quarta-feira, 7 de março de 2012
Previdência.
Projeto de
lei que cria o Funpresp deve ser aprovado no Senado FOLHA SP 07.03
>>>
Solenidade marcada
Anuário
da Justiça Federal em 2012 será lançado nesta quarta-feira (07/03) no TRF-4.
PRIMEIRA MULHER
Ministra
Cármem Lúcia é eleita presidente do TSE
www.conjur.com.br
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Entrevista/Cacá Diegues
>>> Momento promissor O POPULAR/GO 06.03
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Cacá
Diegues: produção de novo filme até o final do ano
Um
dos nomes mais importantes da área cinematográfica no País, o cineasta Cacá
Diegues estará amanhã em Goiânia para dar uma palestra no Cine UFG, no Câmpus 2
da universidade, às 9h30, quando vai falar sobre os caminhos do cinema
brasileiro. Amanhã, também tem início no Cine UFG uma mostra retrospectiva de
filmes do diretor, que se estende até o dia 21 (confira programação no quadro).
Antes de embarcar para Goiânia, Cacá Diegues concedeu uma rápida entrevista ao
POPULAR, por e-mail. Confira a seguir.
Depois
de 50 anos de cinema no Brasil, com toda a experiência acumulada, você prevê
dias melhores para o cinema nacional? Será que finalmente teremos o casamento
do cinema com a TV?
Nunca
vivi um período da história do cinema brasileiro tão promissor. Não só temos
vários jovens cineastas estreando pelo Brasil afora, como aos poucos vai se
organizando uma estrutura econômica que pode criar condições para que o cinema
seja uma atividade permanente no Brasil.
Está
trabalhando em um novo filme? Dá para adiantar o projeto?
Até
o fim do ano, começo a produção de O Grande Circo Místico, um sonho de muitos
anos. O filme é baseado no poema de Jorge de Lima que também inspirou o balé
com a música de Chico Buarque e Edu Lobo. Vou usar parte dessa trilha original,
embora nosso filme não seja exatamente um musical.
Bye,
Bye, Brasil foi um filme emblemático, pois captou as mudanças surgidas com a
TV. Vê novas possibilidades para o cinema com o surgimento da internet?
Claro.
O cinema é o avozinho de uma família de audiovisual da qual a TV foi uma
sobrinha sapeca e bem-sucedida. A internet representa sua nova geração, tanto
na produção quanto nas difusão do audiovisual
Hoje,
comenta-se muito as possibilidades de uma terceira via para o cinema
brasileiro: filmes realizados que não são “de arte” nem são “para
entretenimento”. Na minha opinião, você sempre fez esse cinema fazendo a ponte
entre o cinema de autor e o cinema de grande público. Concorda com essa
afirmação?
A
afirmação me deixa de fato muito feliz, é isso que tenho buscado em minha vida,
sem subestimar nunca o público nem a grandeza do cinema.
Lisandro
Nogueira é crítico de cinema e professor da UFG
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Fundação Padre Anchieta - o destino. O
Estado de S. Paulo - 07/03/2012
-
Criada
há 45 anos, a Fundação Padre Anchieta - rede paulista de rádio e televisão -
integra-se à História do Estado de São Paulo pelas relevantes contribuições que
oferece à sociedade, como educadora e veículo de difusão cultural, das artes e
da música.
Foi
por meio da Lei n.º 9.849, de 26 de setembro de 1967, que o governo do Estado
obteve autorização para instituir fundação destinada a atuar nas esferas da
educação e cultura. A escritura pública de constituição foi lavrada no 19.º
Tabelionato da capital, tendo sido registrada no 4.º Tabelião de Títulos e
Documentos.
A
iniciativa partira do governador Roberto de Abreu Sodré, que, logo após assumir
a chefia da administração estadual, em março de 1967, deixou assentado, em
mensagem à Assembleia Legislativa, que a fundação teria vida livre de
ingerência do seu e de futuros governos, de deputados e de partidos políticos.
O jornal O Estado de S. Paulo, na edição de 22 de agosto de 1968, noticiava na
primeira página: Uma nova televisão está nascendo. Não, porém, para dar aulas
pelos métodos convencionais, dizia o texto de Allen Augusto Dupré, mas com a
utilização de modernas técnicas de comunicação audiovisual.
O
artigo 1.º dos Estatutos Sociais consigna tratar-se de pessoa jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia jurídica, administrativa e
financeira e na gestão dos respectivos bens e recursos. O artigo 2.º situa
dentro das suas finalidades a defesa e o aprimoramento da pessoa humana,
notadamente da criança e do adolescente, e sua formação crítica, para o
exercício da cidadania. O artigo 5.º veda o uso, sob qualquer forma, da rádio e
da televisão educativas, bem como de quaisquer outros meios de comunicação e
multimídia, para fins político-partidários, propagação de ideias ou fatos que
incentivem recurso à violência, preconceitos de raça, classe ou religião, e
publicidade comercial.
Foi
o primeiro presidente da diretoria executiva o dr. José Bonifácio Coutinho
Nogueira. E o Conselho Curador - integrado por 35 representantes da sociedade
civil, eleitos a cada três anos - tinha na presidência o professor Antonio
Barros de Ulhôa Cintra.
Frise-se
que, à época em que foi criada, o País encontrava-se debaixo de regime
autoritário, tendo como presidente da República o general Arthur da Costa e
Silva, que sucedera ao general Humberto de Alencar Castelo Branco e seria
sucedido pelo general Emílio Garrastazu Médici. Naquelas circunstâncias, seria
fácil para o governador Sodré imprimir à entidade outro perfil, na forma, por
exemplo, de autarquia relacionada à Secretaria da Educação. Não o fez porque,
conforme ficou assinalado nos Estatutos, se cuidava de preservá-la de futuros
governos, os quais, possivelmente, não vacilariam em tentar transformá-la em
instrumento dócil de propaganda político-partidária.
Este
preâmbulo é necessário porque, como o povo tem memória curta, poucos hoje
teriam conhecimento das origens da Fundação Padre Anchieta e do momento
histórico em que ela se consolidou.
Como
pessoa de direito privado, administrada por diretoria independente, a fundação
conseguiu superar períodos tormentosos, como na morte de Vladimir Herzog, ou na
malograda tentativa de intervenção do então governador José Maria Marin, nos
anos 1980, barrada pelo Tribunal de Justiça, para desempenhar relevante papel
na defesa do restabelecimento do Estado de Direito democrático. Pelo programa
Roda Viva passaram políticos da situação e da oposição, jornalistas,
escritores, artistas, esportistas. Desde o primeiro momento, o programa
consagrou-se como canal de comunicação nacional, com a abertura de debates, em
clima de liberdade, em torno de temas relevantes, como o restabelecimento de
eleições diretas de governadores e do presidente da República.
Decorridos
mais de 25 anos de regime democrático, a Fundação Padre Anchieta enfrenta hoje
desafio decorrente de corrosiva crise de identidade. Afinal, trata-se de pessoa
jurídica de direito privado, como foi determinado em lei, na escritura pública
e nos estatutos, ou corre o risco de ser transformada em fundação pública, por
sentença judicial? Como no dilema shakespeariano, ser ou não ser, eis a
questão!
O
tema não é banal ou acadêmico. A fundação encontra-se, neste exato momento, na
expectativa de julgamentos em processos que tramitam na Justiça do Trabalho e
no Supremo Tribunal Federal, um dos quais instaurado pelo Ministério Público do
Trabalho.
Serão
de tal ordem, e de tão funestas consequências, as transformações decorrentes da
alteração de natureza jurídica que não excluo a ideia do colapso da Fundação
Padre Anchieta no caso de julgamento irrecorrível vir a lhe impor mudança da
órbita privada para a esfera pública, na qual definhará e acabará estrangulada.
Alega-se
que a fundação se beneficia de recursos públicos, proporcionados pelo Estado de
São Paulo. O argumento é pueril. Compete ao governo, independentemente de quem
se encontrar à frente dele, amparar a educação e a cultura. Partidos políticos
são pesadamente subvencionados pelo Fundo Especial de Assistência Financeira (o
chamado Fundo Partidário), conforme a Lei n.º 9.096, de 19 de setembro de 1995.
Ninguém, entretanto, cogitaria de convertê-los de pessoas jurídicas de direito
privado em pessoas de direito público, ao lado, por exemplo, das autarquias.
A
Fundação Padre Anchieta é patrimônio dos paulistas. Deve ser preservada com o
perfil que lhe atribuíram os fundadores. Somente assim estará em condições de
exercer, sem interferências, e sem censura, a missão educativa e cultural que a
distingue das demais emissoras e nos causa orgulho.
>>>
Bienal faz exigências ao MinC O
Estado de S. Paulo - 07/03/2012
-
A
Fundação Bienal de São Paulo fez ao Ministério da Cultura (MinC) uma série de
exigências para aceitar que a 30.ª mostra da instituição seja realizada por um
outro proponente. Uma delas está relacionada ao curador-geral da exposição, o
venezuelano Luis Pérez-Oramas. "Neste diapasão da preservação artística e
para que a Fundação Bienal em momento nenhum terceirize seu objeto de
existência, no espírito de parceria presente nessa missiva, que o curador já
contratado Luis Pérez-Oramas continue vinculado à Fundação e pago com recursos
próprios da mesma", afirmou a entidade ao governo federal.
No
ano passado, Oramas licenciou-se, temporariamente, do Museum of Modern Art
(MoMA) de Nova York, onde é curador de arte latino-americana, para se dedicar
ao desenvolvimento da 30.ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre
setembro e dezembro de 2012. Ele já havia definido o projeto da mostra, sob o
título A Iminência das Poéticas, que teria entre 110 e 115 artistas
participantes. Desde que a Bienal de São Paulo foi classificada inadimplente
pelo MinC e teve seus recursos bloqueados, o processo da 30.ª mostra está
paralisado - corre até risco de não ocorrer este ano.
As
exigências da Bienal estão relacionadas a considerações apresentadas
anteriormente pela Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, sobre o
processo de alteração de proponente da 30.ª Bienal de Artes de São Paulo como
uma manobra para que a mostra ocorra. "O proponente substituto não poderá
assumir posição de mero intermediário da Fundação Bienal, ou seja, todo o
objeto dos Pronacs deverá ser integralmente assumido pelo novo
proponente", afirmou o Ministério em documento.
Na
semana passada, o MinC reuniu-se, em São Paulo, com representantes da
Pinacoteca do Estado, Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo e Instituto
Tomie Ohtake - indicados pelo governo federal - para apresentar o projeto de um
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a troca do proponente da 30.ª
Bienal. O conselho da Pinacoteca resolveu retirar-se do processo. O Estado
apurou que o MAM tem mais chances de criar a estrutura jurídica e
administrativa necessária para a mostra e que o ministério deverá anunciar a
instituição escolhida até o fim desta semana.
Informalmente,
conselheiros da Fundação Bienal de São Paulo reclamam de "embaraços com o
MinC, que estão inviabilizando a realização da 30.ª Bienal". Está marcada
para terça-feira a reunião do conselho da instituição para decidir o futuro da
exposição. O governo federal quer resolver a situação até o dia 15.
Outra
demanda da diretoria da Fundação Bienal de São Paulo, presidida pelo consultor
diretor da McKinsey, Heitor Martins, é a de ser correalizadora da 30.ª edição
da mostra. "A Fundação Bienal participará das decisões relativas ao
evento, sobretudo no que se refere a questões de natureza técnica e artística,
como previsto em seu Estatuto Social e atendendo à finalidade para a qual foi
instituída. Sendo assim, a Fundação será o primeiro interlocutor e porta-voz do
evento. Todas as demais medidas relativas à execução do projeto, tais como
convites a artistas, serão realizadas conjuntamente pelas duas instituições
(Fundação Bienal e proponente)."
"É
o reconhecimento do projeto da 30.ª Bienal como foi pensado. É uma questão
emergencial. A realização da mostra vai ser fator de fortalecimento da
Bienal", opinou o diretor da Pinacoteca do Estado sobre o processo para
driblar mais uma crise da instituição (leia mais ao lado).
A
Fundação Bienal de São Paulo entrou, em janeiro, na lista de inadimplentes do
MinC por causa de questionamentos da Controladoria Geral da União (CGU) sobre
convênios firmados pela instituição paulistana entre 1999 e 2007 (de gestões de
Carlos Bratke e Manoel Pires da Costa, ambas anteriores à atual diretoria da
entidade). Pelos cálculos da CGU, a irregularidade dos convênios teria
acarretado rombo de cerca de R$ 75 milhões aos cofres públicos. A instituição
está preparando a prestação de contas.
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Adiada votação do Código Florestal. O
Globo - 07/03/2012
-
BRASÍLIA.
Sob pressão da bancada ruralista e com a ameaça de rebelião no PMDB, o governo
conseguiu adiar por mais uma semana a votação do Código Florestal. O relator do
projeto, Paulo Piau (PMDB-MG), pode apresentar seu parecer ainda hoje, mas o
texto vai a voto somente na próxima terça-feira. Contrário a mudanças no texto
votado no Senado, o governo decidiu dar um ultimato aos ruralistas. A intenção
é endurecer o discurso para evitar descaracterização do texto negociado no
Senado.
Diante
disso, o governo até ameaça não prorrogar o decreto que vence no dia 11 de
abril e vinha impedindo a aplicação de multas e sanções a desmatadores e a
produtores que não aderirem a programas de regularização ambiental.
-
Se for para mudar o texto aprovado no Senado, é melhor não votar. Nesse caso, o
decreto não será prorrogado, e o governo fica com uma imagem preservada para a
conferência Rio + 20 - disse um auxiliar da presidente Dilma Rousseff.
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De Oswald de Andrade a Michel Teló » GILBERTO LIMA JR
Consultor
em Negócios Internacionais, presidente da Going Global Consulting e membro do
Conselho do World Trade Center CORREIO BSB 07.03
-
A
Semana de Arte Moderna de 1922 foi amplamente comemorada pela passagem dos 90
anos. Nela a expressão singular da cultura brasileira, conhecida como Manifesto
Antropofágico, delineou o jeito de ser de um povo amistoso, amável, receptivo
e, como dizem os norte-americanos, friendly (amigável) na relação com outras
culturas e valores. Em vez de xenofobia ou louvor cego aos padrões da arte
estrangeira, expoentes de nossa cultura, como Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, resolveram
mostrar a capacidade do brasileiro de misturar e digerir as influências
externas e internas e projetar uma expressão singular na forma de ver o mundo e
na própria forma de ser.
Desde
lá, o mundo voltou a reverenciar nossa cultura em diferentes momentos pela via
dos grandes autores, escritores e compositores. Carmem Miranda representou uma
de nossas antropofagias musicais. Uma portuguesa convertida ao carioquismo em
essência que levou nossas batucadas ao estrelato nas telas dos cinemas e aos
palcos internacionais. O estrangeirismo aumentaria com a abertura econômica do
país na fase da substituição das importações, especialmente no período do
mandato do presidente JK (1956 a 1960). Juscelino precisou negociar com
diversos países, visitou e recebeu inúmeros chefes de Estado, buscando os
recursos necessários à implementação de seu plano desenvolvimentista que previa
crescimento de 50 anos em cinco.
Sua
gestão foi marcada pela construção da indústria automotiva, das grandes obras
nacionais como hidroelétricas, rodovias e Brasília, a nova capital da
República, verdadeiro museu de arte a céu aberto, hoje tombado como Patrimônio
Histórico e Cultural da Humanidade. Nesta fase, a presença de multinacionais no
país se multiplicou e o presidente teve a felicidade de ver a autoestima brasileira
nas alturas. Afinal o mundo parava para nos reverenciar pela primeira vez, com
a conquista da Copa de 58, disputada na Suécia, ao mesmo tempo em que
emplacávamos por toda história o grande produto de nossa exportação, a
bossa-nova. Anos Dourados aqueles. Na sequência, autores como Jorge Amado,
pintores como Cândido Portinari e outros ícones projetaram “este nosso jeito de
ser”.
Mais
recentemente, a produção audiovisual brasileira, especialmente as telenovelas,
trataram de levar nossas histórias, costumes e paisagens tropicais mundo afora.
Inesquecível para qualquer brasileiro, a novela Escrava Isaura foi exibida em
mais de 100 países e até hoje a atriz Lucélia Santos é reverenciada na China.
Em ocasiões mais recentes, numa viagem a Moscou, foi estranho assistir aos
atores brasileiros tão familiares interpretados em russo ou ficar aguardando o
intervalo comercial da novela A favorita para que os garçons do Hotel Nacional
em Havana pudessem me atender e ainda protelarem a entrega do meu pedido
enquanto não lhes contasse o futuro da Flora e da Donatella.
No campo das artes, nomes como Romero Brito e
Vick Muniz orgulham nosso povo com suas artes plásticas, os autores Paulo
Coelho e Augusto Cury levam seus romances e aconselhamentos de um polo a outro
do planeta, gênios como Washington Olivetto e Nizan Guanaes estão entre os mais
premiados nos festivais internacionais de publicidade, e os executivos
internacionais olham surpresos para um país que acaba de atingir a posição de
sexto PIB do mundo.
Nossa
vocação cosmopolita ainda tem muito para amadurecer: participamos apenas de
1,2% do comércio mundial, ainda lutamos por conquistar uma vaga no Conselho de
Segurança da ONU. É preciso que nossa população vá além do hit global do Michel
Teló Ai se eu te pego e se orgulhe dos recordes de atração de investimentos
estrangeiros em meio a um mundo em crise (US$ 66,7 bilhões em 2011). Quanto ao
mundo, nosso jovem país tem muito a aprender, mas também a contagiar as outras
nações com nossa alegria de viver, nossa flexibilidade, nossa tolerância, nossa
antropofagia e a força de superação que vem do melhor do Brasil, o brasileiro.
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Sem acordo, Câmara adia votação de lei florestal. Ruralistas
querem incluir no texto a desobrigação de recuperar áreas. Governo já avisou que não permitirá mudança no
projeto e que deseja vê-lo aprovado ainda este mês pelo plenário FOLHA SP 07.03
>>>
-
Sem
consenso entre o governo e a bancada ruralista, a Câmara adiou a votação da
reforma do Código Florestal para a próxima semana.
Enquanto
o Planalto insiste em manter integralmente o texto aprovado pelo Senado em
dezembro, os ruralistas trabalham por mudanças no relatório do deputado Paulo
Piau (PMDB-MG).
Pressionado
pelos dois lados, o peemedebista atendeu ao governo e pediu mais uma semana
para a análise do texto pelo plenário da Casa, último passo antes de o texto
ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
A
bancada insiste em alterar as regras para a produção rural em APPs (áreas de
preservação permanente), como topos de morro, encostas e margens de rios.
Quer
deixar de fora do texto qualquer obrigação de recuperar essas áreas.
Eles
querem trazer de volta a emenda que anistiava desmatamentos em APPs. Dilma já
disse que vetaria anistia a desmatadores.
Alguns
ruralistas defenderam um movimento ainda mais radical: derrubar todo o texto e
votar, na íntegra, o original da Câmara.
Ontem,
a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse que governo não
aceita mudanças.
Ela
disse que o texto aprovado pelos senadores já tinha sido aceito pelos
ruralistas, o que eles negam.
O
governo calcula não ter votos para aprovar a versão que deseja. Por isso, quer
adiar a votação enquanto não houver apoio suficiente ao texto do Senado.
O
Planalto pode usar um trunfo na negociação: o decreto que suspende multas de proprietários
que não estiverem em conformidade com o código atual. O decreto, prorrogado há
três anos, vence em 11 de abril.
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