sexta-feira, 12 de novembro de 2010

cinema

Morre o produtor italiano Dino De Laurentiis, aos 91

Fonte: folha.uol.com.br 12/11

Com mais de 160 filmes no currículo, viabilizou títulos de Fellini a "King Kong'

Clássicos e grandes fracassos marcaram uma carreira feita com oportunismo e faro para apelo comercial

O produtor italiano Dino De Laurentiis, 91, morreu em sua casa, em Los Angeles, onde vivia com sua terceira esposa, Martha. O anúncio foi feito ontem.
De Laurentiis, cujo verdadeiro nome era Agostino, foi um dos mais prolíficos produtores do cinema, com mais de 160 filmes. Somando todos os títulos em que trabalhou, o número passa de 500.
Numa carreira de quase 70 anos, produziu desde clássicos, como "Arroz Amargo" (de Giuseppe de Santis, 1949) e "A Estrada da Vida" (de Federico Fellini, 1954), até filmes destruídos pela crítica, como "Orca, a Baleia Assassina" (1977) e "Conan, o Bárbaro" (1982).
De Laurentiis foi um pioneiro na globalização da produção cinematográfica. Fez longas-metragens em diversas partes do mundo, sempre com forte apelo comercial e oportunismo.
Produziu adaptações de quadrinhos ("Flash Gordon", 1980), filmes-catástrofe ("Furacão", 1979), títulos religiosos ("A Bíblia", 1966) e épicos ("Guerra e Paz", 1956).
De Laurentiis teve quatro filhos com a atriz e modelo Silvana Mangano, que morreu de câncer em 1989, logo após o divórcio do casal.
Depois, teve mais duas filhas com a terceira esposa, Martha, a mais jovem, nascida quando o produtor já tinha 71 anos.
Seu único filho homem, Federico, morreu em 1981, durante filmagens de um documentário sobre pesca. No total, era pai de seis.
Em 1964, De Laurentiis inaugurou em Roma a "Dinocittá", seu próprio estúdio. O empreendimento não durou muito: afundado em dívidas, o produtor fechou sua "cidade" nos anos 1970 e mudou-se para os Estados Unidos.
Lá, obteve três sucessos consecutivos com histórias policiais violentas, "Serpico" (1973), "Desejo de Matar" (1974) e "Três Dias do Condor" (1975), seguidos pela refilmagem de "King Kong" (1976), um de seus maiores triunfos como produtor. Tornou-se cidadão norte-americano em 1986.
Em 2001, De Laurentiis foi homenageado pela Academia de Hollywood com o prêmio Irving G. Thalberg, por sua contribuição ao cinema.

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Jornais devem atrair jovens com versão on-line atrativa, diz pesquisa

Fonte: folha.uol.com.br 11/11

DE SÃO PAULO - Para conquistar jovens leitores, os jornais impressos precisam se reinventar em plataformas digitais. É preciso aprimorar a experiência de leitura nos meios digitais e também proporcionar experiências com a marca no mundo real. Por exemplo, patrocinando eventos importantes para essa faixa de público.
Essa é uma das conclusões de pesquisa sobre consumo de notícia realizada pela agência Giovanni+Draftfcb.
"O jornal não pode se privar desses jovens. Mas, para atingir esse público, tem de estar presente na vida dele e fazer a versão on-line ficar mais gostosa", diz Márcia Amorim, gerente da agência e responsável pela pesquisa.
Esse jovem, diz Amorim, não lê jornal impresso. Porém muitos podem ser atraídos para os sites dos jornais, pois reconhecem a força de marca dos principais títulos por conta da experiência que tiveram ou têm em casa, com o hábito de leitura dos pais.
"Quem tem jornal em casa tem carinho pela marca. A família cria vínculo forte. O desafio é fazer a marca ter significado para eles."
Foram ouvidas 80 pessoas das classes AB, entre 16 e 60 anos, assinantes e ex-assinantes de jornais. Elas foram reunidas em grupos de discussões realizadas em lanhouses ou nas próprias casas. Das conversas surgiram três perfis de consumidor de informação: os "dataholics", os "datalimits" e os "dataspecialists".
Os primeiros, na maioria jovens até 24 anos, são superconectados e se informam por meio de redes sociais ou pelos sites de jornais e diferentes portais de notícia na internet.
O segundo grupo é mais seletivo, não sofre por não saber tudo o tempo inteiro: está em busca mais de qualidade do que quantidade ou rapidez, seja no papel ou na internet.
O último grupo são consumidores quase "profissionais" de notícia, dominam as ferramentas de buscas, informam-se em blogs, precisam da informação para alimentar o próprio trabalho.
Segundo Márcia Amorim, para todos esse públicos, o conceito de informação relevante é amplo e subjetivo. "A informação relevante não está limitada ao noticiário sério de política ou economia."

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