INSTRUMENTAL
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Um violão e nada mais
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Depois de turnê na Europa, Ulisses Rocha apresenta show solo com músicas autorais e temas de Edu Lobo, Egberto Gismonti e Tom Jobim Fonte: correioweb.com.br 06/07
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Para o violonista Ulisses Rocha, apresentar seu trabalho não é tarefa das mais fáceis. “Não sinto que ele se encaixa claramente em nenhuma vertente”, comenta o músico. Se for para tentar uma definição, Ulisses arrisca: violão solo brasileiro moderno: “Não é choro nem clássico. A minha música junta elementos ligados à história do violão com a influência brasileira e a clássica”, explica.
Ulisses é a atração de hoje a sexta-feira, às 21h, do projeto Clube do Choro do Brasil. Sobre sua sonoridade, ele explica que pode causar algum estranhamento, mas acaba se aproximando de um público que tem interesse por coisas diferentes. “O mercado está acostumado com rótulos, pois ajudam a direcionar o público. Trabalhar dentro de um segmento pode não chamar muita atenção para a sua personalidade”, pondera.
Chamar a atenção para seu talento, no entanto, não tem sido um problema para Ulisses Rocha. “Com a internet, ficou mais fácil encontrar o seu público”, comenta. Carioca criado no estado de São Paulo, o músico tem no currículo 11 discos lançados. O violonista se apresentou em festivais no Brasil e no exterior e foi indicado duas vezes para o prêmio Sharp (nas categorias de música instrumental e solista). Seu violão pôde ser ouvido em shows ou gravações de músicos renomados, como Al Di Meola, César Camargo Mariano, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal e Gal Costa.
O trabalho mais recente de Ulisses Rocha é o disco Só. O título é autoexplicativo. Nas 10 faixas do CD, o músico é acompanhado apenas do violão, sem recursos que possam alterar a natureza do instrumento. Só foi lançado no ano passado na Europa e, recentemente, Ulisses esteve na Alemanha, Suíça, Polônia e Bélgica para divulgar o disco. “O público europeu é muito preparado para esse tipo de som. Eles adoram violão brasileiro”, comenta Ulisses.
É muito comum o violonista se apresentar em trio ou duo. Em Brasília, suas apresentações serão solo, no mesmo espírito dos shows de divulgação de Só que os europeus puderam conferir. “Recebi o convite do Clube do Choro e achei superoportuno para lançar o CD. Já me apresentei em Brasília antes, mas será a primeira vez lá. Estou ansioso, superentusiasmado com a oportunidade.”
Mas Ulisses adianta que, além das composições do disco novo, mostrará músicas de safra mais antigas, além de outros autores que costumam fazer parte do seu repertório. “O segredo de fazer um bom show de lançamento é misturar as músicas novas com as antigas. Nos shows, 70% do repertório será de músicas do disco novo e 30%, dos antigos. E músicas do Edu Lobo, Egberto Gismonti e Tom Jobim, que eu sempre toquei”, lista o violonista.
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