domingo, 15 de abril de 2012
Cultura/GOIÂNIA.
Secult
prorroga inscrições da 2ª etapa da Lei de Incentivo à Cultura. O POPULAR/GO
14.04
-
A
Secretaria Municipal de Cultura informa que foram prorrogadas as inscrições da
2ª etapa do edital (publicado no Diário Oficial do Município de n.º 5.217, de
27 de outubro de 2011), do Concurso da Lei de Incentivo à Cultura. As
inscrições serão realizadas de 11 a 31 de maio de 2012, na sede da Secult.
O
concurso da Lei de Incentivo à Cultura consiste no incentivo fiscal do
município a pessoas físicas e jurídicas de direito privado na realização de
projeto que fomentem a produção cultural e artística goianiense.
>>
DESECONOMIA VERDE. José Roberto, jornalista, poeta
-
Sha Zukang, secretário-geral da
Rio+20, disse recentemente, no Rio, que “já falamos muito. Nosso trabalho não é
falar, é agir”. Ou seja, a síndrome da
cascata que já nos valeu um pontapé da Fifa.
Mas como agir? O imbróglio da CPI
dos Cascateiros paralisa o governo em geral e o DF em especial sitiado pelo
crime e pelas trapalhadas do lulopetismo. O STF, provocado pela opinião
pública, ameaça sair da letargia e desarquivar o processo do Mensalão. O Código
Florestal está empacado. A campanha para fincar a estrela petista nos espigões
da avenida Paulista derrapa. A visita de Dilma à Casa Branca foi um “sucesso”:
só conseguimos o reconhecimento da cachaça como marca de origem e, mais uma
vez, babar a favor da ditadura cubana. Enfim, tudo cascata.
Quando os índices de desmatamento
da Amazônia explodiram, no governo FHC, resultado colateral da estabilidade,
criou-se sofisticado sistema de monitoramento com tecnologia espacial do Inpe.
O desmatamento continua firme e forte, mas o índice é de primeiro mundo. E tome
mais cascata.
Por volta de 90/91, o então
secretário de C&T da Presidência, professor José Goldemberg,
confidenciou-me que estava sendo discutida uma saída contra o desmatamento e o
aquecimento global: securitizar a poluição. Está funcionando para as ONGs. O
mercado de crédito carbono é terra de ninguém e o letárgico governo da União
não cria legislação para disciplinar os milhões de dólares que estão rolando
pelas costas da Funai em cima das reservas indígenas (Redução de Emissões por
Desmatamento e Degradação). Bem organizado, sem picaretagem, seria benéfico à
preservação da biodiversidade.
Na Rio+20 há proposta para se criar
uma agência ambiental no âmbito da ONU. Puro papo furado porque o foco dos
desenvolvidos é a crise financeira. O Greenpeace lançou a campanha Desmatamento
Zero, idéia de FHC: tão utópico quanto liberar as drogas. Quando a crise do
petróleo foi blindada em petrodólares nos anos 80, os EUA cortaram quase todas
as verbas para pesquisas de energias alternativas. Ou seja, ainda é o rabo
encharcado de gasolina que balança o cachorro globalizado.
>>>
Economia. Goiânia recebe 22ª Centro-Oeste Tur - Salão de
Negócios Turísticos. O POPULAR 14.04
-
O
Turismo Brasileiro emprega 1 entre 10 pessoas no país, tendo uma das maiores
receitas do Brasil. Segundo especialistas da área, Goiás tem tudo do turismo do
século XXI, porém os administradores não
estão dando a força e importância necessária.
Acontece
na próxima semana em Goiânia a 22ª edição da Centro-Oeste Tur - Salão de
Negócios Turísticos, no Oliveira's Place. De acordo com a promotora do evento
Maria Silvia, Goiás vai ter apenas a participação tímida da cidade de
Pirinópolis. De acordo com ela, no Estado, o turismo é limitado. Ela diz que é
lamentável um evento que é reconhecido nacionalmente não tenha uma participação
política e de estrutura maior do Estado.
Este
ano, o evento vai trazer como novidade a presença massiva de expositores
internacionais. Segundo Maria Sílvia, o evento já é consolidado no país e vai
ter a participação de mais de 300 expositores do Brasil e América do Sul para
mostrar produtos da nova temporada.
De
acordo com a promotora, interessados em viagens terão grandes novidades nas
bancas de revistas já na próxima sexta-feira (20).
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Música. Cursos de curta duração na Escola de Música de
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-
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Dilma aceita acordo que anistia desmate de pequeno
produtor. Proposta deve eliminar impasse entre governo e
ruralistas que impede a votação do novo Código Florestal na Câmara. FOLHA SP 14.04
-
Na
prática, o acordo consolida desmates em APPs em ao menos 92% das propriedades
rurais brasileiras
-
A
presidente Dilma Rousseff deu o sinal verde para um acordo sobre a reforma do
Código Florestal que flexibiliza ainda mais a recomposição de áreas desmatadas
ilegalmente, anistiando pequenos e médios produtores rurais.
Segundo
a Folha apurou, Dilma só aceita mudanças para beneficiar os pequenos
agricultores, mas não quer alterações nas regras para os grandes produtores.
O
acordo prevê que a Câmara elimine do texto em tramitação o artigo que
estabelece as faixas mínimas de recomposição das APPs (áreas de preservação
permanente) em margem de rio.
Simultaneamente,
o Executivo editaria uma medida provisória ou enviaria ao Congresso um texto de
lei dispensando pequenas e médias propriedades -com área equivalente a até 15
módulos fiscais, cujo tamanho é variável - de repor floresta.
Para
as grandes propriedades continuariam valendo os percentuais de reposição
previstos no texto da lei aprovado pelo Senado: faixas de 15 m a 100 m de
floresta em cada margem, dependendo da largura do rio.
Na
prática, o acordo consolida desmatamentos em APPs em ao menos 92% das
propriedades rurais. Em extensão territorial, elas representam 30% das terras
agricultáveis do país, segundo o Ministério da Agricultura.
A
eventual recomposição nas pequenas e médias propriedades, ainda a ser definida,
será feita pelos chamados PRAs (Planos de Regularização Ambiental), a serem
aplicados pelos Estados onde e quando for necessário.
Retoma-se
assim o espírito da polêmica emenda 164, aprovada pela Câmara no ano passado.
Ela visava anistiar ("consolidar") todo e qualquer desmate em APP
feito até 2008, com posterior definição pelo PRA de se e quanto caberia
recompor.
IMPASSE
O
acordo proposto deve eliminar o impasse criado na Câmara entre a bancada
ruralista, que queria a emenda 164 de volta na íntegra, e o Ministério do Meio
Ambiente, que não abre mão de manter no segundo turno de votação na Câmara o
texto do Código Florestal do Senado, no qual a polêmica emenda foi trocada por
um artigo na lei que estabelece percentuais mínimos de recuperação.
Dilma
decidiu negociar para bancar o acordo feito pelo presidente da Câmara, Marco
Maia (PT-RS), que acertou com a bancada ruralista que colocaria o código em
votação em abril caso fosse aprovada a Lei Geral da Copa. Ela foi convencida de
que era preciso atender o pleito dos pequenos agricultores.
A
votação do Código Florestal na Câmara está agendada para o dia 24. O presidente
da Casa, Marco Maia, espera que o acordo com o governo esteja totalmente
fechado na próxima semana.
O
relator da matéria, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), não conseguiu em seu
parecer uma formulação que resolvesse a questão das áreas consolidadas em APP
-daí a edição de uma MP.
A
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considera as APPs a "joia da
coroa" dos ecossistemas e negociou no Senado para que nenhum proprietário
rural fosse dispensado de recuperá-las, mesmo que os pequenos tivessem regras
flexíveis.
A
Folha apurou que a presidente já avisou Izabella de que terá de ceder. A
ministra não comentou a negociação.
>>>
Em livro, Videla admite mortes durante ditadura na
Argentina. Confissões estão na obra "Disposición
Final", de Ceferino Reato. FOLHA SP 14.04
-
O
ex-ditador Jorge Videla admitiu pela primeira vez que foram mortas "7.000
ou 8.000" pessoas durante o último regime militar da Argentina
(1976-1983). O ex-mandatário afirmou que era o "preço a ser pago para
ganhar a guerra contra a subversão".
Videla,
86, fez a confissão no livro "Disposición Final" (disposição final,
em português), do jornalista argentino Ceferino Reato, que disse ter ficado
"chocado" pela maneira como o ex-ditador relatou os horrores
cometidos durante a "guerra suja".
"Me
surpreendeu como Videla me dizia as coisas. Sempre o vi muito articulado, muito
preciso em suas lembranças, usando uma linguagem descarnada e sem metáforas.
Parecia um analista de fatos cometidos por outra pessoa", destacou, em
entrevista à agência de notícias Efe.
No
livro, o ex-ditador cifrou a quantidade de mortes durante os "anos de
chumbo" e assegurou que o regime militar fez os restos mortais das vítimas
sumirem "para não provocar protestos".
MÉTODO
As
confissões foram o resultado de nove longas entrevistas feitas entre outubro de
2011 e março de 2012 com Videla na penitenciária federal de Campo de Maio, nos
arredores de Buenos Aires.
No
livro, Jorge Videla faz uma descrição pormenorizada dos métodos usados pela
ditadura para sequestrar e assassinar opositores, justifica o uso da tortura e
destaca a influência da chamada "doutrina francesa" na luta contra as
guerrilhas.
O
ex-ditador explica que o país foi dividido em "cinco regiões" antes
do golpe de Estado de 24 de março de 1976 e que o chefe de cada um desses
territórios tinha ordenado meses antes a confecção de listas de pessoas que
deveriam ser detidas após a derrocada da então presidente constitucional,
Isabel Perón.
>>
LITERATURA. Justiça mantém proibição de livro sobre 'Lampião
gay' FOLHA SP 14.04
-
DE
SÃO PAULO - O juiz Aldo de Albuquerque Mello, da 7ª Vara Cível de Aracaju
(Sergipe), manteve a decisão de proibir o lançamento do livro "Lampião - O
Mata Sete".
Uma
liminar expedida no fim de novembro já havia suspendido a divulgação da obra. O
livro, escrito pelo advogado Pedro de Morais, afirma que o rei do cangaço era
gay.
A
ação foi movida por Expedita Ferreira Nunes, 79, filha de Lampião e Maria
Bonita. Em seu despacho, o juiz alegou que a decisão foi tomada para
"garantir a inviolabilidade da intimidade das pessoas".
>>>
Coleção se debruça sobre imagens do sertão
brasileiro. Volume reúne fotografias que destacam traços da
cultura popular e nuances de um Brasil ainda desconhecido. Iconografia de retirantes e carcaças de gado remete
a clássicos da literatura nacional, como "O Quinze". FOLHA SP 14.04
-
Longe
de formarem a imagem definitiva do sertão, as fotografias de seca, casas de
taipa, carcaças de gado e famílias de retirantes compõem o imaginário popular e
remetem a clássicos literários.
Um
deles, "O Quinze", de Rachel de Queiroz, trata da seca de 1915,
quando o sol "lá no céu, sozinho, rutilante, espalhava sobre a terra
cinzenta e seca uma luz que era quase como fogo".
O
14º volume da Coleção Folha Fotos Antigas do Brasil abarca o universo
contraditório do sertão. Euclides da Cunha, autor de "Os Sertões",
registrou tal característica. Se as paisagens são "barbaramente
estéreis", escreveu, são também "maravilhosamente exuberantes".
Capturando
flagrantes do cotidiano e manifestações culturais do país, a coleção de 20
volumes traz um conjunto de cerca de 900 imagens, oriundas dos principais
acervos do país, como o do Instituto Moreira Salles, o do Arquivo Público do
Estado de São Paulo e o da Fundação Pierre Verger.
>>>>>
CARLOS HEITOR CONY.
Um
julgamento histórico. FOLHA SP 15.04
-
RIO
DE JANEIRO - Voltou ao debate nacional o problema que coloca na berlinda um
tema que envolve religião e Estado. Não mais se trata do aborto em si, que
frequentou a última campanha eleitoral. Desta vez, foi o caso dos anencéfalos
(crianças que nascem sem cérebro), que não deixa de ser uma forma de aborto que
pode ser diagnosticada pelo atual estágio da investigação médica.
Como
sempre, apesar de reconhecerem que o Estado é leigo, os religiosos em geral são
contrários a qualquer tipo de interrupção da gravidez -método considerado
agressivo da condição humana, equivalente à esterilização obrigatória adotada
por regimes fascistas, em especial pelos nazistas até o final da Segunda Guerra
Mundial.
Aliás,
foi um dos crimes que entrou na pauta do julgamento de Nuremberg, que condenou
as principais autoridades do Terceiro Reich, em especial o marechal Hermann
Goering, o segundo homem na hierarquia hitlerista. Contudo o seu advogado de
defesa, Otto Stahmer, pediu que o presidente do tribunal lesse em voz alta um
artigo da Constituição do Estado da Virgínia (EUA), bem anterior à lei da esterilização
obrigatória de portadores de deficiência física ou mental, adotada pelos
nazistas.
Com
diferença de algumas palavras, era a mesma coisa. Isso não livraria os acusados
da forca ou da prisão, mas foi água fria na acusação relativa àquele crime específico.
Sobravam
muitas outras aberrações para condenar Goering e seus colegas no banco dos réus
(ver biografia do marechal do Reich, de Roger Manvell e Heinrich Fraenkel, ou o
filme "Julgamento em Nuremberg", 1961, de Stanley Kramer, com Spencer
Tracy no papel do juiz).
Estou
citando esse caso histórico -e, de certa forma, recente- para lembrar que o
aborto pode e tem variantes que, no todo ou em parte, o justificam.
>>.
Coleção reúne autores ibero-americanos. Conjunto
traz romances e antologias poéticas e de contos que consagraram a literatura
latina em todo o mundo. A partir de clássicos de dez países, seleção
passeia por estilos; estreia é com Borges
e Federico
García Lorca FOLHA SP 15.04
-
"As
palavras são símbolos que postulam uma memória compartilhada", escreveu
Jorge Luis Borges (1899-1986) em "O Livro de Areia", livro de contos
fantásticos e primeiro volume da coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que
chega às bancas hoje.
Em
conjunto, é lançada a edição bilíngue de "Sonetos do Amor Obscuro e Divã
do Tamarit", do poeta espanhol Federico García Lorca (1898-1936), que traz
a lírica e o turbilhão de sentimentos do autor em sua língua materna e
traduzidos para o português.
Fazem
parte da seleção obras representativas de Brasil, Portugal, Argentina, Chile,
Colômbia, Cuba, Espanha, México, Peru e Uruguai.
No
próximo domingo (22), as educações sentimental e intelectual do peruano Mario
Vargas Llosa se entrelaçam em "Tia Júlia e o Escrevinhador", romance
autobiográfico de 1977, considerado uma das narrativas mais bem construídas das
letras hispano-americanas.
Guiado
pela Lima dos anos 1950, o leitor acompanha a história de um jovem que sonha em
se tornar escritor e se apaixona por Júlia, cunhada de seu tio e com o dobro de
sua idade.
Em
paralelo à aventura amorosa, o protagonista revê sua relação com as palavras ao
conhecer um autor de radionovelas, famoso por suas histórias mirabolantes.
Os
25 livros desta seleção reúnem alguns dos maiores representantes da literatura
em língua portuguesa e espanhola, que contribuíram para a consagração da
escrita do território ibero-americano.
Por
meio de tramas e personagens que nada parecem ter em comum além de sua
perspectiva cultural, as obras captam algumas das utopias e quimeras que
habitam a Ibero-América.
1-
15 DE ABRIL
JORGE
LUIS BORGES - O Livro de Areia
A
matemática e a velhice, o realismo e a fábula, o abstrato e o relato vivencial,
tudo vai no leito deste "livro de areia", como um rio do qual nunca
se sai do mesmo jeito
2-
15 DE ABRIL
FEDERICO
GARCÍA LORCA - Sonetos do Amor Obscuro e Divã do Tamarit
Há
poemas-filme, poemas-jogo, poemas-etc. García Lorca escreve poemas-poema. Seu
lirismo não pede desculpas por ser o que é
3-
22 DE ABRIL
MARIO
VARGAS LLOSA - Tia Júlia e o Escrevinhador
A
educação sentimental e o aprendizado da escrita de Vargas Llosa estão neste
romance autobiográfico, um dos mais cômicos de sua obra
4-
29 DE ABRIL
ANTÓNIO
LOBO ANTUNES - Memória de Elefante
O
livro, de 1979, contém as sementes estilísticas e temáticas que, na verdade, só
viriam a florescer plenamente uma década mais tarde
5-
6 DE MAIO
ERNESTO
SABATO - O Túnel
O
romance é um drama existencialista embutido numa narrativa policial. Começa com
a confissão de um assassinato. O "túnel" é uma metáfora do isolamento
do protagonista
6-
13 DE MAIO
ENRIQUE
VILA-MATAS - Suicídios Exemplares
Vila-Matas
é um apologista da vida malograda: adoecidos, sujeitos em via de desaparecer,
seus personagens fracassam até mesmo no ato de fracassar
7-
20 DE MAIO
JOSÉ
SARAMAGO - Ensaio sobre a Lucidez
Disposto
a apontar a irracionalidade e a crueldade dos homens, Saramago apresenta neste
livro um dos capítulos de sua literatura distópica
8-
27 DE MAIO
MARIO
BENEDETTI - A Trégua
A
narração em primeira pessoa introduz o leitor em uma experiência definida por
misérias morais e anseios de liberdade e felicidade abortados por infortúnios
9-
3 DE JUNHO
PABLO
NERUDA - Navegações e Regressos
Neruda
reafirma o que considerava seus "deveres de poeta", como levar luz às
trevas e fundar outra vez a esperança
10-
10 DE JUNHO
ADOLFO
BIOY CASARES - Histórias Fantásticas
O
volume reúne 14 contos fantásticos escritos entre 1948 e 1969, que demonstram a
erudição de Bioy Casares
11-
17 DE JUNHO
RADUAN
NASSAR - Um Copo de Cólera
"A
razão jamais é fria e sem paixão", diz o narrador de "Um Copo de
Cólera", dotado da energia que faz um encontro amoroso
degenerar
em acesso de fúria
12-
24 DE JUNHO
RICARDO
PIGLIA - Respiração Artificial
O
jovem autor Emilio Renzi dialoga, por meio de cartas, com o tio, Marcelo Maggi,
um professor que estuda documentos que retomam a história argentina
13-
1º DE JULHO
JAVIER
CERCAS - Soldados de Salamina
A
partir do homônimo fictício e da história real do sobrevivente de um
fuzilamento, Cercas revê
a
memória da Espanha
14-
8 DE JULHO
ROBERTO
BOLAÑO - Estrela Distante
O
livro relaciona a persistência do nazismo à ideia de eterno retorno, ou seja,
da existência de uma compulsão ao "mal absoluto" (isto é, recorrente,
infernal)
15-
15 DE JULHO
MOACYR
SCLIAR - A Mulher que Escreveu a Bíblia
A
mulher que escreveu a Bíblia era a mais feia entre as mulheres do rei Salomão,
porém sabia escrever
16-
22 DE JULHO
ALAN
PAULS - História do Pranto
O
protagonista constata as imperfeições da roupa de Super-Homem que usava na
infância: da barra descosturada ao espirro de leite sobre o "s" mal
desenhado
17-
29 DE JULHO
MIGUEL
SOUSA TAVARES - No Teu Deserto
Um
homem e uma mulher se encontram por acaso e se perdem para sempre. O autor
desenha um mapa da desorientação
18-
5 DE AGOSTO
LYGIA
FAGUNDES TELLES - As Meninas
Enquanto
os generais exigiam silêncio, Lygia Fagundes Telles ousava apontar, por meio de
três jovens problemáticas, os vícios públicos e privados da sociedade
19-
12 DE AGOSTO
GUILLERMO
CABRERA INFANTE - A Ninfa Inconstante
Ambientado
na Cuba pré-revolucionária, o livro mistura criação com arqueologia
linguística.
Havana
é uma "ilha encantada"
20-
19 DE AGOSTO
SERGIO
PITOL - Vida Conjugal
Misto
de sátira social com conto moral, "Vida Conjugal" é a porta de
entrada à obra de Sergio Pitol, um dos escritores essenciais da língua
espanhola atual
21-
26 DE AGOSTO
MILTON
HATOUM - Cinzas do Norte
Terceiro
romance de Hatoum a ganhar o Prêmio Jabuti, o livro traça, com fortes tintas
políticas, um panorama do país, do golpe militar à abertura política
22-
2 DE SETEMBRO
LAURA
RESTREPO - Delírio
Nesta
ficção, a sucessão das vozes injeta uma impressão alucinada na mente do leitor,
que desde a primeira página é aspirado pelo turbilhão da insensatez
23-
9 DE SETEMBRO
INÊS
PEDROSA - Fazes-me Falta
O
livro faz a retrospectiva do relacionamento de um casal a partir da morte
inesperada da mulher. O romance traz as contradições dos afetos humanos
24-
16 DE SETEMBRO
HILDA
HILST - Exercícios
"Exercícios"
reúne escritos poéticos de Hilda Hilst, quando sua poesia ainda não havia se
deixado influenciar pela temática controversa de sua prosa
25-
23 DE SETEMBRO
JUAN
CARLOS ONETTI - 47 Contos de Juan Carlos Onetti
Neste
mundo individual e peculiar, parece que nada acontece. Por isso mesmo, o que
acontece não é pouco
>>>
Pelo fim da impunidade à violência contra as
mulheres. Ministra-chefe
da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
(SPM-PR). CORREIO BSB 15.05
-
A
violência contra as mulheres é histórica estratégia de dominação e de controle
das relações entre mulheres e homens. A cada dia está mais próxima de nossa
vida e exige respostas mais rápidas do poder público e da sociedade. É necessário
entender o que está por trás, por exemplo, dos quase 70 crimes de violência
sexual cometidos contra mulheres e meninas no Distrito Federal, nos primeiros
três meses deste ano. Nossa memória e solidariedade não deixam apagar a
indignação diante dos estupros de uma bebê de nove meses, ocorrido no Paranoá,
ou de uma estudante do ensino médio, no Plano Piloto, nem dos assassinatos de
uma estudante de direito, no ano passado, ou de uma atendente de restaurante,
na Asa Norte, há três anos.
Por
meio da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, temos detalhes dos traços
da violência de gênero em cada canto do Brasil, com base nos mais de 2 milhões
de atendimentos realizados desde 2006, quando foi sancionada a Lei Maria da
Penha. Essa lei é uma resposta do Estado brasileiro à violência doméstica,
reforçada pela ação do governo federal a partir da Política Nacional de
Enfrentamento à Violência contra a Mulher, para implementar políticas públicas
integradas.
A
Lei Maria da Penha é a legislação mais avançada no mundo para a prevenção da
violência contra a mulher e a punição do agressor. É vitória das mulheres e
hoje conhecida por mais de 90% da população brasileira. É duplamente vitoriosa,
desde fevereiro passado, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu pela sua
constitucionalidade e de que as denúncias dos casos de violência podem ser
feitas pela mulher ou por qualquer pessoa.
Ela
é tão importante para a vida das mulheres que precisa ser efetivamente
incorporada pelos serviços públicos. É com esse entendimento que a Secretaria
de Políticas para as Mulheres (SPM) coordena o Pacto Nacional pelo
Enfrentamento à Violência contra a Mulher, cooperação do governo federal com os
governos estaduais e com o Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria
Pública.
Na
semana passada, me reuni com mais de 40 gestoras estaduais que administram o
pacto para definir a agenda de renovação dos compromissos. O objetivo é que os
serviços especializados cubram pelo menos 10% dos municípios e que o número de
serviços existentes no país cresça 30%. Na prática, significa repactução com os
governos estaduais, o que já fizemos no Amazonas, no Espírito Santo, na Paraíba
e no Distrito Federal.
Entre
os desafios impostos pela Lei Maria da Penha, é necessário ampliar a quantidade
de delegacias da mulher, centros de referências, serviços de abrigamento,
unidades de saúde e melhorar as condições de atendimento das mulheres em um dos
momentos mais vulneráveis da vida. É urgente envolver mais a sociedade por meio
de campanhas de conscientização, como têm feito caminhoneiras e caminhoneiros
da caravana Siga Bem ao divulgar a Lei Maria da Penha e o Ligue 180, iniciativa
da Petrobras com a SPM e a Secretaria de Direitos Humanos. Além disso, o
Congresso Nacional deu passo importante ao instalar, há dois meses, a CPMI –
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito Violência contra a Mulher no Brasil. O
resultado esperado é a investigação e a apuração das denúncias de omissão por
parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos da legislação
para proteger as mulheres em situação de violência. Tem como base casos
emblemáticos de violência, com requintes de crueldade, a exemplo do estupro
coletivo de mulheres na Paraíba, no município de Queimadas, e os crimes contra
Eliza Samudio, em Minas Gerais; Mércia Nakashima, em São Paulo; Marina Sanches
Garnero, em São Paulo; e Maria Islaine de Moraes, em Minas Gerais. Apesar de
terem denunciado as violências, por omissão do poder público, elas terminaram
por ser assassinadas.
A
sociedade brasileira já não admite que se bata em mulher. As mulheres
denunciam, buscam os serviços públicos e querem fazer valer os direitos. É
inaceitável que a impunidade ainda seja a marca dos casos enquadrados na Lei
Maria da Penha ou que as medidas protetivas não salvem a vida. Quando a punição
de agressores se tornar realidade plena, poderemos avançar mais ainda:
identificar os primeiros sinais da violência e evitar que se instale como
tragédia na vida de mulheres e homens.
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