sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Romantismo hilariante

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Quinze atores em trajes de época interpretam o clássico Cyrano de Bergerac, em nova montagem brasileira, com cenário enxuto Fonte: correioweb.com.br 05/08

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Para o ator Bruce Gomlevsky, o período está propício a encarnar heróis românticos em suas produções teatrais. Depois de cinco anos na pele de Renato Russo, no musical que fez sucesso país afora, o ator decidiu voltar séculos no tempo e ressuscitar o célebre espadachim francês, Cyrano de Bergerac, criado pelo escritor francês Edmond Rostand. Sua nova montagem já caiu no gosto do público carioca e agora chega a Brasília para uma temporada no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), até 21 de agosto. “Vi o filme (dirigido por Jean-Paul Rappeneau, com Gerard Depardieu no papel principal) há 20 anos e me apaixonei. Estava começando a fazer teatro e pensei: um dia ainda vou montar essa peça”, conta ele.

Em trajes de época e “adornado” por um nariz descomunal, ele dá vida ao militar da companhia “cadetes de Gasconha”, na Paris de 1640. Apaixonado pela prima Roxane, Cyrano não se julga à altura da beleza da moça e inicia uma correspondência inspirada com ela, porém enviada em nome de um jovem cadete, Christian de Neuvilette, também apaixonado por Roxane. “Cyrano de Bergerac tem todos os ingredientes de uma boa peça: comédia, aventura, poesia e romance”, destaca Gomlevsky.

A montagem foi traduzida e adaptada por Marcos Daud, que transformou os versos alexandrinos (compostos por 12 sílabas poéticas) da versão original em prosa poética. O elenco conta com 15 atores, entre eles, Julia Carrera no papel de Roxane, e Sérgio Guizé, como Christian. Na obra original, são 36 personagens, mas a proposta da montagem era reduzir a história ao seu formato mais simplificado e essencial. “Pensamos qual seria o mínimo elenco para contar essa história, que tem cenas de batalha, de cozinha e precisa de massa humana”, revela o ator, que também produz a empreitada.

A direção, assinada por João Fonseca (ganhador do prêmio Shell por Maria do Caritó, com Lília Cabral), investiu em um cenário enxuto para os cinco atos. Sobre um piso de madeira antiga, cadeiras e mesas com cara de relíquia se transformam em pontes, sacadas, palco. Tudo manipulado pelos próprios atores, durante as cenas. O figurino também segue a linha do minimalismo, se afastando de fantasias de época.

A peça conta com números musicais, alguns ao vivo, com instrumentos tocados em cena. “Esta história precisa sempre ser contada. Ainda mais agora, numa época de cinismo, hipocrisia, liquidez nas relações. Ela abusa do romantismo, do amor exacerbado”, afirma Gomlevsky.

CYRANO DE BERGERAC

Direção de João Fonseca. Adaptação de Marcos Daud. Com Bruce Gomlevsky, Julia Carrera, Sergio Guizé, Gaspar Filho e Gustavo Mello, entre outros. Figurino: Inês Salgado. De hoje a domingo, às 21h, no Teatro 1 do Centro Cultural Banco do Brasil (SCES Tc. 2). Em cartaz até 21 de agosto. Até o dia 14, sessões diárias, às 21h, exceto na segunda-feira. Informações: 3108-7600. Ingressos a R$ 15 e R$ 7,50 (meia). Não recomendado para menores de 12 anos.

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INVESTIMENTO

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R$ 55,8 milhões para a cultura

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O investimento, anunciado pelo GDF, será dividido em R$ 20,5 milhões destinados à revitalização de espaços culturais e R$ 35,3 milhões ao FAC, que deve contemplar 550 projetos. O pacote, no entanto, não inclui a reforma do Teatro Nacional. Fonte: correioweb.com.br 05/08

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O governador Agnelo Queiroz anunciou ontem um investimento de mais de R$ 55 milhões para a cultura do Distrito Federal em 2011. O montante divide-se em R$ 20,5 milhões destinados à revitalização de monumentos e espaços culturais e R$ 35,3 milhões do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Embora a verba prevista para a preservação do patrimônio seja maior que todo o dinheiro investido na área nos últimos 12 anos, a projeção não inclui a reforma do Teatro Nacional, que ainda depende de captação de recursos. No ano passado, o reparo do espaço foi orçado em R$ 80 milhões.

O governo deve começar em breve os reparos do Teatro Nacional com recursos próprios, para então captar mais verba por meio da União, de emendas parlamentares e de iniciativas privadas durante o processo. A reforma começaria pela Sala Martins Pena, com capacidade para 450 pessoas. Somente depois que o dinheiro fosse arrecadado começaria o processo na Villa-Lobos, espaço com 1.307 poltronas.

O processo ainda precisaria driblar o impasse da impermeabilização e da pintura da fachada do prédio, já que a empresa responsável pelo serviço é suspeita de envolvimento no escândalo investigado pela Polícia Federal durante a Operação Caixa de Pandora. Por conta da demora, a estrutura está comprometida pela ferrugem e pela infiltração. “O sujeito dança no palco e sai de lá com pneumonia porque tem mofo. A empresa que colocou os cubos desfez o serviço de impermeabilização que tinha sido feito anteriormente, e vamos cobrar na Justiça esse malfeito”, assegurou o secretário de Cultura, Hamilton Pereira.

“Temos que cuidar da riqueza fantástica de Brasília, que para nós tem um significado cultural muito grande. Por isso, vamos cuidar de obras como o Catetinho, que está completando 55 anos”, afirmou Agnelo Queiroz. Entre os prédios que já têm reformas garantidas também estão a Biblioteca Nacional, o Centro Cultural Renato Russo, o Museu da República, o Polo de Cinema e o Museu de Arte de Brasília. A obra mais cara será a construção da biblioteca Parque, orçada em R$ 5 milhões e ainda sem local definido. Apenas para a elaboração dos projetos técnicos dos reparos, foram destinados R$ 2 milhões.

Dos R$ 20,5 milhões para revitalização, R$ 7 milhões são do orçamento da Secretaria de Cultura, R$ 3 milhões do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) e R$ 10,5 milhões foram levantados por meio de captação. As obras têm previsão para começar em 2012, portanto, a esperada reforma do Cine Brasília não será iniciada antes do 44º Festival Brasília do Cinema Brasileiro, programado para 26 de setembro próximo.

Pendências

O edital do FAC deste ano espera contemplar 550 projetos nas mais diversas áreas (veja quadro). Para tanto, os recursos destinados ao fundo são R$ 10 milhões superiores ao montante liberado em 2010. Ainda assim, os números poderiam ser melhores. “Ainda tínhamos compromissos financeiros com projetos do ano passado para cumprir. Mas, este ano, nossa meta é que os recursos sejam pagos na primeira quinzena de dezembro”, garantiu Leonardo Hernandez, coordenador do FAC.

As normas para a competição deste ano procuram resolver a insatisfação dos artistas locais, que há anos denunciam casos de protecionismo e regras descumpridas. Em 2010, muitos dos selecionados no processo tiveram o direito ao incentivo negado depois de terem os nomes divulgados no Diário Oficial do DF. O edital limita o número de projetos de cada categoria, e procura descentralizar a produção com um novo sistema de pontuação. O processo também poderá ser acompanhado pela internet.

Os artistas e produtores que acompanharam a divulgação do edital se animaram com o aumento do valor do incentivo, mas demonstraram dúvidas sobre o novo processo. “O edital tem muitas modificações e levanta dúvidas de interpretação”, opinou a produtora cultural Geiza Gonçalves. O FAC deste ano terá de atender à expectativa de quem espera a resolução dos problemas enfrentados no passado. “É uma expectativa muito grande porque são evidentes os avanços. O edital precisa ser colocado em prática para vermos como vai funcionar”, avaliou João Paulo Procópio, presidente da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV).

Trabalho parado

A reforma do Teatro Nacional começou em junho de 2007, com a impermeabilização do prédio e a troca dos cubos projetados por Athos Bulcão. Novos moldes das peças tiveram de ser feitos porque os originais se perderam desde que foram projetados, há 40 anos. Até hoje, o processo de revitalização da fachada não foi concluído. A intenção era de que o prédio ficasse pronto a tempo para o cinquentenário de Brasília, em abril de 2010.

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JOSÉ SIMÃO

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Ueba! Obama brinda com sidra!

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E já tem americano só aplicando em inferninhos, em piranhas; porque lá a bolsa roda, mas não cai! Fonte: folha.uol.com.br 05/08

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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Socuerro! Quero me enfiar numa garrafa térmica. Temperatura: oito graus. Sensação térmica: quero morrer! Rarará! Com esse frio o dedo fica duro e o peru encolhido. Não devia ser o contrário?

E como disse aquele gaúcho: "Hoje acordamos igual ao Obama, numa fria. Um grau abaixo de zero!".

E a crise americana? A CRAISE! O Buraco Obama! Com essa crise até Wall Street mudou de nome. Não é mais Wall Street, agora é AI AI STREET!

E o Obama fez aniversário! Nessa crise? Deve ter sido Miojo com Ki-suco. Ou então: pão com ovo, xachicha no môio e sanduíche de carne louca! Rarará! E brinde só com sidra!

E com essa crise já tem americano entrando como clandestino em Governador Valadares. Já tem americano fugindo pra Cuba! Dando ré na balsa!

E sabe o que o Obama devia fazer pra conter a queda das Bolsas? Imitar o Lula: criar o Bolsa Bolsa! E como disse uma amiga minha: "Contanto que não caia a minha Vuitton". E aí caiu a bolsa duma perua e ela gritou: "Cadê o meu vibrador? Cadê o meu vibrador!".

E já tem americano só aplicando em inferninhos, em piranhas; porque lá a bolsa roda, mas não cai! Rarará!

E a foto do Obama completando 50 anos? Compara com uma foto de cinco anos atrás! Tá velho. O poder envelhece! Veja uma foto do Sarney há 50 anos. Tá o mesmo! Rarará!

E um amigo me contou que o Corinthians tá treinando com bola de boliche!

E eu adoro essa expressão da crise americana: teto da dívida. Como diz um amigo meu: eu não estou mais quebrado, o teto da minha dívida é que está baixo. Rarará! É mole? É mole, mas sobe!

E mais uma série de Predestinados! Na empresa dum amigo meu tem um motoboy: Joaquim Avanço. Avanço o sinal. Avanço no paralama. E avanço em tudo que é retrovisor.

E a nutricionista Monica Beyrutt. Só pra proibir a gente de comer beirute! E o proctologista em Santos: Sergio CONSOLO!

E este é um antipredestinado; técnico em informática AUDIFAX da Silva. Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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CARLOS HEITOR CONY

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Budapeste, 2011

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Com seu esplendor cultural, Viena não tem o panorama nem a visão em grande-angular de Budapeste Fonte: folha.uol.com.br 05/08

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POR Falta de tempo e um pouco de falta de saúde, ainda não me dei ao respeito de ler o penúltimo livro de Chico Buarque.

Acontece que eu dei um giro comprido por Budapeste, pela terceira vez eu fui à bela cidade cortada pelo belo Danúbio, que nada tem de azul, e voltei de lá com uma incerteza a menos.

Sempre considerei que as cidades mais bonitas da Europa Central eram, pela ordem, Praga, Viena e Budapeste. Bem verdade que, quando fui pela primeira vez à capital da Hungria, os rescaldos da Segunda Guerra Mundial e da ocupação soviética eram recentes.

Praga me enfeitiçava pelos detalhes, pelos closes de suas fachadas e perspectivas, a música de Smetana, o preto e branco de suas vielas kafkanianas, os labirintos de Joseph K., o castelo impossível a que nunca se chega.

Viena era Viena, monumental em sua frustração de não ser mediterrânea, apesar de Marco Aurélio, para garantir as fronteiras do Império Romano estendidas por Tibério, ter morrido às margens do mesmo Danúbio que não corta a cidade, como em Budapeste, mas passa ao redor, sujo e inglório.

Além da arquitetura e do urbanismo de gênios mediterrâneos, como Borromini, rival de Bernini, que havia feito metade de Roma.

Evidente que Viena é outra coisa, culturalmente e até diria espiritualmente. Como esquecer aqueles túmulos cenográficos onde estão Beethoven, Mozart, Schubert, Brahms, as sinfonias de Mahler, as valsas de Strauss e Lehár, o diálogo de Orson Welles e Joseph Cotten em "O Terceiro Homem", na roda-gigante do Prater, o endereço de Freud na Berggasse 19?

Mas Viena, com todo o seu esplendor urbanístico e cultural, não tem panorama nem a visão em grande-angular de Budapeste, que nesse sentido só tem rival no Rio de Janeiro, feio em detalhes, mas soberbo em suas linhas quase infinitas.

Colocadas em escala natural, em cima de imensos carros alegóricos, o Rio e Budapeste, apesar das diferenças de estilo e de atmosfera, seriam imbatíveis em qualquer desfile carnavalesco ou cívico.

Na minha primeira viagem à cidade, hospedei-me num velho hotel do século 19. Na segunda, um compromisso de trabalho colocou-me numa boa suíte no Hilton, antigo convento ao lado do Bastião dos Pescadores, na parte mais alta de Buda, de onde se vê a maravilhosa curva do Danúbio cortado pela ponte das Luzes vigiada por seus leões apaniguados.

Nesta terceira visita, fiquei mais embaixo, naquele trecho de hotéis modernos e americanizados, em Peste mesmo, apreciando a cidade de baixo para cima, um "lungo mare" mais feérico do que o "lungo Arno" de Florença, o "lungo mare do Tevere" de Roma.

A assombrada integração do Danúbio com a cidade, com seus monumentos iluminados à noite por uma luz que parece nascer das próprias pedras de sua fundação e que se espalha pelas águas do rio que refletem, amarelados e calmos, as fachadas estendidas nas duas margens.

O Palácio Real, no alto de Buda, ou o fantástico Parlamento, lá embaixo, ao nível do rio, talvez o estilo "bolo de noiva" mais impressionante do mundo desde que os gregos, mediterrâneos de fundação e vocação, criaram as suas colunas nuas e as suas estátuas de olhos vazados.

Para um judeu-cristão-ateu, cuja ambição foi ouvir o gregoriano e mais tarde Palestrina, cujo conceito de virtude e vício se misturava em frases soltas ouvidas ou lidas por aí e cujo patamar de beleza física eram as pernas de Cyd Charisse (eu não peguei as de Mistinguette), Budapeste me reconciliou com a esplêndida mediocridade humana que pode fazer deste mundo alguma coisa que ainda valha a pena, enquanto há tempo.

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UNIVERSIDADE

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PUC realizará ciclo de debates sobre lideranças políticas Fonte: folha.uol.com.br 05/08

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A PUC de São Paulo promoverá de 23 a 25 de agosto um ciclo de debates sobre lideranças políticas. No dia 23 será exibido o filme "Jânio 24 Quadros", seguido de um debate com seu diretor, Luís Alberto Pereira.

No dia 25 à tarde haverá uma mesa sobre a questão institucional (Carlos Melo e Miguel Chaia) e outra sobre Getúlio Vargas (Aldo Fornazzieri) e Jânio Quadros (Vera Chaia).

À noite haverá debates sobre Adhemar de Barros (Ari Macedo), Paulo Maluf (Marco Antonio Teixeira) e Marta Suplicy (Andrea Reis); e sobre Lula (Claudio Penteado e Cristina Maranhão) e Hugo Chávez (Katia Saisi e Mônica Simioni).

Inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3670-8517 ou pelo e-mail csopos@pucsp.br.

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