quinta-feira, 8 de março de 2012
A força feminina na Universidade Estadual de Goiás www.ueg.br 08/03
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A
Universidade Estadual de Goiás em seus 12 anos de atuação vem demonstrando sua
vocação para atender às necessidades educacionais de milhares de pessoas
espalhadas por suas 42 Unidades Universitárias, em 38 municípios goianos. E
cada vez mais, sua face vem se mostrando mais feminina. Um universo de alunas,
professoras, servidoras e dirigentes que mostram sua força e dedicação,
contribuindo para a construção dos pilares da Universidade: ensino, pesquisa e
extensão.
Todos
os anos ingressam na UEG, em dois processos seletivos, quase cinco mil novos
alunos. E a presença feminina, há muitos anos, vem se destacando no perfil do
aluno da Universidade. No último processo seletivo, por exemplo, das 4.156
vagas disponíveis. 3.130 foram conquistadas pelas mulheres. Elas ocupam os
bancos nos cursos de Licenciatura, Bacharelados e Tecnológicos. E também
ingressam em maior número nas especializações, nos mestrados e no ensino à
distância.
As
servidoras também são maioria em todos os departamentos. Uma breve caminhada
pelos corredores da Administração Superior da instituição, que fica em
Anápolis, é suficiente para perceber como elas ocupam todos os espaços. Do
quadro de dirigentes, que atualmente é composto por oito funções, cinco são
ocupados por mulheres: a vice-reitora, Eliana França, a pró-reitora de Graduação,
Maria Elizete de Azevedo Fayad, a pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos
Estudantis, Danúsia Arantes, a diretora do Núcleo de Seleção, Eliana Machado
Nogueira e a chefe de gabinete, Juliana Almada.
Outro
caminho trilhado pelas mulheres na UEG é o da pesquisa. De acordo com dados da
Coordenação de Iniciação Científica , que é chefiada pela professora Joelma
Abadia Marciano de Paula, a presença feminina também vem se firmando neste
setor. Dos 482 bolsistas de Iniciação Científica da UEG, 252 são mulheres.
Joelma destaca como características positivas dessa presença feminina na
produção do conhecimento a dedicação, a organização e a capacidade de ser mais
detalhista em todos os processos da pesquisa. “A Iniciação Científica é a porta
de entrada no processo de produção do conhecimento. Neste sentido o aluno passa
de leitor de conteúdos para produtor de novas experiências e a presença
feminina em todos os campos da pesquisa leva a um rigor mais apurado da
ciência”, destaca a pesquisadora.
O
caminho até o diploma, muitas vezes penoso para quem ingressa numa faculdade, é
percorrido com intensidade pelas alunas. Muitas, no decorrer do curso,
casam-se, tornam-se mães e chegam ao mercado de trabalho empunhando com orgulho
o sonhado diploma de curso superior. Desde 1999 a UEG já expediu 51.069
diplomas, sendo 42.956 para as mulheres.
As
dificuldades nunca abalaram a confiança da servidora administrativa Adriana
Cristina Mendonça Villa Real, que ingressou na instituição no ano de 1991 como
aluna do extinto curso de Tecnologia em Processamento de Dados, da antiga
UNIANA. Depois de formada, Adriana passou em dois concursos administrativos.
Com 17 anos de atuação, ela se orgulha de fazer parte de uma Universidade que
reconhece o valor do trabalho feminino. “Tenho orgulho de ter estudado nesta
Universidade, de ter ingressado em seu quadro de servidores por concurso e de
poder desenvolver meu trabalho num ambiente que valoriza a presença feminina”.
Dos 13 funcionários coordenados por Adriana no setor de Desenvolvimento de
Sistemas da UEG, seis são mulheres, que de alunas foram estagiárias e que se
transformaram em funcionárias exemplares, mesmo passando pelos processos
naturais da vida.
Uma
Universidade que acolhe quem tem sonhos, que dá condições de trabalho às
egressas de um curso superior e valoriza a mulher em seus quadros docente e
administrativo. Assim é a força da UEG que cresce e se dinamiza rumo a uma
sociedade plural. “Neste Dia Internacional da Mulher, a reitoria da UEG
expressa o agradecimento a cada uma que com sua dedicação aos estudos e ao
trabalho está contribuindo para a construção desta Universidade”, destaca o
reitor Haroldo Reimer.
(Moema
Ribeiro)
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VALORES EM CONFLITO. Justiça
gaúcha vai retirar crucifixos de seus prédios
Revista Consultor Jurídico -
07/03
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O
Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu,
de forma unânime, por retirar crucifixos e demais símbolos dos espaços públicos
dos prédios da Justiça estadual gaúcha. A determinação atende pedido da Liga
Brasileira de Lésbica. A sessão realizada nessa terça-feira (6/3) foi
acompanhada por representantes de religiões e de entidades sociais. Nos
próximos dias, será expedido ato determinando a retirada dos crucifixos.
O
relator da matéria, desembargador Cláudio Baldino Maciel, afirmou em seu voto
que o julgamento feito em uma sala de tribunal sob um expressivo símbolo de uma
igreja e de sua doutrina não parece a melhor forma de se mostrar o estado-juiz
equidistante dos valores em conflito.
"Resguardar
o espaço público do Judiciário para o uso somente de símbolos oficiais do
estado é o único caminho que responde aos princípios constitucionais
republicanos de um estado laico, devendo ser vedada a manutenção dos crucifixos
e outros símbolos religiosos em ambientes públicos dos prédios", explicou
o desembargador, que também é o 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça.
O
caso
Em
fevereiro deste ano, a Liga Brasileira de Lésbicas protocolou na Presidência do
Tribunal de Justiça um pedido para a retirada de crucifixos das dependências do
Tribunal e foros do interior do Estado.
O
processo administrativo foi movido em recurso à decisão de dezembro do ano
passado, da antiga administração do TJ-RS. Na época, o Judiciário não acolheu o
pedido, por entender que não havia postura preconceituosa ao manter os
símbolos. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.
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Mulheres à beira de um avanço. Valor Econômico - 08/03/2012
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Em
2010, duas quenianas, Jamila Abbas e Susan Oguya, ficaram irritadas ao ler
reportagens sobre a exploração de pequenos agricultores por intermediários. Em
resposta, as duas profissionais de TI fundaram a M-Farm, uma empresa que envia
em tempo real, para agricultores, os preços de produtos agrícolas e outras
informações de mercado por meio de mensagens SMS, interligando-os diretamente a
exportadores de alimentos e eliminando intermediários. Agora, menos de dois
anos depois, a M-Farm chega a mais de 2 mil agricultores no Quênia, inclusive a
muitas mulheres que cultivam pequenas propriedades - e ganhou vários prêmios
internacionais.
Abbas
e Oguya representam uma nova classe de mulheres inovadoras. Elas construíram um
empreendimento lucrativo que dá poder às mulheres e contribui para uma
sociedade mais aberta e inclusiva. São mulheres como elas - empreendedoras que
fundam empresas, criam empregos e são pioneiras no estabelecimento de igualdade
entre homens e mulheres no mundo em desenvolvimento - que comemoraremos no 101º
Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.
Forbes
publicou na sua lista das "100 Mulheres Mais Poderosas" um novo
elenco de mulheres: capitalistas de risco, CEOs de jovens empresas de TI e
engenheiras na dianteira de inovações tecnológicas
De
acordo com o Relatório de Desenvolvimento Mundial de 2012, do Banco Mundial,
que analisa a igualdade entre os sexos, os 3,5 bilhões de mulheres e meninas no
mundo ainda enfrentam desigualdades nos campos da educação, emprego, salário e
poder de decisão.
O
relatório mostra que a desigualdade entre homens e mulheres tem um custo, ao
passo que para as mulheres a igualdade pode criar oportunidades econômicas e
aumentar a eficiência e a produtividade. Por exemplo, a Organização de
Alimentos e Agricultura (FAO, sigla em inglês) das Nações Unidas estima que se
as mulheres no meio rural tivessem o mesmo acesso a tecnologia, terra, serviços
financeiros, educação e mercados que têm os homens, a produção agrícola poderia
ser aumentada e o número de habitantes famintos seria reduzido em 100 a 150
milhões de pessoas.
Há
sinais animadores no horizonte. A lista publicada pela revista Forbes -
"100 Mulheres Mais Poderosas" - no ano passado listou seu tradicional
elenco de autoridades, ativistas e líderes empresariais, mas também incluiu um
novo elenco de mulheres no setor de tecnologia: capitalistas de risco,
administradoras de jovens empresas de TI e engenheiras na dianteira de
inovações tecnológicas.
Mulheres
empreendedoras nos países em desenvolvimento enfrentam dificuldades especiais
para fundar empresas na economia formal e expandí-las para formar empresas com
potencial de crescimento. O relatório do Banco Mundial "Mulheres, Negócios
e Direito" (2011), observou que as mulheres em 103 das 141 economias
analisadas ainda sofrem discriminação jurídica com base em sexo. O fato de a
M-Farm ter se originado no Quênia não é coincidência: segundo o mesmo
relatório, o Quênia liderou o mundo em reformas promovendo igualdade entre os
sexos nos últimos dois anos.
Novas
tecnologias de comunicação também ajudam, não apenas como meio de fazer
negócios, mas também em baixar as barreiras sociais. Abbas e Oguya conceberam a
M-Farm como membro da AkiraChix, uma organização sediada em Nairóbi constituída
por mulheres empresárias e tecnólogas determinadas a "mudar o futuro de
África".
Programas
de desenvolvimento inteligentes também desempenharam um papel. O programa
Criação de Negócios Sustentáveis, um esforço colaborativo criado pelo governo
finlandês, pela Nokia e pela InfoDev - uma parceria do Banco Mundial em nível
internacional - apoiou a AkiraChix com verbas visando reforçar esse modelo para
outras incubadoras empresariais e polos sociais sob gestão de mulheres.
Novas
tecnologias também podem gerar empregos para o bilhão de mulheres mais pobres
do mundo. Pessoas com nível de escolaridade limitado podem gerar sua própria
renda realizando microtarefas, como entrada de dados. Isso muitas vezes requer
acesso a um computador, mas um número crescente de firmas estão distribuindo
microatividades que podem ser executadas via telefones celulares. Nos países em
desenvolvimento estão 80% dos atuais seis bilhões de telefones celulares no
mundo, e microatividades podem resultar na criação substancial de emprego e
oportunidades para jovens, mulheres e pessoas com deficiências.
A
população mundial está hoje em sete bilhões de pessoas e precisamos de homens e
mulheres para reagir aos desafios de nosso tempo, como alterações climáticas,
segurança alimentar e crescimento econômico sustentável. A história de Abbas e
Oguya no Quênia pode ser uma inspiração para as mulheres em todo o mundo. O Dia
Internacional da Mulher é uma oportunidade para homenagear mulheres como elas -
e lembrar que, tendo em vista que as mulheres representam metade das soluções
do mundo, tecnologia e inovação também devem ser de sua alçada. (Tradução de
Sergio Blum)
Heidi
Hautala é ministra de Desenvolvimento Internacional da Finlândia e foi membro
do Parlamento Europeu de 1995 a 2003 e de 2009 a 2011.
Janamitra
Devan é vice-presidente de Desenvolvimento dos Setores Financeiro e Privado no
Banco Mundial.
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O risco do protecionismo. Wallenberg
elogia estabilidade do Brasil. Valor Econômico - 08/03/2012
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Para
Marcus Wallenberg, da família que detém ativos equivalentes a quase 6% do PIB
da Suécia, a flutuação do câmbio não preocupa tanto quanto a tendência mundial
de protecionismo
Elas
estão no Brasil há até um século, foram fornecedoras do primeiro bondinho do
Pão de Açucar e de turbinas para Itaipu; têm nomes familiares como Ericsson,
Electrolux, AstraZeneca, Asea Brown Boveri (ABB), Saab; e o presidente da
holding maior acionista individual dessas empresas veio ao Brasil nesta semana.
Marcus Wallenberg, cuja família detém, na holding Investor, ativos equivalentes
a quase 6% do Produto Interno Bruto de toda a Suécia, disse ao Valor que os
altos e baixos do câmbio não o preocupam tanto quanto a tendência -
"mundial", diz ele - de protecionismo comercial.
"É
importante para as empresas suecas que sejamos tão a favor do livre comércio e
dos acordos internacionais", comenta ele, ao falar da tendência de
aproveitar cada vez mais o Brasil na cadeia produtiva global de empresas como
Ericsson, de comunicações, ou a gigante de automação e energia ABB, resultado
da fusão de uma empresa suíça e outra sueca. "Estamos preocupados em ver
que esses acordos deixaram de ser prioridade globalmente".
Outro
fator essencial é a garantia do governo de que manterá a responsabilidade nas
contas públicas, diz o executivo, que vê na estabilidade de regras componente
fundamental nas decisões de investimento. "A estabilidade fiscal tem sido
muito boa para atrair investimentos ao Brasil", afirma.
Para
brasileiros acostumados com a exuberância e onipresença de um Eike Batista, os
membros da família Wallenberg, considerados uma dinastia secular na Suécia,
impressionam pelo oposto: o lema é "essere no videre", frase latina
que significa "ser; não ser visto". Marcus, que, com o Investor,
detém 22% do segundo maior banco sueco, o SEB, fica corado ao responder se é
verdade que costuma viajar de avião em classe econômica. "Viagens de
lazer, com filhos, sim", garante. Apesar do crescente desconforto da
classe econômica? "Não para mim", diz, sorrindo.
Os
dividendos e gratificações das principais companhias da carteira da Investor
são aplicados em uma fundação da família, que usa os recursos para financiar
bolsas de estudo, pesquisa e desenvolvimento no país. A manutenção da fortuna
em trusts familiares, sem que nenhum membro da família controle os ativos
diretamente, é apontada como uma das razões para a longa duração do poder dos
Wallenberg. O bisavô do executivo, também Marcus, pressionou o governo a
permitir que bancos detivessem o controle de empresas e ajudou a formação da
Escola de Economia de Estocolmo, em 1909, cinco anos após queixar-se de que a
Suécia tinha ótimos engenheiros e bons trabalhadores, mas carecia de
empreendedores.
O
atual Marcus Wallenberg veio ao Brasil acompanhando missão empresarial liderada
pelo presidente do parlamento sueco, Per Westerberg, que teve, entre outros
objetivos, o lobby pelo caça sueco Gripen, da Saab, na disputa pelo
fornecimento de novos aviões-caça à Força Aérea Brasileira (FAB). Ao comentar a
necessidade de investir em inovação e tecnologia para escapar à crise, tanto
Wallenberg quanto Westerberg encontram uma maneira suave de lembrar a proposta
da Saab, que envolve intensa participação da engenharia brasileira no
desenvolvimento do novo caça.
"O
Gripen não é uma caixa-preta", lembrou o presidente do parlamento sueco,
ao ser recebido, ontem, pelo presidente do Senado, José Sarney e pela senadora
Marta Suplicy. A condição de país neutro, em plena Guerra Fria, fez a Suécia
dar grande atenção à independência tecnológica, diz ele. Os suecos estiveram
também com o presidente da Câmara, Marco Maia, e com o secretário-executivo do
ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira. "Ouvi no Brasil o
mesmo que na Suíça: não podemos esquecer a necessidade de criar um ambiente que
beneficie a inovação, e a preocupação em pensar globalmente", diz
Wallenberg.
Não
é apenas discurso: os Wallenberg atribuem a longevidade de seus negócios ao
esforço em planejar para o longo prazo, mas buscando agilidade na resposta às
mudanças. "A disposição de mudar e de se adaptar é uma parte importante:
temos de reconhecer que as coisas mudam hoje muito mais rápido", diz
Wallenberg, para quem o foco em empresas de alta tecnologia faz parte da estratégia
de desenvolvimento da Suécia.
Wallenberg
elogia os governos Lula e Dilma Rousseff pela disposição em investir em bolsas
de estudo, universidades e centros de pesquisa. "São questões que tomam
tempo, como construir empresas; mas o importante é que a disposição de
enfrentar o desafio está aí", defende.
As
pressões de custo sentidas pelo Brasil, com a moeda valorizada também foram
sentidas, em menor grau, pela Suécia, e as empresas tiveram de se adaptar,
comenta ele. Wallenberg dá o exemplo da Electrolux, que, há vinte anos, tinha
50 fábricas em território sueco, onde, hoje, só mantém duas. São Paulo costuma
ser apontada pela família como o maior parque industrial da Suécia hoje em dia,
pela forte presença das empresas suecas que empregam seis mil funcionários no Brasil.
As
companhias das quais a Investor é sócia têm planos de expandir atividades no
Brasil, garantiu. "As companhias suecas aprenderam há tempos que, para
fazer negócios na América e no Brasil, devem estar muito consciente da situação
cambial, das mudanças nos parâmetros econômicos", minimiza Wallenberg.
"Temos muita experiência nessas dificuldades".
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Entrevista/Tânia
Alves. ‘A música erudita fez muita
diferença na minha base' O POPULAR/GO
07/03 .
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Hoje,
no Dia Internacional da Mulher, a cantora Tânia Alves é a atração musical do
Shopping Bougainville, com show às 19h30. Atriz, dançarina e cantora, a artista
sobe ao palco com o show A Era de Ouro do Rádio, no qual ela passeia de boleros
e músicas românticas e samba, com pitada de forró e cancioneiro regional. Tânia
Maria do Rego Alves nasceu em 1953, na cidade de Bonito de Santa Fé, no
interior do Rio de Janeiro. A artista traz na bagagem mais de 20 CDs. Ao
POPULAR, Tânia Alves adiantou como será o show A Era de Ouro no Rádio, falou da
sua relação com a música erudita e confessou que adora novelas e já está com
saudades de atuar na TV.
Como
será o show no Shopping Bougainville?
Eu
vou levar pela primeira vez a Goiânia o show A Era de Ouro no Rádio, que não
fica restrito aos boleros. Viajo com show pelo Brasil há uns três anos. O
repertório tem samba e termina em alto astral, com marchinha de carnaval. O
repertório é romântico e faz um passeio por pérolas do rádio dos anos 40. Adoro
cantar em Goiânia, acho o público interativo.
Você
improvisou alguma música para este show no Dia da Mulher?
Sim.
Eu combinei com o violonista para a gente dar de presente para as mulheres a
música Dom de Iludir, bolero do Caetano Veloso.
Como
sua formação em música erudita lhe auxiliou ao longo da carreira?
Eu
comecei a tocar aos 4 anos de idade, por influência do meu pai, que era músico
amador. Depois, ele nem queria que eu seguisse a carreira artística, ficou sem
falar comigo, aquela velha história... Na adolescência, fiz parte de quarteto
de música barroca, estudei barroco alemão no Instituto Cultural Brasil
Alemanha. A música erudita fez muita diferença na minha base, aprendi muito.
Quando ia gravar em estúdio, fazia questão de interferir em arranjo e tudo
ficou mais fácil, na música, no palco, locais que se tornaram minha praia.
Recentemente, vi uma entrevista da Lady Gaga e fiquei sabendo que ela também
estudou música erudita (risos), que tinha o canto lírico como base. Podemos ver
que ela é inteligente por trás daquele visual e atitude.
Tem
vontade de retornar à TV?
Sim.
Adoro fazer novela e estou à espera de convites. No momento, tenho convites
para dois musicais em São Paulo e uma comédia no Rio. Estou avaliando, pois
ainda tenho de cuidar do meu spa.
Qual
a receita para tanta energia?
Acho
que é saúde mesmo, com boa alimentação e exercício físico. Tem mais de 40 anos
que não como carne, peixe e frango. Como mais verduras, raízes como aipin e
batata, grãos e brotos germinados, castanhas. Arroz, só como cerca de uma vez
por mês.
Durante
muito tempo as pessoas achavam que você era nordestina por conta de personagens
como a Maria Bonita...
Acho
que este rótulo já não existe mais. Isso foi mesmo muito forte, mas nunca me
incomodei, pois ganhei muito dinheiro com os trabalhos que iam aparecendo.
Lógico que eu sempre gostei de desafios, gostaria de ter feito muito mais
papéis diferentes, mas não poderia recusar o que surgia e até sou grata pois
acabei montando um spa com o nome Maria Bonita.
>>>>
Os raios e a nossa fragilidade. Washington
Novaes é jornalista O POPULAR/GO
08/03
-
Na
semana passada, quando se iniciava a Conferência Estadual de Meio Ambiente,
foram comentados neste espaço relatórios do Ministério do Meio Ambiente, com
números alarmantes sobre a perda de vegetação no Cerrado e as consequências que
isso poderá ter para o regime de chuvas, a produtividade do solo, a
disponibilidade de água, a produção agropecuária e outros problemas –
desprezando também o imenso potencial da biodiversidade cerratense.
Um
novo documento, preparatório para a reunião mundial Rio + 20 (junho próximo),
escrito por 20 cientistas e personalidades que já receberam o prêmio Blue
Planet (considerado o Nobel do meio ambiente), traz agora conclusões muito
inquietantes sobre o estado do planeta e as perspectivas nas próximas décadas.
Elas serão comentadas aqui nas próximas semanas. Mas vale a pena destacar
apenas algumas das palavras iniciais: “População, crescimento e os padrões de
consumo com eles relacionados são os elementos críticos da maior parte da
degradação ambiental e dos problemas sociais que enfrentamos (...) Crescimento
material sem limites em um planeta com recursos finitos e frequentemente
frágeis será insustentável”.
Estas
linhas são escritas no momento em que o país enfrenta vários “desastres
naturais”, muitos deles relacionados com mudanças de clima (geradas por ações
humanas): o Estado do Acre enfrenta inundações recordes, com número de vítimas
também inédito; o Paraná perde quase 20% da safra de feijão, por causa de seca,
assim como o Rio Grande do Sul também enfrenta perda histórica nas colheitas de
grãos; o Ministério da Agricultura acredita que as perdas agrícolas na região,
por causa de estiagem ou inundações, poderão até ultrapassar 20%, com 6% da
população diretamente atingidos. Em Minas Gerais, foram 2,8 milhões de pessoas
atingidas pelas chuvas em 182 municípios, com 122 deles em estado de
emergência, 25 mil pessoas desalojadas.
No
ano passado, 883 municípios brasileiros foram atingidos por fenômenos como
esses. Só na região serrana fluminense morreram mais de 900 pessoas. E outros
fenômenos indesejáveis se seguiram, com poucas notícias e repercussão, como a
de que o nível do mar no norte do Estado de São Paulo sobe cada vez mais
rapidamente e já chegou a 74 centímetros entre 1944 e 2007, segundo o
Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade de São Paulo;
em um século, a perda poderá chegar a um metro, com graves consequências na
perda de praias, fluxos hídricos, altura das ondas, etc.
A
elevação do nível do oceano já está levando, aliás, vários países-ilhas do
Pacífico a entrar na Corte Internacional de Haia com pedido de sanções contra
os países industrializados, que com suas emissões seculares de poluentes têm
participação decisiva no fenômeno, que poderá levar ao desaparecimento dos
queixosos: “A culpa não é nossa, é de vocês”, têm repetido eles na Convenção do
Clima. Outro estudo da Universidade de São Paulo mostra que entre 2003 e 2010
as geleiras e outras áreas cobertas na Terra têm perdido 536 bilhões de
toneladas de gelo a cada ano – e isso se traduz em elevação de 12 milímetros no
nível dos oceanos, segundo a Universidade do Colorado, EUA. Tal derretimento
equivale ao dobro da água contida no Rio Amazonas.
Também
por aqui há problemas. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma), o aquecimento da Terra está acelerando a erosão do solo e sua
capacidade de reter carbono, além do processo de formação de matéria orgânica,
criação de nutrientes, regulação dos regimes hidrológicos. Na verdade, o solo
retém três vezes mais carbono que a atmosfera (Planet Ark, 14/02/12). E tudo se
relaciona com o aquecimento, que, segundo cinco institutos de pesquisa da
França (France Presse, 10/02/12), dificilmente se conterá no limite de 2 graus
Celsius ao longo deste século (além daí, as consequências serão ainda mais
dramáticas); até 2100, a elevação poderá chegar a 5 graus.
Talvez
algumas das informações mais surpreendentes sobre consequências do clima e
influência, neles, de ações humanas, esteja em relatório do Grupo de
Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE). Diz ele (23/02) que a incidência de descargas (raios) no Brasil tem
aumentado consideravelmente. Nas cidades com mais de 200 mil habitantes, o
crescimento foi de 11% entre 2009 e 2010 (nas cidades com menor população,
aumento de 5%). Na cidade de São Paulo, a incidência média de raios tem sido de
14 por quilômetro quadrado ao ano, ou 60% mais que há 60 anos. A cidade onde
eles mais caem é Porto Real (RJ) (27 por km²/ano), seguida de São Caetano do
Sul (22,8 por km²/ano). Em mais meio século, o número de tempestades vai dobrar
em São Paulo e Campinas, assegura o ELAT. O motivo é a formação de ilhas
urbanas de calor, a presença de construções muito altas, torres de
telecomunicações e outras – que podem atrai-los. E o Brasil já é o país com
maior número de descargas elétricas: 57,8 milhões por ano, média de mais de 150
mil por dia.
Pela
primeira vez, em 2011, o Elat conseguiu captar imagens de raios ascendentes,
que nascem no solo, ao contrário da regra geral, quando nascem nas nuvens e
caem para o solo. As imagens captadas (4 mil quadros por segundo) foram
conseguidas no alto do pico do Jaraguá, em São Paulo, o ponto mais alto do
município. No Japão, o mesmo fenômeno está levando a estudos sobre a
localização de pás de usinas eólicas, torres de comunicação, aglomerações
urbanas, etc.
A
ação humana, como dizem os sábios do Blue Planet, precisa ser revista – na
terra, no ar, na água, no mar e até onde nascem os raios.
>>>>
Guerras ganham destaque na Coleção Folha. Oitavo
livro chega às bancas neste domingo, com fotografias tiradas entre 1864 e 1945 FOLHA SP 08/03
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Distantes
da realidade da maioria dos brasileiros, as guerras costumam ser vistas hoje
como fatos mais relacionados ao cotidiano de outros países. Mas houve um tempo
em que o Brasil se transformava à custa da violência.
Apesar
da imagem pacífica do povo brasileiro, os registros históricos mostram que ele
não deixou de se envolver em conflitos.
As
fotos do oitavo volume da Coleção Folha Fotos Antigas do Brasil retratam as
batalhas mais importantes de que o país participou entre 1864 e 1945.
Das
guerras externas -como a do Paraguai (1864-1870) e a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945)-aos confrontos internos, como a Revolução Constitucionalista de
1932, as imagens testemunham eventos desde o século 19 até os anos 1950.
A
obra está dividida em cinco seções temáticas ("Guerras e Batalhas",
"Confrontos e Registros Oficiais", "Império",
"República Velha" e "Era Vargas").
Alternam-se
nas páginas imagens registradas por anônimos e cliques de pioneiros como Marc
Ferrez (1843-1923) e Claro Jansson (1877-1954). Muitas delas, vale ressaltar,
foram feitas sob encomenda -para legitimar a ação dos vencedores.
A
coleção, dedicada a apresentar algumas das fotografias mais importantes
realizadas no país entre 1840 e 1960, tem 20 volumes. O resultado da compilação
de grandes acontecimentos e cenas comezinhas é uma história ilustrada do país,
uma narrativa do cotidiano através da fotografia.
As
cenas foram captadas por fotógrafos que entraram para a história como
testemunhas oculares e protagonistas da consolidação da técnica como arte no
Brasil.
O
conjunto de cerca de 900 imagens da coleção é oriundo dos principais acervos do
país, como o do Instituto Moreira Salles (apoiador da coleção), o do Arquivo
Público do Estado de São Paulo e o da Fundação Pierre Verger.
>>>
Cientistas
confirmam relação entre calvície precoce e problemas de próstata FSP 07/03
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Um
grupo de cientistas espanh骾s confirmou a exist阯cia de uma rela玢o entre a calv韈ie precoce e a hiperplasia benigna da pr髎tata (HBP), um crescimento n鉶 maligno da pr髎tata que, geralmente, aparece nos
homens com mais de 40 anos.
Segundo
a Universidade de Granada, situada no sul da Espanha, esta doen鏰 ?registrada em 50% dos homens com mais de 60 anos
e pode ser identificada com uma excessiva de vontade de urinar.
O
estudo cient韋ico, publicado na revista da Academia Americana de
Dermatologia e ganhador do primeiro pr阭io
do 68?Congresso Anual desta mesma institui玢o americana, explica que os homens que sofrem calv韈ie precoce t阭 mais possibilidades de sofrer de HBP do que os
demais.
A
calv韈ie
precoce ocorre com mais frequ阯cia nos homens do que nas mulheres e apresenta um
componente heredit醨io que evolui progressivamente sem tratamento.
A
hiperplasia benigna tamb閙 costuma ser frequente e provoca um crescimento
anormal e desordenado das gl鈔dulas que est鉶 em contato direto com a uretra, sendo que a forma玢o de um tumor (benigno) acaba
obstruindo a sa韉a da urina.
Para
a realiza玢o deste estudo, os cientistas analisaram 87 homens,
45 deles diagnosticados com calv韈ie precoce e outros 42 s鉶s. A partir da? os resultados
demonstraram que existia uma rela玢o clara e direta rela玢o entre os sujeitos com calv韈ie precoce e os que sofriam de
HBP.
A
pesquisa foi realizada atrav閟 de estudos de pesquisadores da Universidade de
Granada, do Hospital Universit醨io San Cecilio de Granada e do Hospital St. Thomas
de Londres.
>>>
Clássica e contemporânea. Estreia
de Marin Alsop na Osesp lança holofotes sobre a orquestra no cenário
internacional FOLHA SP 08/03
-
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Tendo
à frente Marin Alsop, considerada a melhor maestrina da atualidade, a Osesp
(Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) estreia hoje sua temporada de 2012
pensando grande.
Alsop
conciliará sua atividade como regente titular da Osesp com o posto de diretora
musical da Sinfônica de Baltimore, uma das dez melhores orquestras dos EUA.
Ex-aluna
do maestro e compositor Leonard Bernstein (1918-1990), ela também coordena um
festival de música contemporânea na Califórnia e desenvolve projetos em
comunidades carentes.
Substituindo
o francês Yan Pascal Tortelier, conduzirá a Osesp por 12 semanas neste ano, em
uma programação com recortes ousados para quem tem ainda pouca familiaridade
com a música erudita brasileira: obras de Camargo Guarnieri e Villa-Lobos (com
Nelson Freire como solista) estarão sob sua batuta. Ela será também a curadora
do Festival de Inverno de Campos do Jordão.
"A
Osesp é uma das principais orquestras emergentes da atualidade. A vinda de
Alsop a coloca imediatamente no mapa da música erudita internacional. É um
casamento promissor", diz James Jolly, editor da revista
"Gramophone", que, com outros cinco jornalistas estrangeiros, veio ao
Brasil conferir a estreia.
>>>>
Festival de Campos deve ter compositor mexicano. Enrico
Chapela, expoente da música contemporânea, será convidado. Outros planos incluem gravações de música
sinfônica para crianças, e dos repertórios brasileiro e latino FOLHA SP 08/03
-
Marin
Alsop chegou ao Brasil na segunda-feira ao meio-dia e já às 14h trabalhava com
a orquestra, intensificando uma rotina de ensaios que, na gestão anterior, foi
alvo de reclamação por parte de músicos que a consideravam "frouxa".
Indagada
sobre os motivos que a levaram a aceitar o convite da Osesp, ela explica:
"Foi um passo não convencional. Eu me empolguei com as possibilidades, que
aqui parecem mais amplas do que em outros lugares onde a cultura erudita está
mais estabelecida. Aqui, os músicos parecem mais animados".
O
fato de ser mulher em um meio predominantemente masculino é tema recorrente em
qualquer alusão que se faça a seu trabalho. "Na nossa sociedade, há
escassez de mulheres em posições de liderança em todos os campos, não só nas
orquestras", diz.
Ela
enumera seus planos na Osesp: "Além do ciclo de sinfonias de Prokofiev,
pretendo gravar música para crianças e explorar os repertórios brasileiro e
latino".
Sobre
o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, adianta: "Ainda
estou me familiarizando com o conceito, mas pretendo trazer um compositor para
dar uma 'master class'. Deverá ser Enrico Chapela".
O
mexicano Chapela terá a estreia mundial de seu concerto para violoncelo
elétrico e orquestra sendo executada pela Osesp em julho. Ele é um dos jovens
expoentes da música contemporânea atual, gênero pelo qual Alsop tem particular
afeição, apesar do preconceito que o cerca.
"Quem
menos oferece resistência a este tipo de música são os jovens ou mesmo as
crianças", diverte-se. "O ideal na programação de uma orquestra é
balancear o contemporâneo com a música clássica tradicional", diz.
De
acordo com Alex Ross, crítico musical da revista "New Yorker",
"Alsop sempre mostrou aptidão para atrair tanto músicos como plateias a
apreciar músicas das quais achavam que não iriam gostar. Ela se tornou uma
estrela fazendo dos compositores as estrelas".
Buscando
melhor sonoridade, e com ajuda de um engenheiro acústico, Alsop conta que
trocou de lugar algumas seções da orquestra para este início de temporada.
Os
metais ficaram mais perto da plateia e os naipes de cordas foram colocados em
alturas diferentes. "A acústica da Sala São Paulo é muito boa e com esta
configuração ficou ainda melhor."
O
programa de abertura não podia ser mais adequado: uma das mais belas peças do
repertório mozartiano, o "Concerto Nº 22" para piano, compõe a
primeira parte. Na sequência, a quinta sinfonia de Shostakovich evocando os
contrastes da primeira metade do século 20. A abertura fica por conta de uma
peça assinada pela brasileira Clarice Assad, filha do violonista Sérgio Assad,
utilizando como tema o hino nacional brasileiro. (MORRIS KACHANI)
OSESP
QUANDO
hoje e sex., às 21hs, sáb., às 16h30; dom., às 11h
ONDE
Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16; tel. 0/xx/11/3223-3966); no dom., no
parque da Independência (r. dos Patriotas, s/n)
QUANTO
R$ 26 a R$ 149; grátis no domingo.
CLASSIFICAÇÃO
sete anos; livre no domingo.
>>>
Cultura de SP quer cotas para ter mais controle
sobre OS. Entidades privadas gestoras de orquestras e teatros
poderão ter representantes do Executivo no conselho FOLHA SP 08/03
-
Para
quatro diretores de organizações ouvidos pela Folha, proposta é
"intervencionista" e "desnecessária"
-
O
governo de São Paulo estuda criar cotas para membros do Executivo nos conselhos
de administração das OS (Organizações Sociais), entidades privadas sem fins
lucrativos que administram teatros, orquestras, hospitais e ambulatórios no
Estado.
A
proposta faz parte de um estudo em elaboração na pasta da Cultura, que no ano
passado transferiu R$ 384 milhões para 22 organizações.
"É
dinheiro público. Por isso, precisamos passar para uma segunda geração do
modelo de gestão das OS, para aprimorar o sistema e dar segurança
jurídica", disse à Folha Andrea Matarazzo, secretário estadual da Cultura.
Diretores
de quatro entidades, ouvidos sob a condição de anonimato, dizem que modificar a
lei atual é uma ideia "intervencionista" e "desnecessária",
pois a fiscalização já é "exagerada".
No
mês passado, o governo estadual criou um grupo de trabalho com membros de cinco
secretarias e da Procuradoria-Geral do Estado. O objetivo é elaborar propostas
sobre as entidades e enviá-las à Assembleia Legislativa de São Paulo. Serão
discutidas também mudanças como novos indicadores para avaliar as entidades
(veja ao lado).
GESTÃO
O
modelo de OS foi criado em 1998 durante o governo do então presidente FHC para
dar mais agilidade administrativa a áreas como saúde e cultura sem as amarras
burocráticas do Estado.
Para
o promotor Silvio Marques, que investiga supostas irregularidades envolvendo
OS, mudanças como membros do Executivo no comando das entidades não impedem
desvios de recursos.
"A
corrupção e o ralo de dinheiro público continuam. O governo deveria administrar
esses equipamentos via Lei de Licitações", afirmou.
Já
o professor Flávio Alcoforado, que atuou na criação do modelo, diz que a
fiscalização dos gastos na Lei das OS é um avanço em relação à Lei de
Licitações.
"Há
auditorias independentes, prestações de contas. A Lei de Licitações usa regras
gerais para serviços diferentes. Com as OS, podem ser usadas regras próprias
para cada setor, o que deixa as contratações e os custos de serviço mais
transparentes."
<>>>>
MICHELLE BACHELET
O
ASSUNTO É DIA DA MULHER. Empoderar as mulheres rurais FOLHA SP 08/03
-
No
campo, elas trabalham muitas horas e recebem pouca ou nenhuma remuneração, mas
produzem grande parte dos alimentos colhidos no mundo
Neste
Dia Internacional da Mulher, solidarizo-me com as mulheres do mundo todo pelos
direitos humanos, pela a dignidade e pela a igualdade, um sentimento que
milhões de pessoas compartilham.
Neste
primeiro aniversário da ONU Mulheres, saúdo a todas as pessoas, governos e
organizações que trabalham pelo empoderamento das mulheres e pela igualdade de
gênero.
A
criação da ONU Mulheres coincidiu com profundas mudanças no mundo, que vão
desde os crescentes protestos contra a desigualdade até as mobilizações pela
liberdade e a democracia no mundo árabe.
Tais
eventos reafirmaram nossa convicção de que um futuro sustentável só poderá ser
alcançado por mulheres, homens e jovens que desfrutem da igualdade plena.
Desde
os governos que modificam leis até empresas que oferecem empregos decentes e
remunerações iguais, passando por pais e mães que ensinam seus filhos e filhas
que todos os seres humanos têm que ser tratados do mesmo modo, a igualdade
depende de cada um de nós.
No
século passado, desde que se começou a celebrar o Dia Internacional da Mulher,
testemunhamos transformações nos direitos legais, bem como avanços na educação
e na participação das mulheres na vida pública. Atualmente, há mais mulheres
liderando na política e nos negócios, mais meninas frequentando a escola, mais
mulheres sobrevivendo aos partos e podendo planejar suas famílias.
No
entanto, apesar dos enormes avanços, nenhum país pode se declarar totalmente
livre da discriminação de gênero. Essa desigualdade manifesta-se em
persistentes hiatos de gênero nos salários e oportunidades, na baixa
representação de mulheres nos postos de liderança, nos casamentos precoces e na
violência contínua contra as mulheres, em todas as suas formas.
Em
nenhum contexto as disparidades e obstáculos são mais importantes para as
mulheres e meninas do que nas áreas rurais. Trabalham muitas horas com pouca ou
nenhuma remuneração e produzem uma grande parte dos alimentos colhidos. São agricultoras,
empresárias e líderes. Suas contribuições mantêm famílias, comunidades, países
e todos nós.
Apesar
disto, elas enfrentam algumas das piores desigualdades no acesso aos serviços
sociais, à terra e a outros bens de produção. Isso impede a elas e ao mundo o
desenvolvimento do seu potencial pleno, o que me leva ao tema principal desde
Dia Internacional da Mulher.
Nenhuma
solução duradoura será encontrada para as principais mudanças que enfrentamos
-desde mudanças climáticas até a instabilidade política e econômica- sem o
pleno empoderamento e sem a participação das mulheres do mundo todo.
Sua
participação plena na esfera política e econômica é fundamental para a
democracia e a justiça. A igualdade de direitos e oportunidades é a base das
economias e sociedades saudáveis.
Dar
às agricultoras o mesmo acesso aos recursos oferecido aos homens tiraria da
fome entre 100 e 150 milhões de pessoas.
Se
dessem renda, direito à terra e crédito às mulheres, haveria menos meninas e
meninos desnutridos. Estudos demonstram que os maiores níveis de igualdade de
gênero guardam uma correlação positiva com números mais elevados de Produto
Interno Bruto per capita. Abrir as oportunidades econômicas às mulheres
incrementaria o crescimento econômico e reduziria consideravelmente a pobreza.
Hoje,
Dia Internacional da Mulher, reafirmemos nosso compromisso com os direitos das
mulheres e caminhemos em direção ao futuro com coragem e determinação.
Defendamos os direitos humanos, a dignidade e o valor inerente a todas as pessoas,
bem como os mesmos direitos para homens e mulheres.
MICHELLE
BACHELET, 60, é diretora-executiva da ONU Mulheres. Foi presidente do Chile
(2006-2010)
>>>
Falta ambiente na Rio +20, afirma Ricupero. Ex-ministro
e negociador na Eco-92 vê dispersão de objetivos em conferência da ONU FOLHA SP 08/03
-
Um
grupo coordenado pelo embaixador Rubens Ricupero deve encaminhar ao governo
brasileiro um documento criticando a pauta da Rio +20, conferência da ONU sobre
desenvolvimento sustentável que acontecerá em junho, no Rio.
De
acordo com Ricupero, a organização da Rio +20 está marginalizando o tema
ambiental e erra ao abordar vários assuntos relacionados ao desenvolvimento
sustentável de maneira desfocada.
Isso
significa, por exemplo, centrar a agenda da conferência no debate sobre a
possível criação de uma agência da ONU para o desenvolvimento sustentável.
"O
Brasil vive insistindo que temos de ver o lado econômico, o ambiental e o
social do desenvolvimento sustentável. Mas qual é o foco? Ninguém sabe. O foco
é tudo", disse Ricupero durante uma reunião sobre a Rio +20 promovida pela
Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
"Essa
abordagem é incorreta. As pessoas não percebem que o ambiente é a condição de
possibilidade dos pilares econômico e social. O foco da conferência Rio +20
deve ser ambiental", disse.
Para
o embaixador, a agenda da Rio +20 deixa de fora um alerta sobre problemas
ambientais urgentes, como a extinção acelerada de espécies por causa de
mudanças que afetam o clima.
ERA
GLACIAL
"O
que nos separa da última era glacial é uma diferença de 5 graus Celsius. Se nós
tivermos mais 5 graus Celsius a partir de agora, não sabemos o que vai
acontecer."
A
movimentação de Ricupero contra a pauta da conferência é simbólica. Ele foi um
dos principais nomes da Eco-92, responsável pelo capítulo financeiro do
documento resultante da reunião. Ricupero também já foi secretário-geral da
Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) e
ministro da Amazônia e do Meio Ambiente de 1993 a 1994.
O
texto contra a Rio +20, de acordo com Ricupero, está começando a ser preparado
por ele e por colegas como o físico José Goldemberg, da USP, e o ex-deputado
ambientalista Fábio Feldmann.
Antes
de ser enviado ao governo, o documento será revisado por cientistas e pelo
Fórum dos Ex-Ministros do Meio Ambiente, criado para discutir o Código
Florestal.
A
ideia é que o texto seja incluído na agenda do encontro no Rio. "Mas, se
isso não acontecer, queremos que ele seja incluído no debate da sociedade
civil", disse.
-
Magistratura/ O papel da Magistratura e do Judiciário Brasileiro
na consolidação dos Direitos da Mulher será discutido hoje, em Brasília,
durante o encontro “Por um Brasil sem violência contra a mulher”, realizado
pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Na ocasião, serão
apresentados relatos e depoimentos sobre os cinco anos da Lei Maria da
Penha.Coluna azedo.df@dabr.com.br CORREIO BSB 08.03
>>>
Mortes. Estima-se que 5,3 milhões de mulheres no Brasil já tenham abortado ilegalmente, das quais 55%
precisaram ficar internadas em hospitais públicos para recuperação. Segundo o
Ministério da Saúde, em decorrência do aborto ilegal, morrem por ano no Brasil
pelo menos
250
mulheres. Coluna luizazedo.df@dabr.com.br CORREIO BSB 08.03
>>>
POLÍTICA CULTURAL / » Arrocho no FAC. Secretaria
de Planejamento "contingencia" R$ 20 milhões que seriam destinados ao
fundo usado pelos artistas da cidade para apresentar suas produções à comunidade CORREIO BSB 08.03
-
É
com insatisfação e revolta que a classe artística tem recebido a última
novidade sobre o Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Dentro do plano de corte de
gastos do Governo do Distrito Federal, o fundo sofreu um contingenciamento, que
começou em fevereiro, de R$ 19.812.264, valor que equivale a cerca de 38% do
total de recursos disponíveis para este ano (R$ 53 milhões). Segundo a
Secretaria de Planejamento e Orçamento, que empreendeu a retenção da verba, a
decisão é “preventiva, que visa garantir o cumprimento das metas fiscais
previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias”.
À
medida que a arrecadação (receita) for aumentando, os recursos serão liberados,
informou o secretário Edson Ronaldo Nascimento, por meio da assessoria de
imprensa. Na superfície, não parece grave. Mas os representantes da cultura do
DF temem pelo pior: desvio do dinheiro para outras áreas e atraso na aprovação
de novos editais. Hoje, às 19h30, membros do Fórum de Cultura reúnem-se no
auditório do Museu Nacional da República, para debater o futuro do FAC.
Leonardo
Hernandes, subsecretário de fomento da Secretaria de Cultura, vê problemas no
calendário de editais do FAC. “Quem tem projetos aprovados não será afetado. O
prejudicado será o nosso planejamento para 2012. Tínhamos feito uma discussão
com movimento cultural para fazer dois blocos de editais. O do primeiro
semestre, inclusive, já estamos finalizando para enviar à procuradoria.”
Segundo ele, a ideia era dividir em dois para melhorar a aplicação da política
e o impacto que a gente ia ter pelo número de propostas. “Não ia pesar tanto no
caixa do GDF. Com o contingenciamento, vamos ter que segurar um pouco mais. A
gente fica sem orçamento para lançar os editais. Praticamente nos obriga a
fazer apenas um bloco de editais, de julho a agosto”, detalha. A Secretaria de
Cultura já entrou em contato com a pasta de Planejamento, para pedir a anulação
da medida.
Corte
em debate
Para
o maestro Rênio Quintas, coordenador do Fórum de Cultura, o controle
orçamentário é um absurdo, já que atinge o único amparo governamental
direcionado aos artistas locais. “Estamos ampla, total e profundamente
consternados com o tratamento que a cultura está sofrendo nesta gestão. É
inaceitável que qualquer governo que tenha um olhar para a cultura faça
qualquer tipo de contingenciamento na única política cultural que está
funcionando, mesmo assim muito precariamente”, lamentou. O assunto também
chegou à pauta de discussão dos parlamentares distritais, na Câmara Legislativa
do DF.
Na
última quarta, o deputado Cláudio Abrantes (PPS), líder da Frente Parlamentar
em Defesa da Cultura, se pronunciou contra a providência tomada pelo GDF, e
iniciou um debate sobre outros temas concernentes à cultura, como a necessidade
de abertura de edital de concurso público para a Secretaria de Cultura e a
tramitação, ainda lenta, da Lei de Incentivos Fiscais, que está no Executivo,
mas ainda não chegou à Câmara. “A cultura, que já sofre com orçamento, na minha
opinião…, a expressão que posso usar é que o orçamento é ridículo. Na sua principal
fonte de financiamento, o FAC tem esse corte de uma maneira inexplicável e
inadmissível”, disse o parlamentar, que já encaminhou requerimento ao governo,
assinado pelos 24 distritais, para imediato descontingenciamento dos recursos.
No
bojo de discussões, que contou com a fala de poucos deputados — o plenário
estava com cerca de um terço das cadeiras ocupadas —, Wasny de Roure (PT)
cobrou relatórios das finanças do FAC 2011 e lembrou a farra das emendas
orçamentárias, que incham o calendário apenas de eventos “supostamente”
culturais e outros assuntos irrelevantes, como a consolidação de datas
comemorativas. Na sua vez, Chico Vigilante (PT) disse que a situação na área da
“cultura está um pouco pior que a do transporte”.
O
ator de teatro Adeilton Lima, presente no plenário com outros agentes da
cultura, lembrou a Abrantes as 13 promessas (veja quadro) do governador Agnelo
Queiroz anunciadas quando este fazia campanha eleitoral. Entre elas, está a
criação de um sistema e um plano distrital de Cultura, para integrar a capital
às políticas do Ministério da Cultura. Por enquanto, a ideia não saiu do papel.
“Por que não há contingenciamento para as obras da Copa do Mundo de 2014? ”,
questionou Lima.
As
13 propostas de Agnelo
»
Criar o Sistema e o Plano Distrital da Cultura, inserindo o DF nas políticas do
Ministério da Cultura
»
Descentralizar a cultura com a incorporação das Diretorias Regionais de Cultura
(DRC)
»
Reestruturar o Conselho Distrital de Cultura e efetivar os Conselhos Regionais
eleitos nas Conferências
»
Promover conferências regionais e distrital da cultura a cada dois anos
»
Revitalizar a Secretaria de Cultura para a administração dos bens e
equipamentos culturais públicos do
Distrito
Federal
»
Democratizar o acesso e dar transparência aos recursos públicos
»
Implantar nova gestão para o Fundo de Apoio à Cultura garantindo a aplicação de
0,3% da receita líquida corrente do DF e a criação de novos mecanismos de
financiamento
»
Ampliar para 200 os pontos de cultura em todas as cidades do DF
»
Criar o ambiente político/administrativo necessário para a melhor forma de
gerir os espaços e equipamentos públicos culturais e sua programação, com
participação dos conselhos paritários e dos agentes do governo. O objetivo é
qualificar os serviços e priorizar a produção artística local
»
Incorporar as diretrizes da Conferência Distrital às Leis Orçamentárias do DF
»
Criar ações de desenvolvimento para a economia criativa,
gerando
emprego, renda e previdência para os trabalhadores das artes
»
Revitalizar, reaparelhar e/ou construir equipamentos culturais permanentes em
todas as cidades do DF
»
Desenvolver programas e projetos transdisciplinares com outras áreas do governo
— comunicação, turismo, educação, saúde, meio ambiente e direito humanos etc
>>>
A primeira visita de JK CORREIO BSB 08.03
-
A
Fazenda Gama foi o primeiro local visitado pelo presidente Juscelino Kubitschek
(na foto, de paletó e gravata) na região escolhida para a construção da nova
capital do Brasil. A visita ocorreu em 2 de outubro de 1956, quase quatro anos
antes da inauguração da nova cidade. A sede da fazenda ficava perto do local
onde está o Catetinho, a primeira residência oficial de Kubitschek. Brasília
foi instalada a oito quilômetros desse ponto.
A
decisão de transferir a capital para o interior do país levou à desapropriação
de quatro fazendas, entre elas a Gama. A responsabilidade da desapropriação
coube à Comissão Goiana de Cooperação para a Mudança da Capital do Brasil. A
região do Gama surgiu posteriormente para abrigar excedentes populacionais
decorrentes da construção de Brasília.
Em
1955, uma pista de pouso e um rancho para passageiros foram criados por
Bernardo Sayão. Era o chamado Aeroporto Vera Cruz, onde hoje está a
Rodoferroviária. Sayão abriu uma trilha que ligava o aeroporto à Fazenda Gama.
A visita de Kubitschek ocorreu no ano seguinte.
A
área correspondente à antiga Fazenda Gama é bastante extensa. Engloba o Riacho
Fundo 2, o Núcleo Bandeirante, o Park Way, a região do Catetinho, o Aeroporto
Internacional JK, parte do Lago Sul e a Vargem Bonita, segundo a Terracap.
Alguns pontos da região se tornaram focos constantes de grilagem, como a
chamada Ponte Alta do Gama. A Terracap reconhece a existência de “problemas
jurídicos” na região. (VS)
>>>
CONGRESSO » Código
Florestal flexível. Relator do projeto na Câmara apresenta proposta com
28 alterações em relação ao texto aprovado no Senado. Ministro da Agricultura
admite que "correções" serão necessárias CORREIO BSB 08.03
-
Protesto
de ambientalistas em frente ao Congresso: ONGs pedem que Dilma vete o Código
Florestal
Preocupado
com o pesado clima político em torno da votação do novo Código Florestal, o
Palácio do Planalto enviou ontem à Câmara a ministra de Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, e da Agricultura, Mendes Ribeiro, para tentar
costurar um acordo sobre o texto que deve ir a votação no plenário da Casa na
próxima semana. Sem sucesso. Em meio à divisão entre partidos da base aliada, o
relator na Câmara do projeto que cria o novo Código Florestal, Paulo Piau
(PMDB-PR), apresentou um parecer “provisório”, com itens em aberto para
negociação e pontuado por discordâncias entre ruralistas, ambientalistas e
governo.
De
acordo com Piau, o texto preliminar traz 28 alterações em relação à versão
aprovada pelo Senado no ano passado. Entre as mudanças estão a exclusão dos
apicuns e salgados, que são áreas de mangue utilizadas para a criação de camarões,
da classificação de áreas de preservação permanente (APPs) e a liberação de
pastagens e plantios nas áreas entre 25 graus e 45 graus de inclinação. Até a
última terça-feira, o governo recusava qualquer tipo de mudança em relação ao
texto aprovado no Senado. Agora, mostra-se mais flexível. “Todo mundo sabe que
a versão do Senado avançou em relação à Câmara, mas existem falhas no texto que
precisam ser corrigidas”, admitiu o ministro Mendes Ribeiro, depois de
participar de reunião com líderes governistas, na Câmara.
Multas
O
governo tem pressa em aprovar o novo código para evitar uma prorrogação do
decreto presidencial que suspende a aplicação de multas aos produtores rurais
que descumpriram regras ambientais estabelecidas em 2008 e para minimizar a
pressão política da realização da Rio +20 sobre a discussão do texto
Ontem,
manifestantes de cerca de 250 entidades ambientais e organizações de pescadores
e camponeses se reuniram em frente ao Congresso. Exibindo faixas defendendo a
preservação dos mangues e pedindo o veto presidencial ao novo código, eles
protestaram contra a proposta que tramita na Casa. “Não aprovar o código ou
atrasar sua votação é o pior dos cenários. Será muito mais complexo negociar
acordos com a proximidade da Rio +20”, avalia Piau.
No
momento, são as discórdias que marcam o texto do novo código. O governo quer
evitar a aprovação, por exemplo, de um artigo que obriga a recomposição
florestal nas áreas de expansão urbana na razão de 20 metros quadrados por
habitante. A exigência tem impacto direto sobre programas sociais de habitação,
como o Minha Casa, Minha Vida, por conta do encarecimento dos projetos. Os
ambientalistas defendem o artigo. “Pessoalmente, eu também concordo. Mas a
pressão sobre o preço do lote virá”, reconhece Piau.
Contra
o governo, os ruralistas defendem o retorno da Emenda nº 164, que anistiava
plantações e pastos feitos em APPs até 2008, e do texto da Câmara na definição
de regras para a recomposição florestal nas APPs em margens de rios. A versão
da Câmara determinava apenas uma metragem mínima para a recomposição, de 15
metros, para rios de 10 metros de largura. No caso de rios maiores, os limites
ficariam a critério da União e de legislações estaduais. O Senado definiu
faixas de recuperação entre 30 e 100 metros de vegetação para rios maiores de
que 10 metros de largura.
Principais
polêmicas
Confira
os entraves para a aprovação do Código Florestal
Obrigatoriedade
de recomposição ambiental de 20 metros quadrados para cada habitante, nas
chamadas zonas de expansão urbana. O governo quer retirar o item do código.
Regras
para recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos
rios. Governo e ambientalistas concordam com a versão do Senado, com metragens
de recomposição variáveis segundo a extensão do rio. Ruralistas querem de volta
o texto da Câmara, que estabelece uma metragem mínima para a recomposição, de
15m, e deixa limites maiores a critério da União e dos estados.
A
bancada ruralista quer retomar a chamada Emenda nº 164, que libera totalmente
plantações e pastos feitos em APPs até 2008. O governo é contra e quer liberar
apenas atividades de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto
ambiental.
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