sábado, 3 de março de 2012


Diretor de secretaria
O CNJ aprovou o texto da resolução que define normas para a escolha e nomeação dos diretores de secretaria das varas do trabalho. Pela nova regra, eles deverão ser indicados pelo juiz titular da vara onde irão atuar e ser, de preferência, bacharéis em Direito. O popular/GO 03.02

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Justiça empurra para advocacia bacharéis despreparados, diz OAB portuguesa.  
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A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado/03.02. 
http://www.conjur.com.br/2012-mar-03/noticias-justica-direito-jornais


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Livro exalta piano popular brasileiro
Pianista, arranjadora e compositora, Elenice Maranesi acaba de lançar o livro Piano Book, uma coleção de partituras que evidenciam as especificidades do piano popular brasileiro.(…) http://www.emb.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=365:livro-exalta-piano-popular-brasileiro&catid=1:mais-noticias&Itemid=33
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LITERATURA
Portugal Telecom abre inscrição e anuncia mudanças FOLHA SP 03.02
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DE SÃO PAULO - O Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, que completa dez anos, abre hoje inscrições para a edição de 2012.

Até o dia 25, escritores podem inscrever livros pelo site www.premioportugaltelecom.com.br.

A partir desta edição, o Portugal Telecom vai premiar três categorias: romance, poesia e conto/crônica. O vencedor de cada uma recebe R$ 50 mil.

Dentre eles será escolhido o ganhador do grande prêmio do evento, que também leva R$ 50 mil.

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LIVROS

Edição de "Mussolini" perde dez capítulos
Biografia do líder fascista, publicada no Brasil pela Nova Fronteira no ano passado, não alerta leitores sobre cortes
Autor diz que redução de 500 páginas não lhe agradou, mas afirma tê-la aceito para viabilizar publicação no país FOLHA SP 03.02
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"Por que não começar pelo começo?", pergunta o historiador francês Pierre Milza, 79, na primeira frase do primeiro capítulo da edição francesa de "Mussolini", publicada pela Fayard, em 1999.

O questionamento é bastante oportuno ao leitor da edição brasileira da biografia do primeiro-ministro italiano entre 1922 e 1943, lançada pela Nova Fronteira em 2011.

O interessado em conhecer a vida do Duce -líder, em italiano- terá que se contentar em ler a história retratada por Milza somente do 11º capítulo em diante, que aborda Mussolini já no auge do regime.

A assessoria da Nova Fronteira diz que reduzir a obra de 988 páginas para 488, "foi uma decisão editorial".

Foram extraídos, além dos dez primeiros capítulos, as notas e o índice onomástico -fundamentais no gênero. A edição ainda deixa de fora 38 fotos. Prática comum no mercado, a condensação em "Mussolini", porém, não é comunicada aos leitores.

Pierre Milza, especializado na Itália dos séculos 19 e 20, diz que as mudanças não lhe agradaram, mas que as aceitou para "viabilizar a publicação do livro no Brasil".

"É difícil falar de Mussolini, o Duce, sem ter na cabeça a sua infância e juventude, o ingresso no socialismo, as rupturas no Partido Socialista italiano, que o fizeram o número dois do partido, ou sem lembrar de quando ele virou redator-chefe do [jornal] 'Poppolo d'Italia'".

Segundo a assessoria da Nova Fronteira, só o responsável pela edição, Heitor Aquino Ferreira, poderia falar sobre os cortes. Procurado pela Folha, Ferreira (cujo trabalho não é creditado no livro) não quis se pronunciar.

"DÉJÀ-VU?"

Milza faz menções ao passado do Duce em outros capítulos, mas, em alguns pontos, a edição deixa escapar ao leitor que falta alguma coisa.

Logo na página 7, quando aborda o tempo que a família de Mussolini levou para se mudar para Roma, o primeiro parágrafo começa assim: "Já vimos que foram precisos sete anos...". Já vimos? Não. Esse fato não é mencionado nas páginas anteriores.

A omissão de dez capítulos afeta a obra? "Infelizmente, sim", lamenta Milza. "É difícil tratar da segunda parte da vida de Mussolini sem a primeira. Ele era socialista revolucionário, sindicalista revolucionário e vai se tornar nacionalista e reacionário."

Autor de mais de 30 livros, Milza recebeu por "Mussolini" dois prêmios importantes em 2000: o Guizot-Calvados e o da Société des Gens de Lettres (a academia de francesa letras).

A produção de Pierre Milza continua: acaba de terminar "Les Derniers Jours de Mussolini" (os últimos dias de Mussolini), está na fase de correção das provas de uma biografia do revolucionário Giuseppe Garibaldi e começando uma obra sobre os 17 encontros entre Mussolini e Hitler, durante 1934 e 1944.

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Coleção destaca as guerras que envolveram o Brasil.   Oitavo volume traz, no próximo dia 11, fotos tiradas nos séculos 19 e 20.  Em tempos de paz, imagens servem como registro de momentos dramáticos e violentos que marcaram o país FOLHA SP 03.02

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As guerras parecem hoje uma realidade distante para a maioria dos brasileiros, vistas como fatos mais relacionados ao cotidiano de outros países. Mas houve um tempo em que o Brasil se transformava à custa da violência.

A índole pacífica da população, sublinhada por antropólogos ao longo da história, não os impediu de se envolver em batalhas sangrentas.

As fotos do oitavo volume da Coleção Folha Fotos Antigas do Brasil retratam os conflitos mais importantes em que o país esteve envolvido entre 1864 e 1945.

Das guerras externas -a do Paraguai (1864-1870) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)- aos confrontos internos, como a Revolução Constitucionalista (1932), as imagens vão do século 19 aos anos 1950.

Dividido em cinco partes temáticas: "Guerras e Batalhas", "Confrontos e Registros Oficiais", "Império", "República Velha" e "Era Vargas", o livro reúne fotos dos principais conflitos envolvendo o país.

São imagens registradas por anônimos e por pioneiros como Marc Ferrez (1843-1923) e Claro Jansson (1877-1954). Muitas delas foram feitas sob encomenda para legitimar a ação dos vencedores.

A coleção, dedicada a apresentar algumas das fotografias mais importantes realizadas no país entre 1840 e 1960, tem 20 volumes.

A série, que procura mostrar grandes acontecimentos e cenas do cotidiano, é um registro ilustrado da história do país -uma narrativa do cotidiano contada por intermédio da fotografia.

As cenas foram captadas por fotógrafos que entraram para a história como testemunhas oculares e protagonistas da consolidação da fotografia como arte no Brasil.

As cerca de 900 imagens que compõem os livros desta coleção fazem parte dos principais acervos do país, como o do Instituto Moreira Salles (apoiador da coleção), o do Arquivo Público do Estado de São Paulo e o da Fundação Pierre Verger.
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Paixão de colecionador pela obra de Proust é tema de livro
Perfumista Jacques Guérin salvou da destruição relíquias do escritor francês FOLHA SP 03.02

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"Querelle de Brest" (1957), o enigmático livro do francês Jean Genet, leva a seguinte dedicatória: "A Jacques G.".

Quem seria o misterioso personagem, cujo sobrenome o escritor achou por bem proteger do escândalo da obra?

Tratava-se do perfumista Jacques Guérin (1902-2000), abastado proprietário da indústria Parfums d'Orsay, mecenas de artistas e um colecionador insaciável e discretíssimo de relíquias literárias.

Pouco antes de sua morte, Guérin despachou para leilões internacionais e instituições francesas o seu patrimônio precioso e numeroso: manuscritos de Rimbaud, Apollinaire, Radiguet, Satie...

Acima de todos esses artistas, Guérin amava Marcel Proust (1871-1922) e passou a vida a reunir tudo o que pôde do autor de "Em Busca do Tempo Perdido".

Essa paixão é o tema de "Sobretudo de Proust", da jornalista italiana Lorenza Foschini.

Trata-se de um pequeno livro, misto de reportagem, biografia ligeira e história literária, sobre as aventuras de Guérin para salvar da destruição os objetos relacionados ao seu ídolo. Seus esforços esbarram no heroísmo.

LACUNAS E INCERTEZAS

Graças a ele, importantes manuscritos de Proust estão preservados -outros se perderam para sempre, queimados pela cunhada do escritor.

Graças a ele, o Museu Carnavalet, em Paris, exibe hoje os móveis do quarto em que Proust redigiu a "Recherche" e guarda a sete chaves uma famosa relíquia: o sobretudo de lã, forrado de pele de lontra, com que o escritor, asmático, se protegeu do frio nos últimos anos de vida.

Foschini pratica uma espécie de jornalismo romanceado, lírico, que emociona o leitor e impulsiona a leitura (sobretudo a dos Proust-maníacos), mas acaba deixando muitas lacunas e incertezas pelo livro afora.

Jacques Guérin -colecionador crucial do século 20- ainda aguarda uma obra de maior fôlego, mais precisa e mais ambiciosa.

SOBRETUDO DE PROUST
AUTORA Lorenza Foschini
EDITORA Rocco
TRADUÇÃO Mario Fondelli
QUANTO R$ 21,50 (112 págs.)
AVALIAÇÃO bom

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