sábado, 4 de junho de 2011

TOCANTINS

Apoio ao turismo

Mesmo sem ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, Tocantins pretende se tornar um dos principais destinos turísticos do país durante o evento. Fonte: correioweb.com.br 04/06

O Ministério do Turismo e a Fundação Assis Chateaubriand, com apoio da Agência de Desenvolvimento Turístico do estado (Adtur), desenvolveram o projeto Revelando Tocantins, em 23 municípios, para melhorar a oferta e a qualidade dos serviços locais, integrando governo, terceiro setor, iniciativa privada e sociedade.

Os resultados do projeto foram apresentados na noite de quinta-feira, no Palácio Araguaia, em Palmas. Participaram do evento o vice-governador, João Oliveira; o secretário da Indústria, Comércio e Turismo, Ernani de Siqueira; representantes da Fundação Assis Chateaubriand, da Adtur e da Assembleia Legislativa, além de prefeitos.

O projeto formou 42 condutores ambientais e 123 gestores de empreendimentos turísticos. Mais de 200 representantes municipais reuniram-se em oito eventos participativos para discutir os pontos fortes e fracos do estado, o que resultou na criação de 61 diretrizes que nortearão políticas públicas voltadas ao turismo. O projeto será concluído no fim de julho, com a oferta de cursos a distância.

Um dos grandes legados do Revelando Tocantins foi o mapeamento inédito de 290 atrativos potenciais, entre cachoeiras, praias de rio, dunas e construções seculares. O levantamento incluiu uma avaliação das condições de infraestrutura e viabilidade de acesso. As informações coletadas estão em um banco de dados informatizado que pode ser constantemente atualizado pelos gestores municipais e acessado pela internet.

“A sensação agora é de missão cumprida”, destacou o superintendente de Relações Institucionais da Fundação Assis Chateaubriand, Paulo Cabral Júnior. “Esperamos que cada município envolvido utilize esse material da melhor forma possível para seguir um dos ensinamentos de Assis Chateaubriand: a possibilidade de desenvolvimento e, consequentemente, de bem-estar social.”

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Para não falar de flores

Em entrevista ao Correio, o fotógrafo Adi Nes detalha trabalho exposto do Museu de Israel e comenta sobre a luta em favor da diversidade cultural do povo judeu Fonte: correioweb.com.br 04/06

Telavive — Veja, leitor, o semblante carregado e o olhar melancólico dos dois oficiais israelenses, um ao centro e o outro em pé, à esquerda da foto. Apenas eles percebem e sentem que esta será a derradeira ceia para alguns de seus soldados.

O fotógrafo Adi Nes usou como referência A última ceia, de Leonardo Da Vinci, para retratar a insensatez da guerra.

A imagem está exposta com destaque na galeria destinada à arte contemporânea no Museu de Israel, local em que grande parte da história de nossa civilização está preservada, como os manuscritos do Mar Morto.

“Não tentei fazer uma transposição da pintura de Da Vinci, mas criei minha própria Última ceia — é por isso que há um soldado extra na imagem (não são só Cristo e os 12 apóstolos). O soldado extra representa o artista ou o espectador que vê fora da imagem e conhece o passado ou pode esperar o que pode vir no futuro”, destaca o fotógrafo ao Correio.

Ele acrescenta que esse trabalho faz parte do ensaio Soldados, realizado entre 1994 e 2000. “É um esforço de humanização do soldado, sem importar de qual exército seja, uma metáfora para todas as pessoas em todas as partes do mundo”, diz Adi Nes, 45 anos, filho de imigrantes iranianos e curdos que chegaram a Israel na década de 1950. “Queria mostrar a pessoa por trás do soldado, sua vulnerabilidade e fragilidade. Mostrar que, no momento em que se coloca um uniforme, há um contrato subentendido que inclui a possibilidade da morte, e o medo sempre a acompanhará. Não é heroico e nobre (abençoado) morrer.”

Adi representa um movimento em alta no seu país, o que defende a diversidade do povo israelense, ao contrário de anacrônicas políticas governamentais do passado que focavam a lente num judeu “ideal”. “O tema principal em minha arte são questões de identidade. Sou um israelita e um homossexual militante que lida com a masculinidade e a israelidade.

Mas meu trabalho é composto por várias camadas, não há uma que domine a outra. Cresci em uma região em desenvolvimento e a uso em meus cenários (especialmente na série Boys). Minhas origens de fundo oriental (sefardita) também são marcantes em minha obra, assim como os temas judaicos e as histórias bíblicas. Todas essas camadas diferentes vivem dentro de mim, lado a lado”, tenta se definir o fotógrafo que joga cores fortes na crítica à desigualdade social, na sua postura política e também no seu olhar artístico.

Photoshop, câmeras digitais e efeitos computadorizados estão longe de seu trabalho. “Estou ciente de que eu sou como aqueles malucos que ainda gostam de ouvir música de um disco de vinil e não de um CD.” Além de Soldados, ele produziu séries premiadas como Boys (2000), Prisioneiros (2003) e Histórias da Bíblia (2004-2007). Atualmente investe na produção The village, que deverá ser concluída em 2012.

Reconhecimento

Adi Nes (foto) nasceu em 1966, em Kiryat Gat, perto de Jerusalém. Suas exposições têm percorridos grandes centros artísticos do mundo, como o Wexner Center for the Arts (EUA), o Museu de Arte Contemporânea de San Diego (EUA) e a Galeria Melkweg, em Amsterdã, entre outros. Em 2005, Nes foi escolhido como “notável artista” da prestigiada Israel Cultural Excellence Foundation.

"A composição do palco desta foto (A última ceia) é dividida em duas etapas: os símbolos debaixo da mesa (aquelas coisas que nós ignoramos, como o “diálogo” das botas dos soldados e também o clima de aparente tranquilidade antes de ir para o conflito. Morte, em meu ponto de vista, sempre ocorre em um momento trivial (e não o heroico como em Hollywood), ou seja, acontece quando você está fumando, rindo, comendo ou escrevendo uma carta para sua namorada"

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JOSÉ SIMÃO

Palofi, o pepino contaminado!

Brasil joga com a Holanda. O time dos laranjas. Ótimo. Se tem uma coisa de que o Brasil entende é de laranja Fonte: folha.uol.com.br 04/06

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!

E mais dois predestinados. Direto de Dourados (MS), o cirurgião plástico Valdir FUZIL! Só atende canhão! E o personal trainer da Gretchen: Alexandre MANGUEIRA! Rarará!

Quando nasceu, a mãe falou: "Meu filho, você vai se chamar Alexandre Mangueira e vai bombar a Gretchen". E quem se casa com a Gretchen é bundão? Rarará!

E o Neymar é santista ou bambi? "Após perder o anel no banheiro, Neymar se apresenta". Rarará! Neymar vai pra balada e perde o anel no banheiro! Rarará!

E a manchete do Sensacionalista: "Convocação de Palocci surpreende o Neymar: em que time ele joga mesmo?". No time dos 20! O Palocci é que é o verdadeiro pepino contaminado! Avisa pro mundo pra não comer o Palofi! Rarará!

E o chargista Neo Correia: "Como é que a Dilma vai carregar o Palocci se ele tá 20 vezes mais gordo?".

E atenção! Hoje amistoso em Goiânia. Brasil x Holanda. O time dos laranjas. Ótimo. Se tem uma coisa de que o Brasil entende é de laranja. E a Holanda não usa ônibus. Usa van! Vem jogar de van: Van Piersie, Van der Wiel, não confirmados Van Bommel e Van der Vaart. E o técnico: Van Marwijk. Tá faltando um: o VAMPETA! E a WANderléa!

E quem vai transmitir? O Galvão Urubueno? A Foca da Disney? Tá mais rouco que a foca da Disney. Rarará!

E o estádio do Corinthians. Sabe por que eles estão com problema de grana? Porque as notas manchadas de caixas eletrônicos explodidos não serão ressarcidas. Rarará!

Os corintianos estão precisando urgente de um estádio. Pra pichar. E é o estádio com mais nomes: Gambazão, Diferenciadão, Fielzão, Ateuzão, Lulão, Maloqueirão, Faixa de Gaza e Arena Mãos ao Alto!

O Brasil é Lúdico! Existe uma cidade no Rio Grande Norte chamada São Miguel do Gostoso. Santo sexy!

E olha a placa: "Aqui se faz GOSTOSO, bem-vindo". E esta faixa em Taubaté: "Mirian Regina, pastora, escritora e profeta de Deus! Faltam 30 dias pro mundo acabar".

Mas o mundo não pode acabar. Porque o Sarney ainda tem 50 mandatos pra cumprir. Rarará!

E esta placa de cão bravo: "Cuidado! Hot Vale!". Rarará! O Brasil é lúdico. Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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Eleição de jornalista abre debate sobre ABL

Vitória de Merval Pereira, que não tem produção literária, reaviva discussão quanto a requisitos para integrar casa

Caráter de clube e intenção de integrar academia à sociedade remonta à época da fundação da instituição Fonte: folha.uol.com.br 04/06

Merval Pereira, quem diria, foi parar nos "trending topics".

Ao ser eleito anteontem para uma cadeira da ABL (Academia Brasileira de Letras), o jornalista carioca -colunista de "O Globo" e comentarista do canal Globonews e da rádio CBN- tornou-se um dos temas mais comentados no Twitter.

Virou assunto por reavivar uma surrada discussão: quem merece entrar na ABL e quais os requisitos para isso?

Pereira, dois livros publicados (uma reunião de artigos, sozinho, e uma série de reportagens, em coautoria), venceu com folga (25 votos a 13) o escritor Antônio Torres, 17 obras publicadas, entre romances, contos e crônicas. A nova controvérsia deriva, na verdade, de um debate tão antigo quanto a ABL, fundada em 1897.

Em seu discurso naquele ano, Joaquim Nabuco (1849-1910), um dos fundadores, defendia a expansão dos limites da casa. "Algumas das nossas individualidades mais salientes nos estudos morais e políticos, no jornalismo e na ciência, deixaram de ser lembradas. A literatura quer que as ciências, ainda as mais altas, lhe deem a parte que lhe pertence em todo o domínio da forma."

A abertura é, ultimamente, uma política deliberada do presidente da ABL, Marcos Vinicios Vilaça. Shows de samba na sede e condecorações a boleiros se inserem nesse quadro.

CLUBE

O crítico literário Fábio Lucas, membro das academias Paulista e Mineira de Letras e candidato derrotado à ABL em 2008, considera que a casa está exagerando na dose. "As academias [a ABL e as estaduais] estão reunindo mais notáveis de outras áreas do que da literatura. É justo que aspiremos um maior número de escritores."

O romancista Cristóvão Tezza aponta que a diversidade resulta do caráter clubístico da ABL. "É uma instituição privada, um clube, que estabelece seus próprios critérios e vive sob o impacto de ondas políticas."

Tezza diz não ter a menor vontade de integrar o clube.

Apontado como candidato imbatível, caso queira concorrer (o que considera "fora de cogitação"), o poeta Ferreira Gullar, colunista da Folha, avalia que é difícil uma casa nos moldes da ABL se manter fora do jogo de interesses e pressões políticas.

"Não pertenço a nenhuma instituição para não ter de lidar com esses problemas. Já tenho problemas demais", diz, ressalvando que considera Merval Pereira um escritor e um homem inteligente. O jornalista e acadêmico Cícero Sandroni, que já presidiu a ABL, destaca o componente político de uma eleição na casa. "O Merval é um homem da mídia, alguém que, na política brasileira, tem importância. Isso pesa para alguns acadêmicos."

Como convém à ABL, um lugar de políticos no sentido mais amplo do termo, mesmo os que votaram contra Pereira já o acolhem.

"Votei no Torres, mas não quer dizer que não queira o Merval. Ele vem nos ajudar a construir uma academia mais ampla", diz Sandroni.

"Nem sempre a academia elegeu literatos. Muitos jornalistas foram e são acadêmicos, inclusive meu antecessor na cadeira 34, Carlos Castelo Branco. Claro que recebo prazerosamente o Merval como meu novo confrade", disse João Ubaldo Ribeiro, eleitor de Torres.

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Restrepo conta a própria saga familiar na guerrilha

Escritora colombiana une história política e pessoal em "Heróis Demais"

Autora descreve luta armada com bom humor apesar de momentos dramáticos, como o sequestro de seu filho Fonte: folha.uol.com.br 04/06

Uma militante trotskista colombiana desembarca na Argentina da ditadura militar (1976-1983).

Vive na clandestinidade, apaixona-se por um ativista, tem com ele um filho. Logo, o próprio pai tenta sequestrar o garoto usando truques aprendidos na guerrilha.

Finda a ditadura, ela volta à Colômbia. Até que o menino cresce e quer conhecer o pai. A militante volta, então, com ele, para Buenos Aires.

E ambos começam uma busca que mudará a relação mãe-filho e descortinará a história política argentina. "Heróis Demais", da colombiana Laura Restrepo, 60, traz uma trama, como se vê, romanesca, que parece fruto da imaginação. Mas não é. Cada passagem foi vivida pela autora, que é uma das convidadas da próxima Flip (6 a 10 de julho).

"Quis unir história política com pessoal. Através da intimidade é possível descrever aspectos de um período", diz Restrepo à Folha.

LUTA

A colombiana conta que foi parar em Buenos Aires nos anos 70 porque trabalhava em Madri num escritório de solidariedade a grupos que resistiam a ditaduras pelo mundo. "Éramos jovens e o sonho de todos era ir a esses países, à linha de frente, e participar da luta."

Em Buenos Aires, atuou fazendo propaganda junto a operários, e dividiu uma pequena casa com o namorado e seu irmão. Depois que nasceu o filho, passou a sentir medo de viver num clima de tanta tensão. Acabou convencendo o parceiro a se mudarem para Bogotá.

Lá, porém, o romance desandou, e o ex-guerrilheiro resolveu voltar à Argentina levando o garoto sem que a mãe soubesse, para só devolvê-lo depois que ela fosse encontrá-los em Bariloche.

Numa cabana na cidade patagônica, eles ficam sabendo do fim da ditadura. Restrepo voltou à Colômbia, onde trabalhou na revista "Semana" como repórter de política. Até que o então presidente do país, Belisario Betancur, a designou para a comissão de negociação com os guerrilheiros do M-19, grupo de esquerda surgido a partir da suposta fraude nas eleições colombianas de 1970. Ela recebeu ameaças de morte, e exilou-se no México.

TRAGICOMÉDIA

Apesar dos dramas relatados, "Heróis Demais" é uma narrativa bem-humorada, que trata com ironia os rituais e os aspectos da clandestinidade que, vistos hoje, parecem cômicos.

Por exemplo: num encontro, lideranças da resistência pedem à protagonista que entregue à "causa" a chácara que herdara da família.

Restrepo conta ainda os percalços pelos quais passou por ser estrangeira. "Tinha de disfarçar o sotaque e aprender hábitos locais. Já era difícil atuar disfarçado, sendo de outro país, era duplamente complicado."

A autora compartilhará a mesa da Flip com outro colombiano, Héctor Abad Faciolince, que lança um romance autobiográfico, "A Ausência que Seremos", sobre a relação com o pai, morto pelos paramilitares.

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OAB quer extinção de mais vagas de direito

Entidade diz que fechamento de vagas deveria ser mais frequente

Ministério da Educação já fechou 20 mil vagas de direito no país, além das 10.912 que foram extintas anteontem Fonte: folha.uol.com.br 04/06

O vice-presidente da Comissão Nacional de Exame de Ordem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Edson Bortolai, disse que fechar 10.912 vagas em cursos de direito, como o governo fez anteontem, foi pouco.

Na opinião dele, o MEC (Ministério da Educação) deveria realizar com frequência o fechamento de vagas, para melhorar a qualidade dos profissionais formados.

Anteontem, o ministério publicou no "Diário Oficial" uma lista de 136 instituições que terão vagas cortadas nos cursos de direito já no próximo processo seletivo por terem desempenho ruim em avaliação feita pelo órgão.

Eles tiveram 1 e 2, em escala de 1 a 5, no CPC (conceito preliminar de curso), que leva em conta indicadores como a nota dos alunos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), a titulação dos professores e a opinião dos alunos a respeito da infraestrutura e da organização didática da escola.

"Esse fechamento deveria ser mais hostil. Tem muita universidade de direito caça-níquel, que está enganando o aluno. A mensalidade é barata porque os professores recebem pouco e são mal preparados", afirma Bortolai.

Para ele, a má qualidade se reflete nos índices de reprovação dos Exames da Ordem -na última edição, 80% dos inscritos não passaram.

"O governo já sentiu que estamos com excesso de faculdades de direito no país. Só no Estado de São Paulo, temos mais faculdades do que nos EUA", diz.

O MEC afirma que está tomando medidas para melhorar a qualidade dos cursos. Desde 2007, diz o órgão, já foram fechadas 20 mil vagas, além dessas 10.912.

No Brasil, são oferecidas a cada ano mais de 200 mil vagas na área em instituições de ensino superior -em 2009, ano com dados mais recentes, foram 224.322 só na graduação presencial, diz o censo da educação superior.

Anteontem, o ministério permitiu também a abertura de 32 novos cursos de direito.

SÃO PAULO

Cerca de 20% das vagas perdidas anteontem foram em oito faculdades particulares da cidade de São Paulo.

Estácio Uniradial afirma que a decisão poderá ser revertida. São Marcos diz que apura os motivos da nota.

São Francisco e Mogi das Cruzes dizem passar por reestruturação. FMU, Uniban, Unicapit e Anhembi Morumbi não se pronunciaram até a conclusão desta edição.

Entre as principais universidades do país, a Salgado de Oliveira (Universo) não retornou à reportagem até a conclusão desta edição e os representantes da Braz Cubas não foram localizados.

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