quarta-feira, 4 de abril de 2012


Uma saga imperial
Equilibrado entre ficção e história, livro do espanhol Javier Moro narra trajetória política e pessoal de Dom Pedro I em tom de romance CORREIO BSB 02.04
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É talvez inspirado pelo brado revolucionário de Dom Pedro I — “independência ou morte!” — que o espanhol Javier Moro defende seu novo livro, O império é você. Não é nem romance histórico, nem biografia. Um pouco dos dois — um relato independente. A jornada épica do imperador casanova é contada com floreios de ficção, mas baseada em fatos. Margem para polêmica? Para o autor, que recebeu o prêmio Planeta em outubro do ano passado pelo trabalho (agrado de 600 mil euros, apenas abaixo do Nobel, que supera o um milhão de euros), as fronteiras entre os gêneros estão, de fato, enevoadas. “Você não pode criticar uma história romanceada como se fosse livro de história. É como falar de um automóvel quando o veículo em questão é um avião. O importante é ser fiel aos personagens. Quis contar o interior que os historiadores contavam de fora”, justificou, em conversa com o Correio. Na Espanha, mais de 400 mil exemplares foram vendidos em menos de um ano.
           
O IMPÉRIO É VOCÊ
De Javier Moro. Tradução: Clene Salles. Planeta do Brasil, 496 páginas. R$ 49.

De repente, o imperador metade brasileiro, metade português tornou-se best-seller: como um personagem “imaginado”, atraiu leitores na Europa, onde não é tão popular quanto aqui. A caminhada de boas vendas inspirou tradução francesa, com tiragem de 100 mil exemplares, planejada para chegar às livrarias daqui a dois meses. No Brasil, historiadores, pesquisadores e outros escritores já se manifestaram contra o romance, por suposta “falta de precisão histórica”.

A intenção, ele explica, foi retomar bastidores da história do Brasil e revelá-los a leitores internacionais. “Fiz mise-en-scène, dramatizei a história épica da família real portuguesa para que seja lida como um romance. A história do Brasil não pertence a ninguém, pertence ao mundo. E este livro contribui ao fazê-la ser conhecida no mundo inteiro”, argumenta.

Sentimental
Dono de registros sobre outros personagens históricos, como o ativista brasileiro Chico Mendes (Caminhos da liberdade) e a política indiana Sonia Gandhi (O sari vermelho), Moro retornou na última sexta-feira à Espanha, depois de divulgar o livro em Brasília e mais cinco cidades brasileiras. Acredita que deixou para os leitores — brasileiros e estrangeiros — um perfil sentimental e particular de um homem que carregava no peito insígnias, condecorações e um coração atravessado de paixões. Esposas à parte (Leopoldina e Amélia), teve casos com a aristocrata Domitila de Castro (a Marquesa de Santos), a dançarina francesa Noemie Thierry e, obviamente, outras mais.

O affair com a artista, considera Moro, deveria ter mais espaço nas narrativas sobre Dom Pedro. “Pela primeira vez, enfrenta um conflito que permeará toda sua vida, entre ser um homem normal e um herdeiro do império. No final, cede ao pedido do pai (que estava arranjando o casamento com Leopoldina) e sacrifica seu amor por Noemie. Mas quando fica sabendo que o filho de Noemie morreu ao nascer, Pedro chama o capitão geral de Pernambuco e pede que lhe mande o caixão com o corpo do pequeno. E Pedro guarda o caixão em seu escritório durante 20 anos”, descreve o autor.


Duas perguntas - Javier Moro

Houve dificuldade na recriação de diálogos e cenas?
Você não pode se permitir o luxo de inventar um personagem que não tenha existido ou de criar cenas completamente imaginadas, sem base real. É preciso moldar a história, torná-la interessante do ponto de vista literário com o material que existe. Não se trata de inventar, trata-se de interpretar. Quanto aos diálogos e cenas, se os personagens estão bem desenhados, se o perfil psicológico está correto, se é fiel à personalidade deles, os diálogos saem quase sozinhos.

Como funcionou o seu procedimento de pesquisa e coleta de material para a composição do livro?
Não foi demasiado difícil porque contei com a colaboração de amigos como Pedro Correa, que me abriu algumas portas, e porque existe muito material já escrito. Estive em Lisboa, Queluz (onde D. Pedro nasceu), São Paulo e Rio. Passei dias na Biblioteca Nacional e no Instituto Histórico e Geográfico, no Rio. Minha prioridade não era buscar fontes primárias, refazer o trabalho que historiadores como Octávio Tarquínio de Sousa, Oliveira Lima ou Tobias Monteiro já fizeram. Minha meta era contar essa história para o mundo, não para os brasileiros. E o fato de ser estrangeiro, creio eu, me deu essa perspectiva necessária para escrever uma história que interessa ao mundo inteiro. Minha meta era contar essa história como um romance, sem ser inteiramente um romance.
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Cultura: propriedade comum ou mercadoria CARTA MAIOR 02.04
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No momento em que se avança no processo de privatização na que já foi um marco na TV pública brasileira – a TV Cultura de São Paulo – e ainda persiste um mandato no Minc que promoveu graves retrocessos na política de propriedade comum e convive de forma promíscua com o Ecad, vale a pena recordar que um dos mais importantes debates contemporâneos se deu justamente sobre a natureza da cultura: propriedade comum ou mercadoria.

Foi uma longa e tensa discussão no âmbito da Unesco, em que os Estados Unidos defendiam a inespecificidade da cultura, como uma mercadoria a mais, que deveria ser submetida às normas do livre comércio e estar no âmbito da Organização Mundial do Comércio. Não poderia haver visão mais mercantilizada da cultura, que aceleraria ainda mais o achatamento da diversidade cultural em beneficio dos modelos de consumo das potências centrais do capitalismo.

A posição - que finalmente triunfou - considera a especificidade da cultura como forma de definir as distintas identidades dos países, dos povos, das nações, que requer tratamento e proteção especifica. Por detrás do debate estava a contraposição entre a cultura como mercadoria e a cultura como patrimônio da humanidade, como propriedade comum. É a forma particular de refletir os grandes debates e dilemas contemporâneos entre esfera mercantil e esfera pública, entre neoliberalismo e pós-neoliberalismo, no plano da cultura.

Até o governo Lula predominou essa visão mercantil da cultura, de que um dos reflexos mais claros foi a Lei Rouanet de incentivo à cultura, em que o governo renuncia a seu papel de fomento da cultura e permite que empresas privadas deixem de pagar impostos para financiar atividades de propaganda das empresas, sem nenhum critério artístico. Ao invés de pagar seus impostos, as empresas privadas promovem sua imagem, em lugar do governo definir os critérios públicos de repartição de recursos.

O mandato do Gil e do Juca havia proposto reformulação da Lei de incentivo à cultura, que não avançou neste mandato, foi revista com os critérios que presidem esse mandato, de menor intervenção do poder público e de favorecimento dos mesmos mecanismos que presidem a lei ainda vigente.

A promiscuidade com o Ecad e a retirada do selo da propriedade comum vão na mesma direção, de ruptura com todos os avanços do mandato anterior, que fortaleceram o Minc no governo Lula e que projetaram uma imagem de governo dos mais avançados no mundo em termos de políticas culturais. A presença de um ministério fraco e sem apoio tem feito com que ressurjam teses de que os temas de propriedade e a própria Ancine deveriam estar subordinadas ao Ministério de Indústria e Comércio, formalizando os retrocessos sobre o caráter público da cultura.

É a mesma lógica de privatização da cultura que tem feito com que os tucanos destruam a melhor TV que o Brasil chegou a fazer, no auge da TV Cultura. Nas programações informativas, de debate politico, nas programações infantis, culturais – ela vai chegado a disputar audiência com a TV Globo em São Paulo. Os tucanos retiraram recursos e jogaram a TV Cultura na lógica de buscar recursos privados e, assim, ter que se submeter aos critérios das agências de publicidade e das empresas privadas, tirando paulatinamente o caráter diferenciado, público, da TV Cultura, até se chegar à desagregação de uma TV totalmente subordinada aos desígnios – e conflitos – internos do PSDB.

A luta pela eleição de um candidato alternativo em São Paulo, assim como por uma substituição no Minc que permita o resgate das políticas culturais de caráter público, é a mesma luta pela democratização da cultura e dos meios de comunicação no Brasil hoje.
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ONGs   já planejam protestos na Rio+20.   O Estado de S. Paulo - 04/04/2012
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Ainda não se sabe o número de chefes de Estado que participarão da Rio+20, mas para as ONGs uma coisa é certa: a orla carioca será tomada por uma grande marcha de protesto no dia 20 de junho, quando devem começar as reuniões intergovernamentais da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

"Vamos convidar representantes de movimentos como o Occupy, de Nova York, dos Indignados, da Espanha, da Primavera Árabe e vários outros", diz Fátima Mello, da ONG Fase, que participa da organização da Cúpula dos Povos, evento paralelo ao encontro das Nações Unidas.

Na agenda dos ambientalistas envolvidos nos preparativos está previsto um "Toxic Tour". A ideia é levar visitantes da cúpula, que começa no dia 15 de junho, para conhecer de perto problemas ambientas causados por grandes projetos no Rio. "São lugares onde ninguém vai", diz Carlos Henrique Painel, do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais. "Vamos ter atividades dos afetados internacionalmente pela Vale. O Comperj (Complexo Petroquímico do Rio, da Petrobrás) e a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico, parceria da Vale com a alemã ThyssenKrupp) não vão escapar."

Pedro Ivo, coordenador da Rede de Integração dos Povos (Rebrip), acrescenta que a eventual aprovação do Código Florestal até a Rio+20 transformaria o Brasil em "anfitrião vilão" da conferência. Para ele, a área ambiental foi enfraquecida no primeiro ano do governo Dilma Rousseff. "Estamos na contramão das bases criadas no governo Lula. Falta ousadia e compromisso com a questão."

Voz. Uma das convidadas será justamente a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, derrotada na última eleição. "Vamos trazer pessoas que têm voz, mas que não são escutadas", diz Moema Miranda, do Ibase e do Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo (Grap) do Fórum Social Mundial.

Para ela, a possível retirada de uma série de direitos da pauta da Rio+20 preocupa, daí a necessidade de se propor alternativas. "Não temos de escolher entre justiça ambiental e social. A cúpula tem uma lado de denúncia e crítica, mas também o de apresentar alternativas de forma mais visível."

Membro da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e representante da Via Campesina na cúpula, Marcelo Durão diz que está tudo certo para a chegada de 2,5 mil pessoas ao Aterro do Flamengo, onde será realizado o evento, das quais 500 virão do exterior. "Vamos protestar contra o que está sendo debatido na Rio+20 porque as propostas se organizam dentro do mercado, o que a gente considera uma falsa solução. Trata-se de uma grande reunião de chefes de Estado com corporações. O povo vai cobrar na rua." Ficarão acampados na cidade cerca de 1,2 mil índios que virão da Amazônia e dos Andes, entre outros grupos.

Segundo os organizadores, toda a alimentação para as 10 mil pessoas esperadas durante a cúpula será fornecida pela produção da agricultura familiar, camponesa e agroecológica. "Além do debate, queremos dar visibilidade para experiências e práticas do que queremos para o mundo", diz Fátima Mello.

A Cúpula dos Povos tem um Grupo de Articulação formado por mais de 50 entidades nacionais e internacionais. Um dos lemas do evento, que vai de 15 a 23 de junho, é: "Por justiça social e ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns."

As negociações para o financiamento da cúpula ainda não foram concluídas. As inscrições para oficinas e atividades foram abertas esta semana.
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A indústria na Rio+20    O Globo - 04/04/2012
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Conferências internacionais, como a Rio+20, costumam ser palco para manifestações de todo tipo - inclusive as mais extremas. Muitas delas, por seu caráter irreverente, acabam ganhando holofotes. Entretanto, essa é uma oportunidade ímpar para uma discussão madura baseada em evidências e com foco no futuro.

É nesse contexto que a indústria brasileira está pronta a dar sua contribuição, participando do debate de forma transparente a partir de conceitos que vêm sendo amadurecidos, ainda que de modo heterogêneo, no âmbito dos seus setores produtivos ao longo dos últimos anos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pautou sua participação na conferência a partir de uma mobilização inédita de 16 associações industriais, que reúnem alguns dos segmentos mais representativos da economia brasileira.

Cada um deles produziu um documento sobre a sustentabilidade do seu setor sob a perspectiva de gargalos, conquistas e desafios. Com base nisso, chegaremos à Rio+20 com um documento unificado. Embora o processo esteja em andamento, é possível antecipar alguns cenários: os avanços não são homogêneos já que os setores avançaram de forma bastante diversa entre si.

Outro aspecto relevante é o reconhecimento de todos os setores da Indústria brasileira sobre a relevância da sustentabilidade como fator preponderante para o sucesso do negócio.

Não se trata de lidar com a sustentabilidade como discurso, mas de tê-la no desenvolvimento de qualquer plano de negócios como base de sobrevivência para a competitividade no mercado nacional e internacional.

Entretanto, para que a sustentabilidade seja vista como um fator que impulsiona negócios, e não apenas como custo, é preciso que o Brasil avance em alguns aspectos. Um dos principais é a regulação.

Muitos setores ainda se ressentem de insegurança jurídica na questão ambiental, o que é um empecilho aos investimentos e mesmo à criação de cadeias produtivas articuladas, que são uma saída para setores que, em razão da própria natureza do seu negócio, são menos sustentáveis do que outros.

A partir dessa articulação entre cadeias é possível reduzir impactos negativos e tornar esses segmentos - vitais para a economia - mais competitivos.

Negócios sustentáveis são, portanto, melhores negócios. Por sua natureza de inovação, dão início a ciclos virtuosos:

criam oportunidades,

estimulam parcerias público-privadas (PPPs) de apoio à pesquisa,

geram os chamados empregos verdes (técnicos em reflorestamento, especialistas em equipamentos de energia limpa, só para citar alguns exemplos).

Empregos esses que, por sua vez, alavancam demandas por mais e melhor formação profissional, abrindo mercado de trabalho principalmente para os jovens.

Portanto, a Rio+20 deve ser um espaço de discussão para aprimorar propostas factíveis de como tornar a sustentabilidade um novo paradigma de desenvolvimento.

Deve ser um espaço para que nos comprometamos com meios que estimulem essas propostas, para que governos assegurem ambientes férteis e livres para os negócios sustentáveis, para que a sociedade civil ajude a formular mecanismos claros de acompanhamento e aprimoramento desses negócios.

Assim, todos poderemos fazer escolhas melhores e mais sustentáveis para nós, nossos filhos e nosso planeta.

MONICA MESSENBERG é diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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Dicas de português.  Por Dad Squarisi.   CORREIO BSB 04.04
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Cachoeira sem charme
Escândalos odeiam monotonia. Por isso, variam de personagens e estados. O mais recente chama-se Operação Monte Carlo. O nome tem tudo a ver. Monte Carlo é o cassino de Mônaco. Com murais, estátuas, obras de arte e um magnífico átrio feito de ouro e mármore, o edifício impressiona. Não sem razão. Construído em 1863, visava dar prestígio aos jogos de azar.

Até então, roletas, carteados & cia. estavam relacionados ao submundo e à subcultura. Depois, ganharam glamour. Milionários deitam e rolam nas fichas generosas. O goiano Cachoeira não tem o charme monegasco. Mas explora a jogatina. Proibido no Brasil, o negócio precisa de protetores poderosos. Dinheiro pra comprar consciências não falta. Nem parlamentares prontos a vendê-las.

É o caso de Demóstenes Torres & gangue. Eles vêm de Goiás. O estado ganhou manchetes. Ops! Desavisados dão indesejável companhia à terra goiana. É um tal de “o Goiás” pra cá, “do Goiás” pra lá, “no Goiás” pracolá. Ignoram que o artigo não tem vez com o vizinho de Minas e do Distrito Federal. Goiás é Goiás. Sou de Goiás. Demóstenes nasceu em Goiás. Pirenópolis fica em Goiás.

Você sabia?
Goiás joga no time de São Paulo. Estado e capital têm gentílicos diferentes. Quem nasce no estado bandeirante é paulista. Na capital, paulistano. Quem vem ao mundo no estado de Bernardo Élis, Alaor Barbosa e Siron Franco é goiano. Na capital, goianiense.

Lá e cá
Como você separa as sílabas de Goiás? Volta e meia, a pergunta aparece em questões de concurso e vestibular. A resposta: Goi-ás. Muitos, esquecidos do ditongo oi, desunem a duplinha. Bobeiam. Perdem pontos e oportunidades.

Meio, esperneio, torneio, plateia, ideia, assembleia sofrem maus-tratos semelhantes. Olho vivo! Ditongo mantém-se juntinho como unha e carne. Assim: mei-o, es-per-nei-o, tor-nei-o, pla-tei-a, i-dei-a, as-sem-blei-a.

À espera do orelhudo
Oba! A Páscoa está chegando. É domingo. Enquanto o coelho não vem, que tal uma aposta? Escolha a frase nota 10:

a. Estamos a três dias da festa.
b. Estamos há três dias da festa.

E daí?
Escolheu a letra a? Acertou. Na contagem de tempo, o a indica futuro. O há, passado: A seis meses das eleições municipais, os candidatos estão definidos. Paulo chega daqui a pouco. Estudei a origem da Páscoa há pouco. Há dois anos, assisti à Paixão de Cristo em Nova Jerusalém.

Tem pedigree
Na sexta, comemoramos a Paixão de Cristo. Os cristãos fazem jejum. Muitos nem sequer varrem a casa. Acreditam que, se o fizerem, cada pó retirado do chão ou dos móveis vira uma formiga. Já imaginou? A casa se transformaria em formigueiro povoado de famintos. Valha-nos, Deus! Melhor prevenir. Vale a lembrança: Paixão de Cristo é nome próprio. Escreve-se com as iniciais grandonas.

Leitor pergunta?
Li no jornal de sexta-feira: “reajuste nos alugueis”. Assim mesmo, sem acento. A palavra me deu nó nos miolos. Está correta a grafia?
Elton de Lima, Luziânia

Não. O plural de aluguel é aluguéis. Por que a confusão? A reforma ortográfica cassou o acento do ditongo aberto éi das paroxítonas (ideia, assembleia, plateia). As oxítonas mantêm o grampinho. Muitos se esquecem do alcance da mudança. Generalizam. A conta bate à porta dos leitores. É pena.

Alugueis existe? Existe. É forma do verbo alugar — 2ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: que eu alugue, tu alugues, ele alugue, nós aluguemos, vós alugueis, eles aluguem.

Recado
“Os otimistas escrevem mal.”
Paul Valéry

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MÍDIA
Ato em SP protesta contra 'privatização' da TV Cultura FOLHA SP  04.04
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DE SÃO PAULO - Cerca de 70 pessoas participaram na noite de ontem de um ato para protestar contra o que chamaram de privatização da TV Cultura.

O evento, que reuniu funcionários, ex-funcionários, sindicalistas, políticos e blogueiros, foi na sede do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo.

A principal crítica foi para a parceira da TV Cultura com a Folha para a exibição do "TV Folha" aos domingos.

No ato, o professor de comunicação da USP Laurindo Lalo Leal Filho disse que parcerias como essa fazem com que a gestão da TV Cultura não seja criticada pela imprensa.

O protesto também criticou o chamado desmonte da emissora e demissões recentes.
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