quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Jornalista Mario Sergio Conti é novo apresentador do "Roda Viva"

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DE SÃO PAULO - O jornalista Mario Sergio Conti foi anunciado ontem como novo apresentador do programa "Roda Viva". da TV Cultura.

Conti substitui Marília Gabriela, que deixou o programa na semana passada. Ele continuará no cargo de diretor de redação da revista "Piauí".

Ex-diretor da revista "Veja" e do "Jornal do Brasil", Conti é também autor do livro "Notícias do Planalto" e foi repórter especial da Folha. Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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JOSÉ SIMÃO

Pedro e Marina! O Casal Pastel!

E diz que a Dilma tem uma plantação. De pé de limão? De pé de mexerica? Não, de pé na bunda mesmo Fonte: folha.uol.com.br 17/08

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta: "Pastor preso no Turismo paga fiança com cheque sem fundo". Como é o nome dele? Wladimir FURTADO! Rarará! É o famoso cheque camisinha, só desenrola no pau! O pastor soltou um cheque camisinha! E o pastor tá certo! Se ele é do Turismo, tem de passar cheque voador mesmo. Rarará!

E o pensamento do dia: "Mulher feia é como cheque sem fundo, EU PROTESTO!". Rarará! E eu não sabia que a polícia aceitava cheque! E esse é o cara que mais toma prejuízo em Brasília: o vendedor de loteria da Caixa Econômica Federal. Quando ele começa a gritar "Olha a Federal! Olha a Federal!", todo mundo sai correndo! Não sobra um!

E a manchete do Eramos6: "Ministro da Agricultura promete safra recorde de falcatruas para 2011". Colheita Maldita! Mas tem pelo menos uma coisa correta na Agricultura: o adubo é verdadeiro! Pela quantidade de merda que eles fizeram, o adubo é de primeira. Rarará!

E diz que a Dilma tem uma plantação. De pé de limão? De pé de mexerica? Não, de pé na bunda mesmo. Dilma tem plantação de pé na bunda. Safra recorde! E tem um na Agricultura chamado Ortolano. De horta? Devia se chamar Hortolano. Hortolano Quintanilha! Rarará! E "Insensato Coração"? O Piauí Herald revela que a Dilma ligou pro Gilberto Braga e demitiu o Cortez! Dilma demite Cortez, o banqueiro bandido! E, por causa do Casal Pastel Pedro e Marina, o Projac mudou de nome pra Prozac!

E uma amiga teve um momento Eunice: foi fazer compras no Santa Luzia e deu pro segurança atrás do balcão de frios! E eu tô adorando rever "Roque Santeiro". Onde o Sinhozinho Malta grita: "Reforma agrária é pior que chifre". Rarará!

E corre na internet uma frase masculinista: "Mulher gosta de carinho. Carro carinho, vestido carinho, sapato carinho e vinho carinho!". E um amigo meu tomou Viagra e na terceira bimbada a namorada reclamou: "Seu pingolim tá ótimo, mas estou achando ele meio inexpressivo". Ficou com cara de botox!

E mais um predestinado: na Escola de Propaganda e Marketing do Rio tem um professor de entretenimento: Marcio Rolla. Tá certo, pra quem gosta é o melhor entretenimento. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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Drummond na cabeça

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Megacelebração do poeta começa neste ano com 'Dia D' e vai até 2012 com novas edições, inéditos, Flip, exposições e antologia em inglês Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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Um livro de poemas inéditos, uma nova editora, títulos especiais, acervo pessoal sob nova guarda, homenagem na Flip, exposições, uma nova antologia em inglês.

Se Carlos Drummond de Andrade já é o poeta mais consagrado do Brasil, nos próximos meses tudo conspira para torná-lo mais célebre. Uma enxurrada de grandes acontecimentos terá lugar em 2012, quando se completam 110 anos de nascimento e 25 anos de sua morte -nasceu em 1902 em Itabira (MG) e morreu em 1987 no Rio.

As prévias começam em 31 de outubro, quando o IMS (Instituto Moreira Salles) promove o "Dia D", série de eventos na data em que nasceu o poeta. A ideia do IMS é que o festejo extrapole os limites do instituto e entre para o calendário cultural do país, como o Bloomsday para a obra de James Joyce (1882-1941).

Os tantos livros programados começam a sair neste ano. A Cosac Naify tem pronto "Poesia Traduzida", de autores estrangeiros traduzidos por Drummond, previsto para os próximos meses.

A mesma editora publicará outros quatro títulos: "Confissões de Minas" (1944) e "Passeios na Ilha" (1952), textos entre o ensaio e a crônica há muito fora de catálogo, uma edição de poesia crítica e "Os 25 Poemas da Triste Alegria", o tal inédito. Trata-se da primeira obra de Drummond, escrita em 1924 e renegada pelo poeta. O original foi comprado de uma pessoa próxima ao autor pelo professor da UFRJ Antonio Carlos Secchin.

A Cosac vai publicar uma edição fac-similar, com as anotações feitas mais tarde por Drummond no volume. No início de 2012, a Companhia das Letras, nova casa de Drummond, começa a reeditar toda a obra do escritor, com novo projeto gráfico e conselho editorial próprio.

Serão de 12 a 14 títulos por ano (poesia e prosa). Editada pela Record nos últimos 27 anos, a obra de Drummond migrou para a Companhia por iniciativa da família. "Decidimos mudar para uma com outro perfil", limitou-se a dizer Pedro Drummond, neto do poeta.

O IMS recebeu em novembro a parcela do acervo de Drummond que se mantinha com a família (a maior parte permanece na Fundação Casa de Rui Barbosa).

Vai administrá-lo, em regime de comodato, por dez anos e, como ocorre desde 2010, editar livros especiais e organizar exposições. "Drummond é nossa menina dos olhos na literatura", resume o coordenador executivo do IMS, Samuel Titan Jr.

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Drummond ganha antologia em inglês com nova tradução

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Volume será lançado pela americana Farrar, Straus and Giroux Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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Vinte e cinco anos após a publicação de uma obra de Carlos Drummond de Andrade em inglês, a Farrar, Straus and Giroux (FSG), respeitada editora dos EUA, acaba de comprar os direitos para lançar uma nova antologia do poeta mineiro no idioma. O volume deve sair entre 2012 e 2013 e terá nova tradução, a cargo de Richard Zenith, americano radicado em Portugal especialista em literatura luso-brasileira.

A antologia anterior, "Travelling in the Family", saiu em 1986 pela Random House, com traduções de Elizabeth Bishop e Gregory Rabassa.

"Drummond é muito importante para conhecedores de literatura brasileira, mas não é muito familiar para a maioria dos americanos leitores de poesia. Espero que esse livro o torne conhecido de um público mais amplo", disse à Folha o presidente da FSG, Jonathan Galassi.

Admirador da poesia de Drummond, o editor estava na Random House quando aquela antologia foi lançada. Ele diz que, desta vez, o "ímpeto" da publicação é a reedição das obras do poeta pela Companhia das Letras.

O dono da editora brasileira, Luiz Schwartz, tem como uma das prioridades publicar em outras línguas os autores nacionais do seu catálogo e negocia pessoalmente com colegas estrangeiros.

Richard Zenith, que será também organizador do volume, conta que seu trabalho está no início. Ele diz que vai reler as traduções já existentes e espera incluir algumas delas na nova antologia.

"Vivo há 24 anos em Portugal, mas antes vivi três anos no Brasil. Comecei traduzindo poesia brasileira, especialmente João Cabral. É com imenso prazer e sentimento de grande privilégio que regresso à minha língua portuguesa de origem, digamos assim, para traduzir este poeta ímpar", afirma Zenith.

A agente literária da família Drummond, Lucia Riff, diz que a maioria dos muitos pedidos para tradução do poeta que recebe, nas mais diferentes línguas, é para edições pequenas, em editoras especializadas em poesia -o país onde faz mais sucesso, conta, é a Holanda. "Termos uma antologia de poemas de Drummond publicada em língua inglesa por uma editora como a FSG, com tradução e organização do Richard Zenith, é evidentemente um sonho. Poderá projetar muito a obra dele não só nos EUA e Inglaterra, mas em todo o mundo", declara Riff.

Ela aposta que a antologia vai concorrer a recursos do novo programa do governo federal de apoio à tradução.

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MARCELO COELHO

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Moral? Que moral?

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Saques motivados pela fome? Podemos entender. Saques motivados pelo luxo, eis algo inadmissível Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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Nada melhor do que um primeiro-ministro conservador, como David Cameron, para reagir rapidamente à onda de saques, de incêndios e de desordem que tomou conta da Inglaterra nos últimos tempos.

Ele poderá falar, não sem razão, da necessidade de lei e ordem. Apontará os sintomas de um "colapso moral" na sociedade. Atingirá, como provavelmente ninguém da esquerda pode fazer, o coração das pessoas de bem, que lutam para subir na vida e não aceitam a delinquência bárbara (e é bárbara mesmo) das gangues da periferia.

Dito isto, gostaria de prosseguir um pouco na reflexão. Não me convencem as lições de moral proferidas por governantes. David Cameron acabou de sair arranhado pelo escândalo dos tabloides britânicos.

Tinha nomeado como seu secretário de imprensa Andy Coulson, posteriormente preso porque, como editor do "News of the World", foi responsável pelas escutas ilegais daquele jornal à procura de escândalos.

Os parlamentares britânicos estiveram recentemente envolvidos numa farra de gastos sem autorização, capaz de rivalizar com os trambiques de Brasília. Não é preciso lembrar o papel vergonhoso de Tony Blair na Guerra do Iraque. Deixou de considerar importante a questão de Saddam Hussein possuir as armas de destruição de massa, que ele achava importantíssima.

Achava importantíssima antes de não ter sido encontrada nenhuma arma de destruição de massa. Onde estariam, portanto, as raízes do "colapso moral" apontado por David Cameron? Seria fácil dizer que "as elites" são mais imorais do que "as massas". Gostaria de observar que o problema não é de moralidade ou imoralidade. Veja o que disse a maioria dos comentaristas a respeito dos saques na Inglaterra.

Numa sociedade desenvolvida, os saques foram chocantes. Não se tratava de pegar leite ou batatas num supermercado. Os desordeiros queriam DVDs, iPads, Blackberrys ou não sei mais o quê.

Teoricamente, isso seria um sinal de "imoralidade". Saques motivados pela fome? Podemos entender. Saques motivados pelo luxo, eis algo inadmissível. Será? Toda a estrutura de nossa sociedade afirma que sem um tênis Nike, um iPad ou uma camiseta de grife você não é nada.

Esses badulaques se tornaram, assim, artigos de primeira necessidade. O saqueador alcança, rapidamente e sem punição à vista, o passaporte que o levará a conquistar as mulheres mais bonitas e o respeito dos seus pares. É mais do que simplesmente alimentar-se e sobreviver. Trata-se de existir.

Ao mesmo tempo, o saque é ambíguo. Representa, em doses iguais, revolta e adesão. Destruo aquilo que eu desejo. Arrebento a vitrine que me separa do paraíso, mas também escolho, definitivamente, o caminho da danação. Na violência dessas desordens, vejo ao mesmo tempo denúncia e cumplicidade. Sabemos perfeitamente que uma grife não significa coisa nenhuma. Sabemos que todo o consumo contemporâneo está montado numa mentira.

A mentira da propaganda se duplica em outras mentiras, em incontáveis mentiras. Uma agência de risco mente quando eleva ou rebaixa o risco de um país. Um país mente quando imprime moedas ou títulos da dívida que, promete, vai pagar. O consumidor mente quando usa um cartão de crédito cujas mensalidades não sabe bem como ficarão. Na própria palavra (cartão de crédito), pode-se ler "acreditar".

O consumidor acredita, por sua vez, que é escolha sua um produto cientificamente elaborado para suscitar os seus desejos. Você sabia que até o cheiro de carro novo é produzido por um "spray"? É o que leio num livro recente de Martin Lindstrom, guru dinamarquês do marketing e do "branding". Chama-se "A Lógica do Consumo" (editora Nova Fronteira).

Eles estão usando técnicas da neurociência para chegar mais perto da mentalidade dos consumidores. Adeus, pesquisas de opinião. Os técnicos da propaganda e do marketing medem diretamente a sua atividade cerebral. E, mesmo que aparentemente você não goste de um produto ou de um programa de TV, eles identificam o prazer que produziram no seu cerebelo.

Cheiros, sons e cores ajudam a atrair você a entrar numa butique. Mesmo proibindo propaganda de cigarro, os consumidores de Marlboro aumentam quando se usa cientificamente a cor vermelha. Vá falar em moral e disciplina numa sociedade dessas.

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Floresta intercalada a plantações de cana reduz emissões de CO2

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Árvores sequestram 17 vezes mais carbono por hectare do que a produção agrícola Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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O Brasil precisa ter áreas significativas de florestas ao redor das plantações de cana para ter mais eficiência no sequestro de carbono.

Essa é a conclusão de um grupo de cientistas liderado pelo biólogo da USP Marcos Buckeridge, diretor científico do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia.

Em artigo aprovado pela revista "Global Change Biology Bioenergy", ele e colegas afirmam que áreas florestais intercaladas com a cana, técnica batizada de "caminho de meio", reduziria o impacto da produção quanto às emissões de carbono.

Isso aconteceria principalmente onde ainda são feitas queimadas após a colheita.

EMISSÕES

Hoje, 75% das emissões de carbono do Brasil vêm da atividade agropecuária. A cana consegue absorver cerca de 7,4 toneladas de carbono por hectare a cada ano.

Em média, estima-se que a plantação emita 800 kg de carbono a mais por ano do que é capaz de absorver, por causa das emissões do transporte e da queima.

As florestas absorvem 17 vezes mais: 140 toneladas ao ano. Essa taxa é ainda maior nas florestas mais novas (de até 30 anos de idade) e em fase de crescimento.

Os pesquisadores querem agora a área de floresta necessária para reduzir os impactos da produção. "Vamos levantar quantas florestas ainda existem na região dos canaviais do Estado de São Paulo para ver quanto mais teríamos de plantar", afirma Buckeridge.

Ele participou de um evento internacional patrocinado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) sobre bioetanol, que vai até amanhã, em Campos do Jordão (SP).

O biólogo quer calcular quanto carbono é armazenado por esses fragmentos de floresta e analisar os benefícios que a presença de áreas florestadas podem trazer ao cultivo da cana-de-açúcar.

Esse trabalho será feito em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e deve ficar pronto em dois meses. "É uma pena não termos os dados antes da votação do Código Florestal [que tramita no Senado]."

O novo código prevê a redução de áreas florestais para aumentar atividade agropecuária em regiões como margens de rios.

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Livreiros agora concorrem em shoppings

Livraria da Vila, que tinha perfil de loja de rua, quer demarcar território nos grandes centros comerciais de SP

Setor se expande no Brasil no embalo do aumento da renda, enquanto grandes redes fecham lojas nos EUA Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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O mercado livreiro trava uma disputa acirrada pelos consumidores de maior poder aquisitivo nos grandes shoppings de São Paulo -em lojas espaçosas com cafés e atividades culturais.

A Livraria da Vila, que até 2007 se manteve longe do segmento considerado mais comercial, inaugura, amanhã, uma mega unidade no Shopping Pátio Higienópolis, bairro nobre de São Paulo.

É uma loja de 800 m² que vai competir com a "megastore" da Saraiva instalada no local. A Livraria da Vila não revela o investimento.

"Queremos aproveitar o maior fluxo de pessoas dos shoppings. Muitos consumidores vão a esses locais para outras atividades e acabam entrando nas livrarias", afirma Samuel Seibel, proprietário da Livraria da Vila.

Na avaliação do empresário, existe espaço, sim, para duas grandes livrarias em um mesmo shopping. "Acredito que o mercado vai aumentar e nossa entrada atrairá um público interessado em um novo ambiente", diz.

Marcílio Pousada, diretor-presidente da Saraiva, tem opinião diferente.

"Todo grande shopping precisa de uma livraria. Não vi um local desses com duas mega lojas. Creio que o desafio maior seja de quem chega agora, já que nós temos experiência com lojas de grande porte desde 1996."

A mega loja da Saraiva aberta naquele ano no Shopping Eldorado, também em São Paulo, foi a primeira nesse formato no país.

Depois, Cultura e Livraria da Vila adotaram a fórmula. Hoje, a Cultura processa a Saraiva, argumentando que a concorrente, ao abrir uma loja em um shopping em Manaus, capital do Amazonas, copiou conceitos e soluções arquitetônicas da Cultura.

"Já pegamos até funcionários da concorrência medindo nossas prateleiras", afirma Sérgio Herz, presidente da Livraria Cultura.

Pousada, da Saraiva, rebate. "Nós não fizemos nada errado e estamos na Justiça, que decidirá."

CRISE NOS EUA

Lojas mais atrativas foram a saída das livrarias brasileiras para competir com as vendas pela internet.

Nos Estados Unidos, o cenário é outro. As empresas têm enfrentado dificuldades. A Borders, segunda maior rede de livrarias norte-americana, fechou 226 das 625 lojas em fevereiro; o restante termina em setembro.

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Quem não é mega toma o rumo da periferia ou vai para o interior Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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Com o objetivo de assegurar público em meio às gigantes do setor, livrarias de médio porte reforçam presença em locais menos explorados pela concorrência.

A Nobel tem aumentado a participação em shopping centers na periferia das capitais ou em cidades do interior, com foco nos consumidores das classes B e C. Esses locais de venda concentram 70% das suas 180 lojas.

São unidades diferentes das "megastores" de shoppings de bairros nobres: têm 100 m², em média, com grande proporção de livros religiosos, infantis e best-sellers.

"O tamanho desses shoppings de subúrbio e interior também favorece nosso negócio", diz Sérgio Milano Benclowicz, diretor da rede Nobel. "Eles até gostariam de uma mega livraria, mas não há espaço suficiente."

A Laselva, que nasceu em Congonhas, na zona sul de São Paulo, procurou se consolidar como referência nos aeroportos, que hoje representam 95% das suas 51 livrarias. A empresa tem ainda 9 cafés e 11 lojas de produtos importados.

Neste ano, a rede abriu unidades nos aeroportos de Confins (MG), Galeão (RJ), Salgado Filho (RS) e Goiânia (GO). A Laselva também atua em portos e rodoviárias.

A expansão dos negócios, no entanto, não tem sido a estratégia das livrarias de rua, diz Vitor Tavares, vice-presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro).

"Muitos livreiros estão diminuindo a atividade e até fechando as portas", afirma.

De acordo com Tavares, o problema é a concorrência "desleal" da internet.

"Muitos sites usam livros como chamariz para vender outros produtos e, por isso, repassam ao consumidor os até 40% de desconto sobre o valor de capa que conseguem com as editoras", diz.

"A solução para as livrarias de rua é, cada vez mais, a especialização em áreas e o atendimento diferenciado, com vendedores consultores literários."

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Brasileiro compra mais livros e a preço mais baixo Fonte: folha.uol.com.br 17/08

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O brasileiro está comprando mais livros, com preços mais baixos. É o que mostra pesquisa divulgada ontem pelo Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e pela CBL (Câmara Brasileira do Livro).

O número de exemplares vendidos subiu 13% de 2009 para 2010. Mas, como o preço médio caiu, o faturamento do setor não cresceu no mesmo ritmo: 2,6%, descontada a inflação.

E esse aumento real no faturamento só pode ser comemorado graças às compras do governo, especialmente de livros didáticos, por parte do MEC.

Desconsiderando as compras estatais, o setor registraria queda real de 2,2% no faturamento, e aumento de 8% de exemplares vendidos.

Considerando apenas as vendas no mercado, a pesquisa mostra que o preço médio de cada livro caiu de R$ 13,6 para R$ 12,9.

Mas esse não é o preço médio pago pelo consumidor. Como a pesquisa se restringe às editoras, ela investiga o quanto as empresas ganham na venda.

Sônia Machado Jardim, presidente do Snel, diz que muitas editoras decidiram apostar em livros de bolso e de apelo mais popular.

A pesquisa permite também detalhar os canais que as editoras mais usam. As livrarias, com 41% das vendas, continuam sendo o meio mais usado, seguido dos distribuidores (23%) e do porta a porta (22%).

Este último foi o que mais cresceu -em 2009, representava 17%. A Avon, por exemplo, oferece livros nos catálogos, o que ajuda a engordar a estatística.

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Afinação do cérebro

Além de agradável, a música pode incrementar o desempenho de diversas tarefas, pois estimula a atividade dos neurônios. Pesquisas mostram que instrumentistas são mais concentrados e têm melhor memória espacial, comparando-se aos leigos Fonte: correioweb.com.br 17/08

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Ela está em todo lugar: na televisão, em vídeos da internet, no cinema e até mesmo no elevador. Além de divertida e prazerosa para os ouvidos, a música pode fazer bem para o cérebro de maneiras diferentes. Dois estudos americanos recentes sugerem que a atividade musical dos jovens pode ajudá-los a se tornar adultos mentalmente mais ativos e saudáveis. Os resultados indicam que a música estimula o cérebro de forma positiva.

Uma das pesquisas, realizada na Universidade do Kansas, comparou três grupos de 70 adultos saudáveis entre 60 e 83 anos: leigos, músicos com pouca atividade e aqueles que praticam muito e há bastante tempo. Os resultados de questionários e testes realizados mostraram que os músicos ativos se saem melhor em tarefas que exigem a memória espacial, a velocidade de raciocínio e a flexibilidade cognitiva. Um segundo estudo, da Universidade de Northwestern, investigou voluntários de meia idade que permaneceram musicalmente ativos durante a vida, comparando-os com não músicos da mesma faixa etária. Os resultados indicaram superioridade dos músicos em algumas áreas. Dessa vez, maior habilidade em detectar ruídos em ambientes barulhentos e memória auditiva mais afiada.

Os dois estudos sugerem que estudar música desde criança pode favorecer o cérebro a se manter ativo na velhice. Segundo o neuropediatra Carlos Nogueira Alcélio, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, isso acontece graças à plasticidade cerebral. Isso significa que o cérebro pode se modificar conforme a necessidade e as vivências, e estabelecer diferentes conexões entre suas células. “O cérebro é formado por neurônios, e os neurotransmissores fazem a comunicação entre eles. Quanto mais conexões, melhor”, diz.

Um desses neurotransmissores é chamado dopamina, substância estimulada pelo estudo da música. “A dopamina está relacionada às memórias visual e auditiva, à coordenação motora e à organização do espaço temporal”, explica Alcélio. Na infância e no início da adolescência, o cérebro ainda não está totalmente desenvolvido e, por isso, as crianças têm maior facilidade para aprender algo novo, como tocar um instrumento musical ou falar um segundo idioma. A dopamina está também relacionada à afetividade e à sensibilidade, elementos importantes para a dedicação musical.

Atenção

Para o professor de Valério Martins, da Escola de Música Clave de Sol, além de uma paixão, a carreira foi uma terapia. A hiperatividade que tinha desde criança dificultava sua atenção às aulas. “Não conseguia ficar sentado durante uma hora para assistir a uma aula. Preferia estudar tudo sozinho, no meu tempo.” O gosto pela música o estimulou a se disciplinar. “Para aprender a tocar, você tem que parar, se sentar, analisar e se concentrar naquilo. O músico escuta os sons e os reconhece como se identificam as cores. Pintar o quadro exige atenção e concentração. Eu fui seduzido pela música e tive que melhorar”, diz. Para ele, que hoje vê os resultados nos jovens alunos a quem apresenta os sons e as notas, o importante é estar sempre aprendendo. “Quanto mais você sabe, mais você quer saber. Isso impede que você pare no tempo.”

O professor Hofmann Carvalho, 32 anos, se dedica à música há 25. Segundo ele, a disciplina é uma língua que deve ser ensinada nas escolas como qualquer idioma. Estimular os alunos, acredita, é o primeiro passo para que eles se interessem desde pequenos pela formação musical. Os exercícios de memória, sensibilidade e coordenação motora são os maiores benefícios, além do foco em uma atividade, na opinião de Carvalho. “No começo, a criança se concentra por menos tempo, mas isso vai mudando conforme o interesse.”

Mas isso não significa que os pais devam correr imediatamente para matricular as crianças em aulas de canto, violão ou piano. O professor de psicologia da Universidade Católica de Brasília Afonso Galvão alerta que a música não fará as crianças mais inteligentes, em relação àquelas que não tocam um instrumento. “O que acontece é uma transferência de aprendizagem. A música facilita o entendimento de outras disciplinas, mas apenas na fase inicial do aprendizado”, diz.

Para o professor, há um grupo de pessoas que defende o ensino da música para ajudar o desempenho em outras áreas. Mas ele lembra que apenas o estudo focado na atividade que se quer aprender é que dará maior compreensão daquela disciplina. “Não dá para fazer uma regra geral. Se você quer ser bom em matemática, tem que estudar matemática. A música é importante como atividade cognitiva complexa, mas deve ser estimulada nas escolas pela relevância da disciplina por si mesma”, defende

Tchaikovsky, Brahms e Mozart são alguns dos compositores preferidos de Hayane Saatkamp, 20 anos. Violinista por metade da vida, Hayane atribui à música grande parte da sua educação. “A música envolve a pessoa, pois estamos sempre aprendendo e mudando”, acredita. Para ela, apesar de não ter influenciado diretamente no aprendizado de outras disciplinas escolares, a música a ajudou a ter mais foco, além de objetividade, para começar e terminar uma tarefa. Além disso, saber ouvir e prestar atenção expandiu seus horizontes. “A maior diferença que sinto é na maneira de ver a vida. Com a música, aprendi a querer conhecer mais o mundo.”

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SERVIDORES »

Cofres fechados ao funcionalismo

Depois de derrubar a previsão de reajuste a pensionistas, Planalto está disposto a barrar correção nas carreiras públicas Fonte: correioweb.com.br 17/08

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Inconformados com a sinalização clara do governo de que não há espaço para aumento de salário em 2012, os servidores públicos partiram para o tudo ou nada. A revolta, expressa em manifestações e promessas de greve, resulta da percepção de que a equipe chefiada pela presidente Dilma Rousseff está disposta a arcar com o custo político de bater de frente com o funcionalismo. A orientação geral do Palácio do Planalto às administrações regionais e às estatais é fechar as torneiras e não dar um centavo sequer de aumento real.

Os empregados públicos, contemplados com reajustes sucessivos durante o governo de Lula, terão que se contentar, no máximo, com a reposição da inflação. O recado mais direto de que o governo não vai ceder nem um milímetro foi dado anteontem, quando Dilma fechou as portas para o aumento real, em 2012, a aposentados e pensionistas que ganham mais do que um salário mínimo. “Se já assumimos o ônus de vetar o ganho real dos aposentados, não será difícil dizer não aos servidores. Até porque, nos últimos anos, eles já foram muito bem recompensados pelo governo”, disse um assessor do Planalto.

A recusa de Dilma, conforme ressaltam os economistas, é justificada pela fatura deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ser paga por ela agora. Os números do Ministério do Planejamento mostram que a despesa de pessoal anual da União com os empregados em atividade nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário saltou 153,5% nos oito anos da gestão Lula, de R$ 43,4 bilhões em 2002 para R$ 110,0 bilhões em 2010. “O veto aos aposentados e pensionistas é um indício de que o governo reconhece que deixou as contas fiscais caminharem para um campo perigoso. As pressões excessivas virão de todos os lados”, disse Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria.

Para Salto, resistir ao pleito dos funcionários é a única chance de Dilma de fechar as contas. Sem qualquer aumento para o funcionalismo, já faltarão R$ 25 bilhões para manter a máquina pública em 2012. Apenas para bancar a correção de 14% do salário mínimo a partir de janeiro próximo, o governo terá de arcar com um rombo de R$ 23 bilhões nos cofres da Previdência. Na avaliação do economista, enquanto não houver disposição da equipe econômica e fixação de regras claras para o comportamento das despesas, o país vai seguir apagando incêndios. “Não vejo um cenário melhor para o próximo ano a não ser o de um superavit primário (economia para o pagamento de juros) de apenas 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB), bem menor do que a meta de 3,1% estabelecida pelo governo”, avaliou.

Em um contexto de crise financeira mundial, no qual o Brasil já vê sinais de que a economia vai desacelerar, com a arrecadação de impostos, os riscos para o governo são enormes. Não bastasse a necessidade de ajustar as contas para conter a inflação, terá de lidar com outros desafios, como as eleições municipais de 2012, que aumentarão as pressões por parte das categorias tanto do setor público quanto do privado, e a urgência para o início dos investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Tudo isso representa uma pressão enorme para as contas públicas. O governo está oprimido pelo cenário internacional e precisa acumular gordura para enfrentar qualquer problema mais sério que possa ter no médio prazo”, observou Alexandre Rocha, consultor legislativo do Senado para a área de finanças públicas.

No que diz respeito aos reajustes dos servidores, as principais pressões para o governo vêm de pedidos como o da PEC 300, que estabelece um piso único para policiais e bombeiros no Brasil. Sozinha, ela tem um impacto calculado em R$ 43 bilhões para a União e outros R$ 33 bilhões para os estados. Os funcionários do Judiciário pedem um reajuste médio de 56%. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, lutam por um aumento do subsídio dos atuais R$ 26.723,13 mensais para R$ 30.675,48.

Ontem, em reunião, os servidores públicos federais travaram mais uma batalha com o Ministério do Planejamento para conseguir a extensão da tabela salarial referente à Lei nº 12.277/10, que concedeu, no ano passado, reajustes de até 78% a cinco cargos de nível superior do Executivo Federal. O secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Paiva, ressaltou que as negociações salariais ainda estão em andamento e que, até o fim da semana, os servidores devem ter uma resposta sobre os seus pedidos. A preocupação é com o prazo para incluir os pedidos no Orçamento de 2012, que se encerra em 31 de agosto. “A situação da crise internacional é reconhecidamente preocupante. Estamos definindo prioridades e conversando com cada sindicato. Até sexta-feira, saberemos se teremos capacidade de atendê-los ou não”, disse.

Os funcionários, porém, não engolem as justificativas do governo. Pedro Armengol, diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), lembrou que a folha salarial gira em torno de 30% da receita corrente líquida do governo, ficando abaixo do teto imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 50%. “Não há motivos para comparar a nossa situação com a do resto do mundo. A política fiscal do governo não está em risco”, afirmou.

Planejamento chama 92

A autorização do Ministério do Planejamento para a nomeação de 92 especialistas em políticas públicas e gestão governamental causou burburinho entre concursados de outras instituições que aguardam convocação. Os especialistas foram aprovados além do número de oportunidades previstas em edital no concurso do próprio Planejamento de 2009. O Planejamento argumentou que o prazo desse certame termina em dezembro e exige ainda curso de formação. (CB)

Correio promove chat

Candidatos a concursos públicos poderão tirar dúvidas amanhã, às 15h30, sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obriga os governos a nomear os aprovados em concursos públicos dentro do número de vagas. O professor de direito constitucional do Vestconcursos Max Kolbe participará de um chat para responder a perguntas sobre o tema. Os interessados devem acessar a página www.correiobraziliense.com.br. A estimativa é de que, atualmente, ao menos 80 mil pessoas aguardem convocação em todo o Brasil.

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