

Alimentos 6,27% mais caros

A alta no primeiro quadrimestre deste ano superou a inflação de 4,44% dos últimos 12 meses Fonte: correioweb.com.br 05/05

Apesar da queda de 0,81% nos preços em abril, a inflação dos alimentos no primeiro quadrimestre deste ano alcançou 6,27% no Distrito Federal. O índice supera a taxa de 4,44% acumulada nos últimos 12 meses. O tomate, a batata e a carte foram protagonistas da cesta básica no mês passado. O primeiro barateou 18,32% frente a março. Os outros dois alimentos tiveram alta mensal de 20,94% e 1,73%, respectivamente.

Os preços atrativos da hortaliça e a desaceleração do aumento da carne bovina — que teve ajustes salgados no ano passado — puxaram o terceiro mês consecutivo de leve queda do custo dos alimentos no Distrito Federal.De acordo com a Pesquisa da Cesta Básica, realizada em 17 capitais pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os itens considerados essenciais custaram em média R$ 248,32 para os brasilienses, o equivalente a 45,5% do salário mínimo atual, de R$ 545.

Segundo Clóvis Scherer, supervisor do escritório do Dieese no Distrito Federal, os índices refletem o encarecimento da alimentação registrado nos últimos quatro meses de 2010 e o início deste ano. “O principal fator foi a carne, que subiu entre agosto do ano passado e janeiro de 2011 e até agora está buscando um equilíbrio”, destaca.

Na comparação dos últimos 12 meses, os cortes bovinos registraram uma variação positiva de 21,08%, afetados por problemas de oferta. O inverno do ano passado foi rigoroso, com redução das pastagens e consequente diminuição do volume de carne para abate. Além da redução do rebanho, a exportação estava em alta, o que também contribuiu para restringir a disponibilidade interna.

Nos próximos meses, afirma Clóvis Scherer, o comportamento da cesta básica dependerá fortemente da situação do alimento. “Se a carne continuar a trajetória em direção à estabilidade, ou tiver queda, a tendência é que o custo da alimentação continue recuando”, declarou. O supervisor do Dieese alerta que caso a época fria, que está se iniciando, seja novamente prejudicial às pastagens, a carne de vaca sofrerá novos aumentos.

Frango ou peixe
Como uma parcela significativa da inflação registrada no país este ano teve relação com alimentos, Scherer levanta a possibilidade de o decréscimo do custo desses itens influenciar os índices cheios de custo de vida. “Talvez indicadores mais amplos sejam afetados”, diz.

Ele frisa que, apesar da inflação mais moderada da carne, o item continua caro nas prateleiras de supermercado. Por isso, diz, o consumidor que deseja fazer economia deve continuar substituindo a carne bovina pela de frango ou de peixe. Em contraponto, o momento é apropriado para voltar a consumir o tomate, castigado pelas chuvas de verão e que tradicionalmente tem oferta mais abundante nos meses secos de inverno. O arroz e o leite também baratearam em março, respectivamente 4,26% e 1,95%.

A queda significativa do custo do tomate impulsionou a procura pelo fruto ontem, em um supermercado do Cruzeiro. O produto era vendido a R$ 1,99 o quilo, preço inferior em R$ 2,46 aos R$ 4,45 cobrados dias antes. O comerciante Wilson José da Silva, 35 anos, foi um dos consumidores que decidiu levar um saco bem cheio de tomates para casa. Wilson conta que, em razão do preço alto que o fruto atingiu entre o fim do ano passado e o início deste, sua família preferia as saladas verdes. “Agora, pode ter um colorido de novo”, comemorou. O comerciante relata que o custo alto das carnes vermelhas e da batata está levando-o a substituir os alimentos, respectivamente, por carnes brancas e mandioca no carrinho de compras.

A Pesquisa da Cesta Básica do Dieese considera o custo médio dos 13 produtos segundo a ração mínima para um trabalhador que ganha o salário mínimo, estabelecida pelo Decreto-Lei n° 399, de1938. São eles: 6,5kg de carne; 7,5 litros de leite; 4,5kg de feijão; 3kg de arroz; 1,5kg de farinha; 6kg de batata; 9kg de tomate; 6kg de pão; 600 gramas de café; 7,5 dúzias de banana; três quilos de açúcar; 900ml de óleo; e 750 gramas de manteiga.

ICV distrital caiu 2,48%
O Índice do Custo de Vida no Distrito Federal (ICV-DF), calculado mensalmente pela Universidade Católica de Brasília (UCB), encerrou abril com queda de 2,48%. De acordo com o indicador, a cesta básica no DF, que no mês de março era de R$ 226,22, teve o seu valor decrescido em R$ 5,61 e atingiu R$ 220,62.A cesta mais cara foi a do Plano Piloto (R$ 253,12), seguida da do Guará (R$ 236,98), de Ceilândia (R$ 201,19) e de Taguatinga (R$ 191,18). O ICV-DF, que, além dos alimentos, leva em conta a variação de preço de itens de higiene e cuidados pessoais, apontou que os mantimentos puxaram o valor da cesta para baixo no último mês. A média de preços desse grupamento apresentou recuo mensal de -1,75%. Laranja (-27,19%), macarrão com ovos (-16,07%), batata-inglesa (-11,90%) e feijão carioquinha (-11,45%) registraram as quedas mais significativas, segundo a pesquisa da Católica.

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EDUCAÇÃO

Provinha Brasil desafia a garotada

Alunos do segundo ano do ensino fundamental da rede pública de ensino participam da primeira etapa do exame nacional Fonte: correioweb.com.br 05/05

Lápis na mão e concentração total para confirma o aprendizado do bê-á-bá. Mais de 35 mil estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, alunos do segundo ano do ensino fundamental, com idades entre 6 e 8 anos, testaram ontem suas habilidades de leitura e interpretação ao participarem da Provinha Brasil Ciclo 2011. A avaliação é uma ferramenta de diagnóstico recomendada pelo Ministério da Educação (MEC) para auxiliar professores e diretores das escolas a identificar problemas relacionados ao processo de alfabetização dessas crianças e, a partir disso, elaborar novas metas de ensino. Outro teste deve ser aplicado antes do fim do ano para checar a evolução dos estudantes. O objetivo é tentar atingir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020) que pretende alfabetizar todas as crianças de até 8 anos.

A depender dos resultados passados, o DF está no caminho certo. Quase 95% dos estudantes que realizaram o teste em 2010 foram capazes de ler e escrever de forma adequada à idade e série. Os dados são resultantes do exame final, realizado em novembro do ano passado: um avanço de dois pontos percentuais se comparado ao diagnóstico de 2009. Do total, 85,2% dos alunos foram classificados nos níveis 4 e 5, aptos a ler textos, superando expectativas. Outros 10,6% atingiram o nível 3, que demonstra capacidade de ler palavras e frases. O restante se encaixa no nível 2, mostrando que tem domínio para identificar e escrever períodos simples, porém com dificuldades em palavras com ortografia mais complexa. Apenas 0,8% foram enquadrados no nível 1, ou seja, não possuem habilidade para ler e redigir.

Apesar de a Provinha Brasil ser oferecida pelo MEC a todas as unidades da federação, sua realização não é obrigatória. No entanto, a Secretaria de Educação considera o teste essencial e aplica o teste desde 2008, quando foi criado o sistema. Luciana da Silva Oliveira, chefe do Núcleo de Desenvolvimento Curricular e Políticas Públicas do Ensino Fundamental Anos Iniciais da SEDF, explica que os resultados serão avaliados pelos professores para que, ainda na escola, sejam pensadas as ações para aplicar na sala de aula. “Durante a realização dos fóruns para a educação básica do DF, essas análises voltam a ser discutidas entre diretores, coordenadores, professores e gestores, visando estabelecer as necessidades e ações para impulsionar a alfabetização no DF”, afirma.

Avaliação do ensino
No Distrito Federal, a avaliação não é feita de forma individual e não cria índices para a educação, como as demais avaliações coordenadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O aluno não ganha nota e não há prejuízo para as instituições que tiverem diagnósticos abaixo do esperado”, explica Antônia de Maria Soares, diretora da Escola Classe 114 Sul. Para ela, a importância da ação é o incentivo à participação dos professores no crescimento dos alunos. “A escola é levada a repensar todo o ano letivo e a se dedicar às dificuldades de cada um. O professor, por outro lado, se aproxima mais dos alunos, entendendo o que deve explorar em sala de aula”, afirma Ivianie Porto, professora do ensino fundamental.

Na Escola Classe 114 Sul, a criançada se preparou para o exame com expectativa digna de véspera de vestibular. Afinal, eles não poderiam fazer feio na hora de ler e interpretar as 20 questões do caderno de exercícios. Sarah Oliveira, 7 anos, terminou o desafio orgulhosa, com a certeza de que se saiu muito bem no provão para pequenos leitores. “Eu gosto de ler, tiro de letra”, disse. Para Luciana Oliveira, a participação de Sarah e de seus colegas possibilitará mudanças importantes no currículo das escolas e nas habilidades exercitadas pelos alunos. “Pudemos visualizar, por exemplo, a necessidade de expandir o ensino da leitura para a interpretação: não só deixar que o aluno compreenda as palavras, mas que também compreenda como aplicá-las, seu significado no dia a dia. É a educação com aplicação reflexiva, social”, afirma.

“Mesmo com todo o avanço que a provinha possa significar para alguns estados, ela é uma ferramenta que poderia ser melhor utilizada pelo MEC”, acredita Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos pela Educação. Segundo ela, como o teste não é aplicado pelo ministério e não exige nenhuma forma de controle, ele acaba usado de forma “dispersa e isolada”. “O MEC não consegue, hoje, saber quais estados aplicam a Provinha Brasil ou que resultados, graves ou não, ela diagnostica. Temo pelo desperdício de uma boa arma para investir nesses projetos”, explica.

Kits
Dados do Censo Escolar de 2010 apontam que 3,3 milhões de crianças estão matriculadas no segundo ano do ensino fundamental, distribuídas em 166 mil turmas em todo Brasil. Todas as escolas recebem o kit do ministério para a aplicação das provinhas. No DF, são mais de 35 mil alunos.


A VEZ DA MATEMÁTICA
A partir do mês de agosto, além da avaliação de leitura, todas as escolas públicas poderão aplicar também a provinha para medir os conhecimentos de matemática dos brasileirinhos. O Ministério da Educação anunciou em janeiro que os kits para aplicação do exame devem chegar nas escolas no início do segundo semestre. Em 2011, será realizada apenas uma edição do exame na área de matemática. Já em 2012, a sistemática de aplicações será exatamente igual à da Provinha Brasil de leitura: duas aplicações por ano.

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AVIAÇÃO

Voo direto para o Panamá em junho Fonte: correioweb.com.br 05/05

A companhia aérea panamenha Copa Airlines anunciou ontem oficialmente a criação da rota Brasília/Cidade do Panamá, cujo voo inaugural está marcado para 19 de junho. O trajeto será feito quatro vezes por semana em um Boeing 737-800 dividido entre as classes econômica (112 poltronas) e executiva (12 lugares). As passagens, já à venda no site www.copaair.com, têm preço mínimo de US$ 700.

A partir da Cidade do Panamá, o brasiliense terá acesso a todas as conexões feitas pela Copa: 56 cidades em 27 países em todo o continente americano. Entre elas, Nassau (capital das Bahamas, no Caribe) e Toronto (Canadá), dois destinos para onde a empresa passa a voar a partir de 15 de junho. Com a nova rota, não se torna mais necessário fazer imigração nos Estados Unidos — por onde os brasileiros normalmente passam antes de seguir para ambos os países — nem ter visto norte-americano.

O voo entre as capitais brasileira e panamenha dura seis horas e parte aos domingos, às terças, às quartas e às sextas-feiras, às 5h41, com chegada à Cidade do Panamá às 9h48. O retorno se dá aos sábados e às segundas, às terças e às quintas-feiras, às 18h31, com chegada em Brasília às 2h40.

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Missão de Mário de Andrade vira DVD

Digitalização traz a público, depois de sete décadas, cadernetas e filmes da Missão de Pesquisas Folclóricas

Trabalho realizado em 1938 foi a última grande expedição do século 20 e, usando tecnologia de ponta, revelou o Brasil
Fonte: folha.uol.com.br 05/05



Durante sete décadas, o destino da ambiciosa Missão de Pesquisas Folclóricas, idealizada pelo modernista Mário de Andrade (1893-1945), parecia ser o porão.
Foi assim, afinal de contas, que o material recolhido em 1938 pela equipe coordenada por Luiz Saia (chefe da Missão), Martin Braunwieser (técnico musical), Benedicto Pacheco (técnico de som), e Antonio Ladeira (ajudante geral) viveu até os anos 1990. "Quando cheguei ao Centro Cultural, estava tudo num porão, armazenado", conta Carlos Augusto Calil, atual secretário municipal de Cultura e ex-diretor do Centro Cultural São Paulo (CCSP).
Pesquisadores como Oneyda Alvarenga (1911-1984) e Camargo Guarnieri (1907-1993) haviam tateado aquela vastidão. Mas o todo permanecia oculto. "Achei que era meu papel, como gestor público, tornar aquilo acessível", diz Calil.
Começava assim o trabalho que culmina, amanhã, no lançamento no DVD-rom "Missão de Pesquisas Folclóricas", que reúne, digitalizadas, 21 cadernetas, com cerca de cem páginas cada, 14 breves filmes, 87 fonogramas registrados em comunidades do Norte e Nordeste, fotografias e o vídeo "Mário de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas".
"Era o projeto de vida do Mário. Mas, caro e inovador, sofreu todo tipo de incompreensão", diz Calil.

A LA DEBRET
Inspirado nas missões do século 19, como aquelas feitas por Debret (1768-1848) e Langsdorff (1774-1852), esse registro foi marcado, de um lado, pela descoberta etnográfica, e, de outro, pela alta tecnologia. "Eles compraram o equipamento mais moderno que havia na época, capaz de gravar imagem e som. Era enorme", conta Calil.
Os pesquisadores tinham a incumbência de anotar, desenhar, filmar, gravar sons, recolher objetos, reproduzir, nas cadernetas, esquemas dos passos de bailados e projetos arquitetônicos.
Segundo Calil, Andrade organizou tal empreitada pelo fato de inquietar-se com o alarme que seu contemporâneo Theodor Adorno (1903-1969) fez soar: a chegada da indústria cultural faria desaparecer as manifestações culturais espontâneas escondidas em pequenos recantos.
Andrade investiu o que pôde na missão. Mas, acusado de perdulário, acabou sendo demitido do Departamento de Cultura pelo prefeito Prestes Maia. E foi assim que a Missão, que começava a percorrer o Norte do país, viu-se obrigada a dar meia volta.

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Escritor dedicou suas pesquisas apenas ao Brasil Fonte: folha.uol.com.br 05/05



Durante a passagem pelo Departamento de Cultura, que ele próprio criou em 1935, Mário de Andrade criou o Coral Paulistano, o Quarteto de Cordas, a Biblioteca Circulante.
"Com inconformismo e desassombro, Mário de Andrade lançou desafios que só agora estamos começando a enfrentar", diz o secretário de Cultura, Carlos Augusto Calil, para, em seguida, perguntar-se até quando do baú do poeta modernista sairão surpresas.
Fato é que qualquer interessado em conhecer as bases de nossa política cultural trombará com algum feito ou pensamento de Mário.
Enquanto seus amigos Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral viajavam para Paris, ele tentava descobrir o Nordeste ou a Amazônia.
"Apesar da formação e da cultura estrangeiras, ele jamais dedicou-se a qualquer questão fora do universo brasileiro", observa Calil.
"Seu investimento intelectual foi todo no Brasil. O Guimarães Rosa pode ter feito isso na literatura, mas era um projeto pessoal, criativo. O Mário tinha um projeto público, social."

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Obra de Nelson Rodrigues está esgotada na AL

A equipe do projeto Embaixada do Teatro Brasileiro não conseguiu encontrar publicações de qualquer uma das peças de Nelson Rodrigues na América Latina.
Fonte: folha.uol.com.br 05/05


O dramaturgo, considerado o maior da história do país, foi aquele que também alcançou maior repercussão internacional.
Borghi e Seixas constataram, no entanto, que todos os predicados do autor não alteraram sua acessibilidade no estrangeiro. A descoberta mais surpreendente da viagem da dupla foi que a obra teatral de Nelson Rodrigues está esgotada em países de língua hispânica.
Nelson, o filho do dramaturgo, não se surpreende com a informação: "Tenho livros de algumas de suas peças em espanhol, como "Anjo Negro", mas não há uma publicação sistemática. As edições são muito antigas. Com certeza estão esgotadas", diz.
Em 2012, ano em que se comemora o centenário do nascimento do autor, a Embaixada do Teatro Brasileiro busca recursos para viabilizar uma publicação em bilíngue (espanhol e português) de sua obra teatral completa.
Também ambiciona fazer um Festival Nelson Rodrigues, reunindo montagens estrangeiras de seus textos.
Além de extrair a dramaturgia dos expoentes dos países visitados, o projeto buscava alimentar de brasilidade os estrangeiros.
Nos países visitados, Borghi e Seixas apresentavam espetáculos, exibiam o filme "Rei da Vela" e faziam "workshops". Neles, atores montavam uma peça sob orientação de Seixas. Sempre escolhiam Rodrigues.
De forma geral, os espetáculos montados por grupos latinos ou ibéricos exageravam no tom passional.
Segundo Borghi, os estrangeiros não sofreram influência da bossa nova, que baniu um pouco a voz e o drama de nossos palcos. "O Nelson acaba encontrando nestes países uma expressão mais pura", diz Seixas.

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Conselho torna currículo do ensino médio mais flexível

De acordo com seu perfil, escolas poderão enfatizar algumas disciplinas

No ensino noturno, 20% das aulas poderão ser ministradas a distância e curso poderá ter mais que os atuais três anos
Fonte: folha.uol.com.br 05/05



O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou ontem novas diretrizes para o ensino médio que incentivam as escolas a elaborar currículos mais flexíveis e adaptados ao contexto dos estudantes.
A ideia é que cada colégio organize o ensino em torno de quatro grandes áreas: trabalho, tecnologia, ciência e cultura. A partir delas, o currículo poderia enfatizar algumas disciplinas.
Uma escola que fica em uma localidade industrial, por exemplo, poderia enfatizar tecnologia e trabalho e, dessa forma, dar mais espaço a física e química na grade.
Não se pode, porém, deixar as outras disciplinas de lado. Ou seja: todas as escolas continuam tendo a obrigação de ensinar matemática, português, ciências, filosofia e sociologia. A diferença é que, com as novas diretrizes, elas ganham um incentivo para dosar a grade horária como preferirem.
A autonomia das escolas em relação à organização da carga horária já é permitida hoje pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996. O CNE espera que as diretrizes sejam mais um incentivo.
As diretrizes também mudam o ensino médio noturno, onde estudam cerca de 40% dos alunos. Elas permitem que até 20% das aulas sejam a distância e que o curso dure mais do que os atuais três anos.
O documento aprovado ontem no conselho ainda tem que ser homologado pelo ministro Fernando Haddad (Educação). Segundo José Fernandes de Lima, relator do tema no CNE, há grandes chances de isso acontecer, porque o texto foi construído com consultas ao Ministério da Educação. Já a pasta diz que o ministro ainda vai analisar o documento.
O próprio MEC tem um programa que incentiva financeiramente 357 colégios com propostas curriculares inovadoras e que trabalha com as quatro grandes áreas.
Carlos Roberto Jamil Cury, professor da PUC-MG e ex-presidente do CNE, elogia a decisão do conselho, mas ressalva que ela só explicita uma possibilidade que já estava prevista na legislação.
O que aconteceu, diz ele, é que os vestibulares e, mais recentemente, o Enem acabaram pautando mais o ensino médio do que as diretrizes. Ou seja, pouco vai adiantar mudar o currículo se os processos seletivos não forem modificados.
Em relação ao ensino noturno, Cury afirma que a novidade tem o mérito de incluir o aluno no mundo das novas tecnologias, mas, por outro lado, manifestou o receio de que isso seja feito sem o suporte necessário, tanto de equipamentos como de professores, o que prejudicaria a qualidade do ensino.
Para Carlos Eduardo Ferraço, professor da Universidade Federal do Espírito Santo, é interessante valorizar o contexto do aluno no projeto pedagógico da escola, mas isso não deve restringir o que o aluno aprende.

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Escolas brasileiras criam e perpetuam preconceitos e discriminações contra minorias, avaliam especialistas

Da Agência Brasil
Em Brasília 04/05

O ambiente escolar é um espaço para o surgimento de atitudes sexistas e homofóbicas. Esta é uma das conclusões tiradas da audiência pública sobre preconceitos e discriminações na educação brasileira, realizada hoje (4) na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.

“Além de reproduzir a escola cria homofobia”, disse a coordenadora do Projeto Escola sem Homofobia, da organização não governamental (ONG) Ecos - Comunicação em Sexualidade, Maria Helena Franco. “Não é mais adiante, mas é ali que esta se criando o preconceito”, completou.

Na opinião de Helena Franco, os professores brasileiros não são preparados para lidar com o tema em sala de aula e não dispõem de material didático que possa auxiliá-los. “Material sobre a temática praticamente não existe”, disse após apresentar aos parlamentares um kit com livro, vídeos, boletins e cartaz que podem ser usados na escola em apoio à implantação do chamado “projeto político pedagógico”, que orienta o ensino.

O material elaborado pela ONG está em análise na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, do Ministério da Educação (MEC), para ser replicado e incluído na grade de distribuição de material educativo do MEC. Segundo Helena Franco, o ministério já recebeu cerca de 1.500 pedidos do material que não está disponível na internet. A princípio, o material será distribuído a docentes do ensino médio, “mas pode ser usado por professores do ensino fundamental”, disse.

Situações de homofobia são verificadas, por exemplo, em situações de constrangimento, o bullying, que pode causar danos morais a quem sofre com comportamentos agressivos (físico ou verbal) recorrentes.

Uma pesquisa de 2009, apresentada pela ONG Plan Brasil, e publicada pelo Ministério Público do Maranhão, feita com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares de todas as regiões brasileiras, mostrou que sete em cada dez estudantes de diversas faixas etárias presenciaram cenas de agressões entre colegas. As principais vítimas são os meninos: 34,5% disseram ser vítimas de maus tratos.

A situação dos meninos na escola começa a preocupar também pela questão de gênero, tradicionalmente associada à discriminação contra as mulheres. A pesquisadora Denise Carreira, da ONG Ação Educativa salienta que os meninos, especialmente os meninos negros, abandonam a escola mais que as meninas.

Apesar desse dado e do fato das mulheres já terem em média maior escolaridade que o homem, o mercado de trabalho é menos favorável a elas que recebem salários menores. Para Denise Carreira, isso tem a ver com as vocações que são estimuladas desde a escola e as carreiras as quais acabam se dedicando.

“A educação sexista define que as mulheres são boas para isso, e não são boas para aquilo”, afirmou ao lembrar que o mal desempenho em ciências e matemática tem a ver com a falta de estímulo para que, no futuro, ocupem áreas de exatas. “Ainda hoje temos profissões ditas masculinas e profissões ditas femininas”, como as áreas sociais e de cuidados (professoras, assistentes sociais, saúde), com baixa remuneração. “É fundamental questionar a educação que estabelece papéis para homens e mulheres”, recomendou.

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GERAL

Aquecimento ártico pode fazer mar subir 1,6 metro neste século

Novo estudo indica derretimento recorde e calor mais intenso dos últimos 2.000 anos
Fonte: folha.uol.com.br 04/05

O aquecimento do Ártico, a uma velocidade duas vezes maior do que a média global, deverá elevar o nível do oceano em até 1,6 metro em 2100, ampliando as estimativas feitas pelos cientistas alguns anos atrás, diz um estudo divulgado nesta terça-feira.
O derretimento do gelo e da neve tem sido responsável por 40% do recente aumento do nível do oceano e deve causar um impacto ainda maior no futuro, de acordo com o Amap (Projeto de Monitoramento e Avaliação do Ártico, sediado em Oslo.)
"O nível global dos oceanos tem previsão de aumento entre 0,9 m e 1,6 m até 2100. O derretimento das geleiras do Ártico e das calotas de gelo da Groenlândia darão uma contribuição substancial para isso", diz o artigo.
Mesmo tratando-se de um evento relativamente lento, ele deve trazer consequências devastadoras para as cidades costeiras, principalmente as densamente povoadas e de localização mais baixa, como algumas regiões de Bangladesh, Vietnã e China.
No começo de 2007, o IPCC (painel do clima da ONU) previu que os oceanos iriam se elevar entre 18 e 59 centímetros até o final do século.
Contudo, o estudo não havia incluído o potencial do impacto do derretimento, especialmente vindo da Groenlândia. Sozinha, ela contém água congelada suficiente para elevar o oceano em no mínimo cinco metros.
O estudo mostra que os últimos seis anos foram os mais quentes já registrados no Ártico. Nos últimos verões, as temperaturas ali foram as mais elevadas em 2.000 anos.

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