quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Biodiversidade. Instituto Chico Mendes lança cartilha para marcar quatro anos de criação

Agência Brasil 25/08

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Para marcar quatro anos de criação, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lança nesta quinta-feira (25) a Cartilha de Regularização Fundiária de Unidades de Conservação Federais, na sede da instituição, no Setor Sudoeste, em Brasília.

Serão lançados ainda a Estratégia Nacional em Comunicação e Educação Ambiental, a instrução normativa que regulamenta a captação e o uso de imagens da unidades de conservação e quatro livros da série Espécies Ameaçadas - Plano de Ação Nacional.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participa do lançamento.

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LITERATURA

Miguel Conde será o curador da Flip 2012

O nome do jornalista, que trabalha atualmente em "O Globo", foi anunciado para a décima edição do evento. Segundo Mauro Munhoz, diretor-presidente da Associação Casa Azul, entidade que organiza a Flip, Conde possui "rica vivência jornalística" e "sólida formação em literatura". Fonte: folha.uol.com.br 25/08

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JOSÉ SIMÃO

Ueba! "Fina Estampa de Bueiro"!

Gretchen vai doar fundos para o Obama. A Gretchen pendurou a bunda. Ah, tava rachada mesmo. Rarará! Fonte: folha.uol.com.br 25/08

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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador-geral da República! Placa na porta de um táxi do Rio: "Informação: R$ 0,50. Se eu souber: R$ 1". E quem vai ficar com aqueles caftans exóticos do Gaddafi? A Alcione já deu o primeiro lance. A Elba Ramalho já deu o segundo. Eu queria ficar com todos. E um cara no meu Twitter disse que "queria ficar com o harém de louras ucranianas". Ueba! Foi o Gaddafi que ensinou o Berlusconi a fazer o "bunga bunga"!

E falando em "bunga bunga", e a Gretchen? "Gretchen encerra carreira e se muda pros Estados Unidos." Ueba! Vai dançar "Conga la Conga" pro Obama. O Obama tá precisando de fundos mesmo! Rarará!

Gretchen doa fundos para o Obama. A Gretchen pendurou a bunda. Ah, tava rachada mesmo. Rarará! E se a Gretchen soltar um pum num saco de confete, é Carnaval o ano inteiro.

E eu já disse que o Kagaddafi tá escondido no porão do Habib's. Por R$ 0,49! E aí soltou um pum de quibe e abalou Washington. Tremor nos Estados Unidos! Efeito Kagaddafi: pum de quibe!

E a charge do Tiago Silva com o Gaddafi: "Eu só saio se o Sarney sair". Toda piada agora termina em Sarney. Saco, viu! Todo mundo já sabe que no Brasil cai botão, cai dentadura, cai peito, cai avião, só não cai o Sarney. E pronto. Zéfini!

E a nova novelha da Globo? "Fina Estampa"! Prefiro "Fina Estampa de Bueiro". Uma novela explosiva! Bota uma tampa de bueiro no lugar da Christiane Torloni. Seria uma perua explosiva. Esse pessoal não tem imaginação, viu?

E a Lília Cabral no papel de Pereirão: troca pneu, conserta encanamento, marido de aluguel. O site QMerda diz que ela vai virar ministra da Dilma. Corrupção? Chama o Pereirão! Taí um bom apelido pra Dilma: Pereirão. A Dilma é o marido de aluguel do Brasil. Rarará! É mole? É mole, mas sobe!

Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados. Proctologista em Fortaleza: Francisco REGADAS! Uau! Como se diz no Ceará: "Arre égua!".

E o Twiteiro me disse que tem uma médica especializada em medicina do sono que se chama Boêmia Helena. Rarará! E tem um bombeiro em Campinas que se chama Marcio Roberto Fogo! Manda pra Líbia. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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SHOW »

Solidariedade no palco, com renda revertida para a violista e cantora Aletéa Costa Fonte: correioweb.com.br 25/08

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A faceta solidária de músicos e cantores de Brasília será manifestada no sábado, em show no Feitiço Mineiro, com renda revertida para a violista e cantora Aletéa Costa, que precisa tratar de problema de saúde grave. Sob a coordenação do violonista Felipe Pessoa, que está à frente da homenagem, passarão pelo palco do bar e restaurante da 306 Norte, Célia Rabelo, Lúcia de Maria, Teresa Lopes, Ana Cristina, Ana Reis, Clodo Ferreira, Salomão de Pádua e Cassiano Barbosa, entre outros.

“Nos reuniremos no sábado, no Feitiço, em torno de uma talentosa violista e intérprete, que consegue emocionar a todos que a ouvem. Somos amigos desde 2004, quando nos encontramos no Departamento de Música da UnB, como alunos, ela, de viola clássica, e eu, de violão. Depois, a acompanhei em alguns shows”, afirma Felipe, que, com Pedro Ferreira (violão), Nelsinho Serra (cavaquinho) e Gabriel Correia (percussão) integra a banda que acompanhará os cantores.

Ex-estudante da Escola de Música, formada em viola clássica, Aletéa é ligada à música desde o começo desta década; e se emociona ao falar do ato solidário dos seus companheiros de ofício: “Quero, antecipadamente, expressar o meu agradecimento ao Felipe e aos outros cantores e músicos que estão se manifestando de forma solidária em relação a mim”. Ela tomará parte no show e interpretará sambas de Cartola e Nelson Cavaquinho.

O cantor e compositor Clodo Ferreira, que já dividiu apresentação com Aletéa no Feitiço Mineiro, deixa claro sua admiração pela musicista. “Ela poderia dedicar-se apenas à viola, instrumento do qual é uma virtuose, com formação acadêmica e tudo mais. Mas quis mais e ao se lançar como cantora, tem se mostrado uma grande intérprete, principalmente de samba.”

Violonista muito requisitado na capital, Pedro Ferreira já dirigiu e acompanhou Aletéa em alguns shows, no Feitiço Mineiro e no Clube do Choro. “Fomos colegas na UnB, onde nos tornamos amigos. Trata-se de uma intérprete diferenciada, que imprime muita emoção em tudo o que canta”, comenta. “Queremos que esse show no Feitiço, além do aspecto solidário, seja um momento de grande beleza.” Cada artista participante vai cantar duas músicas.

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Sublime voz

Recém-chegada de turnê pela Europa, Mônica Salmaso volta a Brasília com impecável repertório Fonte: correioweb.com.br 25/08

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Mônica Salmaso foi pega de surpresa ao saber que a presidente Dilma Rousseff é sua fã. “Não a conheço pessoalmente e, quando tomei conhecimento da declaração dela, afirmando que tem todos os meus discos, que gosta da minha voz e aprecia minha interpretação, fiquei felicíssima. Afinal de contas, o elogio veio da pessoa mais importante do país. Mas, claro, não esperava isso”, disse a cantora ao Correio.

Ela conta que no dia em que a notícia saiu publicada, o telefone de sua casa não parou de tocar. “Eram parentes, colegas e amigos me parabenizando. Ai me lembrei que a presidenta havia assistido a uma apresentação minha na Sala Villa-Lobos (Teatro Nacional), em Brasília, acompanhada pelo ministro (do Esporte), Orlando Silva, mas naquela oportunidade não formos apresentadas”.

A cantora volta, no sábado, à cidade para lançar o álbum Alma lírica brasileira, em show, às 21h, no Teatro Unip (Universidade Paulista). “Gostaria de ter a presidenta Dilma na plateia e, de poder encontrar com ela depois, para poder agradecê-la pela distinção a mim atribuída”. No palco, Mônica terá a companhia do pianista Nelson Ayres e do multisoprista Teco Cardoso, músicos paulistas que, também, participaram da gravação dos disco.

O que o brasiliense verá no recuperado espaço para as artes, na 913 Sul, é um espetáculo acústico, intimista, com a delicadeza do canto de Mônica, presente nos cinco CDs anteriores ao Alma lírica. A artista retornou, na terça-feira, da Europa, mais precisamente da Itália, onde, ao lado do pianista André Mehmari e do clarinetista Gabriele Mirabassi, fez shows em Roccela, Scarlino e Ravello. “Os italianos nos acolheram calorosamente e a reação combinava com a temperatura que fazia naquelas cidades”, conta.

O show apresentado naquele país é diferente do que Mônica tem feito no Brasil desde junho, quando da estreia no Teatro Fecap, no bairro da Liberdade, na capital paulista. Esse, tem por base o elogiado Alma lírica, disco lançado pela gravadora Biscoito Fino, no qual ela lapida clássicos garimpados no baú do cancioneiro popular brasileiro.

Há músicas mais recentes, como Carnavalzinho (Meu carnaval), de Lisa Ono e Mário Adnet, que abre o repertório. Predominam canções como Melodia sentimental (Heitor Villa-Lobos e Dora Vasconcelos), Derradeira primavera (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Lábios que beijei (J. Cascata e Leonel Azevedo), Cuitelinho (adaptação de Paulo Vanzolini) e Trem das onze (Adoniran Barbosa).

“Meu rádio, meu mulato, de Herivelto Martins, eu conheci ouvindo numa gravação de Carmen Miranda, mas há uma outra da Zélia Duncan, no CD Eu me transformo em outras”, revela. “Como não sou compositora, recorro ao meu balaio de ideias na hora de escolher o que vou cantar em disco ou show. Seleciono músicas com as quais me identifico, que se adequam à minha interpretação”, explica.

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FESTIVAL » Quando a Chapada vira música

Evento de Cavalcante chega à sétima edição e se transforma num polo cultural e gastronômico para a região, mobilizando artistas brasilienses e grupos locais Fonte: correioweb.com.br 25/08

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No alto dos seus 264 anos de existência, a detentora de 70% do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros exibe belezas naturais, agora com trilha sonora. Começa hoje, no município goiano de Cavalcante, situado a 300km de Brasília, o Festival de Música Instrumental. A programação se estende até domingo e inclui shows musicais, apresentação teatral e exibição de filmes. Apesar de se concentrar na praça central da cidade, o evento leva pela segunda vez uma telona de cinema para o vão de uma comunidade calunga. Durante o período do evento, turistas e locais poderão se deliciar com os pratos da culinária goiana e saborear uma cerveja artesanal, na Feira de Artesanato e Gastronomia, uma realização em parceria com a Associação de Artesãos de Cavalcante.

Rênio Quintas é o diretor e um dos criadores do festival, realizado pela primeira vez em 2005. Carioca de nascimento, ele mora no Distrito Federal desde 1960. Entre os anos 1980 e 1990, testemunhou a força da cena instrumental em Brasília. “A crise que estamos vendo hoje com o fechamento de casas de shows é uma distorção criada pela Lei do Silêncio. Mas ao mesmo tempo, o mercado está em expansão”, explica o diretor, que vê na realização de festivais um motor para a produção artística. Foi o que ocorreu em Cavalcante.

Rênio conheceu o município goiano e logo se apaixonou. “As paisagens são fantásticas e a cultura local é muito rica”, descreve. Segundo ele, o isolamento dos quilombolas de Cavalcante, a maior comunidade calunga do Brasil, já foi quebrado pelo fluxo turístico, que passa também, e mais intensamente, por Alto Paraíso e São Jorge. “A cultura traz emprego, auto-estima e qualidade de vida. Isso agrega valor às belezas naturais”, comenta. “A gente não quer interferir no modo de vida da comunidade. Eles não precisam de nós, mas nós necessitamos conhecer a cultura deles. Buscamos nos aproximar, mas com respeito ”, explica. Os calungas levam para o festival seus ritmos e danças tradicionais. Hoje, segundo Rênio, existem pelos menos sete grupos musicais na cidade.

O festival se integrou de tal maneira à vida da cidade que os próprios artistas procuram saber com antecedência quando será realizada a próxima edição. “As pessoas querem preparar o que será exibido. Existe um sentimento de pertencimento à cidade”, afirma.

Por conta da casa

“Fiz questão de não fazer o Festival em feriado. Assim, só vão aqueles que estão realmente interessados em cultura”, explica Rênio. As atividades cinematográficas antecipam-se ao festival. Filmes como o curta A onda, festa na poroca e o longa-metragem Lula, o filho do povo participam da Mostra Brasil Candango, na Praça da Bíblia. A mesma seleção de produções brasilienses será levada à população do Vão do Engenho, pelo cinema itinerante do Instituto Latino América.

“A itinerância é inevitável. Não tem cinema em Cavalcante. Ainda”, observa. A escolha por aquela comunidade calunga foi determinada pela maior acessibilidade do local, situado a 60km do centro urbano. Um caminhão leva os ingredientes mágicos necessários para dar origem ao cinema a céu aberto, com um projetor de 35mm. “Na primeira vez, a reação das pessoas foi linda. Queremos aumentar a frequência dessas exibições”, empolga-se Rênio.

As atrações musicais ocorrem sempre na praça central e vêm de diferentes lugares do Brasil e do mundo. Os músicos e grupos locais Lua de Cerrado, Trio Chapadeiros, Roda de Candea, Oskaba e Forró do Parceiro se apresentarão no sábado, dia especialmente dedicados a eles. “O festival é uma vitrine para os artistas, que têm uma grande necessidade de expressar-se”, afirma. Antes de os músicos subirem aos palcos, é realizado um Cortejo Teatral, que, nesse ano, será integrado pelos próprios moradores da cidade e encerrado por uma performance na praça central.

A Pequena Orquestra de Cavalcante apresenta-se no sábado e repete a dose no domingo. O destaque do último dia é o saxofonista norte-americano Mike Hamilton.

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CONGRESSO » Financiamento público é rejeitado

Comissão derruba a proibição a doações privadas em campanhas eleitorais. Câmara dos Deputados ainda analisará a proposta Fonte: correioweb.com.br 25/08

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Considerado um dos pontos mais polêmicos da reforma política em análise no Congresso, o financiamento público de campanha foi barrado antes mesmo de chegar ao plenário do Senado. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitou a proposta de alterar a legislação eleitoral brasileira para limitar o custeio das campanhas políticas a recursos destinados pela União. Os senadores disseram não a duas propostas apresentadas sobre o assunto. O primeiro, relatado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), foi rejeitado pelo próprio parlamentar. O substitutivo do senador José Pimentel (PT-CE), favorável ao financiamento público exclusivo e que condicionava a proposição à existência de lista fechada de candidaturas, também foi derrubado na CCJ.

O financiamento público de campanha e a criação do sistema de lista fechada são bandeiras do PT. O partido projeta que o modelo de fortalecimento do voto em legenda, em detrimento da escolha do voto embasada apenas no nome do candidato, pode fortalecer a sigla governista. Pimentel reclamou da limitação das discussões no Senado e afirmou que os deputados evoluíram nos trabalhos da reforma política. “A Câmara, nesse item, está evoluindo, em relação à posição desta Comissão de Constituição e Justiça. Esperamos que eles tenham lá mais êxito do que nós”, afirmou. Os projetos da reforma política do Senado têm ficado no meio do caminho e os petistas apostam que as propostas em discussão na Câmara possam ganhar força no segundo semestre legislativo.

Cláusula de barreira

O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), também condicionou a existência do financiamento público de campanha à existência da lista fechada e lembrou que a proposta já havia sido derrubada pela Casa. “O financiamento público só se viabiliza com lista fechada. E a lista fechada foi rejeitada pelo plenário. Então, nós não conseguimos achar um texto que pudesse ter entendimento”, explicou.

No âmbito da reforma política, a CCJ aprovou a cláusula de barreira, que estabelece critério para o funcionamento parlamentar na divisão de espaço dentro da Câmara e na representação em comissões e lideranças.

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Tiazinha protagoniza comédia escrita por Ariano Suassuna

Musa de programas de TV, Suzana Alves faz carreira no teatro Fonte: folha.uol.com.br 25/08

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A atriz Suzana Alves, que ganhou fama como a personagem Tiazinha na TV, volta à cena -agora no teatro. O retorno contrasta com o passado popularesco: ela assume uma das protagonistas da peça "O Casamento Suspeitoso", do dramaturgo paraibano Ariano Suassuna.

O espetáculo, que estreia no Teatro Popular do Sesi, tem direção de Sérgio Ferrara, diretor com histórico de boas montagens, que tem um APCA e algumas indicações ao Shell em seu currículo.

Ao lado de Suzana, dois prêmios Shell de interpretação: os atores Marco Antônio Pâmio e Bete Dorgam. A escolha, diz Ferrara, tem a ver com a veia popular da peça (do autor de "Auto da Compadecida") e com o empenho da atriz em cadenciar novos rumos. "Acho legal ver como ela está refazendo sua carreira", diz o diretor.

Suzana passou por duas escolas de teatro: o CPT de Antunes Filho e o curso do grupo Tapa.

Ela interpreta um personagem de fôlego. Uma espécie de "quenga" prestes a dar o golpe do baú em um rapaz de família tradicional do Nordeste (Joaz Campos).

O ritmo é de comédia de costumes, conduzido ainda por uma banda que fica em cena em tempo integral.

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Jânio queria o poder absoluto, mas fracassou

Presidente acreditava que voltaria ao Planalto com o apoio da população, mas esqueceu de consultar os militares

IMAGINOU QUE RETORNARIA A BRASÍLIA NOS BRAÇOS DO POVO. PURO DELÍRIO. SAIU DE CUMBICA GUIANDO UM DKW Fonte: folha.uol.com.br 25/08

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Jânio Quadros foi eleito presidente com 48% dos votos (na época não havia segundo turno), mas renunciou após sete meses de governo, a 25 de agosto de 1961.

Jogou o país numa grave crise política, que só foi encerrada, duas semanas depois, com a posse do vice-presidente João Goulart, mas com a mudança do regime político, do presidencialismo para o parlamentarismo.

Jânio teve uma carreira meteórica: em sete anos passou de prefeito de São Paulo (1953) a governador (1954) e presidente eleito (1960).

O janismo foi um fenômeno político paulista, produto da transição de uma sociedade de massas para uma sociedade de classes. Nos anos 40 e 50, a grande migração nordestina e mineira alterou profundamente o Estado, tal como a expansão da industrialização e a urbanização.

As maiores greves da década de 50 tiveram São Paulo como palco principal (1953 e 1957). A primeira delas coincidiu com sua eleição para a prefeitura da capital. Jânio apoiou os grevistas. Sabia que tinha de fazer um discurso dirigido aos mais pobres, apoiando as demandas sociais (transporte coletivo, escolas, hospitais) da cidade que mais crescia no mundo.

Ele foi o primeiro político que transformou o combate à corrupção em plataforma eleitoral. Usou como símbolo a vassoura, provavelmente inspirado numa passagem de "O Escândalo do Petróleo e Ferro" de Monteiro Lobato.

Com a vassoura, um gestual histriônico e um português recheado de formas oblíquas, transformava cada comício em um show.

Venceu a eleição para a prefeitura sem base partidária, outra característica sua.

Usou como slogan "o tostão contra o milhão", simbolizando a disputa contra uma poderosa coligação de nove partidos e com muito dinheiro. Repetiu a dose, meses depois, em 1954, derrotando seu arqui-inimigo, Adhemar de Barros, para o governo do Estado. Desta vez cumpriu integralmente o mandato.

Abriu vários inquéritos para apurar supostas irregularidades dos governos anteriores. Insistia na tese de que para ele a política era um enorme sacrifício pessoal e que aguardava ansioso o final do governo para se recolher a vida privada. O sofrimento era pura representação. Em 1958 foi eleito deputado federal pelo Paraná.

Não compareceu a nenhuma sessão do Congresso. Era mais uma característica sua: o desdém pelo Legislativo.

Dois anos depois, representando o mesmo papel -de candidato solitário que recebia apoio de partidos e não como representante de partido- derrotou Teixeira Lott, apoiado pelo presidente Juscelino Kubitschek. Obteve este feito nacionalizando seu discurso. De fenômeno paulista transformou-se em um fenômeno nacional.

Na Presidência esgotou seu potencial renovador. Reforçou suas características mais conservadoras. Não teve problemas com o Congresso: aprovou tudo o que considerava importante. Fez um governo bipolar. Adotou um programa econômico conservador. Desvalorizou a moeda, e a inflação subiu.

Em contrapartida implantou a política externa independente, rompendo com o alinhamento automático com os EUA em plena Guerra Fria, quando a questão cubana estava no auge. Buscou estabelecer uma relação direta com os governos estaduais. Imiscuiu-se em questões da esfera privada: chegou a proibir os biquínis.

Mas o que parecia novo estava carregado do velho golpismo latino-americano. Desejava o poder absoluto. Tentou um golpe de sorte: a renúncia. Isto sem que tivesse ocorrido nenhuma grave crise. De forma abrupta resolveu abandonar a Presidência. Foi uma ação tão intempestiva que até assustou os ministros militares, que não foram consultados e nem tinham um plano para um golpe, apesar de suas simpatias pelo autoritarismo janista.

Imediatamente deslocou-se para São Paulo. Imaginou que retornaria a Brasília nos braços do povo e com amplos poderes. Puro delírio. Saiu da base aérea de Cumbica solitário, guiando um DKW, rumo ao litoral, de onde partiu dias depois para a Inglaterra.

E passou três décadas tentando explicar a renúncia.

O auge do janismo ocorreu no momento de transição da política nacional. Reflexo de uma sociedade em rápida mudança, com vários desafios a serem enfrentados sem que o sistema político possibilitasse respostas eficazes.

MARCO ANTONIO VILLA, historiador, é professor do Depto. de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos

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