quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Brasil disponibiliza mais de mil periódicos em plataformas virtuais

Fonte: UnB.br 27/10

Diretora da Biblioteca da UnB leva experiência do Brasil em acesso aberto a ciência a conferência internacional na China

Mais de mil periódicos online e de 30 bancos de pesquisas em universidades. O Brasil destaca-se entre os países mais avançados na abertura do conhecimento científico. A diretora da Biblioteca Central da UnB (BCE), Sely Costa, preparou apresentação para a Berlin 8th Open Access Conference, em Beijing, China, sobre os avanços do país na área. O país teve posição de destaque no evento internacional entre as experiências mais avançadas. A professora falou por email à UnB Agência de Frankfurt, Alemanha.

Ela destacou a implementação dos repositórios institucionais, plataformas eletrônicas para o armazenamento de artigos e pesquisas. “A UnB em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) participa da capacitação de equipes de outras universidades e instituições para criação e manutenção dos sistemas”, explica Sely. Segundo a especialista, nos últimos 18 meses o Ibict distribuiu kits tecnológicos para instalação dos repositórios em 39 universidades e instituições de pesquisa.

A apresentação preparada por Sely contou também com a proposta de criação da Rede Brasileira Informação Científica de Acesso Aberto (RICAA). “A rede visa a integrar as iniciativas em acesso aberto no Brasil”. Segundo a professora, essas iniciativas ainda estão desarticuladas e carecem de metodologia e padronização. “A ideia é que todos os repositórios integrados obedeçam a padrões de sustentabilidade e qualidade. O sistema permitirá a pesquisa integrada em todos eles”. O programa será coordenado pelo Ibict e pela UnB.

Sely lembra, ainda, que o Ibict foi responsável, nos últimos sete anos, pela tradução da plataforma canadense Public Knowledge e capacitação de pessoas em todo Brasil para operá-la. “A Public Knowledge permite a administração de todo o processo de publicação”. Segundo a professora, hoje já são mais de 800 periódicos publicados no Sistema Eletrônico de Editoração em Revista (SEER), que usa a plataforma.

A primeira grande iniciativa brasileira foi a adoção da Scientific Electronic Library Online (SciElO), ainda na década de 90. A plataforma abriga um total de 400 periódicos. “Somos exemplo para países da África, América Latina e Europa”.

POLÊMICAS – O acesso aberto às informações científicas esbarra nos interesses das grandes editoras das publicações científicas. “As editoras restringem o acesso aos resultados das pesquisas publicadas, por causa dos preços das assinaturas. Por outro lado, os autores buscam ampliar o acesso, levando em conta que a maioria delas são produzidos com recursos públicos”, explica Sely.

Apesar dos periódicos no Brasil serem publicados apenas por editores ligados a instituições públicas, o problema também afeta o país. “Os pesquisadores daqui precisam publicar em periódicos internacionais de pesquisa”, explica o professor Fernando Leite, da Faculdade de Ciências da Informação (FCI).

Segundo o professor, que também participa da parceria entre UnB e Ibict, uma possível solução é negociar com esses editores. “Alguns deles permitem que uma cópia do trabalho seja disponibilizada em um repositório aberto”.

Segundo Sely, a experiência Brasileira ocupou lugar de destaque na conferência. “Inicialmente nossa apresentação estava prevista para figurar entre os países em desenvolvimento, mas quando os organizadores leram o resumo, ela foi posicionada entre as experiências mais avançadas”.

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Zoológicos são ruins e deveriam ser fechados

Fonte: folha.uol.com.br 27/10

DONO DE SANTUÁRIO DE PRIMATAS, CUBANO AFIRMA QUE NÃO É EDUCATIVO LEVAR AS CRIANÇAS PARA VER ANIMAIS EM JAULAS


Pedro Ynterian cria 50 chimpanzés e defende que sejam reconhecidas as garantias de não serem mortos e presos


O cubano naturalizado brasileiro Pedro Ynterian, 71, presidente internacional do "Great Ape Project", que luta pelo bem-estar dos grandes primatas, defende que os zoológicos devem fechar.
Ele diz que os animais passam por tortura psicológica com visitação pública.
Empresário, microbiologista e dono de um santuário ecológico em Sorocaba (SP) -com 200 animais, entre 50 chimpanzés, nove leões, dois tigres e dois ursos-, diz que uma criança aprenderia mais assistindo documentários.
Ele luta pela libertação do chimpanzé Jimmy, do zoológico de Niterói (RJ), cujo habeas corpus será julgado em novembro. Ynterian defende que gorilas, chimpanzés e orangotangos tenham garantias como a de não serem mortos ou enjaulados.

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Folha - Os zoológicos brasileiros deveriam ser fechados?
Pedro Ynterian
- Sim. Nenhum zoológico brasileiro é de primeira linha. Se você visitar cada um deles e reparar onde os animais comem e dormem, irá encontrar coisas terríveis. Muitos só são alimentados de noite e passam o dia em espaços exíguos.
A quantidade de mortes é absurda. Só metade está na regularidade, o resto funciona sem autorização do Ibama.

Para onde iriam os animais?
Os zoológicos poderiam virar centros de resgate e cuidado, mas sem visitação. Existe essa necessidade. Eu recebo mensalmente pedidos do Ibama para abrigar animais apreendidos.

A visitação é um problema?
Exibir publicamente uma galinha não é o mesmo que um primata ou um elefante, animais com inteligência superior. Um chimpanzé tem 99,4% do nosso DNA, se relaciona com as pessoas, odeia algumas e ama outras.
É tortura colocá-lo num recinto fechado. Em pouco tempo fica louco.
É comum recebermos chimpanzés que se mutilam, arrancam pedaços da perna e dos braços com os dentes.

Os zoológicos são considerados espaços de lazer e educação para as crianças.
Os animais que estão ali não são representantes legítimos da sua espécie. São estressados. A criança pode ver o leão no zoológico, mas o comportamento dele é falso.
Acho mais válido assistir a um documentário.

O habeas corpus para o macaco Jimmy é uma tentativa de mudar esse quadro?
A iniciativa é de um grupo de advogados e promotores. Há três anos conseguimos decisão favorável para libertar uma chimpanzé em Salvador. Quando fomos buscá-la, tinha morrido.
Com o Jimmy queremos desafiar a Justiça a se pronunciar sobre a criação de uma figura jurídica intermediária para os grandes primatas. Por lei, os animais são considerados objetos e os humanos sujeitos de direito.
Queremos que os grandes primatas tenham direitos básicos como o de não serem enjaulados, mortos e que ninguém possa ter propriedade sobre eles.

Isso já existe em algum lugar do mundo?
Não. Mas o Brasil tem condições de dar o exemplo. Não pode esperar isso dos países desenvolvidos.

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Professores da UnB entram para a Academia Brasileira de Ciências

Fonte: UnB.br 27/10

Diego Ferreira, da Matemática, e Paulo Suarez, da Química, foram indicados para compor o órgão máximo da ciência brasileira



Dois professores da UnB entraram para os quadros da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Diego Marques Ferreira, do Departamento de Matemática, e Paulo Anselmo Ziani Suarez, do Instituto de Química, estão entre os 23 membros afiliados que vão ajudar a estimular a curiosidade científica em jovens de todo o país.

“Pertencer à Academia Brasileira de Ciências é o máximo que um pesquisador pode almejar em termos de reconhecimento”, diz Diego. “É o equivalente a pertencer à Academia Brasileira de Letras na área da ciência”. O professor, de apenas 26 anos, é um prodígio da ciência. Concluiu o doutorado em tempo recorde: 3 meses e 9 dias. Seu desafio foi solucionar dois problemas sobre a teoria transcendente dos números, propostas por um pesquisador francês. “Eram problemas que estavam em aberto há 40 e até 100 anos, e eu acabei resolvendo em uma semana”, conta.

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