domingo, 12 de junho de 2011

O Ícaro da Estrutural

Sob uma lona montada ao lado do lixão da cidade, Fernandez, o voador, se apresenta e ensina a arte de ser trapezista Fonte: correioweb.com.br 12/06

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Um senhor se levanta da plateia indignado ao ouvir que o trapezista não poderia se apresentar naquela noite. De terno e gravata ele caminha até o palco e anuncia que vai subir no trapézio. Diante da incredulidade do público ele dispara: “Pois eu vou mostrar que o velho aqui ainda sabe trepar”. A cena ocorreu no Teatro Dulcina, como parte de um dos espetáculos do FestClown de 2010. Desde então, o inusitado trapezista permaneceu afastado do grande público.

Aos 10 anos, o maranhense Miguel Fernandes sonhava ser piloto de avião. Um ano depois, o menino fugiu com um circo que se apresentava na cidade. Fernandes cresceu e virou Fernandez, o trapezista internacional que queria ser dono de circo. Hoje, o homem que completa 60 anos em setembro sonha em fazer acrobacias com uma asa-delta. Os sonhos mudam com os anos, mas todos eles têm em comum o desejo de voar. “Se não fosse mitologia eu tinha certeza que sou a reencarnação de Ícaro”, acredita Fernandez. Desde que leu a história do grego que tentou fugir da cidade de Creta voando, o trapezista tenta viver o mito. “Tudo que é perigoso é o meu fraco”, confessa. E suas tentativas rendem acrobacias no trapézio e boas histórias para contar. Quanto mais longe do chão maior é o prazer alcançado por Fernandez. Primeiro o telhado da casa de um padrinho, os muros do colégio, as árvores do jardim, e finalmente o picadeiro. “Meu negócio é altura”, define.

Depois de percorrer Brasil, Chile, Argentina e Uruguai com várias companhias de circo, Fernandez chegou a Brasília em 1998 e se instalou em Valparaíso. Desde 2004, ele mora e confecciona toldos na Estrutural. Mas a vida de circense não parou por aí. É ao lado do lixão da cidade, sob a lona montada na Associação Viver, que o artista ensina crianças a fazer acrobacias no trapézio. Ele é um dos instrutores das oficinas realizadas pelo Circo Teatro Artetude, que fazem parte dos projetos Circo Escola Simpatia e Roda Vida o Circo.

Fernadez é trapezista há 49 anos. Ainda criança, “o mais estudioso dos quatro filhos da família” fugiu com o Novo Circo Americano, que se apresentava em São Luís. Os pais tinham certeza de que o menino havia enlouquecido. “Fiquei complexado porque minha família não aceitava. Quando eu me apresentava na cidade onde eles moravam, me escondia para que eles não me vissem”, explica.

Quando os pais e os irmãos se mudaram para Brasília, Fernadez perdeu-se totalmente deles. Doze anos se passaram até que o artista itinerante reecontrasse a família. Tudo graças a insistência da esposa Alba, moça de um povoado do Ceará que fugiu de casa aos 16 anos com o trapezista. Alba investigou e descobriu os telefones de uma das irmãs de Fernadez. “Minha mulher era muito autoritária, ela me puxou pela orelha e disse: ‘Agora tu vai falar com a tua irmã’”, o artista lembra com saudade da companheira. Alba faleceu em 2003, vítima de um câncer.

Trupe

Fernandez ensinou trapézio à mulher e ao cunhado e com mais um colega formou a trupe de trapezistas Os Ícaros. Em 1976 o grupo foi contratado por um circo alemão, o Ankenberg, que selecionava artistas no Brasil para uma turnê na América Latina. “Dos bons não éramos os melhores, mas também dos ruins não éramos os piores”, brinca o artista. Três anos depois, de volta ao Brasil, Fernandez fez questão de escolher um bom circo. “Eu era metido. Não trabalhava em companhia fraquinha. Eu ia lá para abraçar os amigos, mas só queria me apresentar em circo grande”, diverte-se. Em seguida, ele lembra um recente encontro com os antigos amigos durante um espetáculo do Cique du Soleil: “Está todo mundo velho”.

O homem que se arriscou a vida toda no picadeiro tem trauma de futebol. Uma vez, em 1975, após uma partida, mesmo com um pé machucado Fernandez decidiu executar o seu número no trapézio. O resultado foi uma queda de 12 metros de altura, um braço e uma perna quebrados e quatro meses sem acrobacias. “Nunca mais jogo! Quando não era o jogo, me machucava em alguma briga de futebol”, argumenta entre risos. A dor que até hoje ele sente no fêmur não o deixa esquecer.

» Dono de circo

» Seis meses depois de regressar ao país, o trapezista trocou os dólares e abriu o próprio circo, o Real Espanhol, que resistiu 10 anos, dirigido por Alba. “E como deu dor de cabeça! O dia de mudança era uma dificuldade: era carro quebrando na estrada, leão nervoso com fome”, lembra. A doença da esposa fez com que Fernandez optasse por fechar o circo e trabalhar confeccionando lonas com um ex-aluno dele, que tinha uma fábrica em Brasília. Se sente saudades do circo? “Como não? Era a minha vida, eu me sentia diferente com todo aquele povo pagando para me ver. Me sentia valorizado! Eu gostava do circo, mas gostava mais ainda da minha mulher”, emociona-se e completa: “Sem ela, para mim, acabou. Ela dirigia tudo: o carro, o circo e a vida”.

» Busca de adrenalina

Fernandez estava em Governador Valadares (MG), quando viu pela primeira vez um voo de asa-delta. Fez amizade com os pilotos, distribuindo ingressos para o circo, até que surgiu a oportunidade de pular, em 1996. “Minha mulher escondeu a roupa, os tênis e a chave do carro. Eu não discutia com ela porque sabia que estava errado, deixando ela preocupada. Mas eu não desisti”, conta. O trapezista foi até os fundo do circo, onde havia um velho carro Chevrolet Opala. Por meio de uma ligação direta, Fernandez saiu escondido e dirigiu rumo ao precipício dos voadores e voou com eles. “Quando cheguei em casa, minha mulher veio me abraçar chorando. Nunca me esqueço do que ela disse: seu maluco, um dia tu vai me matar de medo com essas loucuras”, recorda.

Outro susto marcou a memória de Fernandez. Em 1887, no município de Castanhal (PA), o artista caiu da moto em um número de Globo da Morte. “Caí e fiquei protegido pela moto, embaixo da bagunça. Um dos meus compadres se machucou e o sangue dele manchou a minha camisa branca”, explica. Todo mundo achou que Fernandez estava gravemente ferido. “E eu fingi que estava desacordado para no dia seguinte lotar! Me colocam em uma Kombi do circo, e quando estávamos virando a esquina, rumo ao hospital, eu disse: pode voltar que eu estou bonzinho” (risos). Fernandez chegou a tempo de acalmar a esposa, que estava grávida. “Cheguei dançando para ela ver que eu estava bem”, conta.

Prêmios

Troféu Sesc FestClown 2009: segundo lugar como trapezista.

Medalha em um festival de circo, em Santiago do Chile, em 1975

A carreira

1962

Novo Circo Americano

1975

Circo Bartolo

1976

Circo Orlando Orfei

1976

Circo Ankenberg (Alemanha)

1979

Circo Garcia

1988

Circo de Munique

1988

Circo Real Espanhol

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JOSÉ SIMÃO

Ueba! Alugam-se Namorados!

E um leitor me mandou a foto da namorada com a legenda: "Tá explicado por que eu bebo?" Fonte: folha.uol.com.br 12/06

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Hoje é Dia dos Namorados. Vai dar overbooking em motel. Por isso que eu recomendo o drive-thru do McDonald's: entra, pede um hambúrguer, dá uma rapidinha e sai! E olha essa placa em Ceilândia: "Alugo-me para o Dia dos Namorados. Beijo na Boca. Tiro Foto. E digo que amo". Só isso? Minha amiga diz que faz muito mais e de graça. E olha essa placa da felicidade: "Amigos, 5 km. Cerveja. 2 km. Putaria 200 metros. Namoro: 999 quilômetros".

E corre na internet a frase da revoltada: "E daí se eu passar o Dia dos Namorados sem namorado? Eu não passo o Dia do Índio com um índio. Não passo a Dia da Árvore com uma árvore. Nem passo Finados com um defunto".

E lembre-se que amor começa em motel e termina em pensão. E você quer que sua namorada continue gritando depois da transa? Limpa o pingolim na cortina. Rarará!

E um leitor me mandou a foto da namorada com a legenda embaixo: "Tá explicado por que eu bebo?" Rarará! E eu tenho uma ótima dica pra presente pro Dia dos Namorados. Uma loja em Campos do Jordão chamada Flores & Pinto. Nessa ordem. Rarará!

E uma leitora quer passar o Dia dos Namorados em estado de coma. COMA-ME PELO AMOR DE DEUS! E o melhor namorado do mundo é o saci. Porque quando ele te der um pé na bunda, quem cai é ele. Aliás, sabe o que o saci falou pra sacia? FICA DE TRÊS! Rarará!

Dia dos Namorados. Dedicado, como diz uma amiga minha, a essa doença mental chamada amor. Rarará! E Dia dos Namorados tem que ser cafona. Como dizia Fernando Pessoa: todas as cartas de amor são ridículas! Duas pessoas apaixonadas é a coisa mais chata. Pros outros!

E aqui em Sampa tem uma boate perfeita para o Dia dos Namorados: Bakanal. Perfeita para um momento romântico a dois. Dois de cada lado. Dois por minuto. Rarará!

E uma amiga deu pro namorado uma camisinha branca leitosa. E o pingolim dele ficou parecendo o do Gasparzinho! Ele ficou correndo atrás dela com aquele fantasma em pé! Rarará!

E uma outra quer passar o Dia dos Namorados tendo orgasmos múltiplos. Com eco. Pro prédio inteiro ouvir. Senão não tem graça! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza.

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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FERREIRA GULLAR

Instituição e rebeldia

O que se chama hoje de arte conceitual ou contemporânea parte do princípio de que tudo é arte Fonte: folha.uol.com.br 12/06

TODOS CONCORDAM que é muito difícil definir o que é arte. Não obstante, se refletimos sobre o que conhecemos e consideramos expressão artística, verificamos que, em que pese a enorme variedade de estilos e concepções, há ali um traço comum que nos permite englobá-la numa mesma definição: é arte. Houve épocas em que era quase impossível fazê-lo de modo amplo, uma vez que a conceituação estreita reduzia a expressão artística a princípios e normas, fora das quais a arte seria impossível.

Foi precisamente o abandono dessas regras que tornou possível a visão abrangente que caracterizou a crítica de arte do século 20, capaz de compreender as mais diversas manifestações artísticas, desde as pinturas parietais do paleolítico até a limpidez da estatuária grega, o delírio barroco e a poética revolucionária do cubismo, do expressionismo, do dadaísmo.

Um dos traços mais característicos dessa visão nova da arte era a valorização do fator expressivo e autônomo das formas em detrimento da representação do real: compreendeu-se que, mais que copiar a realidade, a arte a recria e a inventa.

Mas o impulso irreverente, que movia os artistas do começo do século 20, ultrapassou não apenas a concepção acadêmica como pôs em questão o próprio conceito de arte.

Quem levou essa atitude a seu ponto extremo foi Marcel Duchamp, ao afirmar: "Será arte tudo o que eu disser que é arte". Essa afirmação, tomada ao pé da letra, significa que nada é arte, ou seja, que o fazer artístico não tem qualquer sentido.

Mas nem ele próprio acreditava nisso, tanto que suas obras mais importantes -"O Grande Vidro" (1915-1923) e "Étant Donnés" (1946-1966)- demandaram-lhe muitos anos de trabalho e criatividade.

De qualquer modo, não foi esse lado de sua personalidade que influiu sobre futuras gerações de artísticas, e sim aquele outro lado, o da antiarte. De uma maneira ou de outra, o que se chama hoje de arte conceitual ou arte contemporânea parte do princípio duchampiano de que tudo é arte ou pode ser dado como tal. Noutras palavras, todos os valores -sejam teóricos, artesanais ou estéticos- que serviam para esse tipo de expressão tornaram-se dispensáveis.

Isso não é uma crítica, apenas uma constatação. Qualquer que seja a importância que se atribua a esta ou aquela obra dita "contemporânea" -casais nus no MoMA, por exemplo- não possui aquelas referidas qualidades que constituem as obras de arte: casais nus que se exponham num museu não foram feitos por nenhum artista nem por ninguém. São apenas algo que se mostra como uma expressão, um conceito, qualquer que seja ele -enfim uma "boa ideia". Em face dessa constatação é inevitável concluir que tais manifestações estão fora do campo da arte.

No entanto, esses casais nus foram mostrados no Museu de Arte Moderna de Nova York, um dos mais conceituados museus do mundo. Como se explica isso?

A primeira resposta que me ocorre é que, no campo das artes plásticas, o conceito de obra de arte, como produto do trabalho e fruto de uma linguagem elaborada pelo artista, já não vale.

Entre os que conceituam, gerem ou decidem sobre o que merece ou não ser exibido e destacado, o que vale é, em vez da obra, o questionamento do que se chama de arte e do próprio museu ou certames nacionais e internacionais, criados para expor obras de arte. Agora, esses espaços tornaram-se locais onde se "nega" a arte.

A palavra "nega" está aí entre aspas porque não é agora uma negação contestadora de fato. Já foi, quando Duchamp expôs o seu famoso urinol, intitulado "Fontaine". Agora, instituição e rebeldia se identificam e uma redime a outra. O museu, as bienais, são hoje locais onde a não arte -seja urinol ou casais nus- vira arte.

Trata-se, de fato, de um impasse: a rebeldia que necessita da instituição para ser rebelde é a negação da rebeldia. Não por acaso, o artista escolhido para representar o Brasil na Bienal de Veneza, este ano, se declara contra salões, premiações e a própria Bienal onde vai expor.

Claro, porque, se se mostrar contente de expor ali, deixará de ser rebelde e, como sua obra é a não obra, tudo o que lhe resta é o espaço institucional, onde ela é aceita como rebeldia. Fora de lá, não é.

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O Estado da Palestina já!

EMIR MOURAD, engenheiro civil, é diretor da Federação Árabe Palestina do Brasil.

O fato de Israel ter vencido guerras não o faz regulador de normas internacionais nem exime o país das infrações cometidas perante as leis Fonte: folha.uol.com.br 12/06

A questão fundamental para a solução do conflito entre palestinos e israelenses é reconhecer que os países-membros da ONU possuem direitos e deveres que regulam a convivência civilizada entre nações, Estados, governos e povos.

Israel, dentre diversas resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral, acatou, até hoje, uma só resolução: a que aceitou Israel como membro da ONU!

A Palestina existe de fato antes de Israel ser criado em maio de 1948: uma cultura milenar, um povo organizado na cidade e no campo, em maioria árabe muçulmana e cristã, com minoria judaica, todos pertencentes à sociedade palestina, com instituições sociais, industriais, educacionais, faltando só o reconhecimento de direito para estabelecer seu Estado independente. O estabelecimento do Estado da Palestina é questão de direito!

Vez ou outra nos deparamos com opiniões "desinformadas" sobre a demografia da época do mandato britânico sobre a Palestina, tais como "o território que a ONU destinou aos judeus já continha maciça maioria judaica".

Nos dados da ONU consta que, em dez dos 16 subdistritos administrativos, a população palestina perfazia mais de 82% do total da população. A Comissão de Inquérito Britânico-Americana, em 1945 e 1946, apresentou relatório com os dados de 1,269 milhão (67,6%) de árabes palestinos e 608 mil judeus residentes dentro das fronteiras do mandato da Palestina.

Sobre as guerras ocorridas em 1948, 1967 e 1973, todas as resoluções da ONU se referem às ações da "potência ocupante", Israel, e à ilegalidade de ocupar, colonizar e anexar territórios pela força militar.

Além da responsabilidade histórica de Israel pela expulsão dos refugiados palestinos.

Quanto aos judeus que foram expulsos de países árabes, eles obtiveram a cidadania israelense e deixaram de ostentar o direito de reivindicar qualquer status de refugiados, diferentemente dos refugiados palestinos, que hoje somam quase 5 milhões e são reconhecidos como refugiados segundo o estatuto da ONU e o direito internacional.

O conflito tem proporções internacionais, já que foi criado pela própria ONU e pelas intervenções de várias potências, em decorrência de seus interesses econômicos na região do Oriente Médio.

O fato de Israel ter vencido guerras não o faz regulador de normas e leis internacionais nem o exime de infrações cometidas perante a lei!

Em julho de 2004, a Corte Internacional de Justiça proferiu uma sentença, por 14 votos a um, declarando ilegal e pedindo a demolição do muro que Israel construiu nos territórios ocupados.

A representante do Brasil na ONU, embaixadora Maria Viotti, em seu relato sobre a questão palestina, declarou, em 21 de abril de 2011: "As atividades de assentamento na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental são ilegais e um obstáculo à paz".

Os palestinos, em setembro próximo, vão pedir que o Estado da Palestina seja reconhecido como membro das Nações Unidas, tal como Israel o foi em 1949. Se Israel continuar negando esse direito aos palestinos, estará negando a razão de sua própria existência!

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JUSTIÇA

Tribunais unidos contra novo horário

A três semanas do início do atendimento ao público das 9h às 18h, ação contra a medida está prestes a ser julgada no Supremo Fonte: correioweb.com.br 11/06

De norte a sul do país, os tribunais vêm reclamando do novo horário de atendimento ao público fixado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O que seria mais uma iniciativa do órgão para ampliar o acesso do cidadão à Justiça, a resolução publicada no começo de maio desencadeou um dos maiores embates de tribunais e magistrados contra o CNJ. A decisão é contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Relator da ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o ministro Luiz Fux preferiu não decidir o caso individualmente. Ele aplicou o mecanismo do rito abreviado, usado para que o caso seja analisado direto pelo plenário do Supremo, com rapidez.

O relator também enviou ofícios a todos os tribunais brasileiros, nos quais estabelece prazo de 15 dias para a prestação de informações sobre a viabilidade de a Corte se adequar ao novo horário de expediente definido pelo CNJ, que determinou a uniformização do atendimento em todo o país, estabelecendo o período corrido das 9h às 18h. Fux também fixou prazo de 10 dias para o CNJ se pronunciar. Depois de chegadas as respostas, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República terão cinco dias para se manifestar no processo.

A repercussão negativa do tema juntos aos servidores do Judiciário, logo após a medida ser aprovada, motivou o CNJ a abrir exceções. Pressionado, o órgão flexibilizou os horários de atendimento dos tribunais que comprovarem falta de pessoal ou justificarem “costumes locais” para adotar intervalo de almoço. Nesses casos, porém, as cortes ficam obrigadas a dar expediente mínimo de oito horas diárias.

Tarifa fechada

O CNJ fixou prazo para que o Judiciário se adeque aos termos da resolução. Os tribunais estão a menos de um mês da obrigatoriedade de cumprir a medida, mas se debruçam na expectativa de que o Supremo derrube a decisão antes de 4 de julho, data prevista para o novo horário entrar em vigor.

Embora confiante em uma decisão favorável do STF, a maior parte dos tribunais já realiza estudos para avaliar a viabilidade e o impacto da mudança. É o caso dos tribunais de Justiça do Distrito Federal e o de Mato Grosso do Sul. Algumas cortes já antecipam que não têm orçamento para arcar com o pagamento de horas extras de pessoal e até com o aumento no consumo de energia. No caso do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da Paraíba, que hoje funciona somente até as 17h, o consumo de energia passará a ser taxado em 100 vezes mais que a tarifa padrão, uma vez que a unidade dispõe do chamado “contrato fechado” de fornecimento de energia elétrica. A informação é do presidente da AMB, Nelson Calandra, o principal opositor da resolução aprovada pelo CNJ. “Todos os estados que têm contrato fechado de fornecimento de energia terão alteração de tarifas”, afirmou Calandra.

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É preciso exigir bons antecedentes Fonte: opopular.com.br 11/06

Há uma falha nas normas vigentes na política brasileira, deixando vulnerável a preservação da moralidade no setor público, é a falta da exigência da comprovação de bons antecedentes dos que vão assumir cargo mandato eletivo ou cargos no Ministério da República e nas secretarias de Estado. Para assumir qualquer emprego, o atestado de bons antecedentes é exigido do cidadão comum. Por que não se exigir de quem assume responsabilidade pública?

O ex-ministro Antônio Palocci Filho, para ficarmos com um exemplo de escândalo bem atual, não foi alvo de denúncias apenas neste episódio que o derrubou da Casa Civil. Foi acusado, antes, de irregularidades praticadas quando prefeito de Ribeirão Preto, sua terra natal, e depois quando era ministro da Fazenda, em 2005, afastado pelo presidente Lula depois que conseguiu a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.

Muitas pessoas com sensibilidade cívica estranharam que ele fosse tão forte na campanha presidencial passada e conduzido a seguir à chefia do Gabinete Civil da Presidência. A maioria dos políticos também deveria ter estranhado, mas isto não aconteceu. Assim como Palocci, muitos outros, apesar de forte denúncias de suspeição, continuam fortes desfrutando poder político.

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Uma profecia para 2050 Fonte: opopular.com.br 11/06

O ecologista gaúcho José Lutzenberger )1926-2002) escreveu, em um ensaio, pouco antes de morrer, que até ano 2050, ou seja, durante a vida adulta de crianças e dos mais jovens de hoje, que estarão maduros ou meso velhos, terão acontecido inversões fundamentais e irreversíveis nas tendências atuais. Ninguém é profeta, mas uma coisa é certa, o estilo de vida consumista, esta última excrescência da religião fanática, a cultura industrialista global, que já conseguiu o que o Cristianismo, o Islamismo e o Comunismo não conseguiram, conquistar a humanidade, este estilo de vida não pode ser extrapolado por mais meio século. Até lá, ou aprendemos a nos enquadrar nas leis da vida – ou elas nos punirão severamente.” Entre civilizações e a natureza chegou a seu ponto mais agudo – ou está perto disso.”

Mais adiante, Marina observa: “não se trata de anunciar o apocalipse ou prever catástrofes, mas está claro que já estamos vivendo significativas mudanças na esfera da vida e que as alterações ambientais estão mudando as condições de sobrevivência.”

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Péssima liderança Fonte: opopular.com.br 11/06

O governo Dilma ficaria bem melhor na relação com o Senado se substituísse, por alguém qualificado o atual líder, Romero Jucá. É fraco e sem visão. No episódio Palocci, mesmo ante a evidência de que o ex-chefe do Gabinete Civil cairia, Jucá continuava a defendê-lo.

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Itália dos opostos Fonte: opopular.com.br 11/06

A Itália que deu Julio César, no tempo da antiga Roma, deu também esse xará, Cesare Batisti, que está envenenando as relações ítalo-brasileiras.

Itália dos contrastes e dos opostos em ternos de seres humanos. Itália de Francisco de Assis e desse Césare Batisti, de Alcide De Gasperi e de Berlusconi.

De Giovani Roncalli, o João 23, e de Al Capone. De filmes geniais dirigidos por cineastas como Federico Fellini, Vittorio de Sica, Roberto Rosselini e Luchino Visconti e de filmes tenebrosos como a série Maciste.

FOLHETIM POLÍTICO

Welcome Jacqueline - Vereador em Goiânia na década de 1970, Álvaro de Oliveira montou um repertório de projetos exóticos e picarescos. Quando Jacqueline Kennedy, viúva duas vezes – do presidente americano John Kennedy e do milionário grego Aristóteles Onassis –, vivia perseguida pelos paparazzi e rodeada de seguranças, sem ter sossego, o vereador apresentou um projeto oferecendo domicílio goianiense a ela. Justificou: “Aqui ela terá abrigo seguro, não vai precisar de seguranças e nem ficar correndo dos fotógrafos que perseguem celebridades.” Fonte: opopular.com.br 11/06

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