quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Até 30/09 LITERATURA. Inscrições para Prêmio Sesc vão até 30/9. O Prêmio Sesc de Literatura oferece aos vencedores edição, distribuição e divulgação de um livro, nas categorias conto e romance. Um dos requisitos é que as obras sejam inéditas. As inscrições devem ser realizadas pelo site www.sesc.com.br/premiosesc até o dia 30/9. Fonte: folha 15/09

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BOLA NA REDE

O técnico Zico e o ex-jogador Ronaldo lançaram o site Pnera, anteontem, com festa no Mynt Lounge, em São Paulo. Virna, do vôlei, esteve no evento. Fonte: folha 15/09 Colun. Mônica Bérgamo

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FORCINHA

O grupo teatral Oficina, que já fez nove apresentações do espetáculo "Macumba Antropófaga", conseguiu agora a liberação do Ministério da Cultura para captar R$ 2,7 milhões via Lei Rouanet para completar 39 espetáculos. "Somos 75 pessoas. Estamos desde março com a peça, sem ganhar nada a não ser um cachê na Flip [onde o Oficina se apresentou em julho]. Tem gente com aluguel pendurado, estamos nos virando", diz o diretor José Celso Martinez Corrêa. Fonte: folha 15/09 Colun. Mônica Bérgamo

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DE OLHO

A ambientalista Céline Cousteau, neta do documentarista Jacques Cousteau, vai participar do Festival SWU, em novembro. Vai falar sobre os danos que o desrespeito ao ambiente causam nas populações. E tentará ir ao Vale do Javari (AM), onde esteve há alguns anos, para fazer um documentário. "Um líder indígena me procurou. Me pediu para ajudá-los a contar a sua história." Fonte: folha 15/09 Colun. Mônica Bérgamo

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FUNCIONALISMO PúBLICO » Regras para servidores. Após 20 anos sendo regidos pela lei federal, trabalhadores do Executivo e do Legislativo locais terão seu regime próprio. Além de garantir outros direitos e deveres à categoria, as normas tratarão de temas como nepotismo e união homoafetiva CorreioBsb 15/09

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Após 20 anos sob regras criadas para o funcionalismo público federal, os servidores públicos do Distrito Federal vão passar a ter regulamentação própria. A minuta do projeto de lei que cria o regime jurídico da categoria foi apresentada ontem pelo governador do DF, Agnelo Queiroz, em solenidade ocorrida no Palácio do Buriti. O texto é bem parecido com a Lei nº 8.112 da União, mas respeita particularidades locais adquiridas ao longo das últimas décadas e distribuídas em 57 leis distritais, como o direito a licença-prêmio e anuênios. A nova redação também trata de temas atuais, como a união homoafetiva e a vedação ao nepotismo (leia quadro).

A Constituição Federal de 1988 estipulou que cada unidade da Federação deveria criar o próprio regime jurídico, mas desde 1991 a lei federal vigora em Brasília. “Faltava coragem para enfrentar o tema”, criticou o secretário de Governo, Paulo Tadeu, que quando era distrital chegou a tentar legislar sobre a causa. Em 2004, o petista editou o Decreto Legislativo nº 1.094, mas a norma foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). “Fizemos uma primeira experiência, mas o TJ alegou que ela não poderia ser de iniciativa de parlamentar”, explicou.

Minuta

A minuta foi feita por uma comissão criada pelo governador e coordenada pela Secretaria de Governo com técnicos da Câmara Legislativa (CLDF), do Tribunal de Contas (TCDF), da Procuradoria do DF de outros órgãos públicos, além da colaboração de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O projeto será encaminhado até o fim do mês aos deputados distritais, responsáveis por analisar e votar a proposta.

Antes disso, no entanto, o documento passará pela revisão do movimento sindical. “Vamos cumprir essa histórica dívida com os servidores. Esse método (de discussão) é muito importante porque poderemos debater exaustivamente o projeto. Mandá-lo com alto grau de unidade para a Câmara facilitará muito o trabalho com os parlamentares”, afirmou Agnelo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta), Ibrahim Yusef, a minuta já foi encaminhada pelo governo e está em discussão no fórum montado especificamente para isso. “Não vimos novidades no texto”, disse. “É praticamente uma cópia da (Lei) 8.112, mas com peculiaridades específicas daqui”, completou Severino Marques, presidente de honra do Sindireta. Os sindicalistas prometem articular para que os deputados promovam audiências públicas sobre o tema e pela aprovação do projeto. “Vamos mobilizar a categoria para isso”, afirmou Yusef.

Limite

O governador destacou duas diretrizes que foram consideradas fundamentais para a elaboração do regime jurídico. A primeira é de que não poderá haver suspensão dos direitos conquistados pela categoria. A outra trata do respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A preocupação do GDF é não extrapolar o limite imposto pela norma com gasto com pessoal. “Temos o desafio de corrigir as distorções herdadas de governos anteriores e vamos cumprir com essas promessas”, disse Agnelo. Segundo ele, essas correções vão ocorrer paulatinamente. “É impossível fazer tudo de uma vez, porque rompe o limite e acaba nem resolvendo o problema do servidor. Além disso, acaba colocando o governo em dificuldades jurídicas intransponíveis”, acrescentou.

Relator da minuta, o consultor legislativo José Willemann explicou que a Lei nº 8.112 já não comportava as diversas características dos servidores locais e, por isso, era adaptada por meio de interpretações. A versão original foi modificada por 23 leis federais que não se aplicavam ao DF. Enquanto isso, 57 normas distritais procuravam atender as demandas locais.

“Isso sem contar as decisões judiciais e do Tribunal de Contas. No conjunto de elementos, sistematizamos as regras que estão diferentes. Com isso, o servidor do DF ganha independência em relação à União e, consequentemente, segurança jurídica”, diz Willeman. Ele disse, ainda, que os temas relacionados à previdência não foram incluídos por já serem regulados por outra norma, a Lei Complementar nº 769/2008.

Teto

No fim de agosto, o TCDF solicitou explicações ao governador e ao secretário de Fazenda, Valdir Moysés Simão, sobre o valor da folha de pagamento no primeiro quadrimestre deste ano. O Executivo ultrapassou o limite de alerta estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e precisa se readequar para não ser impedido de obter recursos externos para investimentos na cidade. O GDF não pode usar mais de 49% da receita corrente líquida (RCL), mas chegou próximo desse índice ao gastar R$ 5,3 bilhões com pessoal, ou seja, 45,12%.

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DíVIDA ATIVA »Até 60 meses para quitar IPTU atrasado

Para recuperar parte da dívida ativa de R$ 8 bilhões, Justiça e Receita local vão intensificar as negociações com os contribuintes em débito com o imposto, até o limite de R$ 35 mil, de 17 a 21 de outubro CorreioBsb 15/09

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Os contribuintes do Distrito Federal inscritos na dívida ativa têm a oportunidade de limpar o nome. O Governo do DF (GDF) quer negociar valores que estão sendo cobrados em ações na Justiça a fim de reduzir o número de processos em tramitação, que atualmente está em 300 mil, e recuperar parte do dinheiro referente aos impostos em aberto, que montam a R$ 8 bilhões.

Com o objetivo de facilitar o diálogo entre GDF e devedores, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) realizará um mutirão de conciliação destinado a recuperar a parcela dessa dívida que se refere ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e à Taxa de Limpeza Pública (TLP). No entanto, edições futuras podem contemplar outros tributos.

As negociações ocorrerão de 17 a 21 de outubro no prédio do TJDFT, situado no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Um total de 10 mil contribuintes com dívidas de até R$ 35 mil será avisado por correspondência da possibilidade de negociação. Entretanto, quem não for convocado e tiver débitos com o governo local pode comparecer para tentar regularizar sua situação. As condições oferecidas são entrada de 5%, parcelamento em até 60 vezes e prestações de no mínimo R$ 80.

Trata-se da segunda experiência de conciliação fiscal do TJDFT após um projeto piloto bem- sucedido realizado no ano passado. “Em 2010, os devedores demonstraram bastante receptividade em aderir, principalmente aqueles cujos débitos eram de até R$ 25 mil”, afirma a juíza Soníria Rocha, da Vara de Execuções Fiscais do DF.

Ela lembra que, quitando os débitos, os contribuintes evitam contrariedades como penhora de bens e bloqueio de valores em conta corrente. Assim que o acordo é assinado, o processo judicial é suspenso. “Ao pagar a primeira parcela já se obtém uma certidão positiva.” Ela destaca que os contribuintes devem lembrar que a negociação com o fisco é diferente da feita com empresas privadas, em que há flexibilidade quanto à quantidade e valor das parcelas.

O corregedor de Justiça do TJDFT, desembargador Sérgio Bittencourt, ressalta que ações do tipo beneficiam todos os envolvidos. “O Estado recupera sua receita, o cidadão cumpre seu dever e a Justiça é aliviada da quantidade de processos”, diz.

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Uma seresta para JK. Uma animada comemoração da data de nascimento de Juscelino Kubitschek será realizada domingo pelo Clube dos Pioneiros de Brasília. CorreioBsb 15/09

A festa, com participação do grupo Peixe Vivo, será regada a muita música, como o ex-presidente gostava

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Juscelino Kubitschek será sempre lembrado como o criador de Brasília. Um chefe de Estado arrojado, político habilidoso, franco defensor da liberdade e da democracia. A história imortalizou seu apelido, “Presidente Bossa Nova”. Mas difícil mesmo era JK resistir às canções reproduzidas pelos violões dos seresteiros. Ele não fugiria à tradição de Diamantina, cidade mineira onde nasceu, em 12 de setembro de 1902. E é com essas baladas que o Clube dos Pioneiros de Brasília vai homenagear os 109 anos de nascimento do mais querido ex-presidente brasileiro. Amanhã, no espaço da futura sede do clube, sob a luz da lua cheia, convidados dançarão as baladas preferidas de JK, interpretadas pelo grupo de seresta Peixe Vivo. É a Noite Mineira.

A participação desses seresteiros é especial por vários motivos. O grupo foi fundado em 1950 pelo próprio JK, então governador de Minas Gerais. A escolha do nome se deu por esta ser uma das canções prediletas do político. Até um disco com os seresteiros o ex-presidente chegou a gravar. Muitos dos músicos que compuseram a formação original da banda ainda tocam. “Juscelino iria gostar de estar nessa festa”, aposta Roosevelt Dias Beltrão, presidente do Clube dos Pioneiros.

Depoimentos atestam a opinião de Beltrão. Uma das figuras políticas mais memoráveis e queridas da história brasileira caminhava para cima e para baixo da capital em obras com legítimos pés de valsa. “Ele gostava demais de dançar. E dançava muito bem”, conta Jupyra Ghedini, vice-presidente da congregação de pioneiros. A relação de JK com a música ultrapassava a cadência dos passos. Diversos compositores escreveram músicas sobre ele. A expectativa é de que a maioria dessas canções seja recriada nos acordes dos 17 seresteiros do Peixe Vivo.

Tradição

O espírito da celebração pode se traduzir nos primeiros versos da música Saudade de JK, de Moacyr Bueno. Diz assim: “Hoje acordei com saudades daquele menino/Que ao nascer Diamantina chamou Juscelino/Homem de pulso tão firme e de fala tão mansa/Um presidente candango de um povo esperança”. Para o presidente do Clube dos Pioneiros, esta é a missão primordial da congregação. “Nosso dever é preservar a memória de JK. Ele pensou em tudo. Criou o clube para não deixar a história de Brasília”, avalia.

Esta será a quarta edição da festa. A Noite Mineira foi concebida para rememorar o lado divertido, sem cerimônia, de JK. “Nossa celebração mais tradicional é a de 21 de abril. Já faz parte da agenda oficial da cidade. Mas é uma festa cerimoniosa. Quisemos trazer também esse lado de descontração. Essa é a festa mais autêntica em homenagem a JK”, emenda Jupyra. No ano passado, 300 pessoas compareceram. A expectativa é a mesma para este ano. No cardápio, delícias de Minas e quitutes adorados por JK: leitoa à pururuca, lombinho de porco e caldos. E, claro, em festa mineira a cachaça não pode faltar.

A música e a comida típica são ótimos motivos para participar da homenagem a JK. A neta do presidente, Anna Christina Kubitschek Pereira, deve prestigiar o evento. Mas a ocasião é também uma oportunidade para velhos amigos se reverem. É talvez o momento para atualizar as novidades e recontar anedotas que jamais perderão o encanto de uma geração sui generis. “Há quem chore”, garante Jupyra. “Juscelino foi o maior presidente do Brasil. Diria até do mundo. Ele comandou o país, criou uma cidade inteira em cinco anos, acompanhou obras, dirigiu operários ao mesmo tempo. Tudo com uma simplicidade extraordinária”, completa.

Data nacional

Tão notório foi o apreço de Juscelino pelas linhas melódicas românticas, suaves e envolventes, que a data de seu aniversário passou a ser também o Dia da Seresta.

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Alma de Minas na superquadra. O cantor e compositor Milton Nascimento realiza um show histórico hoje na 312 Norte, numa promoção do Açougue T-Bone CorreioBsb 15/09

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Quando veio a Brasília pela primeira vez nos anos 1970, Milton Nascimento andou pela capital, conheceu os pontos turísticos e quis entender como as coisas funcionavam. Embora tenha estranhado o que viu, identificou-se com a “cidade moderna”, mas não sabia por quê. “Logo depois, ao voltar a Diamantina (MG), caminhando pelas ruas e revendo os antigos casarões e visitando o mercado, obtive a resposta para aquilo que ficou na minha cabeça. Brasília e Diamantina são filhas do mesmo anjo”, lembra o cantor, emocionado, referindo-se ao presidente Juscelino Kubitschek.

Ausente dos palcos brasilienses há alguns anos, Milton está de volta hoje, para às 20h fazer aguardadíssima apresentação na 30º Noite Cultural T-Bone, na 312 Norte. Ele tem a companhia da banda formada por Kiko Continentino (teclado), Wilson Lopes (guitarra), Gastão Villeroy (baixo),e Lincoln Scheib (bateria), e um convidado especial, Breno Cabral, um dos jovens cantores de Três Pontas que participou do álbum …E a gente sonhando. Antes, sobem ao palco as cantoras Célia Rabello e Sandra Duailibe. O mímico Miquéias Paz é o mestre de cerimônia.

Para o produtor e açougueiro Luis Amorim, a presença de Milton Nascimento confere importância ainda maior ao projeto, iniciado em 1997. “Já trouxemos artistas como Alceu Valença, Erasmo Carlos, Zé Ramalho, Moraes Moreira, Elba Ramalho e Zélia Duncan, mas contarmos com o Milton é a consagração da Noite Cultural”, comemora antecipadamente.

Embora esteja na estrada com a turnê do …E a gente sonhando, o que o cantor traz para o brasiliense é um show com característica de retrospectiva da carreira. Assim, os fãs poderão curtir a interpretação do Bituca — como é chamado pelos amigos — para clássicos de sua obra, entre os quais, Travessia, Maria Maria, Canção da América, Nos bailes da vida e Coração de estudante. O roteiro conta, ainda, com músicas do novo trabalho, como Me faz bem, O sol e Resposta ao tempo, além da faixa título.

Ponto de partida

Milton vê os sonhos como pontos de partidas. “É a terra de ninguém, o avesso das fronteiras, do plausível, o absurdo.” Para ele, “o absurdo é não sonhar”. Aliás, é isso que esse artista popular vem fazendo desde que o Brasil tomou conhecimento dele, em 1967, ao classificar-se em terceiro lugar no Festival Internacional da Canção, com Travessia.

E continuaria sendo um sonhador ao liderar o Clube da Esquina, movimento que trouxe novas luzes à música brasileira, no começo da década de 1970, e revelou jovens músicos mineiros como Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini e Tavinho Moura, entre outros. “Desde que comecei a mexer com música, compondo, cantando, fazendo show, sempre estendi a mão para pessoas mais novas que tinham valor e vontade de aparecer”, disse Milton ao Correio.

Sobre o Clube da Esquina, que em 2011 comemora 40 anos, o cantor fala sem demonstrar nostalgia. “Foi o encontro entre amigos que ainda não tinham a música como profissão. Quando resolvi fazer o disco — homônimo —a primeira pessoa em que pensei foi o Lô Borges, que tinha muito a ver comigo, com minha música, com minha vida. Isso se mantém até hoje. Quando nos encontramos é sempre uma alegria. A voz dele chega ao meu coração como se tivesse uma enxurrada de notas musicais”, revela de forma carinhosa.

De Lô Borges a Breno Cabral, são muitos os jovens e talentosos artistas revelados por Milton. “Em …E a gente sonhando, o que me deixou mais feliz foi ter descoberto aquela rapaziada toda na minha cidade. Considero Três Pontas um jardim de música. Você vai lá e conhece uma porção de músicos. Volta lá, meses depois, e já surgiram outros. Gente de talento que compõe, canta, toca, o que me traz muita felicidade”, conta entusiasmado.

30ª Noite Cultural T-Bone

Show de Milton Nascimento e banda, com abertura de Célia Rabelo e Sandra Duailbe, hoje, às 19h, na 312 Norte. Acesso gratuito. Classificação indicativa livre.

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AULA-ESPETÁCULO » Ariano, guerreiro incansável CorreioBsb 15/09

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Quando Ariano Suassuna sobe ao palco para suas tradicionais palestras, o público já estampa sorriso e se prepara para as risadas. Com essa disposição o escritor paraibano foi recebido no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na terça-feira. Convidado para palestra como parte do programa de celebração dos 47 anos do órgão, Suassuna falou durante 40 minutos. Ao subir ao palco, tratou de avisar: “Minha voz é essa mesma que vocês estão ouvindo: feia, fraca, baixa e rouca”.

Fazer graça é especialidade de Suassuna. Suas palestras tratam de coisa séria — e a bandeira levantada em defesa da cultura brasileira é sempre o auge — mas o bom humor nunca sai de cena.

O escritor revelou estar um pouco preocupado com a natureza dos convites recebidos ultimamente para falar em congressos de psiquiatria e psicanálise. “Não sou psicanalista nem psiquiatra. Se estão com interesse por mim deve ser porque sou um caso”, brincou, para dizer logo em seguida que, além de louco, é também um preguiçoso e um mentiroso. “Gosto de contar histórias e na minha vida não acontece nada, então o que eu vou fazer senão mentir? Afinal, sou um escritor.”

Sonho realizado

Aos 84 anos, prestes as lançar novo livro, Suassuna revelou ao público ter realizado um sonho de menino. Como secretário de Cultura de Pernambuco, criou um circo para levar ao interior do estado a cultura brasileira. Até agora, o Circo da Onça Pintada levou espetáculos, e música e dança a 68 municípios do estado. “Quando o Eduardo Campos (governador de Pernambuco) me chamou, eu meti na cabeça — e há muito tempo meti isso na cabeça — que o povo brasileiro tinha me dado a missão de proteger a cultura brasileira. E o povo brasileiro, coitado, nem sabe disso”, reparou. “Então criei um circo. Quero mostrar que temos uma arte de qualidade.”

No pequeno palco do auditório do Ipea, Suassuna falou ainda de Lady Gaga e imitou um toureiro ao som de uma fanfarra espanhola para exemplificar como os elementos nacionalistas de certa música eram capazes de remeter à cultura de um local.

O escritor mostrou ainda imagens de um santuário que está construindo próximo à fronteira entre Pernambuco e Paraíba, ao lado das pedras que inspiraram A pedra do reino e avisou que pode até ser um Dom Quixote — como já foi chamado em reportagens de jornal e revista —, mas não desiste da valorização extremada da produção e dos artistas nacionais.

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Azeite passa por impressão digital. Método inédito desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais consegue detectar com rapidez e precisão possíveis adulterações no óleo dourado extraído da oliva CorreioBsb 15/09

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Belo Horizonte —Um fio dourado, notório por seus inúmeros benefícios à saúde, pode ajudar na prevenção de doenças coronárias, osteoporose e até câncer, além de acelerar as funções metabólicas. Cada vez mais as pessoas estão descobrindo os potenciais do azeite, esse óleo “mágico” extraído da oliva. Por isso, o consumo tem crescido no mundo inteiro. No Brasil, não é diferente. No entanto, é importante ficar atento na hora de comprar o produto, pois ele tem sido alvo de constantes fraudes como informações enganosas em seus rótulos. Muitas vezes, o consumidor pode estar levando um produto que tem em sua composição misturas com óleos menos nobres, como o de soja, de canola ou de girassol.

Uma pesquisa inédita desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ajuda no combate a essas adulterações. Resultado da dissertação de mestrado da estudante de pós-graduação Júnia de Oliveira Alves e coordenado pelo professor do Departamento de Química da UFMG Rodinei Augusti, o método propõe uma espécie de “impressão digital” de azeites de oliva. Devido à originalidade, precisão e rapidez, o processo chamou a atenção da comunidade científica e também do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pela regulamentação do produto no país.

“Já tinha aplicado o mesmo método com outras amostras, como cachaça e café, e acabamos trabalhando com o azeite agora porque é uma matéria-prima nobre. E a adulteração é feita de uma maneira que o consumidor não percebe. Colocam 10% de óleo de soja, por exemplo, que é a fraude mais grosseira e comum, mas a cor, a consistência, são exatamente as mesmas de um azeite sem adição de qualquer outra substância. O gosto pode variar um pouquinho, mas é muito difícil descobrir sem uma análise aprofundada”, revela o professor Augusti.

Rapidez no resultado

A pesquisa foi realizada em duas frentes. A primeira para detectar a presença de outros óleos no azeite, e a segunda para verificar se havia um azeite de menor qualidade na composição do extravirgem, considerado o mais nobre deles. Em apenas um minuto, os pesquisadores descobriram as falsificações por meio da identificação das moléculas presentes nesses produtos. Geralmente, os processos convencionais demoram cerca de uma hora para constatar uma adulteração como a adição de algum óleo diferente.

“As moléculas presentes no óleo de soja, de girassol ou canola são diferentes das moléculas que estão no azeite. E é isso que é identificado. Fazemos uma ‘impressão digital’ em um aparelho chamado espectrômetro de massas. Ele mede a massa da molécula, tira essa impressão molecular, e depois é analisado mais detalhadamente. Todos os óleos vegetais, e o azeite está incluído entre eles, têm os mesmos ácidos graxos em sua composição, porém, em quantidade diferentes. É assim que a gente percebe as alterações”, esclarece o professor.

No caso da comparação entre um azeite extravirgem e um azeite puro, que apesar do nome é o tipo de menor qualidade, embora tenham a mesma origem — a azeitona—, segundo Rodinei Augusti, as moléculas são distintas. “Embora sejam produtos feitos da mesma matéria-prima, as moléculas que caracterizam o extravirgem e o azeite comum são ligeiramente distintas e estão presentes em concentrações diferentes nessas matrizes. Isso foi algo que até nos surpreendeu. O espectrômetro permite verificar esse nível de especificidade”, relata. De acordo com o professor da UFMG, em breve será possível até definir com precisão a porcentagem de adulteração. Ainda neste semestre, a metodologia será repassada durante um curso para fiscais do Ministério da Agricultura.

“Apenas desenvolvemos o método, e cabe a eles ter esse papel de fiscalizar e proteger o consumidor de práticas ilícitas”, frisa Rodinei Augusti. O trabalho de “impressão digital” de azeites de oliva foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Tipos de azeite

Extravirgem

Após uma única prensagem a frio da azeitona, obtém-se o azeite extravirgem. Por esse motivo, ele é o mais puro e sua acidez é de no máximo 1% (os melhores estão entre 0,4 e 0,5%). Depois a prensagem, ele é apenas filtrado, conservando um sabor acentuado.

Virgem

É extraído na segunda ou terceira prensagem da azeitona. Sua acidez pode ser de até 2% e seu sabor é menos acentuado em relação ao extravirgem e um pouco mais adocicado.

Refinado

Adquirido em outras prensagens ou com azeitonas que não obedeçam necessariamente às mesmas exigências dos azeites extra-virgem e virgem, esse tipo passa por processos de descoloração, desodorização e neutralização.

Puro

É uma mistura entre os azeites refinado e virgem. Como são menos concentrados, têm sabor suave e preço, muito menor que os demais.

Metodologia

1 - Escolha uma pequena amostra de azeite extravirgem.

2 - Em seguida, pegue uma pequena amostra de óleo de soja ou de canola, por exemplo.

3 - Coloque as duas amostras em um recipiente, acrescente água e agite intensamente por alguns segundos.

4 - Água e óleo não se misturam, mas a água consegue extrair um pouco das moléculas presentes no azeite e no óleo de soja.

5 - A próxima etapa consiste em colocar essa solução aquosa em um aparelho chamado espectrômetro de massas. O equipamento é capaz de identificar moléculas de compostos por meio da leitura de sua massa. Conectado ao computador, o espectrômetro “transmite” quase instantaneamente esses dados, que vão alimentar o gráfico, visualizado em tela. A caracterização do produto ocorre nesse processo, em que são reveladas as moléculas nele presentes.

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Ex-ministro é candidato único à Academia Paulista de Letras hoje. Eros Grau tenta vaga na entidade de SP, após não ter conseguido vaga em eleição da Academia Brasileira de Letras no ano passado . Após ter perdido a eleição para a Academia Brasileira de Letras em 2010, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau tenta hoje uma vaga na Academia Paulista de Letras (APL). Fonte: folha 15/09 Colun. Mônica Bérgamo

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Assim como ocorreu na última eleição, quando o ex-ministro da Justiça José Gregori foi eleito com candidatura única, Eros Grau não terá concorrentes.

Para o atual presidente da entidade, Antonio Penteado Mendonça, isso não demonstra falta de interesse dos intelectuais pela instituição.

"Não é uma questão de baixa procura, mas há nomes que são consenso entre os acadêmicos. Eu te garanto que há umas 12 pessoas que adorariam entrar, mas que, pelo fato de Eros Grau ser um nome muito forte, preferem aguardar mais um pouco."

"A academia é baseada em ritos. Não adianta chegar um 'paraquedista' e dizer: 'Ganhei o Prêmio Nobel de Literatura'. Se não conhecer e 'namorar' os acadêmicos, não entra", completa.

Mesmo sendo o único candidato à cadeira 11, Grau precisa de 20 votos -de um total de 39- para se eleger. O acadêmico e advogado Ives Gandra Martins, que foi presidente da APL entre 2005 e 2006 e que faz parte de outras 30 academias, diz ter sido um dos "patrocinadores" da candidatura de Grau.

"Se eleito, acho que ele fará uma excelente contribuição para a academia", diz. Eros Grau é autor de dezenas de livros sobre direito, mas publicou apenas um romance, "Triângulo no Ponto" (ed. Nova Fronteira, R$ 33, 144 págs.), em 2008.

Para o crítico literário Fábio Lucas, também membro da academia paulista, há nessas instituições uma "inflação de não escritores". "Sou sempre favorável a pessoas provindas diretamente da produção literária. O Eros me mandou seu romance e verifiquei que ele tem qualidades de criação literária que eu desconhecia."

Segundo a professora de teoria literária da Unicamp Maria Eugenia Boaventura, o estatuto prevê a eleição de figuras importantes de outras áreas, além da literatura.

Mas ela ressalta: "Essa mistura poderia ser um elemento dinamizador, mas, no caso, parece um complicador". A professora de teoria literária da USP Aurora Bernardini compartilha desta opinião. "Pessoas que escrevem outros textos de história, de direito e de economia estão preocupadas com a verdade, com a estatística etc. Isso desvirtua, pois não tem a ver com a feitura artística."

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44% dos problemas em transatlânticos são com alimentos. Inspeções apontam falhas de armazenamento, além de comida fora da temperatura ideal na hora do consumo

Na última temporada, onze navios foram detidos por conta das irregularidades; 792 passageiros adoeceram Fonte: folha 15/09

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Problemas com alimentos são a principal irregularidade encontrada em transatlânticos, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Eles representam 44% das notificações da última temporada, entre outubro de 2010 e maio de 2011.

Na ocasião, 45 navios passaram pelos portos do país. Deles, 41 foram fiscalizados e 11 ficaram retidos até sua regularização.

O levantamento da Anvisa aponta também que 792 pessoas em viagens de navio sofreram com problemas de saúde na última temporada. Do total, 38% foram de diarreia aguda.

O número representou queda de 82% em relação à temporada anterior -com 4.442 casos registrados.

Segundo a agência, foram encontrados alimentos mal armazenados ou fora das condições ideais de temperatura para consumo.

Problemas ligados à água aparecem em segundo lugar no ranking de irregularidades, com 30% dos casos.

Em alguns navios, por exemplo, produtos utilizados na desinfecção e tratamento de água potável não eram armazenados em local adequado. Em alguns casos, a água do estoque era insuficiente para uso durante a viagem.

A Anvisa diz que foram aplicados cerca de 200 autos de infração no período. O gerente-geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras, Paulo Cury, diz que não foram registradas multas graves -ficaram em torno de R$ 12 mil.

A agência afirmou que o transatlântico Costa Fortuna, do grupo Costa Cruzeiros, foi o navio que apresentou maior número de irregularidades.

A empresa diz, em nota, que avaliará o relatório e que, se preciso, irá tomar medidas necessárias.

Ela afirma adotar "rígidos padrões de armazenamento e preparação de alimentos". Acrescenta ainda que suas embarcações são fiscalizadas constantemente.

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Bienal do Mercosul destaca mostras paralelas. 'Casa M' continua após evento; 'Cidade Não Vista' espalha-se pelo município; 'Geopoéticas' traz artistas emergentes Fonte: folha 15/09

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A 8ª edição da Bienal do Mercosul, denominada "Ensaios de Geopoética", representa um significativo novo passo em relação às últimas duas edições, que já foram bastante inovadoras.

Agora, com curadoria do colombiano José Roca, a Bienal finca-se sobre três bases, sendo que apenas uma delas é de fato a exposição. Sendo assim, é importante ressaltar o alcance dos outros eixos, especialmente as estratégias ativadoras, com destaque para a "Casa M" e a mostra "Cidade Não Vista".

A primeira, um local de encontros aglutinador, que extrapola o tempo da exposição principal. Já "Cidade Não Vista", com curadoria de Cauê Alves, espalha-se por Porto Alegre em nove obras, algumas com imensa visibilidade. É o caso da instalação do japonês Tatzu Nishi: uma sala suspensa por canos, uma espécie de parasita no alto da parede frontal da prefeitura.

A mostra central, "Geopoéticas", em três galpões do cais do porto, reafirma dois marcos que têm caracterizado o evento: a inovação na maneira de expor obras e uma predominância de artistas emergentes.

De forma geral, "Geopoéticas" possui um conceito claro, na forma como a arte aborda territórios políticos, econômicos ou sociais. Há muitas obras fortes, algumas bem atuais, como as tensões no Complexo do Alemão, por Paulo Climachauska, ou as revoltas no Egito, por Khaled Hafez.

No entanto, "Além das Fronteiras", sob responsabilidade de Aracy Amaral, no Museu de Arte do Rio Grande Sul, revela-se o trabalho curatorial mais intrigante.

Ao misturar arte contemporânea com obras de todo tipo, de mapas do século 18 a utensílios como um aquecedor caseiro a carvão, Amaral, 81, traz uma nova dimensão à Bienal do Mercosul e sua discussão de territórios.

8ª BIENAL DO MERCOSUL

QUANDO das 9h às 21h; até 15/11

ONDE av. Mauá, 1.050, tel. 0/xx/51/3254-7500 (veja mais horários e endereços em www.bienalmercosul.art.br)

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Peça de Woody Allen diverte, mas não fica à altura dos filmes Fonte: folha 15/09

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Uma comédia quase séria. "Adultérios", peça de Woody Allen montada por Alexandre Reinecke, confirma a verve afiada do cineasta para os diálogos e diverte, mas sem maiores compromissos.

Encenada pela primeira vez em 2003, no circuito off-Broadway de Nova York, como a primeira parte de um espetáculo com duas peças em um ato do escritor, marcou sua estreia como diretor teatral e fez sucesso.

A montagem brasileira conta com boa tradução de Raquel Ripani e adaptação correta de Reinecke para uma história curta. O encontro casual de um roteirista de cinema, famoso e bem casado, com um psicopata às margens do rio Hudson, enquanto espera a amante secreta com quem pretende encerrar o relacionamento.

É impossível não reconhecer o diálogo do cineasta com a antológica peça de Edward Albee, "História do Zoológico", que parte de situação semelhante: um pacato cidadão de classe média surpreendido por um morador de rua.

A diferença é que no caso de Allen há sempre uma piada pronta a emergir, mesmo nas situações mais insólitas. Na primeira parte ainda surge um interessante contraste entre os personagens do roteirista, supostamente um bom fabulador, e daquele que o acua, um lunático com muito mais imaginação, ainda que fora dos padrões de normalidade.

Aos poucos, na medida em que o tema da amante incômoda predomina, o registro cômico ligeiro vai se impondo até um fim mais decepcionante do que surpreendente.

O ponto alto do espetáculo é o cenário de André Cortez. Ele captura a imagem padrão dos bancos de praça e a expande por todo o espaço cênico, criando um território contido e ao mesmo tempo alegórico que contribui para os melhores momentos da encenação. As interpretações dos atores acolhem as necessidades do texto, mas não chegam a ser brilhantes. Fábio Assunção mantém uma monótona impostação para alcançar o personagem desajustado.

Norival Rizzo serve-se de sua experiência para sustentar o adúltero arrependido, mas perde o prumo quando a peça se acomoda na comicidade. Carol Mariottini, como a amante rejeitada, faz o que pode.

O texto de Woody Allen pode ser considerado uma peça bem feita, no sentido de ser redonda e bem acabada. Mesmo assim, isso é pouco para fazer do espetáculo algo à altura de seus filmes. Com uma fachada de humor negro, não vai além do superficial.

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