Instrumentista Paulo Moura ganha livro, CD inédito e filme
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Entrevista feita pela mulher do músico, morto há um ano, é lançada em obra que vem com disco encartado
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Eduardo Escorel finaliza documentário sobre o compositor, que terá também portal na web com acervo digitalizado Fonte: folha.uol.com.br 13/07
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Aos 11 anos, começando a seguir o rumo que iria transformá-lo num dos maiores instrumentistas de sopro do país, Paulo Moura (1932-2010) tocava clarineta na banda de seu pai, em bailes de clubes do interior de SP.
Num desses shows, a administração do clube não quis pagar o cachê integral da banda. Seu pai, Pedro Moura, chamou o filho, sentou-o à frente dos diretores e pediu que ele tocasse. Ouvindo o garoto, os homens assentiram com a cabeça.
Mais tarde, o pai explicaria: "Queriam que eu fizesse um desconto porque tinha trazido um menino para tocar. Não sabiam que você tocava feito gente grande".
A história é uma das que o músico -cuja morte, em decorrência de um linfoma, completou um ano ontem- lembra com prazer no recém-lançado livro "Paulo Moura, um Solo Brasileiro", que vem acompanhado de um CD inédito, "Fruto Maduro".
A obra registra entrevistas feitas pela psicanalista e escritora Halina Grynberg, viúva de Moura, com quem viveu por 26 anos. "Quando o Paulo chegou aos 75 anos, houve uma compreensão recíproca de que estava na hora de deixar registrado o percurso dele em direção ao solo instrumental", diz Grynberg à Folha.
Clarinetista e saxofonista, compositor e arranjador, Paulo Moura foi um dos mais renomados e requisitados músicos brasileiros -a lista dos artistas com quem trabalhou vai de Ary Barroso e Dalva de Oliveira a Milton Nascimento e Raphael Rabello.
Além de servir como biografia de Moura, o livro também traz suas observações eruditas sobre música e composição e é um diálogo amoroso de casal, "uma conversa bem de marido e mulher", como diz Grynberg.
Ele foi lançado durante a última Festa Literária Internacional de Paraty, e a obra do músico voltará a ter destaque na cidade durante o festival de samba e choro que acontece em agosto, onde ele será o homenageado.
Outra celebração da trajetória do compositor é o documentário "Paulo Moura - Imaginação e Estilo", que o cineasta Eduardo Escorel está finalizando e pretende lançar em 2012, ano em que o músico chegaria aos 80.
Por fim, a extensa obra de Moura ("perto de mil arranjos", segundo Grynberg) começará a ser digitalizada pelo Instituto Tom Jobim até o fim do ano, para ficar disponível na internet.
PAULO MOURA, UM SOLO BRASILEIRO
AUTORA Halina Grynberg
EDITORA Casa da Palavra
QUANTO R$ 55 (256 págs. + CD)
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CINEMA
E o Cerrado brota em Paulínia Fonte: folha.uol.com.br 13/07
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Paulínia – Houve um hiato entre a saída de Renato Russo do Aborto Elétrico e o início da Legião Urbana. Durante esse período, o cantor e compositor subia ao palco carregando o violão e interpretando algumas de suas composições solo. “Achavam que eu era um Bob Dylan do Cerrado”, comentou o cantor sobre essa fase em entrevista que faz parte do documentário Rock Brasília – Era de ouro, de Vladimir Carvalho, exibido na mostra competitiva do 4º Festival de Cinema de Paulínia, no sábado.
Um dos shows em que o Trovador Solitário (como Renato passou a se denominar) fez num teatro em Taguatinga foi encenado para as câmeras do longa-metragem de ficção Somos tão jovens, de Antônio Carlos Fontoura, feito na região do Polo Cinematográfico de Paulínia, na segunda-feira. Irmã do cantor, Carmem Tereza Manfredini veio ao festival por causa da estreia do documentário do Vladimir e acabou acompanhando a movimentação das filmagens da biografia do irmão e da turma da Colina.
A equipe de filmagem dentro do teatro era tão reduzida que nem ela pôde entrar no set. “Fiquei do lado de fora assistindo pelo monitor. Dentro do teatro estavam o elenco, o diretor e os assistentes”, comentou Carmen, que será interpretada por Bianca Comparato. Distrito próximo a Paulínia, o Bosque dos Jequitibás serviu como o teatrinho de Taguatinga. “O ator Tiago Mendonça está muito, muito parecido com o Renato. São os mesmos trejeitos. O timbre de voz está também parecido com o que ele tinha quando era mais jovem. O engraçado é que ele não tocava e nem cantava antes do filme”, comentou Carmen.
Do lado de fora
Ela visitou também as filmagens em Brasília ao lado da mãe. Apesar da curiosidade em acompanhar um set, dona Maria do Carmo não se adaptou à longa espera tão comum no cotidiano cinematográfico. “Eu fui lá para ver porque eu nunca tinha visto um set. Fiquei lá por um tempo, mas demorava tanto que eu desisti de esperar”, lembra dona Maria do Carmo. Por enquanto, a equipe de Somos tão jovens faz as gravações externas da etapa em Paulínia. A partir da próxima semana, eles se mudam para um dos estúdios do Polo Cinematográfico da região.
A briga entre Fê, Flávio Lemos e Renato Russo, que encerrou a breve carreira do Aborto Elétrico, foi motivada por um atraso dele para um show no Cruzeiro, onde estavam presentes apenas 50 pessoas. Russo passou então a se apresentar como o Trovador Solitário. Foi nessa fase que o compositor, morto em 1996, produziu o épico Faroeste caboclo (música que também vai virar filme) e Eduardo e Mônica. Como era de se esperar para alguém que estava no começo da carreira, quase ninguém o levava a sério. “Havia uma gozação dos punks com o Renato. Eles jogavam moedinhas no palco quando ele se apresentava. Não era bem uma agressão, era coisa de garotos mesmo”, comentou a irmã Carmem Manfredini.
Grandes expectativas
A mostra competitiva de ficção será encerrada hoje à noite com a exibição do filme Febre do rato, do pernambucano Cláudio Assis. A expressão comum no Nordeste se refere a um indivíduo que, por alguma razão, fica fora de controle. No caso, Febre é o nome do jornal editado pelo poeta, vivido por Irandhyr Santos. Assis é um realizador que gosta de focar suas narrativas em temas polêmicos. No elenco, estão dois atores brasilienses Mariana Nunes e Juliano Cazarré. O último documentário da competitiva a ser exibido será As margens do Xingu — Vozes não consideradas, de Damià Puig. Amanhã serão revelados os vencedores de todas as categorias e haverá a exibição de Assalto ao Banco Central, estreia na direção de Marcos Paulo.
Na noite de segunda, o longa-metragem de ficção Os 3, de Nando Olival, mostrou a história de três estudantes do interior desembarcando em São Paulo para estudar. Dividindo um apartamento invadido, eles topam a filmagem do cotidiano transmitido pela internet num site de vendas de eletrodomésticos. “Queria fazer um filme sobre a juventude contemporânea, sem gírias e sem câmera solta, mas também discutir essa era em que a privacidade das pessoas é ferida”, definiu Olival. O documentário mineiro Itibipoca, drobra pra lá misturou depoimentos de moradores dessa região de Minas Gerais com imagens do cotidiano rural para falar sobre o êxodo rural e a difícil situação econômica na região.
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9ª FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY
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"Não cabe a mim, como curador, criticar mesas da Flip"
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Manuel da Costa Pinto responde à polêmica depois de ter chamado de anti-intelectual atitude de Claude Lanzmann Fonte: folha.uol.com.br 13/07
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Ao se recusar a responder às perguntas de Márcio Seligmann-Silva sobre o filme "Shoah", na mesa "A Ética da Representação", o francês Claude Lanzmann alegou que o mediador se desviava do tema principal: seu livro de memórias "A Lebre da Patagônia" (Cia. das Letras).
Ocorre que a filmagem de "Shoah" levou 12 anos e ocupa os últimos capítulos do livro. Nada mais natural que fosse o centro do debate.
O motivo da recusa foi outro. Lanzmann se irritou quando Seligmann-Silva fez menção a Didi-Huberman (filósofo que polemizou com o autor de "Shoah") e ameaçou se retirar de cena, desqualificando um mediador que escreveu vários ensaios sobre o tema (incluindo reflexões sobre o próprio Lanzmann).
Na coletiva de imprensa da Flip, expressei minha decepção ao constatar que um intelectual que sucedeu Sartre à frente da revista "Les Temps Modernes" e que havia lutado na resistência ao nazismo -uma ideologia irracionalista e um regime que baniu artistas e intelectuais- também adotasse postura anti-intelectual.
Foi o suficiente para que se fizesse a ilação de que qualificara a atitude de Lanzmann de nazista, com manchetes ligeiramente sensacionalistas, seguidas de textos que, reconheço com satisfação, nuançaram e contextualizaram minhas declarações.
Todo nazista é anti-intelectual, mas nem todo anti-intelectual é nazista -o raciocínio é tão elementar quanto seria absurdo associar ao nazismo um judeu que, em "Shoah", engajou sua notável trajetória na restituição da memória dos campos de extermínio.
Menos elementar é compreender as razões que levam o intelectual Claude Lanzmann a reivindicar um ponto de vista que exclui todas as outras formas de representar e interpretar o horror. Seria importante saber por que Lanzmann considera "obscena" e "revisionista" qualquer tentativa de explicação da catástrofe ("shoah", em hebraico).
Não cabe a mim, como curador, criticar as mesas da 9ª edição da Flip.
Na entrevista coletiva, atuei como jornalista que já se dedicou inúmeras vezes ao tema (incluindo um dossiê sobre "Literatura de Testemunho" feito para a revista "Cult" em parceria com Seligmann-Silva).
Minha expectativa pela presença de Lanzmann, seguida da frustração pelo que ocorreu, acabaram precipitando uma perplexidade diante das reações negativas de parte minoritária do público (com endosso da mídia) a discussões que não podem se furtar à complexidade, que são taxadas de "acadêmicas", também desqualificando a reflexão.
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Brasil e EUA lideram projeto para promover transparência de Estados
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Parceiro "deu vários passos para tornar governo mais aberto", diz Hillary Fonte: folha.uol.com.br 13/07
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, trocaram elogios ontem ao anunciar uma iniciativa internacional para promover a transparência dos governos no mundo.
A Parceria sobre Transparência Governamental -capitaneada pelo Brasil e pelos EUA- é o primeiro projeto conjunto de escopo internacional a ser lançado após Dilma Rousseff assumir a Presidência, em janeiro.
Patriota definiu a iniciativa como "evolução gradual" da relação entre os dois países, mas afirmou que sua raiz vem do governo Lula.
Analistas políticos americanos têm constantemente se referido a uma melhora nos laços entre Brasil e EUA desde a mudança de governo -visão que a diplomacia brasileira rechaça.
"A [iniciativa] reflete o compromisso dos dois países em termos de igualdade de posições, de trocar experiências", afirmou o ministro.
"O Brasil deu vários passos para tornar seu governo mais aberto e acessível à sua população", disse Hillary, declarando-se "orgulhosa" de encabeçá-lo com o país.
O protocolo, que será lançado em setembro na Assembleia-Geral da ONU, recebeu a adesão de 60 países. Brasil e EUA liderarão o comitê supervisor no primeiro ano.
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A liberdade longe do Supremo
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ANTÔNIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA
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Caso seja aprovada, a PEC dos recursos suprimirá de tribunais superiores a apreciação do valor fundamental do ser humano, que é a liberdade Fonte: folha.uol.com.br 13/07
Vejo como demonstração de pouca convicção no acerto e na própria legalidade da PEC dos recursos a afirmação de que, se ela estivesse em vigor, Pimenta Neves já estaria preso há tempos.
Sabem os que assim alegam que esse é um argumento apenas de efeito para uma sociedade leiga e sedenta pela prisão alheia, pois não corresponde à realidade de nosso sistema penal. Pimenta Neves poderia, sim, estar encarcerado, mesmo na vigência do atual sistema, se a sua prisão fosse considerada necessária pelos magistrados que examinaram o seu processo.
Poderia ter sido preso, como o foram, antes do trânsito em julgado das decisões, inúmeros outros acusados de homicídio, dentre os quais Suzane von Richthofen, os irmãos Cravinhos e o casal Nardoni. Portanto, não são os recursos que impedem a prisão.
Fala-se também que os advogados são contrários à PEC por razões de interesse profissional. Alegação imprópria e injusta. Como fizemos na luta pela democratização do país, pelo término da censura e pelo retorno das prerrogativas da magistratura, nós, advogados, outra vez pugnamos pelo que nos parece correto, no caso, a liberdade.
Aliás, se fossem levados em conta motivos meramente profissionais, deveríamos estar a favor da PEC, pois na área criminal a demanda será maior, uma vez que, por conta do trânsito em julgado antecipado, inúmeros habeas corpus serão impetrados.
Argumentos dessa natureza não podem alicerçar uma medida que suprimirá dos tribunais superiores questões como a liberdade e a dignidade do homem. Note-se que, com a PEC, o tribunal que ficará sobrecarregado será o Superior Tribunal de Justiça, pois os habeas corpus serão a ele dirigidos. Observe-se, sobre o habeas corpus, que ele só poderá ser interposto após a expedição do mandado de prisão em segundo grau, não tendo, portanto, o condão de impedir que a liberdade seja sacrificada.
Não se pense, no entanto -e seria grande indelicadeza fazê-lo-, que o objetivo da PEC foi aliviar o STF em detrimento do STJ.
Em verdade, na busca de soluções para aliviar a sobrecarga do Judiciário, é preciso levar em conta suas causas reais, que não são os recursos, mas, sim, a burocracia, a carência de juízes e de funcionários, a inexistência de efetiva autonomia financeira, a incipiente informatização e, especialmente, a excessiva litigância da União.
Como pretendem incluir medidas pertinentes ao Judiciário em um novo Pacto Republicano, é conveniente e oportuno que dele se faça constar um compromisso da União de não utilizar recursos meramente protelatórios. Com isso, uma causa real da sobrecarga dos tribunais superiores será afastada, sem que seja suprimido da sua apreciação o valor fundamental do ser humano, que é a liberdade.
ANTÔNIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA é advogado criminal. Foi presidente da OAB-SP (1987-88 e 1989-90) e secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado de São Paulo (governo Quércia).
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Parques na Amazônia serão reduzidos por medida provisória
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Três unidades de conservação encolherão para dar lugar a duas usinas hidrelétricas Fonte: folha.uol.com.br 13/07
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Três unidades de conservação da Amazônia, entre elas o parque nacional mais antigo da região, terão sua área reduzida ainda neste ano para dar lugar a duas hidrelétricas. Outras cinco áreas protegidas estão na mira do governo federal.
Uma medida provisória a ser editada ainda neste mês determinará a "desafetação" (redução) do Parque Nacional da Amazônia e das florestas nacionais de Itaituba 1 e 2. As unidades serão alagadas pelos reservatórios das usinas de São Luiz e Jatobá, no rio Tapajós, no Pará.
SEM ESTUDOS
Como a Folha adiantou em junho, as unidades serão reduzidas sem a realização de estudo prévio, após um pedido da Eletronorte.
A decisão foi comunicada no último dia 1º aos chefes das áreas protegidas pela presidência do ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade).
Na mesma reunião, foram instruídos a não conversar com a imprensa sobre isso.
Todos eles se opõem à redução das áreas, como mostram documentos do ICMBio obtidos pela Folha. Segundo eles, a redução subverte o sentido das unidades.
O caso mais dramático é o do parque nacional da Amazônia, criado nos anos 1970. A zona a ser alagada é de alta prioridade para a conservação de peixes e aves, e biólogos temem que a implantação da usina de São Luiz provoque extinções locais. Em caráter emergencial, o ICMBio determinou um levantamento da fauna aquática do local em setembro.
A megausina de São Luiz do Tapajós, a principal do complexo, será a quarta maior do país, com 6.133 megawatts -quase a potência somada de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira. Jatobá terá 2.338 megawatts.
Os parques integram o mosaico de unidades de conservação da BR-163, criado pela União em 2005 para conter o desmatamento e a grilagem de terras na região.
É o maior conjunto de áreas protegidas do país.
A partir do ano que vem, entram em discussão as reduções de outras cinco áreas protegidas e uma terra indígena, para dar lugar a mais três usinas do chamado Complexo Tapajós, o maior projeto hidrelétrico do governo depois de Belo Monte.
Como compensação, o governo estuda criar uma estação ecológica em Maués, no Estado do Amazonas.
Procurado pela Folha, o ICMBio não comentou a proposta até o fechamento desta edição.
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