quinta-feira, 12 de abril de 2012
Servidor deve em média 4 salários. Fácil acesso a empréstimos bancários e descontrole
nas compras causam rombos que chegam a R$ 600 mil. Queda das taxas aumenta
possibilidade de renegociação. CORREIO BSB 12.04
>>>
Falta de dados sobre ciganos preocupa especialistas. Estatísticas
e mais conhecimento sobre a cultura dos ciganos ajudariam a fundamentar
políticas públicas direcionadas às comunidades, concluíram pesquisadores
reunidos na UnB. www.unb.br 12.04
-
São
homens, mulheres e crianças praticamente invisíveis no cotidiano das grandes
cidades e que, em números, podem ser mais de um milhão. A falta de estatísticas
sobre os ciganos no Brasil e o pouco conhecimento a respeito dessas comunidades
foi o enfoque principal dos dois dias de debate ocorridos no auditório da
Reitoria da Universidade de Brasília.
Na
semana em que se comemora o dia internacional do Povo Romani, dedicado ao povo
cigano, acadêmicos e ciganos alertaram para a necessidade de que mais pesquisas
e levantamentos sobre o povo. “Sabemos muito pouco sobre eles, nem mesmo
estatísticas confiáveis sobre o número de ciganos no Brasil nós temos”, afirmou
Rosângela Côrrea, professora da Faculdade de Educação e organizadora do
encontro, intitulado Ciclo de Debates Ciganos: uma história invisível.
O
debate terminou com uma moção assinada por pesquisadores e representantes do
povo cigano. Destinado ao Ministério da Educação, o documento pede a retirada
de significados pejorativos do dicionário que associam o termo “cigano” a
pessoas de vida incerta ou enganadoras e a inclusão da história dos ciganos no
Brasil nos livros didáticos. “É importante que as pessoas conheçam a nossa
participação na história do país, estamos aqui desde 1574”, afirma a cigana
Elisa Costa, presidente da Associação Internacional Maylê Sara Kali.
Ela
explica que a falta de informações impede que se concretize políticas públicas
que atendam a necessidade dessas comunidades. Para a professora os motivos para
a falta de informação são vários: “De um lado temos a falta de investimentos em
pesquisas sobre os ciganos por parte do governo e de outro e a própria
tendência das comunidades de se fecharem como autodefesa”.
PRECONCEITO
- O que se sabe é que hoje existem 21 associações representativas dos ciganos
no país e que devem existir entre 800 mil e 1 milhão de integrantes desses clãs
em todo o país. Boa parte não tem escolaridade, de um lado porque o acesso à
escola ainda é tabu nas comunidades, de outro porque na escola meninos e
meninas ciganos são, quase sempre, vítimas de preconceito.
Nicolas
Ramanush, presidente da ONG Embaixada Cigana do Brasil, que atua no estado de
São Paulo, destacou a diversidade das comunidades. “Algumas pessoas quando
falam em nome do povo cigano acabam criando generalizações que não vale para
todos os clãs, o que acaba confundindo ainda mais”.
O
jornalista espanhol Juan Heredia, cigano e presidente da ONG Unión Romani,
acredita na superação do isolamento como forma dos ciganos garantirem seus
direitos. “O mundo está evoluindo bastante e é inevitável que o cigano esteja
envolvido nessas mundanças”, afirma.
Alexandra
Martins/UnB Agência
Mirian
Stanescon acredita que informação pode ajudar na luta dos ciganos por direitos
TRADIÇÃO
- O paradoxo entre a modernidade e a preservação das tradições sempre incomodou
Juan, mas, para ele, a solução do dilema é clara: “Temos que ser protagonistas
de nossa própria mudança”. Ele acredita que para essas mudanças ocorrerem é
preciso um diálogo constante entre academia, comunidades e governo. “As pesquisas
realizadas com rigor intelectual são essenciais para construir uma imagem que
corresponda a nossa história verdadeira”, afirmou.
Para
Mirian Stanescon, representante dos ciganos no Conselho Nacional de Promoção da
Igualdade Racial, ligado à Presidência da Republica, e a primeira cigana do
Brasil formada em direito, o cigano não precisa ser estrangeiro na sua própria
terra. “Nós precisamos conscientizá-los de que eles também são cidadãos
brasileiros e, portanto, possuem direitos”, afirmou. Ela é autora de uma
cartilha que apresenta informações sobre como o cigano pode usar a lei
brasileira para se proteger.
Mirian
faz coro ao posicionamento de Juan. “Acompanhar a evolução do mundo não
significa perder a tradição. Quanto mais eu aprendo sobre o mundo de vocês mais
eu valorizo nossa própria cultura”.
>>
"Não é uma escolha fácil. Todas as opções são
de dor". Da ministra da Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal
Federal (STF) ao votar a favor no julgamento de ação que pede a liberação do
aborto de feto sem cérebro, proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde. Ontem seis ministros votaram, cinco a favor da
liberação. A votação deve continuar hoje.Valor Econômico - 12/04/2012
>>>>
Educação e trabalho. Valor Econômico - 12/04/2012
-
A
partir do último quartel do século XX, com alterações significativas no
conteúdo e nas condições de produção e gestão em rede das empresas, novos
requisitos à formação para o trabalho foram introduzidos, cada vez mais
distantes do tradicional sistema de educação e formação profissional herdado da
sociedade urbano-industrial. O avanço da economia de serviços, assentada na
disseminação do trabalho imaterial, exige uma profunda transformação no atual
sistema de formação para que o ensino superior seja universalizado e a educação
se torne um ativo para a vida toda.
Ao
contrário do problema do analfabetismo rudimentar reinante nos séculos XIX e
XX, tem destaque atual o analfabetismo funcional, imposto pela mudança técnica
e informacional. Nesse sentido, expandem-se as ocupações que utilizam maior
informação e exigem o exercício de atividades multifuncionais, geralmente
aquelas sustentadas pelas exigências de maior escolaridade e qualificação
profissional ao longo da vida laboral.
O
avanço da economia de serviços exige uma profunda transformação no atual
sistema de formação
Isso,
por si só, não corresponde, necessariamente, à garantia da elevação do nível
geral de emprego, nem mesmo à melhor qualidade das condições de trabalho. A
inserção nacional na Divisão Internacional do Trabalho determina cada vez mais
a estrutura do sistema produtivo que exerce, por sua vez, pressão interna sobre
o nível quantitativo e qualitativo das ocupações.
No
caso da distribuição ocupacional nas economias capitalistas percebe-se a
trajetória de longa duração iniciada com a transição das ocupações no setor
primário (agropecuário) para os empregos na manufatura até atingir, mais
recentemente, o trabalho generalizado no setor terciário. Com o movimento de
redução relativa do emprego no setor industrial, ganha cada vez maior destaque
as ocupações nos serviços.
Mesmo
o intenso crescimento do setor terciário não tem sido suficiente para compensar
a queda na participação relativa das ocupações nos setores industrial e
agropecuário, o que faz presente o excedente da força de trabalho expresso pelo
desemprego. Neste contexto, a reorganização em curso do trabalho material para
o imaterial pressupõe uma profunda reflexão a respeito da formação profissional
ao longo do século XXI. Com os avanços da nova economia da tecnologia, os
sistemas de formação educacional e formativos para o exercício do trabalho
heterônomo herdados da sociedade urbano-industrial tornam-se cada vez mais
antiquados.
Por
força do avanço do trabalho imaterial, a condição de trabalho pressupõe cada
vez mais a alteração profunda do ciclo de vida e de estudo. Isso porque as
condições tradicionais de coesão social encontram-se fraturadas, com padrão
familiar fortemente superado por arranjos monoparentais e a extensão do
individualismo sobrepondo a sociabilidade mecânica.
Na
sociedade pós-industrial, o conhecimento torna-se estratégico na inserção e
configuração das novas trajetórias ocupacionais portadoras de maior articulação
da vida com o estudo e trabalho. Sobre o resgate da formação profissional não
cabe partir da mera reprodução do passado, mas de sua reinvenção nos termos
necessários à reorganização da vida e trabalho em plano superior ao atualmente
existente.
Com
isso, a educação deixa de ser algo centrado nas fases precoces da vida
(crianças, adolescente, jovens e alguns poucos adultos), como no passado, para
ser algo necessário ao longo da vida. Ao invés da separação do tempo de
inatividade com o tempo de trabalho presente na sociedade urbano-industrial,
chega-se cada vez mais à transição do tempo da inatividade com a atividade pelo
trabalho imanente do conhecimento.
Para
haver educação comprometida com o ciclo completo da vida (infância, adulto e
velhice), cuja expectativa aproxima-se dos 100 anos de idade, os sistemas de
formação profissional precisam incorporar cada vez mais os pressupostos do
diálogo desenvolvidos pelo conjunto dos atores sociais. Novas formas de
produção e de reorganização do trabalho não existem sustentavelmente sem uma
base recorrente de educação e formação profissional.
O
resgate da educação e da formação profissional deve compreender o saber como
elemento central do rearranjo básico entre os atores sociais, como a
postergação do ingresso no mercado de trabalho e a conexão alongada da
qualificação educacional para os segmentos populacionais envelhecidos. Sem
isso, o processo de metamorfose no trabalho tende a obstaculizar as
possibilidades de universalização das oportunidades da sociedade fundadas no
conhecimento.
Na
atual transição do sistema de formação para o trabalho da sociedade
urbano-industrial para pós-industrial, o entendimento entre os atores sociais
relevantes torna-se a condição necessária para maior eficiência alocativa dos
meios de produção regulados pelo Estado. Da mesma forma, reveste-se de extrema
importância a possibilidade de compartilhar os novos ganhos de produtividade
com patamar de civilidade superior ao do século XX.
Marcio
Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor
licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de
Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
>>>
Servir ao público. Correio Braziliense - 12/04/2012
-
Os
sucessivos episódios tristes envolvendo greves no serviço público convidam todo
o Brasil a uma reflexão. Como sugere o nome, servidores têm a nobre missão de
servir ao público, zelar pela dignidade e pelo bem-estar de quase 200 milhões
de brasileiros. Contudo, excessos do corporativismo em áreas essenciais como
saúde, educação e segurança colocam em xeque a credibilidade dos contratados
para cuidar de gente. E a maioria dos cidadãos, que quase não tem alternativa
aos serviços do Estado, sofre com impasses entre gestores com mandato político
e agentes estáveis da máquina pública.
Todos
os trabalhadores precisam defender os seus sagrados direitos, mas há protestos
que os podem desonrar, levar a fatos intoleráveis e estimular o caos. Tais
situações ocorrem com mais destaque no Distrito Federal, onde serviços públicos
gozam, na média, dos melhores salários e recursos de custeio.
Como
explicar ao morador de outras regiões que 500 mil estudantes estão há mais de
um mês sem aula porque professores do GDF estão insatisfeitos com salários
iniciais, sem curso superior, de R$ 3,5 mil? É óbvio que todos os educadores
deveriam ganhar mais. Mas a indignação não explica crianças pobres sozinhas em
casa, sem merenda e expostas a riscos. Como se não bastasse, ainda há retrato
pior nesta unidade da Federação: a tropa policial mais bem paga do país
debochando da explosão de violência.
Se
persistir nessa trilha amarga, o servidor mata o profissionalismo e favorece
seu maior pesadelo — a terceirização. O atual avanço da classe média tornou a
população consciente da pesada carga tributária, semelhante à de nações
servidas pelo mais generoso serviço público. O povo cobra qualidade e não vai
se solidarizar com ações que o coloca como refém de interesses privados.
Quando
um operário cruza braços tira lucros de empresa privada. Quando um soldado faz
corpo mole, um agente de saúde ignora o paciente e um professor abandona seu
aluno são vidas e futuros em jogo. Os servidores deveriam ser a face humana do
Estado que tem no cidadão seu cliente e patrão. É hora de fixar regras para
serviços movidos a dinheiro do público. Como ensinou o grande líder sindical
Lula, longas greves com salário não são lutas, mas férias.
>>>>
ONU é alvo de críticas sobre a Rio+20. O
Estado de S. Paulo - 12/04/2012
-
Agenda
ampla da conferência para o desenvolvimento sustentável e falta de objetivos
mais específicos são problemas apontados
O
secretário-geral da ONU para a Rio+20, o chinês Sha Zukang, respondeu ontem a
críticas de que a agenda da conferência para o desenvolvimento sustentável está
muito ampla e faltam objetivos mais específicos que a tornem um evento com mais
peso.
Segundo
ele, negociações anteriores ao evento tentarão concentrar mais os pontos. Ele
diz que já estará "razoavelmente feliz" se for possível alcançar um
acordo sobre o estabelecimento dos chamados "objetivos do desenvolvimento
sustentável" para valerem a partir de 2015.
Daqui
a três anos expira o prazo fixado em 2000 para que o mundo cumpra os Objetivos
do Milênio, que miravam principalmente a erradicação da pobreza nos países em
desenvolvimento. A ONU e diversas nações defendem um novo pacote de metas mais
amplas para todos os países.
"Se
conseguirmos assegurar esses objetivos, que eles cubram áreas críticas e decidirmos
trabalhar com indicadores para monitorara implementação desses objetivos,
teremos grandes decisões", afirmou, após um evento em Haia (Holanda) para
incentivar a participação do setor empresarial na Rio+20. Com esse mandato,
diz, a Assembleia-Geral da ONU poderia depois trabalhar com os detalhes.
Mas
seria preciso acordar também uma instituição que vá implementar esse plano. A
principal proposta, encampada pelo Brasil, é de criar um conselho de
desenvolvimento sustentável. "Vinte anos atrás, concordamos em criar a
comissão para o desenvolvimento sustentável, mas as pessoas perderam o
interesse. Precisamos de uma instituição forte, cujo principal trabalho seja
integrar os desenvolvimentos econômico e social, com proteção ambiental. Nos
últimos 20 anos vimos um rápido desenvolvimento econômico, mas à custa do
ambiente."
Zukang
lembra que desde a Rio 92 o mundo só se tornou mais insustentável. "A
população aumentou, o consumo não sustentável cresceu, houve encolhimento dos
recursos naturais. Por isso essa conferência tem grande importância
histórica."
Zukang
também defendeu que a conferência aponte para o que ele chamou de "três
palavras magicas": integração (das três dimensões do desenvolvimento
sustentável), implementação (das decisões, do que já foi acordado em outras
reuniões) e coerência.
Nesse
útimo aspecto, ele lembrou o fato de que há várias instituições que de algum
modo lidam com ambiente, mas de modo separado e sem muito peso. Nem mesmo o
Pnuma, o programa das Nações Unidas para o ambiente, apresenta um grande
desempenho, e muitos sugerem que ele seja transformado em uma agência com a
força, por exemplo, da OMS.
Sem
tomar partido sobre se essa deve ser a decisão, apenas pediu coerência.
"Precisamos fazê-las trabalhar juntas. Ou ao menos coordenadas", diz.
"A
Rio 92 criou três bebês: as conferências do clima, da biodiversidade e da
desertificação, mas elas não atuam juntas como irmãs. A fragmentação é um dos
grandes problemas que temos de resolver."
De
acordo com o secretário-geral, já estão confirmados 135 chefes de Estado para a
conferência. O que pode não significar sucesso nas negociações.
Segundo
ele, na última reunião preparatória, no final de março, alguns países - que ele
não quis nomear - deram sinais de querer voltar atrás em questões concordadas
há 20 anos. "Isso pode ser um problema enorme. É traição. Foram criados
compromissos e eles não querem honrá-los. De repente, não se pode mais confiar
neles."
Nova
fase. Ben Knapen, ministro dos Assuntos Europeus e Cooperação Internacional na
Holanda, pediu, no discurso de abertura da consulta internacional a empresas e
indústrias que ocorre em Haia, em preparação para a Rio+20, para todos agirem
juntos para abrir a nova fase em busca do desenvolvimento sustentável.
"Queremos ver responsabilidade da sociedade civil e das empresas sobre
essas questões. Não é algo que podemos delegar aos governos, porque desse modo
eles terão de fazer valer, mas isso só funciona quando as pessoas, as
organizações e o setor privado se sentem comprometidos a agir de acordo com o
bem comum."
>>>>
Câmara debate projeto que proíbe lutas de MMA na TV FOLHA SP
12.04
-
A
Câmara dos Deputados pretende realizar na próxima semana audiência pública para
discutir o projeto de lei 5534/09, que proíbe a transmissão de MMA (artes
marciais mistas) na TV.
A
ideia é debater o projeto do deputado José Mentor (PT-SP), que veta a exibição
de lutas marciais violentas não olímpicas na televisão.
A
proposta atinge diretamente o UFC (campeonato de MMA), que virou febre na TV
brasileira. Além de um reality show de lutadores, a Globo exibe etapas do UFC e
possui um canal pago dedicado ao assunto: o Combate.
De
acordo com o PL, que ainda não foi votado, a pena para a emissora que
descumprir a determinação vai de multa de R$ 150 mil a perda da concessão.
Para
a audiência pública foram convidados Anderson Silva, lutador de MMA, o diretor
de esportes da Globo, Marcelo Pinto, o diretor do Canal Combate, Pedro Garcia,
e o professor de filosofia da PUC-SP Mário Sérgio Cortella, entre outros. Eles
ainda não confirmaram presença.
"Só
depois desse debate aprofundado vamos encaminhar o projeto para votação",
diz o deputado Sibá Machado (PT-AC), autor do requerimento da audiência
pública.
"Não
queremos que a TV incentive a violência entre os jovens e vamos ouvir a opinião
de todos sobre isso."
>>>
JUDICIÁRIO. Justiça atinge 92% da meta de processos
julgados em 2011 FOLHA SP 12.04
-
DE
BRASÍLIA - A Justiça brasileira chegou perto, mas não conseguiu cumprir sua
meta de julgamento de processos estabelecida para o ano passado.
Segundo
dados divulgados ontem pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o Judiciário
julgou 16,8 milhões de processos em 2011 -92% do total.
Embora
não tenha conseguido bater a meta, o Judiciário, proporcionalmente, julgou mais
processos em 2011 se comparado ao período anterior, um crescimento de 4%.
As
metas do conselho foram instituídas pelo próprio órgão em 2009 como forma de
dar mais agilidade ao Judiciário.
Os
tribunais superiores, como STF (Supremo Tribunal Federal), STJ (Superior
Tribunal de Justiça) e TST (Tribunal Superior do Trabalho), quase atingiram a
meta, chegando a 98% do estabelecido.
A
Justiça Federal julgou praticamente a mesma quantidade de processos que
recebeu.
>>>
Internet atrai mais que salário para jovens. Estudo
avalia pessoas de 18 a 29 anos em 14 países FOLHA SP 12.04
-
Acesso
liberado a mídias sociais no ambiente corporativo, liberdade de escolha da
plataforma de trabalho e flexibilidade de jornada podem, num futuro bem
próximo, ser mais decisivos na escolha do emprego do que o salário oferecido
pela empresa.
Uma
pesquisa feita pela Cisco com cerca de 3.000 universitários e jovens
profissionais, com idades entre 18 e 29 anos, indicou que boa parte dos
pesquisados (um terço dos 1.441 universitários) valoriza a internet como item
básico da necessidade humana -como "água" e "ar".
É
nesse contexto que 2 a cada 5 pesquisados aceitariam salários mais baixos desde
que tivessem mais flexibilidade em relação a mídias sociais, à plataforma usada
no local de trabalho e à mobilidade. Mais da metade (56%) não aceitaria emprego
numa empresa que proíbe acesso a redes sociais e 3 a cada 5 universitários creem
ter direito de trabalhar longe da companhia ou em escalas flexíveis.
O
estudo foi feito em 14 países, incluindo o Brasil, entre maio e junho de 2011.
>>>>
Governo dos EUA processa Apple e editoras por
cartel de e-books. Departamento de Justiça norte-americano diz que
companhias combinaram alta dos preços. Empresas
negam conluio e dizem que promoviam competição ao desafiar a Amazon; três já
aceitaram acordo FOLHA SP 12.04
-
Na
feira alemã de Leipzig, em março, leitor escolhe livro no iPad
DO
“FINANCIAL TIMES”
O
Departamento de Justiça dos EUA abriu processo contra a Apple e cinco das
maiores editoras de livros do mundo, sob a alegação de conluio para elevar
preços dos livros eletrônicos, o que pode ter custado "dezenas de milhões
de dólares" ao consumidor.
A
queixa, apresentada à Justiça federal em Nova York, diz que executivos da Apple
e das editoras chegaram a um acordo para adotar resposta comum à política de
preços da Amazon, por meio de conversas telefônicas, troca de e-mails e
refeições em "salas privativas de restaurantes finos de Manhattan".
A
Amazon, que desafiava o setor com preço máximo de US$ 9,99 para livros
eletrônicos, não é citada no processo.
As
editoras acusadas são o Hachette Book Group, parte do grupo Lagardère; a
HarperCollins, da News Corp.; a Holtzbrinck, controladora da Macmillan; a Simon
& Schuster, subsidiária da CBS; e a Penguin, ligada ao grupo Pearson -que
controla o "Financial Times" e está presente no Brasil.
O
Departamento da Justiça alegou que a Apple e as editoras elevaram os preços dos
best-sellers entre US$ 2 e US$ 5 ao introduzir um modelo de negócios de
"agência", simultaneamente ao lançamento do iPad, sob o qual os
preços de varejo são determinados pelas editoras.
A
insistência da Apple em uma cláusula de proteção sob a qual as editoras se
comprometem a não vender seus livros a preço mais baixo para outros grupos de
varejo -e a pagar 30% de comissão à Apple sobre cada venda- forçou outros
grupos de varejo a adotar termos semelhantes.
ACORDO
Hachette,
HarperCollins e Simon & Schuster aceitaram acordo imediato para encerrar o
processo, mas Apple, MacMillan e Penguin pretendem contestar as acusações.
Um
outro processo envolvendo vários Estados americanos trouxe acusações
semelhantes contra Apple, Macmillan, Simon & Schuster e Penguin. Hachette e
HarperCollins pagarão US$ 52 milhões aos Estados para encerrar os processos. Na
Europa, há outra investigação.
Nem
todas as editoras envolvidas se pronunciaram, mas já haviam negado conluio para
alta de preços e defenderam o modelo de "agência" para promover maior
competição ao desafiar o domínio da Amazon. A Apple não se pronunciou.
O
acordo requer que Hachette, HarperCollins e Simon & Schuster suspendam a
preferência pela Apple e permitam que grupos de varejo determinem os preços que
preferirem para livros eletrônicos. A HarperCollins fez o acordo sem admitir
culpa.
>>>>>
Dura Lex. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Gilson Dipp, escolhido para substituir a ministra Laurita Vaz como relator do
pedido de habeas corpus do contraventor Carlos Cachoeira, notabilizou-se pelo
jogo duro contra os juízes suspeitos de corrupção em diversos tribunais
regionais quando era corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). CORREIO BSB 12.04
>>>>
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Favorável - Marco Aurélio Mello. “O
anencéfalo é um natimorto cerebral. Jamais se tornará uma pessoa. Em síntese,
não se cuida de vida em potencial, mas da morte segura. Resistem muito pouco
tempo fora do útero” CORREIO BSB 12.04
-
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Favorável - Rosa Weber
“Proteger
a mulher é respeitar o seu direito de escolha. Não está em jogo o direito do
feto, mas o direito da gestante de escolher a sua própria forma de vida” CORREIO BSB 12.04
-
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Favorável - Joaquim Barbosa
“Gostaria
de pedir ajuntada desse meu voto para aderir ao brilhantíssimo voto do eminente
relator” CORREIO
BSB 12.04
-
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Favorável - Luiz Fux
“Impedir
a interrupção da gravidez sob a ameaça penal equivale à tortura (...) O STF
evidentemente respeita e vai consagrar aquelas mulheres que desejarem realizar
o parto ainda se o feto for anencefálico” CORREIO BSB 12.04
-
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Favorável - Cármen Lúcia. “Quando
o berço se transforma em um pequeno esquife a vida se entorta” CORREIO BSB 12.04
-
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Contrário - Ricardo Lewandowski. “O
legislador não afastou a punibilidade da interrupção da gravidez. Caso o
desejasse, o Congresso Nacional poderia ter alterado a legislação criminal
vigente para incluir o aborto de fetos anencéfalos dentre as hipóteses de
gravidez isenta de punição” CORREIO BSB 12.04
-
JUSTIÇA »
Aborto de anencéfalo - Contrário - A definir. Os
ministros Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso. O
ministro José Antonio Dias Toffoli declarou-se impedido de participar do
julgamento por ter atuado no processo quando exercia o cargo de advogado-geral
da União. CORREIO
BSB 12.04
>>>
CONTAS PÚBLICAS »
Sem
reajustes em 2012. Balanço orçamentário de 2011 mostra que gastos com
pessoal representaram 46,1% da receita líquida. Percentual preocupa o governo,
que deve adotar medidas para evitar a inadimplência fiscal CORREIO BSB 12.04
-
Para
os servidores públicos do Distrito Federal, 2012 será um ano de vacas magras.
Em 2011, todas as categorias foram contempladas com melhorias salariais. A
ordem agora é a política do reajuste zero. A decisão do governador Agnelo
Queiroz (PT) leva em conta números do orçamento que preocupam a equipe
econômica. O DF gastou com pessoal, no primeiro ano deste mandato, 46,1% da
receita corrente líquida. O percentual está abaixo do limite prudencial
definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 46,55%, mas representa
um alerta para o atual governo, uma vez que esse tipo de gasto aumenta ano a
ano.
A
LRF estabelece que os governos só podem aplicar, na folha de pagamentos, até
49% do que arrecadam. Trata-se de uma medida para evitar um endividamento alto
que impeça investimentos em áreas essenciais, pagamentos de fornecedores e
serviços e também garanta que os servidores públicos receberão os salários.
Como o crescimento vegetativo da folha é de 3,5% ao ano, o Executivo precisa
adotar medidas urgentes para evitar o descumprimento da lei que acarreta uma
situação de inadimplência fiscal.
Além
de evitar reajustes, o governo vai bloquear contratações e nomeações. Também
haverá redução de cargos comissionados. Os concursos em andamento vão
prosseguir, mas novas vagas e a inclusão na carreira de aprovados dependerão de
aumento de arrecadação tributária. A situação chegou a esse ponto porque o
funcionalismo local, de modo geral, foi bem atendido. Agnelo herdou
compromissos assumidos pelo antecessor, Rogério Rosso, com várias categorias.
Honrou essas promessas, aprovadas em lei no último mês de 2010, e está pagando
a fatura, um custo extra de R$ 560 milhões, segundo o secretário de Fazenda,
Marcelo Piancastelli. “Houve aumentos brutais herdados do exercício anterior e
também outros reajustes que o governador Agnelo concedeu a algumas categorias”,
afirma o secretário.
Uma
das classes contempladas com aumento acima da inflação é a dos professores.
Eles tiveram reajuste de 13%, o mesmo aplicado ao Fundo Constitucional do DF,
que paga esses contracheques. Essa medida, aliada às contratações de 4,5 mil
médicos e enfermeiros, e à convocação de 400 professores concursados,
representou um adicional nas despesas de cerca de R$ 247 milhões.
No
total, o Executivo aplicou R$ 15,077 bilhões com o funcionalismo. Desse
montante, R$ 8 bilhões foram destinados a servidores da saúde, da educação e da
segurança, custeados pelo Fundo Constitucional. Os números constam do balanço
orçamentário de 2011 concluído no fim de semana, a que o Correio teve acesso
com exclusividade. De acordo com o secretário de Fazenda, a cada quadrimestre,
o Executivo, ao reexaminar o balanço orçamentário, pode apertar ou afrouxar as
despesas com pessoal.
>>>
LICITAÇÕES »
Serpro entra na mira do MPF. Procuradores abrem dois inquéritos para investigar
suposto favorecimento em contrato firmado pela estatal para a aquisição de
produtos de informática. O órgão comprou 8 mil licenças de um software que
acabou não atendendo às necessidades de uso. CORREIO BSB 12.04
-
Denúncias
apresentadas ao MPF acusam o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, por
irregularidades em licitações e perseguição a servidores da casa
O
presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos
Mazoni, é alvo de investigação no Ministério Público Federal (MPF). Dois
inquéritos civis públicos apuram indícios de irregularidades em contrato
milionário para a aquisição de produtos da gigante multinacional Oracle,
ausência de publicidade das atas de reunião e ainda perseguição a servidor da
casa. A assessoria de imprensa do MPF comunicou oficialmente que duas
procuradoras da República já analisam os documentos.
Os
procedimentos foram publicados no Diário Oficial da União de 8 de março deste
ano. As denúncias, realizadas no ano passado pelo ex-superintendente de
Administração de Ambientes de Tecnologia da Informação do Serpro Mário
Evangelista, apontam um suposto direcionamento na compra dos produtos
revendidos pela empresa paranaense IT7 e desacordo com aquilo que sugeria o
corpo técnico do próprio Serpro por meio de projeto básico anterior. O contrato
também sofre questionamentos na Controladoria-Geral da União (CGU).
Nos
últimos três anos, a IT7, que é uma das 500 revendedoras da Oracle no Brasil,
ganhou aproximadamente R$ 34 milhões em três contratos assinados com o Serpro,
empresa ligada ao Ministério da Fazenda, que cuida das soluções, informações e
serviços de informática de 40 órgãos públicos federais e conta com um orçamento
anual de R$ 1,7 bilhão.
Portaria
com a abertura de inquérito contra o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, foi
publicada em março
Mário
Evangelista e David Kuhn, ex-coordenador estratégico de Software Livre do
Serpro, foram destituídos dos cargos depois de questionarem o procedimento
abertamente em reuniões de diretoria realizadas no início de 2010. Após perder
o posto, Evangelista relatou os problemas ao site da Presidência da República
e, posteriormente, encaminhou os documentos ao Ministério Público Federal. Por
não ter mais ambiente na empresa, em Brasília, o ex-superintendente resolveu
voltar para Fortaleza, no Ceará.
Atalho
jurídico
O
contrato de número 43.974 para a compra de oito mil licenças de softwares de
gerenciamento de identidade e acesso na plataforma Oracle foi assinado, em
dezembro de 2009, no valor de R$ 4,9 milhões. Conforme os documentos
encaminhados ao MPF, o Serpro comprou os produtos por meio de um mecanismo
conhecido como ata de registro de preço. Esste dispositivo é utilizado quando a
empresa já conhece o produto e simplesmente adere a uma ata registrada por
outro órgão federal que adquiriu os mesmos softwares anteriormente. É um atalho
legal. Conforme as denúncias, o objetivo inicial foi desconsiderado e os novos
produtos foram adquiridos sem conhecimento da ferramenta por parte dos
técnicos.
“Havia um projeto realizado oito meses antes
dessta aquisição. Se fosse apenas para rastreamento de banco de acesso, seriam
necessárias só 250 licenças. Compraram com essa utilidade. Depois que
adquiriram, descobriram que não atenderia ao pedido do cliente, que, no caso,
era a Receita Federal. Você só faz adesão de uma ata de registro de preço
quando conhece o produto. Neste caso, você compra com segurança”, relatou Mário
Evangelista.
De
acordo com o ex-superintendente, o Serpro teve que realizar uma nova compra. “A
Receita Federal, na época, disse que os produtos não atendiam. O Fisco não
queria um produto que apenas revelasse quem teve acesso ao banco de dados. A
Receita queria uma ferramenta que, além de identificar o invasor, detalhasse o
que ele tinha feito no banco de dados.” Para isso, de acordo com as denúncias,
o Serpro teve que comprar novos produtos, no valor de R$ 3,8 milhões.
Soluções
para a Esplanada
O
Serpro, empresa ligada ao Ministério da Fazenda, presta serviços em Tecnologia
da Informação e Comunicações para o setor público. É considerada uma das
maiores organizações públicas de TI do mundo. Dentre as várias soluções
desenvolvidas pelo Serpro, destacam-se a declaração do Imposto de Renda via
Internet (ReceitaNet), a nova Carteira Nacional de Habilitação, o novo
Passaporte Brasileiro e os sistemas que controlam e facilitam o comércio exterior
brasileiro (Siscomex).
>>>
Nem
a mandioca resiste. Washington Novaes é jornalista. O POPULAR/GO 12.04
-
Já
há uns 20 anos, o respeitado e premiado engenheiro agrônomo Paulo de Tarso
Alvim (Ph.D em fisiologia vegetal), num simpósio sobre biodiversidade em
Brasília, indignava-se com a tentativa de empresas e órgãos governamentais de
convencer agricultores brasileiros a substituir as variedades tradicionais de
mandioca brasileira por espécies de alimentos importadas de outros países, até
modificadas geneticamente. A mandioca, lembrava ele, é o alimento mais adequado
para plantio em solos brasileiros: não precisa de fertilizantes nem de
agrotóxicos, resiste a todos os ataques. E ironizava: “Se a mandioca fosse
norte-americana, o mundo todo estaria comendo tapioca flakes e mandioca puffs.”
Vinte anos passados, lê-se agora que a própria Embrapa está propondo usar
glifosato (herbicida ao qual resistem sementes modificadas geneticamente) na
mandioca. Por quê? Para quê? A mesma Embrapa começa a anunciar que produzirá
variedade de cana de açúcar transgênica, “resistente à seca”.
É
uma discussão acesa, mas que não tem impedido o avanço dos transgênicos no
País. Desde 1997, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBIO), apesar
das posições vencidas dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, já autorizou
a comercialização de 33 produtos vegetais transgênicos; só em 2010 e 2011 foram
14 (7 de milho, 3 de algodão, 3 de soja, um de feijão), dos quais dois gerados
pela própria Embrapa (soja e milho). Os ministérios que se têm oposto à
liberação querem exigir a feitura, antes da liberação, de estudos de impactos
ambientais e epidemiológicos (efeitos em organismos humanos), respeitando o
princípio da precaução, constante de convenção internacional de que o Brasil é
signatário. Mas sua posição tem sido considerada na CTNBio “anticientífica”,
enquanto a posição dos que dispensam estudos prévios científicos é chamada de
“científica”. Por esses caminhos, o Brasil é o segundo maior produtor de
transgênicos (30,3 milhões de hectares de soja e milho, principalmente) no
mundo, onde se plantam 148 milhões de hectares.
Uma
análise recente da Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (SC)
mostrou que o plantio de milho transgênico aumentou muito o custo de produção e
não elevou a produtividade. No milho tradicional, o custo de insumos passou de
R$1.199,52 por hectare para R$1.392,76, sem reduzir o consumo de agrotóxicos
(ASPTA, 30/3). A rentabilidade do produto convencional foi de 472 reais por
hectare, contra 244 reais do transgênico. E para completar, a Monsanto, maior
produtora de sementes transgênicas, vai lançar em 2013 (Valor Econômico,
4/4)uma nova variedade de soja (Intacta R Rpro) já aprovada pela CTNBio, que
custará cinco vezes mais (115 reais por hectare, contra 22 reais de variedades
de hoje), com o argumento de que eliminará três aplicações de inseticidas por
safra, além do ganho de produtividade por hectare.
Com
tantos avanços dos transgênicos, o governo federal está em palpos de aranha
para fazer cumprir as disposições legais que exigem manter uma faixa de
segurança de 10 quilômetros de largura em torno das áreas legais de preservação
(para impedir a contaminação por transgênicos), principalmente no Paraná. Neste
Estado e em Santa Catarina foram autuadas 40 lavouras que não respeitam a lei.
No Rio Grande do Sul, a Justiça federal já decidiu que a faixa de separação
deve ser mantida (ASPTA, 19/3) – disposição que as empresas produtoras de
transgênicas tentam mudar na CTNBio.
Fora
do Brasil, a visão é outra: a Hungria não permite o plantio de sementes
transgênicas, Alemanha, Áustria, Hungria, Bulgária, Grécia e Luxemburgo não
aceitam o milho transgênico, a Agência Ambiental norte-americana anunciou que
exigirá monitoramento de plantios de milho resistente à lagarta de raiz. E a
União Europeia prepara resolução para proibir a importação de carne de animais
que recebem genes de outros. No Canadá, um projeto proíbe a utilização em
esterco de dejetos de porcos modificados (“enviropigs”), porque seus genes
propiciam a liberação de fósforo e outros elementos considerados problemáticos.
A Universidade de Guelph desistiu de produzir esse tipo de animal, que recebe
genes de ratos e bactérias E. Coli, porque ninguém os quer. A empresa Basf
decidiu abandonar seu setor de vendas de transgênicos na Europa. Zâmbia proibiu
o plantio de sementes modificadas. Agricultores poloneses pedem o banimento de
milho transgênico, que responsabilizam pela morte de abelhas polinizadoras. A
França está pedindo à União Europeia o banimento de milho transgênico da
Monsanto, enquanto sua Justiça responsabiliza a empresa por intoxicações de
agricultores (Le Monde, 13/2).
Seria
possível citar muitas questões mais. Não é preciso, entretanto. Importante
seria avançar com a discussão científica e a exigência de estudos prévios de
impacto ambiental e epidemiológicos. É uma questão muito importante, inclusive
para Goiás, onde, além da agricultura, cresce rapidamente o plantio de
eucaliptos e outras variedades modificadas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário