INSTRUMENTAL » Maogani homenageia Alencar Sete Cordas correioBsB 21/09
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Grupo instrumental carioca criado em 1995, o Quarteto Maogani é conhecido por sua sonoridade inconfundível, elaborados arranjos e interpretações que unem a delicadeza e os cuidados da música de câmara ao vigor e espontaneidade da música popular. A versatilidade exibida pelos violonistas Carlos Chaves, Marcos Alves, Maurício Marques e Paulo Aragão tem encantado a crítica especializada e o público.
O Maogani está de volta a Brasília para curta temporada de hoje a sexta-feira, às 21h, no Clube do Choro, em show que homenageia o violonista Alencar Sete Cordas, morto na madrugada da última quarta-feira. “Conhecemos o Alencar há 15 anos, quando da nossa primeira vinda à cidade. Num encontro descontraído à mesa de bar, tivemos contato com um músico extraordinário e uma pessoa alegre e acolhedora”, recorda-se Paulo Aragão. “Desde então, mantivemos contato. E ficamos desolados com o seu desaparecimento”, acrescenta.
Com carreira internacional e vários prêmios, o Maogani traz para os brasilienses um roteiro que reúne temas extraídos do repertório de discos do grupo, inclusive de um CD gravado nos Estados Unidos em 2009, ainda não lançado. “Desse trabalho selecionamos para o show composições de George Gershwin (I got rhythm), Cole Porter (Easy to love) e Henry Mancini (Days of wine and roses), Chico Buarque (A ostra e o vento), Gilberto Gil (Frevo rasgado) e Radamés Gnatali, de quem faremos Caçador de borboletas, uma valsa pouca conhecida do mestre. Todas com arranjos nossos”, adianta Aragão.
De acordo com o músico, mesmo tocando peças de autores estrangeiros, o Maogani procura levar para elas o sotaque brasileiro, “brincando com o ritmo, com a pulsação e acrescentando citações de Tom Jobim, de quem todos nós somos, de certa forma, somos discípulos”. Temas de dois integrantes do quarteto também serão ouvidos no show: o choro Áurea (Marcos Alves) e a polca Passatempo (Maurício Marques).
“Vamos fazer, ainda, uma homenagem ao violonista paranaense Waltel Branco, com a valsa Areia branca, que gravamos num álbum, tipo coletânea, só com músicas de autoria dele”, anuncia Aragão. A exemplos dos seus companheiros do Maogani, ele desenvolve projetos individuais, como arranjador e orquestrador. “Fiz, recentemente, orquestrações para a Suíte para violão e orquestra, composta por Hamilton de Holanda e Yamandu Costa, que os dois vão apresentar com a Orquestra Sinfônica Brasileira, no Teatro Municipal (do Rio)”, conta.
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Os protestos contra a corrupção. Marcos Coimbra - sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. A contabilidade do que ocorreu revela quão pequena foi a adesão ao chamamento dos organizadores correioBsB 21/09
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Nos primeiros dias de julho, o correspondente no Brasil do jornal espanhol El País escreveu um artigo que teve grande repercussão. Seu título era a pergunta: "Por que os brasileiros não reagem?". Para o autor, seríamos um mistério. Como, passados seis meses do início do governo Dilma Rousseff, com dois ministros demitidos, "ambos caídos sob os escombros da corrupção política", não teríamos o fenômeno, "hoje em moda no mundo", dos indignados? Por que não irrompe um movimento "capaz de limpar o país das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder?".Se voltasse agora ao tema, sua perplexidade seria maior.
Pois já são quatro os ministros que saíram em meio a questionamentos sobre sua conduta no cargo. Todos, de uma forma ou de outra, se comportaram de maneira inconveniente, mesmo se não seria justo dizer que sucumbiram "sob os escombros da corrupção" (para repetir uma expressão curiosa do jornalista, que sugere que a corrupção teria "desmoronado", ou seja, sido destruída).
Aceitar carona no avião de empresários (ou usar um motorista da Câmara dos Deputados para funções domésticas) não é correto, mas está longe de ser evidência de andar abraçado com "as escórias da corrupção". Não só aumentaram os casos de ministros flagrados fazendo coisas erradas como dezenas de funcionários graduados de diversos órgãos foram demitidos, muitos por suspeita de práticas criminosas. Alguns acabaram detidos e fotografados no xilindró.
Mais combustível, portanto, para os indignados. Que deveria encontrá-los ainda mais dispostos a se indignar, pois essa "moda" não terminou de julho para cá. Pelo contrário. Até em Wall Street, onde menos se esperaria vê-los, surgiram indignados. O pasmo do correspondente deveria crescer se ele se lembrasse que, neste setembro, foram muitas as iniciativas de mobilizar as pessoas para ir às ruas protestar contra a corrupção.
A começar pelo Sete de Setembro, quando a oportunidade parecia ótima: transformar a comemoração do aniversário do Grito do Ipiranga no dia do "grito contra os corruptos". A contabilidade do que ocorreu revela quão pequena foi a adesão ao chamamento dos organizadores. Embora falem em 30 mil manifestantes, até eles admitem que 25 mil eram de Brasília (onde a irritação era grande, dado o caso Jaqueline Roriz). Ou seja, nos outros lugares onde estavam convocados protestos — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre — teriam sido apenas 5 mil pessoas, uma média de 1,25 mil por cidade. O que é pouco. Para quem esperava uma Praça Tahir, uma decepção.
A mobilização foi modesta e fugaz. Não foi por eles não saberem usar a ferramenta básica dos indignados mundo afora: as redes sociais. Tanto no Sete de Setembro, quanto nos dias a seguir, muita gente se utilizou delas para disseminar ideias e convocar pessoas. A mídia deu a esses esforços espaço maior do que seu tamanho justificava.
Tornaram-se assunto dos principais jornais, a televisão os cobriu, seus organizadores deram entrevistas às rádios e portais. Mas não adiantou.Há quem continue a apostar que os indignados vão surgir. São os que insistem em analogias sem sentido, torcendo para que os protestos de agora ganhem corpo e reproduzam o que foram, nos anos 1980, as manifestações em favor das eleições diretas e, nos 1990, o impeachment de Collor. O problema é que as movimentações atuais carecem de algo essencial.
O ambiente pode lhes ser propício. Há estímulos internacionais. A mídia as trata com simpatia. Seus organizadores conhecem os instrumentos para provocá-las. Mas falta povo. E continuará a faltar-lhes enquanto forem claramente identificadas com a elite conservadora e os políticos da direita. O povo é contra a corrupção, mas não é a favor de quem apenas por conveniência empunha a bandeira de acabar com ela. E continua a confiar em que o governo (no qual votou há menos de um ano) a enfrente.
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Cantora Dolores Hope morre aos 102 anos. A americana, conhecida pelos espetáculos que fazia ao lado do marido -o comediante Bob Hope (1903-2003)-, morreu nesta segunda-feira em sua casa, perto de Los Angeles. Hope ficou famosa por se apresentar, desde os anos 40 até os 90, para as tropas americanas em diversos países pelo mundo. FolhaSP 21.09
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UM BANQUINHO. Começa à meia-noite de hoje para amanhã a venda de ingressos para os shows da turnê que celebra os 80 anos de João Gilberto. A compra para a apresentação no Rio, no dia 15 de novembro, poderá ser feita pelo site www.ingresso.com, e para as de Brasília (19/11) e Porto Alegre (25/11), em www.ingressorapido.com.br. FolhaSP 21.09
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Incluir pessoas com deficiência é inevitável. A necessidade de oferecer respostas a essa população, que já chegou à casa do bilhão, não pode mais ser ignorada pelos governos FolhaSP 21.09
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Em 1992, o Rio de Janeiro recebia a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92. O evento deu início à conscientização sobre os riscos que o planeta corria, em decorrência do uso predatório dos recursos naturais. Apresentou ao mundo os conceitos de sustentabilidade e de economia verde.
Mas esse é um olhar em perspectiva. À época, o encontro foi alvo de piadas e chegou a ser visto como último refúgio de antigos hippies. O desencanto com as utopias depois da Guerra Fria impediu muitos de perceberem a revolução que começava a ser desenhada.
Uma década antes, a ONU declarara 1981 o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, numa tentativa de chamar atenção para outro tema emergente. Mas as consequências não foram tão intensas quanto as observadas no que tange à área ecológica.
Agora, o Banco Mundial e a Organização Mundial da Saúde injetam novo combustível nesse debate, com a divulgação do Relatório Mundial sobre a Deficiência, que, pela primeira vez em 40 anos, mapeia as condições de vida dessa parcela da população global.
Divulgados em junho, os dados revelam que esse grupo já soma um bilhão de pessoas. Um número que põe em xeque o velho paradigma de que as questões ligadas à inclusão interessariam apenas a uma minoria. Hoje, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, é o momento para refletirmos sobre a questão no nosso país.
O governo do Estado de São Paulo foi o único representante brasileiro a participar do lançamento do citado relatório, apresentando ações que indicam mudanças positivas. Avançamos ao criar a rede Lucy Montoro, com 19 centros de reabilitação funcionando até o final de 2013, liderando uma teia de serviços capaz de realizar 300 mil atendimentos/ano.
Também progredimos ao aplicar o desenho universal em habitações de interesse social e ao ampliar as dimensões dessas unidades para 60 m², visando garantir uma melhor acessibilidade.
Outros investimentos buscam promover mais independência, como a futura instalação de centros de pesquisa em tecnologias assistivas e a formação e distribuição de cães-guia.
No evento de lançamento do estudo mundial, o renomado físico inglês Stephen Hawking -que tem uma distrofia muscular progressiva- afirmou que, com trabalhos como aquele, "este século marcará um ponto de inflexão na inclusão das pessoas com deficiência nas vidas de suas sociedades".
De fato, assim como as reverberações da Eco-92 mostraram que o debate ambiental não se resumia a salvar baleias, o relatório também pode evidenciar outra "verdade inconveniente": a de que apresentar, em diferentes graus, um tipo de deficiência é próprio da condição humana. Na esteira dessa verdade, celebramos os avanços no processo civilizatório, refletindo os direitos de todos e o respeito à diferença.
A necessidade de oferecer respostas a essa população não pode mais ser ignorada pelos governos. É uma tarefa tão urgente quanto inevitável. Mas temos um bilhão de motivos para seguir em frente.
LINAMARA RIZZO BATTISTELLA, médica fisiatra, professora da FMUSP, é secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
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Programa do governo não leva à regularização ambiental de terras. Participantes do Terra Legal dispensam cadastro exigido por lei FolhaSP 21.09
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A maior parte dos produtores rurais que recebeu títulos de áreas por meio do Terra Legal ainda não começou a regularização ambiental das propriedades, uma das condições do programa. A conclusão é de um estudo feito pela ONG Imazon.
O Terra Legal, projeto de regularização fundiária na Amazônia, forneceu 611 títulos de terra até abril deste ano. O estudo do Imazon analisou 392 deles, no Pará e em Mato Grosso. Desses, apenas 176 (45%) entraram no Cadastro Ambiental Rural.
O cadastro é a chamada "porta de entrada" da regularização ambiental, exigência da lei, criada em 2009. Desde então, o governo federal diz que as regularizações fundiária e ambiental acontecerão simultaneamente.
No cadastro, os proprietários rurais detalham as áreas de vegetação nativa de suas terras -quais são protegidas, quais são produtivas, e se houve desmatamento.
Das propriedades que a Imazon analisou, todas as que têm o cadastro ficam no PA. O Estado titulou 332 áreas em dois anos do programa. Em MT, de 60 áreas tituladas, nenhuma tem o cadastro.
Shirley Nascimento, coordenadora-geral do Terra Legal, credita os resultados do estudo ao pouco tempo de execução do programa.
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Juiz/SP defende obrigatoriedade do bafômetro FolhaSP 21.09
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Para o desembargador Edison Brandão, do TJ-SP, engana-se quem acredita que a nova legislação brasileira é mais dura com quem é pego dirigindo sob o efeito de álcool. Atualmente, segundo ele, grande parte dos processos envolvendo esse tipo de crime é arquivada pelo Judiciário em todo o país porque a lei define como crime apenas quem é pego conduzindo veículo "com mais de 0,3 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões". O motorista pode ser multado e punido administrativamente (multa de R$ 957,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses), mas não é obrigado a realizar o exame.
Dessa forma, quando o suspeito se recusa a soprar o bafômetro ou a ceder sangue para exame de laboratório, os juízes não podem condená-lo porque faltam provas. Para Brandão, melhor seria adotar o modelo de países como EUA e Canadá, onde o bafômetro é obrigatório. Ou aceitar outros tipos de prova.
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Mostra reúne imagens pautadas pela estética do limite. Richard Avedon, Henri Cartier-Bresson, Larry Clark, Claudia Andujar e outros vão do horror ao sublime no Instituto Moreira Salles FolhaSP 21.09
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No limite entre o horror e o sublime, a fotografia parece atingir sua potência máxima. Imagens díspares como Marilyn Monroe num vestido de paetês, jovens injetando drogas, brancos e negros segregados e o corpo de um índio morto têm em comum o caráter excepcional, uma visão ultrajada da realidade.
Juntas no Instituto Moreira Salles, fotografias de artistas como Richard Avendon, Henri Cartier-Bresson, Sebastião Salgado, Miguel Rio Branco, Martin Parr, Elliott Erwitt, entre outros, ilustram os extremos da sociedade.
"É uma leitura que transita por guerra, morte, beleza, mutilação, mas não faz disso um espetáculo de horror", diz Sergio Burgi, um dos curadores da mostra. "É uma reflexão sobre por onde a fotografia transitou nesse período."
E a rota foi do luxo estonteante e do culto a celebridades aos horrores da guerra do Vietnã, cadáveres em necrotérios e vítimas de mutilação.
Helmut Newton fotografa mulheres vestidas e nuas, arriscando dizer que as peladas têm até mais pose e classe. Larry Clark vê um magnetismo escuso no uso de drogas entre adolescentes de Tulsa, nos Estados Unidos. Claudia Andujar investiga e registra o transe insólito de ianomâmis.
Em todos os casos, fotógrafos perseguem uma função icônica da imagem, algo capaz de fazer ver além da superfície tendo o choque, a ironia e a robustez do momento como aliados na tarefa.
(SM)
EXTREMOS
QUANDO de ter. a sex., das 13h às 19h; e sáb. e dom., das 13h às 18h; até 27/11
ONDE Instituto Moreira Salles (r. Piauí, 844, Higienópolis, tel. 0/xx/11/3825-2560)
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"Tropa de Elite 2" vai concorrer a vaga no Oscar de 2012 FolhaSP 21.09
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO - "Tropa de Elite 2", de José Padilha, foi eleito de forma unânime para representar o Brasil na disputa por uma vaga de filme estrangeiro no Oscar. A decisão, anunciada ontem no Rio, ficou a cargo de especialistas, de membros indicados pela Academia Brasileira de Cinema, como Roberto Farias, e da secretária de Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana.
O longa concorreu com outros 14 inscritos, entre eles "Lope", "Bruna Surfistinha" e "Assalto ao Banco Central". Para o cineasta Roberto Farias, o filme "ofuscou" os outros indicados. A lista final da disputa será apresentada em 24/1. Os prêmios serão entregues em 26/2 em Los Angeles.
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