quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O lamento dos cantores

Na queda de braço entre vizinhança e casas noturnas, quem perde são os músicos. A necessidade de uma trégua e de adequação à lei é primordial Fonte: correioweb.com.br 18/08

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-Brasília, nos anos 1980 fervia… chegou a ser conhecida como a capital brasileira do rock. Mais que isso, a partir daquela década transformou-se num autêntico celeiro de grandes intérpretes, de músicos talentosos e de elogiados compositores. Nunca é demais repetir que daqui saíram, para brilhar no Brasil e até no exterior, artistas como Renato Russo, Dinho Ouro Preto, Herbert Vianna, Alexandre Carlo, Hamilton de Holanda, Jorge Helder, Cássia Eller, Zélia Duncan, Rosa Passos, Dhi Ribeiro, Zé Mulato & Cassiano, Pedro Paulo & Matheus. Só para citar alguns.

Praticamente, todos eles passaram pelos palcos de casas noturnas da cidade antes de alcançarem a fama e o sucesso. O memorável Bom Demais, que existiu na 706 Norte, foi onde Cássia Eller moldou a estrela da música brasileira que seria mais tarde. No mesmo local, Renato Russo dava “canjas” em madrugadas inesquecíveis, cantando Beatles.

Zélia Duncan (à época Zélia Cristina) era a atração no Barzinho, que funcionava onde hoje existe o Deck Brasil, na QI 11 do Lago Sul. Rosa Passos não esconde de ninguém que no extinto Amigos, na 105 Norte, aprendeu as “manhas” do palco. Embora a “escola” de Hamilton de Holanda tenha sido o Clube do Choro, o bandolinista tocou em vários bares da Asa Norte. Já Dhi Ribeiro, nossa pérola negra do samba, foi descoberta pela poderosa gravadora Universal, soltando a voz no Feitiço Mineiro, na 306 Norte.

Qualidade

Nessa parte da cidade, sempre houve uma concentração maior de bares e restaurantes que acolheram bons instrumentistas e cantores. Dois desses espaços gastronômicos culturais, o Senhoritas Café e o Café da Rua 8, instalados na 408 Norte, têm frequentado o noticiário não por oferecerem música de qualidade aos seus fregueses, mas por serem alvo de denúncias da vizinhança contra o “ruído” provocado pelas noites musicais. Por conta disso, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) vem agindo com rigor.

Ambos já foram autuados, multados e lacrados pelo órgão do Governo do Distrito Federal. O problema é que nessa queda de braço entre o Ibram e a vizinhança (de um lado) e os proprietários das casas noturnas (do outro), quem sai perdendo são os músicos e os frequentadores desses estabelecimentos. Um acordo, ao que parece, ainda está distante.

Em artigo publicado no Correio, no último dia 1º, sob o título Música não é barulho e silêncio também é saudável, Sérgio Lorran Figueiredo, integrante do Movimento de Revitalização da Música de Brasília, afirma: “O silêncio é saudável, mas o lazer, a cultura da música, também sara a alma depressiva, eleva os níveis de bem-estar, incentiva o intelecto, estimula a inteligência emocional, transporta nossa mente para outros sonhos, amaciando a inteligência e aumentando a gentileza entre as pessoas (…).”

Lorran acha que “está na hora das soluções inteligentes”. O músico vê a inexistência de uma política focada nesta questão; e sugere o incentivo financeiro “para isolamento acústico dos estabelecimentos que promovam a cultura”. De acordo com ele, “faltam condições de descanso lícito do cidadão que precisa do merecido sono dos deuses. Falta o caminho do meio”.

Cidade viva

Cantora, cavaquinista e flautista, Helena Pinheiro — parceira do mestre Elton Medeiros — entende que, no momento, Brasília vive uma crise de identidade. “Há quem a queira uma cidade viva, pulsante, com seu caldo cultural efervescente; mas há quem a prefira uma cidade burocrática, sem nenhum viço. Querem impedir os cantores de soltar a voz e os músicos de tirar acordes dos seus instrumentos.”

Percussionista do grupo de samba Adora-Roda, Guto Martins vê os espaços para música ao vivo na capital se tornarem ainda mais escassos. “É necessário uma legislação que respeite e valorize as manifestações culturais.” A sambista Kris Pereira vai além: “Mais uma vez, o artista acaba pagando pela dificuldade que a sociedade tem de discutir uma questão tão importante como a do lazer e entretenimento. A discussão se torna menor, quando o foco é o ruído provocado pela música, em lugares com clara preocupação de propagar um bem cultural como a música”.

Indignado, Régis Torres, que tem na música o seu ganha-pão, questiona, em texto enviado ao Correio: “Quando foi que nós erramos? Há 15 anos, os vizinhos agradeciam a nós no dia seguinte, por terem dormido ao som de nossa música. Hoje, jazz e chorinho viraram poluição sonora”.

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SHOW » Encontro de gerações

Para o show de lançamento de seu primeiro CD, em maio, a banda brasiliense Distintos Filhos contou com a participação de Philippe Seabra, guitarrista e vocalista da Plebe Rude e produtor do disco, e do vocalista Nasi, ex-Ira!. Desse encontro surgiu uma amizade entre o quarteto de Taguatinga e o músico paulistano. Fonte: correioweb.com.br 18/08

Tanto que, esta noite, eles farão mais uma apresentação juntos (a quinta, desde que a parceria começou).

“Lembro que fui buscá-lo no aeroporto para nosso primeiro show. Eu estava nervoso. Mas Nasi é muito tranquilo e todas as apresentações foram legais”, conta o vocalista e guitarrista Paulo Veríssimo. “Além do show de lançamento, tocamos em Águas Claras, na cidade baiana de Luís Eduardo Magalhães e em Goiânia. O show no Sesi, provavelmente será o nosso último com ele este ano”, adianta Veríssimo.

“Eles fazem um som interessante, com influência de Clash, algo de grunge, um rock bem tocado, com boas melodias”, comenta Nasi sobre os anfitriões. “É bom trocar essa energia com as gerações mais novas — que nem sempre tocam coisas parecidas com as que eu faço, mas que têm a ver com as coisas que eu gosto”, completa.

O show de hoje, no Sesi de Taguatinga, será gratuito e dividido em duas partes. Na primeira, a banda Distintos Filhos apresentará músicas do primeiro disco e outras que costumam aparecer em seu repertório, caso de Ando meio desligado e Balada do louco, dos Mutantes. Depois disso, Nasi entra em cena para cantar músicas de sua antiga banda, algumas da carreira solo, de Raul Seixas, blues e The Clash. “Mostrarei também músicas que nem sempre estão nos meus shows. E como será um show em Brasília, vou mostrar algo da Legião e da Plebe”, adianta Nasi.

Sábado passado, a banda Distintos Filhos foi a vencedora da etapa local do concurso Yamaha Brazilian Beat, que contou com seis concorrentes (de um total de 100 inscritos para tentar uma chance no evento). Em setembro, o grupo se apresentará na final, em São Paulo. “Se ganharmos, vamos tocar na Coreia do Sul”, comemora Paulo Veríssimo.

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LITERATURA » Fome de palavras

Escritor piauiense radicado em Brasília há mais de 30 anos, Menezes y Morais lança décimo primeiro livro: um romance de ideias ambientado na capital federal. Fonte: correioweb.com.br 18/08

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Desde adolescente, Menezes y Morais senta-se em frente à mesa de trabalho e só sai dali quando consegue se libertar dos pensamentos que antes ocupavam a sua mente. Quando firma os pés no chão e levanta-se da cadeira, é inevitável, ele reclama de dor, as costas estão moídas. Sua mãe, Isabel Menezes de Morais, costumava gritar para ele: “Vem comer, meu filho!”. Hoje, não é mais assim. Mas a produção ainda é obstinada, esfomeada: de 20 livros inéditos, já publicou 11. O mais recente é o romance A íris do olho da noite (Thesaurus), que ele lança hoje, às 19h, no restaurante Carpe Diem. Mais chegado à poesia, Morais diz que a ficção o consome durante várias estações. “Passo de dois a quatro anos em processo de gestação. Quando não tem mais como correr daquilo, faço um espelho dos personagens, me sento diante do computador e só Deus sabe”, explica.

Dos nove volumes restantes, ele ainda guarda um romance, uma novela, um livro de contos, um de ensaios de história e uma coletânea de entrevistas (com Cora Coralina, Jorge Amado e outros autores). O resto é poesia. “Me considero essencialmente poeta. Mas isso não quer dizer que, aqui, eu seja um poeta de férias escrevendo um livro. São métodos diferentes”, delineia. No caso de A íris, o processo começou ainda no século passado e só terminou em 2006. De lá para cá, veio “apertando parafusos, melhorando a linguagem”.

O cuidado do escritor, natural de Altos, no Piauí, foi em criar uma escrita com a cara de Brasília. A história concentra conflitos e discussões em torno de um casal liberal: um economista e uma professora, formados na UnB, e pais de dois filhos pré-adolescentes. A malha narrativa, adianta Morais, não cede ao melodrama. “Não cai no sentimentalismo ou na tragédia. É um romance de ideias, psicológico, e com um pouco de história real”, classifica.

De carne e osso

Em meio aos conflitos, discussões e encontros, aparecem personagens reais da cidade: o poeta Cassiano Nunes e o compositor Renato Matos, por exemplo. Morais segue a trilha deixada por Dante Alighieri na Divina comédia. “Pessoas que Dante não gostava foram colocadas no purgatório ou no inferno”, diverte-se. “Essa técnica foi retomada por Balzac e Jorge Amado. Na minha visão, é uma sacudida no leitor. E faz com que ele pense: ‘É ficção ou realidade?’”, continua.

Formado em jornalismo, Morais aprendeu a amar a literatura por incentivo da mãe, que o alfabetizou com livros de cordel. Na rede instalada na varanda de casa, o menino gostava de se espreguiçar para trás e ficar de cabeça para baixo, enquanto ouvia as frases saindo da boca da mãe. Pai de seis filhos — um já falecido — e avô de três netos, ele vê a literatura local como madura e com identidade própria. “Temos muita gente produzindo coisas boas no teatro, na literatura, no cinema e na música. Brasília já tem uma dicção própria em todas essas áreas”, acredita. E trata a escrita como uma atividade ao mesmo tempo egoísta e generosa. “É um ato solitário e radicalmente solidário”, diz.

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ARTES VISUAIS »

Lentes abertas sobre o continente

Fotos vencedoras do POYi Latino América 2011 são exibidas hoje na cidade. Evento conta com presença do equatoriano Pablo Corral Veja Fonte: correioweb.com.br 18/08

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O fotojornalismo é internacional, em papel ou pela internet. Por isso, desde 1944, a Escola de jornalismo da Universidade de Missouri — Columbia, nos Estados Unidos, promove o Pictures of the Year International (POYi). Em 2011, o concurso teve sua primeira edição latino-americana e as fotografias vencedoras da competição serão mostradas, hoje, no Sesc (504 Sul).

O POYi Latino América foi organizado com a Nuestra Mirada — uma rede social de fotojornalistas iberoamericanos. O objetivo da premiação é reconhecer e divulgar os trabalhos de fotografia documental que foram publicados na imprensa do continente. O material que compõe a exposição de hoje traz visões sobre eventos noticiosos e temas sociais que assolam a América Latina. Entre as categorias estão: notícias, vida cotidiana, retratos, meio ambiente, esportes, migração e tráfico de pessoas e sociedade e conflito.

Além da projeção das principais fotos do POYi Latino América 2011, quem for ao evento vai ter a chance de conversar rapidamente com o fotógrafo Pablo Corral Vega. O equatoriano é o diretor da Nuestra Mirada, que conta, atualmente, com um acervo de cerca de 1.600 fotografias que retratam as mais diversas facetas de países como Bolívia, Peru, Argentina, Uruguai e, é claro, Brasil. Durante o bate-papo com o público, questões relevantes do fotojornalismo contemporâneo serão abordadas, assim como os desafios de correspondentes internacionais e as mudanças impostas pela transição tecnológica.

Vencedoras

Entre as fotografias expostas, uma particularidade do continente latino-americano é intensamente abordada: a paixão pelo futebol. O mundo da bola aparece nas categorias esportes e vida cotidiana, provando que é um dos elementos que melhor sintetiza a cultura local. Um exemplo é o clique do fotógrafo Alejandro Kirchuck ,que flagra torcedores do Boca Juniors pendurados na grade do estádio de La Bombonera cantando durante a entrada do time em campo para um clássico contra o rival River Plate.

A imagem — premiada com o primeiro lugar do POYi 2011 na categoria esportes —retrata com fidelidade a emoção dos torcedores, além do clima de entusiasmo que começava a se apoderar do estádio. A segunda colocada também é emblemática sobre a presença marcante do futebol nos hábitos do continente. A foto de Lucas Ninno Ometto mostra dois meninos brasileiros correndo atrás de uma bola em meio a uma rua alagada, após uma forte chuva em Cuiabá, Mato Grosso.

As questões ambientais também se colocam como uma importante preocupação dos fotógrafos da América Latina. Exemplo disso é a imagem de Jimmy Pirela — terceira colocada da categoria meio ambiente. A foto mostra a gigantesca extensão de petróleo derramado no Lago de Maracaibo, em Zulia (Venezuela), que mais parece uma mancha de tinta em uma folha de papel esverdeada.

As questões sociais e econômicas também merecem destaque na premiação. Uma delas é a migração — e as consequências desse processo — a qual vários latinos-americanos se sujeitam diariamente. Segunda colocada da categoria, a imagem de Morten Andersen flagra os estrangeiros ilegais que estavam a 24 horas de serem soltos, ou seja, que passavam a última noite aprisionados. Mesmo perto da liberdade, a fotografia capta o clima de repressão do local, mostrando os detentos acorrentados nos pés, nas mãos e na cintura.

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Divina arte negra

A cantora carioca Leci Brandão e o rapper brasiliense Gog participam do 23º aniversário da Fundação Palmares, que homenageia o mestre Abdias do Nascimento Fonte: correioweb.com.br 18/08

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“Desde o começo, assumi um compromisso: o de fazer da arte um instrumento para ajudar os menos favorecidos. Nestes 36 anos, cantei pelas minorias: índios, mulheres, negros… Deus determinou que eu trilhasse o caminho da música, então, falei que usaria esse dom para lutar. Sei que sou uma artista consciente, engajada e, por causa, disso tive muitos problemas com a mídia deste país. Fiquei cinco anos sem gravadora. Muitos programas não me convidam e eu sei por que. O racismo existe”, diz Leci Brandão, conhecida pelo engajamento nas questões raciais e socais. E, exatamente pela postura militante, a cantora é uma das atrações da festa de encerramento do 23º aniversário da Fundação Palmares, hoje, às 20h, no Teatro Nacional.

No palco da Sala Villa-Lobos, ela faz um tributo à cultura negra, com composições de Cartola, Candeia, Martinho da Vila, Djavan, Milton Nascimento, Dona Ivone Lara e Jovelina Pérola Negra e canta sucessos consagrados, como Olodum, Força divina, Deus do fogo da justiça, Isso é Fundo de Quintal, Zé do Caroço e Eu só quero te namorar. “O público não me perdoará se eu não cantar essas”, brinca a artista.

Sem um novo trabalho desde 2008, quando lançou Eu e o samba — e ganhou o 20º Prêmio de Música Brasileira como melhor cantora de samba —, Leci pretende gravar um DVD ainda neste ano, quando houver uma brecha na agenda política. Deputada por São Paulo, ela não deixou a música de lado e explica a importância dos novos compromissos: “Hoje, a minha prioridade é a Assembleia (Legislativa). Eu sempre levei tudo a sério na minha vida e, quando não estou no parlamento e há oportunidade, aí sim estou nos palcos. Costumo dizer que eu sou artista, mas estou deputada”.

Gog e Abdias

Compositor do famoso rap Brasil com P, Gog completa a programação e aproveita o evento para mostrar as músicas do 10º disco, previsto para novembro (mês da Consciência Negra). O novo álbum será lançado em Brasília e segue em turnê para o Nordeste. Entre as inéditas, África tática, Papo com Cartola, Heroínas e heróis, O grande dia e Novos ventos, que terão as participações especiais de Máximo Mansur, Higo Melo e Marielhe Borges.

Na noite, haverá ainda uma homenagem ao mestre Abdias do Nascimento. “É muita responsabilidade participar de um evento que homenageará Abdias Nascimento, que sempre foi um exemplo. Ele está no topo da escada do conhecimento. Estamos na metade e é muito bom ver que estamos nos aproximando da sabedoria do mestre”, comenta o rapper Gog sobre a entrega do Troféu Palmares à viúva do criador do Teatro Experimental do Negro (TEN), Elisa Larkim.

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teatro - "O Contrato" leva para os palcos os abusos de poder no trabalho

Nova peça de Zé Henrique de Paula aborda perda da humanidade no mundo contemporâneo

Texto de Mike Bartlett reflete sobre a sutil fronteira entre universo pessoal e público no ambiente profissional Fonte: folha.uol.com.br 18/08

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"O particular acabou", anunciava uma das protagonistas de "Casa/Cabul", peça de Tony Kushner que esteve em cartaz até o mês passado na cidade.

"O Contrato", comédia de humor negro do inglês Mike Bartlett -cuja estreia acontece amanhã, depois de integrar o 15º Cultura Inglesa Festival-, expande essas ideias ao refletir sobre abuso de poder no ambiente profissional. A peça enfatiza a tênue fronteira entre o universo pessoal e o público na vida contemporânea.

A coincidência temática dessas obras tem explicação. As duas chegaram aos palcos brasileiros graças ao olhar humanista de Zé Henrique de Paula, encenador que se tornou um dos mais profícuos da atualidade ao trabalhar com diferentes gêneros.

O diretor encenou clássicos ("Cândida"), musicais ("Senhora dos Afogados"), tragédias ("As Troianas - Vozes da Guerra"), pela nova dramaturgia do país ("O Livro dos Monstros Guardados"), além de dramas de sucesso da Broadway.

A temática da liberdade -ou falta dela- se impôs aos poucos, dando origem a trabalhos mais experimentais, que se destacaram na cena teatral do país.

"Esses assuntos que têm a ver com alteridade começaram a me visitar insistentemente", diz ele à Folha. Em "As Troianas", transpôs a trama original da tragédia grega para um campo de concentração na Alemanha nazista. As troianas tornaram-se judias, expressando seus dramas através do canto e da linguagem corporal.

Os gregos surgiram como oficiais e falavam alemão, em montagem intencionalmente desprovida de legendas.

Ao promover diálogo entre ocidente e oriente em "Casa/Cabul", Zé Henrique continua a vislumbrar o teatro como palco de conflitos culturais.

Em "O Contrato", dá prosseguimento à pesquisa. "A reflexão da peça sobre abuso se expande para a perda da humanidade no mundo contemporâneo", explica ele.

O diretor planeja três montagens para este ano, que colocam em xeque o homem de seu tempo. Entre elas está "A Saideira", peça inédita de Harold Pinter no país.

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