Eu tenho, você não tem
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Brasil fica de fora de serviços on-line de música, vídeo e games populares no exterior Fonte: folha.uol.com.br 03/08
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Os meios para consumo de mídia pela internet parecem aumentar e melhorar cada vez mais. Mas ouvir música pelo Spotify, acompanhar séries pelo Hulu, assistir a filmes pelo Netflix ou descobrir bandas pelo Pandora pode ser complicado para quem mora no Brasil.
Esses serviços, assim como outros, não funcionam oficialmente no país.
Em boa parte dos casos, isso ocorre devido a acordos de direitos de reprodução e distribuição válidos apenas para alguns países.
Como as negociações frequentemente deixam o Brasil de fora, usuários recorrem a jeitinhos para desfrutar desses serviços.
Um dos métodos é a conexão via proxy ou VPN, que permite usar endereço IP de outro país para acessar um serviço. Algumas empresas, porém, exigem também cartão de crédito emitido no país em que o serviço é oferecido.
Há ainda serviços que até funcionam no Brasil, mas com conteúdo muito limitado. Nesse caso, é comum um usuário do país ter uma conta de acesso às versões estrangeiras do serviço.
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JOSÉ SIMÃO
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Ueba! Obama! Yes, We Cano!
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Avisa o Obama que "fiado, só amanhã!". A Dilma vai vender o PAC pra ele: Program to Avoid Calote
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!
Predestinado Urgente: novo técnico do América de Minas Gerais, Milagres! Sai Antônio Lopes e entra o Milagres. Pra salvar o América. Esse Milagres tinha que salvar a América do Norte!
Avisa o Obama que "fiado, só amanhã!". Se Obama voltasse pro Brasil, este seria o telão na Cinelândia: "Fiado, só amanhã!" E diz que a Dilma vai vender o PAC pra ele: Program to Avoid Calote!
E se a gente tiver que pagar a dívida por eles, favor mandar o boleto com pelo menos dez dias de antecedência. E o novo e bombástico slogan do Obama: "Yes, We Cano". E adorei a charge do Aroeira com a placa no portão da Casa Branca: "Vende-se! Porteira fechada. Tratar aqui". É por isso que a Michele tava fazendo campanha contra obesidade. Vão ter que apertar os cintos. Rarará!
E a manchete do Piauí Herald: "Governo chinês aceita rolar dívida americana, mas exige Angelina Jolie como garantia". Rarará! Em Hortolândia tem uma loja em homenagem ao Obama: "Barato Obama! Tudo por menos de R$ 10".
E tem também o Buraco Obama. O Obama foi pro buraco! Rarará! E já reparou que todo republicano tem cara de caubói velho? E todo democrata tem cara de amendoim? Carter, Clinton, Obama!
E a Valesca Popozuda? Um amigo me disse que o traseiro da Valesca Popozuda é usado como abrigo antiaéreo. E que a bunda da Popozuda parece extensão de pista de porta-aviões americanos.
E esta: "Saudita quer construir torre mais alta do mundo com ajuda do Grupo Bin Laden". Pra quê? Pra ele derrubar de novo? Rarará! E a gente esqueceu que domingo foi Dia Mundial do Orgasmo! E como você passou o Dia Mundial do Orgasmo? Tendo-os!
E os diferentes tipos de orgasmo. Orgasmo da desinformada: "Ai, meu Deus, o que é iiiiiissso, o que é iiiiisso?!". Orgasmo da suicida: "Vou morrer! Vou morrer!". Orgasmo da homicida: "Se você parar, eu te mato, eu te mato!". Orgasmo da mulher casada há dez anos: "A empregada esqueceu de limpar o lustre, o teto tá manchado". E o mais infame, o orgasmo da sorveteira: "Ai kibon, ai kibon". Por isso que eu sempre digo: nóis sofre, mas nóis goza. E gostoso!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Todos estão surdos
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Para o crítico Alex Ross, que fala amanhã em São Paulo, público rejeita a música clássica por medos infundados
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RAIO-X
ALEX ROSS
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VIDA
Nasceu em 1968 em Washington (EUA)
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FORMAÇÃO ACADÊMICA
Estudou piano, oboé e composição. Graduado em literatura em Harvard
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CARREIRA
Crítico musical da revista "New Yorker" desde 1996
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OBRAS
"O Resto É Ruído - Escutando o Século 20" (2009) e "Escuta Só" (2011), ambos pela Companhia das Letras Fonte: folha.uol.com.br 03/08
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Crítico de música da revista "New Yorker" desde 1996 e autor de dois livros de sucesso, o americano Alex Ross acha que as pessoas se deixam intimidar pela música clássica. Desnecessariamente.
"Os melhores ouvintes são os que prestam muita atenção. Se você ouvir muitas vezes uma obra, vai se tornar um especialista nela", diz.
Segundo ele, quanto mais o apreciador médio de música souber sobre o tema, mais vai gostar. "Mas você pode ter uma forte experiência sensorial com a música sem conhecer o seu lado técnico."
Para Ross parece fácil. Estudante de música e literatura, só se aproximou do pop depois de adulto. Chegou a escrever resenhas literárias sobre Thomas Mann e Oscar Wilde, mas a música venceu.
"Depois da faculdade, pensava em seguir a carreira acadêmica. Mas, quando comecei a escrever sobre música, tive uma resposta tão boa que mudei de ideia. Diria que a carreira me escolheu, mais do que eu a escolhi."
Seus livros, ótimos e de leitura acessível, analisam de Mozart a Radiohead. Assim, sua palestra amanhã em São Paulo, com ingressos esgotados, promete diversidade.
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"O fim da música clássica é previsão que não vinga"
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Alex Ross aposta no surgimento de revoluções e novos talentos a cada era
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Para o crítico, seu maior desafio é escrever um único texto atraente a leigos e também aos que conhecem o tema Fonte: folha.uol.com.br 03/08
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Folha - O leitor médio de jornais e revistas está preparado para discussões profundas sobre música?
Alex Ross - Claro que alguns dos leitores são bem versados em música e outros não sabem nada, nem a respeito dos principais compositores. O desafio é escrever de uma maneira que atraia o interesse dos dois grupos.
Fazer a música erudita ser entendida por qualquer pessoa é sua jornada pessoal?
Quero enfatizar que a música não é puramente técnica, feito algo concebido em laboratório, mas sim uma coisa que se relaciona com o que acontece numa época e pode ser temperada com sentimento intenso, com emoção.
Como ser imparcial ao criticar uma peça musical?
Sim, às vezes eu tive a sensação de ter sido injusto. Quando era mais jovem, fui sarcástico. Não tenho vergonha dos meus primeiros trabalhos, apenas escrevo diferente hoje.
Sei como é difícil produzir um trabalho muito bom durante um longo período de tempo, então tento estar mais atento a nuances, a outras leituras que um trabalho pode permitir.
É frequente no jornalismo cultural os julgamentos definitivos, isso é bom, aquilo não presta. O real na maioria das vezes está entre os dois extremos. A arte, como a vida, constantemente mistura o bom e o ruim.
Como você analisa a cobertura da imprensa sobre a morte de Amy Winehouse? Qual sua avaliação dela como artista?
Eu nunca prestei muita atenção nela, mas certamente admiro sua voz, um timbre muito particular. Não vi muito da cobertura na mídia, mas tenho a impressão de que ela foi sempre acuada pelos tabloides e isso deve ter contribuído para seu declínio. Nós já vimos essa história hoje, com Michael Jackson e muitos outros. Nossa cultura gosta de elevar as pessoas feito deuses e depois derrubá-las e destruí-las. É quase um ritual de sacrifício.
A respeito da brilhante introdução do livro "Escuta Só": por quanto tempo as pessoas vão dizer que a música clássica está para morrer?
As pessoas preconizam o fim da música clássica há centenas de anos. Cada geração parece pensar que é a última, que a época dourada ficou para trás. Mas cada época tem glórias, revoluções e artistas de enorme talento. Existe uma frase ótima do poeta americano Randall Jarrell: "Pessoas que vivem numa era de ouro costumam reclamar que tudo é amarelo".
O que você está fazendo agora, além da "New Yorker"?
Trabalho em um terceiro livro, "Wagnerism", análise do forte impacto de Wagner na arte e na literatura depois de sua morte. E corro muito, amo correr em Nova York nos dias de verão.
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