domingo, 7 de novembro de 2010

Entrevista com o Poeta Vicente Sá

Fonte: http://www.movimentovivaarte.com.br

Nascido em Pedreiras, no Maranhão, o poeta Vicente Sá cresceu em Brasília e, segundo ele, adotou e foi adotado pela cidade. Tem seis livros publicados e está trabalhando em outro, que deve lançar ainda este ano. Como letrista, já teve suas músicas gravadas por Liga Tripa, Célia Porto, Aloísio Brandão e Goya, entre outros. Atualmente tem vários parceiros músicos na cidade, como Sérgio Duboc, Aldo Justo, Flávio Faria, Goya, Aloisio Brandão, Lucina (de Luli e Lucina). Para se sustentar, trabalha também como jornalista e roteirista, mas se considera principalmente e essencialmente poeta.

Ser artista em Brasília é um trabalho ingrato?

Vicente Sá - Ser artista, em qualquer lugar do mundo, é uma coisa maravilhosa. Pode ser complicado devido à falta de liberdade (como nos tempos da Ditadura) ou devido ao desprezo dos governantes pela cultura, como é o caso dos anteriores e dos atuais administadores do DF. Mas é sempre um trabalho importante e maravilhoso.

Que tipo de carências o artista brasiliense tem?

Vicente
- Muitas. Falta inicialmente uma preocupação com a cultura de Brasília, com seus representantes, com possibilitar locais para que os artistas possam mostrar seu trabalho, possam se apresentar, facilitar o itercâmbio com as pessoas de todos os cantos da cidade, e principalemente ouvir todos os setores de cultura da cidade. Assim os diversos segmentos de arte mostram suas necessidades e seus anseios.

O governo do DF dá o devido valor à cultura local?

Vicente
- Não. Nunca ouviu nem ouve os artistas. Não tem um cadastro do que fazemos e do que precisamos. É uma falta de respeito pela cidade. Nós somos o maior patrimônio cultural da cidade. Precisamos ser ouvidos e apoiados.

Há quantos anos você faz poesia em Brasília? Nesse tempo, você acha que houve alguma evolução nas políticas governamentais em prol da cultura?

Vicente
- Há mais ou menos 30 anos e pouco foi feito. No governo Cristovam Buarque ainda foi tentado alguma coisa, mas de forma embrionária e não chegou a ser aprofundada. Ainda mais que o governo depois apagou tudo que tinha sido feito. Um verdadeiro desperdício de trabalho e dinheiro público. Uma falta de responsabilidade com a nossa cidade.

Em que sentido você acha que o movimento Viva Arte pode ajudar na criação de políticas públicas para a cultura do DF?

Vicente
- A idéia é maravilhosa. Precisamos tomar pé do que está sendo feito, quem somos, fazer um cadastramento nosso, já que o Estado não faz. A partir daí desenvolver as sugestões e eleaborarmos um projeto de cultura para a cidade. Em todos os ramos da cultura. Da poesia à pintura, passando pelo teatro, musica etc. Só através dos artistas e dos produtores culturais teremos uma visão da realidade e das necessidades de Brasília e das outras cidades para podermos , com certeza, dizermos o que queremos e o que precisamos.

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Pesquisa liga proximidade de antena a maior risco de câncer

Fonte: folha.uol.com.br 07/11

Quem vive a até 100 m de antena de celular tem 33% mais risco de morrer de câncer do que a população geral, diz pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais.
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas de celular.
Ela elegeu tumores já associados esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi maior. " O celular você desliga. A antena, não."
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas."
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança para simular efeitos da radiação.
Ele explica que as ondas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e não térmicos. Esses podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rápido.
Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão é absorvida pela cabeça.
Para o engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando. São 5 bilhões de usuários. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados."

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