terça-feira, 21 de junho de 2011

CINEMA

Cadê os filmes de arte?

Cinéfilos reclamam do descaso da Secretaria de Cultura e das redes da cidade com obras não comerciais Fonte: correioweb.com.br 21/06

Há três semanas, com o encerramento das atividades do Grupo Estação na gerência da programação das oito salas de cinema do CasaPark, uma situação já periclitante para os cinéfilos se tornou, de fato, crítica: agora, não existem, na cidade, salas que proponham sistemática exibição dos filmes alternativos (fora dos padrões estritamente comerciais). Nesse período, mais do que nunca fez sentido a frase lida pelo antropólogo Selmo Norte, 50 anos, numa corrente do Facebook: “Queremos cinema em Brasília”.

O momento presente, diante da precariedade cultural, na visão dele, tem paralelo com os anos 1980, época em que chegou a Brasília. “Estamos pior do que na minha cidade natal de interior. Ao menos, ocasionalmente, por lá, via Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni. Já em Brasília, houve um tempo em que se tinha um programador interessado, o José Damata, que abastecia com bons filmes o Cine Brasília e a sala da Cultura Inglesa”, relembra o antropólogo.

Ciente da existência de uma parcela de cinéfilos “exigentes e críticos”, Selmo Norte exerceu esse predicado, diante da carência de filmes mais interessantes: direcionou um e-mail, sugerindo expansão de títulos diferenciados, para os mantenedores das salas do Liberty Mall, reduto de algumas iniciativas, quando o assunto é o filão dos ditos filmes de arte. “Frequentar sempre as mostras do CCBB ou vir ao Liberty são paliativos, não se trata de solução”, diz, depois de acompanhar, no pequeno shopping, seis filmes franceses do recente Festival Varilux (originalmente programado para o complexo do CasaPark).

É do atento espectador que parte um refrão que habita as mentes dos cinéfilos locais: “O GDF tem sido muito negligente com o setor, e a Secretaria de Cultura poderia tratar de forma mais eficaz o assunto”.

Integrante da Subsecretaria de Cinema e Vídeo e ex-diretor do segmento, Sérgio Fidalgo reforça a conjuntura de indefinição na programação da privilegiada sala do Cine Brasília (administrado pelo GDF), passado o tradicional Festival de Cinema, marcado para o fim de setembro. “Esperamos pela reformulação do organograma da secretaria, mas, por enquanto, é sabido que o setor de audiovisual será desmembrado em três frentes: Polo de Cinema, Festival de Brasília e Cine Brasília (tratado à parte). Tudo virá depois da tão almejada reforma estrutural, que já está em processo de licitação”, explica. A expectativa é de que, até março de 2012, novos parâmetros de programação entrem em vigor.

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LIVRO

Rede bem-humorada de intrigas

CARTAS ANÔNIMAS — UMA HILARIANTE HISTÓRIA DE INTRIGAS, PAIXÃO E MORTE

De Fernando Vita. Geração Editorial, 184 páginas. R$ 29,90. Fonte: correioweb.com.br 21/06

Em Todavia, cidade fictícia que abriga o romance Cartas anônimas — Uma hilariante história de intrigas, paixão e morte, saber o segredo do vizinho é um triunfo. Isso porque a história escrita pelo jornalista Fernando Vita é entrelaçada pelos tais segredos. Após a bem-sucedida experiência de Vita com Tirem a doidinha da sala que vai começar a novela, a segunda obra do autor revela a fragilidade do ser humano quando a sua intimidade é escancarada e posta à prova para julgamento alheio.

Na imaginária Todavia a história começa assim: uma carta anônima assinada sob o pseudônimo de O Sedutor chega a Boneca, uma viúva desejada por metade da cidade. As declarações de amor e um poema safadinho fazem com que a assediada vá até o monsenhor Galvani, que inicia uma verdadeira caça às bruxas em busca do autor da libidinosa carta. O monsenhor decide, então, enviar uma carta também anônima para uma terceira pessoa, seu principal suspeito. Começa assim uma bola de neve, e segure-se quem puder. Não sobra um. Nas cartas, os segredos são expostos de forma escandalosa. Dessa forma, todos ficam sabendo do que acontece “entre quatro paredes” com o vizinho.

Os personagens, alguns baseados em pessoas reais, têm sempre um lado oculto, algo que não é de conhecimento geral. “Durante um lançamento do livro encontrei duas pessoas nas quais eu me inspirei e elas estavam felicissímas, deram risadas. Tenho outro amigo que também virou personagem e se transformou em uma espécie de consultor informal. Vive a tentar descobrir quem é quem”, conta o jornalista.

Irônico e bem-humorado, Fernando Vita trata a obra como expressão da sua forma de ver a vida. “Não vejo a vida muito a sério. Levo a sério, é diferente. Pago as minhas contas, cumpro as minhas obrigações, mas não vejo a vida a sério”, brinca. O hilariante no título de Cartas anônimas poderia parecer um tanto presunçoso, não fosse o bom humor de Fernando. “Gosto da palavra e gosto de nomes grandes. Na verdade, adoro títulos que mais parecem enredos de escola de samba”, diverte-se.

Como jornalista e escritor ávido por boas histórias, Fernando Vita é um bom “alugador de ouvidos”, como costuma dizer. Um dos passatempos favoritos é observar, horas a fio, o ir e vir das pessoas. Nascido em Sânto Antônio de Jesus, morou em Brasília de 1985 a 1991, quando escreveu uma coluna para o jornal A Tarde, da Bahia, e textos para o irônico Pasquim. “A fase que passei em Brasília foi 100% responsável pela ousadia de escrever alguma coisa bem-humorada e sair da camisa de força do factual”, comenta.

O próximo livro já está atropelando os sonhos de Fernando Vita. O título provisório, O avião de Noé — Uma hilariante historia de inventores, impostores, escritores e outros malucos de um modo geral, é do jeito que ele gosta. Grande e instigante, como um enredo de escola de samba.

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As faces coloridas da África

O artista baiano Ronaldo Ferreira usa a técnica do batik para retratar elementos negros de sua arte Fonte: correioweb.com.br 21/06

A África é a fonte de inspiração para o artista plástico baiano Ronaldo Ferreira e o batik a sua técnica para retratar peixes, elementos da cultura afroameríndia e símbolos e deuses do candomblé. Oriundo do javanês ambatik, que significa escrever à mão em forma de desenho, o método (criado na ilha Java e disseminado no Oriente para as culturas chinesas, indianas e africanas) colore tecidos com cera quente e chama a atenção pelas imagens craqueladas, resultado final do processo. As pinturas “rachadas” ganharam, pelas mãos de Ronaldo, faces vivas e misteriosas, que poderão ser vistas até o dia 30, na exposição Máscaras africanas, no Espaço Cultural Ary Barroso (Sesc 504 Sul).

“As máscaras têm um sentido antropológico muito importante e são uma referência aos ritos de passagem em comunidades tradicionais africanas e indígenas. Elas também possuem uma beleza artística e estética única. Muitos artistas modernos, como Picasso, foram beber na fonte da arte africana. Ela sempre será inspiradora”, diz o pintor, que também remete seus trabalhos à questão da ancestralidade. “Em função da modernidade do nosso dia a dia, da revolução tecnológica, acho importante resgatá-la”.

Professor de história, com especialização em turismo, Ronaldo se dedica às artes plásticas desde 1979, quando ainda morava em Salvador. Lá, ele conheceu o tapeceiro e museólogo Antônio Luiz Figueiredo, com quem aprendeu a arte do batik. “Foi amor à primeira vista. Já tinha tentado outras técnicas, mas o batik me conquistou. E a identificação não foi só com a forma e com o efeito, mas também por englobar a questão africana, por eu ser baiano e por ter participado por muito tempo de um grupo de danças folclóricas em Salvador. Existe uma grande referência cultural e histórica na minha produção”.

Além das máscaras, o público terá a chance de ver outras obras de Ronaldo. Dez estamparias com figuras rupestres completam a mostra e revelam outras temáticas abordadas pelo pintor, que também trabalha com figuras em totens e artigos utilitários, como almofadas e objetos de cama e mesa.

No exterior

Radicado na capital federal desde 1996, Ronaldo já viu suas obras passarem por várias cidades do país e no exterior. Lá fora, ele participou de mostras coletivas no Teatro da Trindad (Lisboa), na Semana da Bahia (Nova York) e na Casa do Brasil (Madri). Individualmente, expôs Deuses africanos, em Las Palmas de Gran Canária (ilha espanhola) e Afrobatik, em Buenos Aires.

“Em todos os países em que visitei, sempre senti uma forte receptividade do público. Um artista brasileiro fazendo referência à cultura africana desperta a curiosidade de europeus e americanos, que estão sedentos por novidades. Nossa arte precisa sair daqui e visitar outros lugares”, comenta o artista, sobre o olhar estrangeiro em relação às produções nacionais.

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ESPLANADA

Governo desiste da briga pelo sigilo

Planalto muda de posição e passa a defender o projeto aprovado na Câmara, que autoriza a divulgação de documentos secretos em, no máximo, 50 anos. STF analisa critérios de classificação dos arquivos Fonte: correioweb.com.br 21/06

O Palácio do Planalto desistiu de lutar no Congresso pela aprovação do sigilo eterno de documentos ultrassecretos. A decisão ocorre depois da repercussão negativa do recuo da presidente Dilma Rousseff sobre o prazo de divulgação de informações públicas. A nova ordem do governo é votar o projeto de Lei de Acesso à Informação com urgência mantendo inclusive o texto aprovado pela Câmara.

A desistência de forçar o Senado a aprovar o texto original e permitir que os parlamentares discutam por mais tempo a proposta ocorre num momento em que o Supremo Tribunal Federal analisa duas ações de inconstitucionalidade que questionam a validade da atual legislação. E abre a possibilidade de retirar do Executivo a prerrogativa de classificar documentos sigilosos.

“O Executivo não vai oferecer questão fechada, nem dizer como votar. O Legislativo tem automonia para trabalhar. Essa é uma questão nova para permitir que o Congresso decida com total liberdade”, afirmou ao Correio a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

O governo preferiu deixar a batalha dos documentos ultrassecretos de lado para capitalizar o que entende ser a parte central do projeto: informações sobre direitos humanos são de livre acesso. Nas palavras da presidente: “A questão dos direitos humanos é irrenunciável para esse governo.” A frase foi dita na última sexta-feira em reunião no Palácio da Alvorada com cinco ministros — Defesa, Justiça, Direitos Humanos, Casa Civil e Relações Institucionais.

Maria do Rosário defende que o Senado aprove o texto igual ao votado pelos deputados. Na semana passada, a presidente Dilma havia determinado à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pressionar pela aprovação do projeto original, alterando a votada pelos deputados. A principal diferença entre as propostas é em relação aos documentos ultrassecretos. No projeto original, essas informações poderiam se manter sigilosas por tempo indefinido, sendo renovadas a cada 25 anos.

Os deputados aprovaram que o público deve tomar conhecimento dos dados em, no máximo, 50 anos. No Ministério da Defesa, houve apoio à ordem de Dilma. “É bom o governo deixar o parlamento resolver”, afirmou José Genoino, assessor especial do ministro Nelson Jobim.

Critérios

As ações de inconstitucionalidade, protocoladas pela Procuradoria-Geral da República e pela Ordem dos Advogados do Brasil, estão nas mãos da ministra Ellen Gracie. O Ministério Público Federal sustenta que o Executivo não pode deter o poder exclusivo de classificar as categorias de sigilo. E argumenta que são os parlamentares quem têm competência para dispor sobre direito à informação. O ministro do Supremo Gilmar Mendes instou o Congresso a aprovar uma nova legislação que contemple critérios e parâmetros sobre a proteção de documentos secretos. “É um tema que deve ser analisado com muito cuidado”, ponderou Gilmar Mendes.

Nessa nova frente pró-direitos humanos, o governo também quer aprovar a Comissão da Verdade na Câmara antes do início do recesso do Legislativo, em 15 de julho. Segundo a ministra Maria do Rosário, a manutenção da Lei da Anistia, aprovada em 1979, não traz prejuízo para o trabalho do órgão que vai levantar os fatos da ditadura militar (1964-1985). “A Comissão da Verdade está com todas as suas prerrogativas preservadas. Não há nenhum prejuízo no fato de a Lei da Anistia ter sido reafirmada pelo Supremo”, afirmou.

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Supremo no centro da polêmica Fonte: correioweb.com.br 21/06

O Supremo Tribunal Federal tem se destacado nos últimos anos por decisões polêmicas que mudaram os rumos de alguns dos mais importantes assuntos em debate no país. Um bom exemplo é a Lei da Ficha Limpa, que, depois de barrar políticos nas eleições de 2010, acabou suspensa pelo STF. Outro caso é a emenda constitucional que criou cargos de vereadores e também foi suspensa. Já em relação aos direitos de casais homossexuais, tema que o Legislativo preferiu não discutir para evitar o desgaste político, apesar de ter em suas gavetas um leque de projetos que tratam do assunto, coube ao Supremo o papel de “legislar”. É chamado de “ativismo judicial” ou de “judicialização da política”, que incomoda a muitos políticos.

Ex-procurador da República no Mato Grosso, o senador Pedro Taques (PDT-MT) considera que o Poder Judiciário avança sobre temas do Legislativo por um único motivo: “a omissão do Congresso em relação a suas atribuições”. Para o senador, o fato de o STF funcionar como uma “supercorte constitucional” ou até como legislador enfraquece o trabalho dos congressistas.

Ele, porém, não culpa o Judiciário, por considerar que é preciso se resolver os conflitos sociais, mas responsabiliza os colegas parlamentares. “O que fazemos aqui é bater carimbo. Quem perde com isso é o Congresso e a democracia. Alguns parlamentares não pensam em outra coisa senão em aprovar emendas individuais. Mas não há dúvidas de que o Supremo está ocupando um espaço que deveria ser preenchido pelo Legislativo”, afirma o senador.

O deputado federal João Campos (PSDB-GO) é um dos críticos do que ele classifica de “inversão de papéis”. “Daqui a pouco, alguém é preso pela polícia, o Judiciário demora a julgar e é a Câmara quem dará a sentença?”, questiona.

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JOSÉ SIMÃO

Ueba! O cavalo caiu do Aécio!

Buemba mineira! O Aécio Neves caiu do cavalo. Mas não se preocupem: o cavalo passa bem! Rarará! Fonte: folha.uol.com.br 21/06

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!

Abertura de Campeonato de Surfe em Portugal! Declaração do surfista Tiago Pires: "Sinto-me bem e cheio de pica para começar". Hoje eu também acordei assim! Rarará!

E a verdadeira Dilma. Olha esta placa em São Bernardo: "Dilma Depilação". Vai encarar? Já imaginou ser depilado pela Dilma? "Cala a boca! Engole o choro! Vai trabalhar!". Rarará!

E mais uma dos véio doidão, manchete do "Piauí Herald": "FHC convida ministros do Supremo para um luau". Rarará!

E buemba mineira! O cavalo caiu do Aécio. Ops, o Aécio caiu do cavalo. Mas não se preocupem: o cavalo passa bem! Rarará! O Aécio perdeu a carteira de motorista e caiu do cavalo. Agora não pode nem dirigir nem andar a cavalo. Só falta perder o passaporte! Rarará! E o cavalo era do PT?

Mas o Sensacionalista afirma que o cavalo se chamava Serra. E que o Aécio adorou montar no Serra! Rarará! E o cavalo se recusou a fazer o teste do bafômetro? O relinchômetro! E os cariocas perguntam: que diabos o Aécio tava fazendo em Minas numa sexta-feira? Rarará!

E uma amiga minha pergunta: cair do cavalo é uma expressão popular, um esporte nobre ou um acidente? E esta do ministro dos Esportes: "As obras da Copa 2014 terão transparência máxima". Tão transparentes, mas tão transparentes, que vão virar invisíveis! Estádios Invisíveis!

E a sabatina do Kassab na Folha/UOL? Falando sobre o seu partido, o PSD. Partido Sem Direção! O partido do Kassab devia se chamar repartido. O REPARTIDO DO KASSAB! E esta: "No meu partido nunca vai ter racha". Rarará! Partido Sem Dilmas! Clube do Bolinha!

Kassab não descarta eventual filiação do Maluf ao PSD! Mas o Maluf tem a esfirra suja! E um amigo meu vota até hoje no Maluf por três motivos: rouba, mas faz; mente, mas não convence; é culpado, mas ninguém prova!

E o Kassab tá cada dia mais parecido com o Seu Barriga do Chaves. Rarará! E esse partido do Kassab vai morrer afogado na primeira enchente! Primeiro requisito pra entrar no repartido do Kassab: saber nadar! Entre no partido do Kassab e morra afogado! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza.

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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Dudamel faz sua estreia em São Paulo com interpretação enérgica de Mahler

Maestro e orquestra foram aplaudidos a priori, antes pelo que representam do que pela música. Fonte: folha.uol.com.br 21/06

Foi a estreia de Gustavo Dudamel com a Orquestra Simón Bolívar na Sala São Paulo -atração da temporada internacional da Sociedade de Cultura Artística.

Ponto culminante do "Sistema" -elogiado projeto de educação musical e inclusão social por meio da música clássica-, a Simón Bolívar existe há 35 anos.

Atual titular da Filarmônica de Los Angeles (EUA), Dudamel tem apenas 30 anos. Vestido discretamente -como se fosse mais um músico da orquestra-, regeu de cor as 250 páginas da "Sétima Sinfonia" de Gustav Mahler (1860-1911).

Escrita entre 1904 e 1906, a obra estreou em 1908 após contínuas revisões.

FRONTEIRAS

Os movimentos extremos são transtornados, trafegam sem medo pelas fronteiras da tonalidade. Mahler usa as serenatas (segundo e quarto movimentos) como pontos de apoio para a escuta.

A tão comentada energia de Dudamel está antes na intensidade do som do que nos andamentos. Volume até demais, mas sem perder a equalização. Mesmo assim foi possível ouvir quase tudo (a exceção foi o violão no quarto movimento).

O maestro tem amplo domínio sobre o grupo, que por sua vez ostenta um nível técnico invejável para uma orquestra jovem. Mas, talvez por conta da extrema dificuldade da obra, a música tenha soado um pouco rígida.

Por outro lado, é impossível não reconhecer o talento do regente, e vale notar também que a Simón Bolívar tem um calor que dificilmente é encontrado em orquestras jovens do velho continente.

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