terça-feira, 26 de julho de 2011

VIOLÊNCIA

Sequestrado no Parque da Cidade

Policial rodoviário federal foi rendido por dois homens em estacionamento após comprar água de um ambulante, na noite de domingo. Abandonada na DF-180, a vítima diz que só escapou com vida porque não estava com a carteira da corporação nem armada Fonte: correioweb.com.br 26/07

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Recém-chegado a Brasília, o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Walter Favaro, 47 anos, rapidamente passou a integrar uma estatística assustadora da capital federal: a de sequestros relâmpagos. Walter saiu de casa em busca de um remédio para dor de cabeça às 23h15 do último domingo e, quando parou o veículo no Estacionamento 11 do Parque da Cidade para comprar água de um ambulante, foi rendido por dois homens. Por volta das 2h45, o policial foi abandonado na DF-180, na altura da Ponte Alta, no Gama. De janeiro a maio de 2011, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) registrou 232 casos da modalidade de roubo. No mesmo período do ano passado, foram 214.

Nas mais de duas horas em que ficou em poder dos assaltantes, Favaro sofreu ameaças constantes. A vítima disse que só não morreu porque não estava com a carteira da corporação nem armado. Além disso, os marginais também não repararam na foto 3x4 da Carteira Nacional de Habilitação, na qual ele aparece fardado.

O grupo rodou com a vítima e tentou retirar dinheiro no Plano Piloto, em Taguatinga e em Samambaia, mas os caixas eletrônicos não realizavam saques por conta do horário. O caso foi registrado na 20ª Delegacia de Polícia (Gama), mas também será investigado pela 1ª DP (Asa Sul) e pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFV). Até o fechamento desta edição, nenhum dos assaltantes havia sido preso.

Walter está lotado na PRF do Mato Grosso do Sul e chegou de Campo Grande na última terça-feira para trabalhar no Ministério da Justiça. Ele contou que comprou o remédio, mas ficou com receio de tomar o medicamento na rua, que estava deserta. Resolveu se medicar em casa, mas quando passava pelo Parque da Cidade e viu o estacionamento movimentado, com ambulantes, parou para comprar água.

“Tenho enxaqueca, e ela piorou com a seca. Eu comprei a água, mas nem tomei. Quando sentei no banco do motorista, eles me abordaram. Ainda fomos seguidos de perto por um Palio e um Tempra escuro, com outras pessoas, sendo uma delas uma mulher, que tentou sacar o dinheiro”, detalhou.

Deixado em um local ermo na DF-180, o policial rodoviário caminhou por cerca de dois quilômetros para pedir ajuda ao segurança de um frigorífico nas proximidades. Com frio, ele ainda pediu para os marginais deixarem um casaco com ele.

Os assaltantes levaram o Ford Focus da vítima, cheques, cartões e senhas, além dos dois celulares. Mas ainda deixaram com Favaro todos os documentos e os chips dos aparelhos. “Eles chegaram a me dar uma coronhada, só que não foi forte. Colocaram a arma na minha cabeça também. Meu carro era novo. Tinha 1.500km rodados. Vim com ele de Campo Grande.”

A titular da 20ª DP, a delegada Deborah Menezes vai colher as digitais dos assaltantes na carteira do policial e fazer o retrato falado de um dos criminosos. “Se ficar provado que se tratou de sequestro relâmpago, os assaltantes podem pegar até 15 anos de prisão. Nesta semana, vamos sobrevoar a Ponte Alta para descobrir se há algum ponto de desova de carros”, contou.

Já o delegado-chefe da 1ª DP, Watson Warmling, disse que avisou todos os carros de polícia do DF sobre as características do Ford Focus de Walter. “Ele será ouvido. Alerto à população que ficar parado dentro do carro à noite é muito perigoso em qualquer lugar. A maioria dos crimes dessa modalidade acontecem nessas circunstâncias.”

O administrador do Parque da Cidade, Paulo Dubois, prometeu pedir reforço para o policiamento noturno na região. Além disso, Dubois disse que esse é o primeiro sequestro relâmpago que ocorreu no parque este ano (veja memória).

“Desde que começamos a fechar os estacionamentos, de 0h a 5h, o número de casos de roubo e depredação diminuíram. Também conseguimos acabar com as festas. Ontem impedimos uma. Tive notícia que, depois, dois ambulantes voltaram para aproveitar a saída dos clientes de um bar próximo ao estacionamento 11. Lamento muito pelo que aconteceu e quero conhecer as circunstâncias do sequestro para que isso não se repita”, disse.

Memória

Somente neste mês as polícias Civil e Militar registraram pelo menos três ocorrências de infrações no Parque da Cidade:

24 de julho

Uma ação conjunta entre a Polícia Militar e a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) evitou uma festa em área pública no estacionamento 10 do Parque da Cidade. O grupo já começava a se reunir, e diversos vendedores ambulantes foram vistos no local com bebida alcoólica. Homens das duas corporações e seguranças do parque conseguiram, no entanto, impedir a realização do evento.

17 de julho

A Polícia Militar apreendeu dois adolescentes suspeitos de assaltarem duas mulheres. A dupla roubou as bicicletas das vítimas e fugiu para o metrô. A PM montou uma operação para fechar o cerco aos bandidos e conseguiu capturar os adolescentes quando deixavam o Plano Piloto. Recuperaram as duas bicicletas e apreenderam um revólver calibre 22. Os rapazes foram encaminhados para a Delegacia da Criança e Adolescente (DCA).

15 de julho de 2011

Policiais militares prenderam Cláudio Rocha de Carvalho, 20 anos, flagrado enquanto vendia drogas no Parque da Cidade. Os soldados surpreenderam o homem quando faziam uma ronda de rotina no estacionamento 10. De acordo com o delegado Watson Warmling, da 1ª DP, Cláudio Rocha foi visto vendendo entorpecentes a um casal. Com ele, a polícia apreendeu 40 pedras de crack, porções de maconha e R$ 60 em dinheiro.

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Literatura

Os Labirintos de Troia

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Novo livro de poemas de Jamesson Buarque propõe um jogo metafórico ao leitor Fonte: opopular.com.br 26/07

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Há uma relação intrínseca entre música e poesia que divide a opinião de estudiosos quanto às suas fronteiras e características. Sem entrar no mérito da questão, o certo é que ambas compartilham de maneira bem próxima o jogo metafórico. E muitas vezes uma remete à outra, numa via de mão dupla. Na canção Força Estranha , Caetano Veloso compôs a belíssima imagem: "Eu vi o menino correndo.../Eu vi o tempo.../Brincando ao redor do caminho daquele menino." Dificilmente se poderia resumir de forma mais apropriada o livro-poema outra troia , de autoria do professor de literatura da Universidade Federal de Goiás e poeta Jamesson Buarque, do que este tropo do compositor baiano.

Dois meninos ganham um presente único do pai com a ordem de alternância para brincarem. Um deles não segue o que foi estabelecido pelo genitor. A partir daí, estabelece-se o conflito, que é o motivo inicial do canto de outra troia . Mas, conforme adverte o autor num texto em prosa-poética que apresenta a obra, embora o argumento seja simples, não significa que a compreensão do que virá a seguir seja fácil. De fato, ao leitor pouco afeito à leitura de poesia, outra troia soará estranho, incompreensível mesmo. Em contrapartida, aos aficionados do texto poético a obra de Buarque apresenta diversas camadas de leitura proporcionadas pela riqueza das imagens que o autor espalha ao longo do livro, no desdobramento do motivo inicial.

A propósito, o motivo apresentado é uma recorrência que possui seu arquétipo cultural no conflito fraterno de figuras como Caim e Abel, Esaú e Jacó, José e seus irmãos, explorados à saciedade na literatura universal. A estas figuras arquetípicas do panteão judaico-cristão, Buarque juntou um outro motivo do universo helenista: a guerra de Troia, que, diga-se de passagem, conta também com os irmãos Páris e Heitor. Assim, o menino declara guerra ao irmão. Mas nesse meio tempo, à C.S. Lewis, ele entra no reino da literatura, como os personagens do escritor irlandês entram no reino de Nárnia pelo guarda-roupa mágico, curiosamente numa situação também de guerra, pois a Inglaterra enviou suas crianças para o campo na fuga dos bombardeios que caíam sobre a cidade de Londres.

Resolvidas as diferenças com o irmão, vencida a guerra, o menino não se contentou e "a poesia se tornou a sua casa". A partir daí, outra troia se configura uma espécie de solilóquio do menino, que refletirá a formação do professor Buarque. O motivo configura, portanto, o apito do juiz para que o jogo se inicie. No caso, o ambivalente jogo metafórico-cultural.

A sequência será uma eloquente construção imagética. O foco se desdobra para além da diferença com o irmão, num elemento subjetivo que a motiva: a discórdia, que será tratada no livro-poema em seu variado aspecto.

No reino da metáfora

Estudioso da poesia em sua riquíssima multiplicidade no tempo e no espaço, o professor Jamesson Buarque é um dos maiores especialistas brasileiros na complexa produção épica de Gerardo Mello Mourão, autor reconhecido em nível internacional mas injustamente relegado a segundo plano na vida cultural brasileira, por obra e (des)graça da ditadura militar tupiniquim. Em outra troia encontram-se ecos desse multifacetado universo de leitura. Mais que isso, para além do intertexto, vigora a capacidade criativa, o estro poético de Buarque, o que não é pouca coisa. Afinal, entre ler poesia e produzi-la a distância não é pequena.

E um dos elementos primordiais no fazer poético é a construção de imagens, de metáforas. Em outra troia , elas estão esparsas nas diversas estrofes vazadas em rimas brancas e versos livres, o que curiosamente produz o efeito de torná-las marcantes. Nos três primeiros versos da estrofe que se inicia na página 17 e se estende pela seguinte, por exemplo, Buarque aponta a cor do dissídio, que é azul celeste: "A primeira cor do dissídio é celeste/E Deus discordou terra de firmamento/E águas de continentes/Para separar das outras cores o azul." Nestes versos encontram-se reverberações e reelaborações de Byron, Castro Alves, Fagundes Varela e Fernando Pessoa em escritos poéticos que contemplam a imensidão marítima em simbiose com a amplidão cerúlea.

Os textos teóricos que tratam da escrita como extensão da memória também aparecem na construção imagética de outra troia . Nas três primeiras estrofes, compostas de dois versos, da página 121, o poeta escreve: "Resta saber com qual comoção/Foi colhida a rosa daquele adeus//Enquanto o pensamento não virar papel/Residirá na ausência a memória//E quando o pensamento afinal se papeliza/Flores petalam sílabas e pássaros brotam dos lábios".

O livro-poema do professor Buarque assemelha-se, pois, a uma construção labiríntica, para nos servirmos de uma imagem cara ao pensamento helenista. Apesar de o motivo ser simples - a discórdia dos irmãos -, ele serve como uma espécie de fio de Ariadne que permite ao poeta e ao seu leitor a entrada e o retorno seguro de compartimentos paralelos e contíguos estabelecidos pelas diversas metáforas e intertextos de que se estrutura outra troia . Um dos diversos exemplos disso pode ser percebido no próprio título da obra.

Segundo biografemas do autor, a Troia a que se refere o título é o nome de uma cadela da poeta Micheliny Verunschk. Mas a metáfora, que desloca o sentido das palavras, ressignificando-as, remete de volta ao rico universo cultural de onde proveio o nome da cadela e desencadeia todo um processo de memória em torno do menino impossível do poema.

Conforme é proposto por Caetano Veloso em Força Estranha , o professor que reconstrói o seu percurso a partir de um incidente prosaico da infância é o resultado da brincadeira do tempo ao redor do caminho daquele menino. Ainda no imbricamento música-poesia, o resultado de outra troia evoca a polissêmica metáfora composta por Herbert Vianna e Lulu Santos em Assaltaram a Gramática , quando afirmam que o poeta é a pimenta do planeta. Qualquer um que já foi para a cozinha sabe que o segredo de um bom prato é o tempero na medida certa. Em poesia também é assim. E é o caso de outra troia.

Gismar Martins Teixeira é doutorando em Literatura pela UFG e professor

Livro: outra troia

Autor: Jamesson Buarque

Editora: artepaubrasil

Páginas: 126

Preço: R$ 25

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JOÃO PEREIRA COUTINHO

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O terrorista da Noruega

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No seu inefável horror, Breivik ensina como as ideias erradas continuam a ser o motor da história Fonte: folha.uol.com.br 26/07

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Há algo de podre no reino da Noruega. Ou não há? Lendo os jornais, acreditamos que não. Tudo é silêncio. Nenhum sermão sobre esse tipo de massacre.

Estranho: quando um louco entra numa escola americana e abre fogo sobre os estudantes, a mídia é inundada por sábios, dispostos a explicar tudo, exceto o óbvio.

A culpa é da América. A culpa é de uma história nacional de violência que sempre promoveu a violência. A culpa é das armas, vendidas em todo o lado, sem restrições. A culpa é dos filmes. Da televisão. Da MTV. Do sr. Marilyn Manson. Do Mickey Mouse. A culpa é de todo mundo, exceto de quem premiu o gatilho.

Esse raciocínio não se aplica apenas às matanças americanas. Aplica-se também ao terrorista clássico, leia-se islamita, que o 11 de Setembro catapultou para as primeiras páginas. Uma bomba em Londres, Madri ou Tel Aviv?

A culpa não é dos terroristas. A culpa, deliciosa ironia, é novamente da América. Ou do seu irmão mais novo, Israel, que "roubou" a terra dos palestinos. A culpa é da pobreza. A culpa é da fome. A culpa é do colonialismo. A culpa é nossa, nunca dos outros.

Nada disso existe nas reações conhecidas ao massacre da Noruega. Os sábios ficaram sem roteiro e olham, pasmados, para os números: das vítimas e, já agora, da excelência do país.

Anthony Browne, no "Sunday Telegraph", recordava alguma dessa excelência. Segundo as Nações Unidas, a Noruega está no top dos países com melhor qualidade de vida. É presença permanente nas missões de paz em zonas de conflito. É o maior doador de ajuda externa per capita do mundo.

Também não existe nenhuma sombra colonial, ou imperial, a pairar sobre os noruegueses. Em matéria econômica, a Noruega conjuga o supremo sonho dos progressistas: igualdade social com crescimento econômico. E sobre as armas, sim, elas existem num país de caçadores; mas a legislação sobre a compra e o porte de armas é das mais rigorosas da Europa. O que resta, depois de tudo isso?

Restam três palavras: Anders Behring Breivik. Ou, como o próprio assinou no seu manifesto de 1.500 páginas, Andrew Berwick. Não é preciso procurar as causas imaginárias quando é o próprio a explicar o seu pensamento. E o seu pensamento, já traduzido pela revista "Foreign Policy", é indistinguível do pensamento radical jihadista que nos assalta sazonalmente.

Encontramos o mesmo desprezo pela democracia liberal e pelas sociedades pluralistas do Ocidente. A mesma náusea pela "cultura de tolerância" e pelo reles materialismo dos ocidentais. O mesmo toque de misoginia e puritanismo em relação ao "sexo frágil" -as páginas sobre os hábitos sexuais "devassos" da mãe e da irmã arrepiam qualquer um.

E, surpresa das surpresas, uma admiração assaz heterodoxa pela Al Qaeda e pelo seu defunto líder, Osama bin Laden. Bizarro? Nem por isso. Breivik despreza a "islamização" da Europa e deseja travá-la pela força das armas. Mas, nessa fobia demente, existem palavras de admiração sobre a disciplina, a tenacidade e até o manual de treino da turma de Bin Laden. Aliás, os objetivos de ambos são similares: reconquistar a Europa para uma fé perdida. No caso de Bin Laden, reconquistar a Europa para o profeta.

Para Breivik, reconquistá-la para a cristandade. "Tal como os guerreiros jihadistas são as ameixoeiras da Ummah [o mundo islâmico]", escreve Breivik no manifesto, "nós seremos as ameixoeiras da Europa e do cristianismo." Quem disse que os inimigos não nutriam admiração mútua? Hitler era um admirador sincero da violência e da implacabilidade de Stálin. Regresso ao início: não vale a pena tanto silêncio perante o massacre da Noruega.

No seu inefável horror, ele ensina como as ideias erradas, na cabeça errada, continuam a ser o verdadeiro motor da história. E o fato de nós, ocidentais, vivermos num estágio pós-ideológico onde nada é importante porque nada tem importância não significa necessariamente que os outros nos acompanham nessa doce viagem relativista. Como o próprio Breivik confessou pela internet, "uma pessoa com convicção tem a força equivalente a 100 mil que tenham interesses apenas".

No melhor e no pior, a história da humanidade é a confirmação desse pensamento.

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FSP

Artista cria museu de mundo imaginário

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Em individual que abre hoje, Marilá Dardot usa trabalhos dela e de outros artistas para falar de sua terra fictícia

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Obras na mostra estão em vitrines, como artefatos de um museu, acompanhados de seus verbetes explicativos Fonte: folha.uol.com.br 26/07

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No terceiro mundo imaginado por Marilá Dardot, o sistema de cores se baseia em livros e flores, no caso, o estado de conservação de cada livro e o grau de maturação de cada flor. Também o tempo tem seu registro alterado, a arquitetura, os mapas e todo instrumento que rege a vida.

Não é um conceito geopolítico que ela usa na mostra que abre hoje na galeria Vermelho, em São Paulo, mas um terceiro mundo filosófico, que vem da junção de "um primeiro com um segundo".

Também em vez de mostrar só obras que fez, Dardot reúne em caixas e vitrines alguns resquícios de obras de artistas de sua geração para construir um discurso em torno dos tempos atuais, esse tal terceiro mundo de ideias que pauta uma leva de autores. "São obras reproduzidas aqui como se estivessem em espaços domésticos, não como obras de arte", resume a artista. "É como se fosse um museu histórico desse lugar."

Dardot, aliás, também não sai de sua esfera íntima. Estão nas paredes de seu museu trabalhos de artistas que despontaram em Minas Gerais, como ela, além de uma obra do próprio marido.

Rivane Neuenschwander, Cinthia Marcelle e Sara Ramo, que vivem em Belo Horizonte, emprestam seu vocabulário para pensar o tempo. Sua base também está na literatura de Julio Cortázar ou Emily Dickinson, constantes citações nos trabalhos. Mas o que fica é um inventário da delicadeza violenta do cotidiano, uma pausa para contemplar os absurdos da vida.

Num dos verbetes de seu museu, Dardot, citando o argentino Cortázar, descreve o ato de endireitar pregos com um martelo como ação de "perversidade fulminante".

Descreve também outro estranho ato dos habitantes do terceiro mundo, que se abaixam quando veem um brilho na calçada.

(SILAS MARTÍ)

MARILÁ DARDOT

QUANDO abre hoje às 20h; de ter. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 17h; até 27/8

ONDE Vermelho (r. Minas Gerais, 350, tel. 0/xx/11/3138-1520)

QUANTO grátis

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