sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PLANETA PESADO

População obesa dobrou em 3 décadas

Fonte: folha.uol.com.br 04/02



Mundo já tem meio bilhão de pessoas gordas demais, mostra pesquisa que envolveu 199 países e territórios

EUA puxam a alta no mundo desenvolvido; no Brasil, níveis de massa corporal também estão aumentando


Com os Estados Unidos liderando a tendência, a obesidade no mundo dobrou entre 1980 e 2008, de acordo com uma pesquisa global publicada hoje no "Lancet".
Há 31 anos, 4,8% dos homens e 7,9% das mulheres tinham índice de massa corporal acima de 30, o que configura obesidade.
Três anos atrás, 9,8% dos homens e 13,8% das mulheres já tinham passado dessa marca. Assim, mais de um adulto, em cada grupo de dez, está obeso.
O estudo, conduzido por pesquisadores do Imperial College London e de Harvard, com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Fundação Bill e Melinda Gates, é dividido em três partes: obesidade, pressão arterial e colesterol.
Foram pesquisados dados de 199 países e territórios, desde 1980 até 2008.
O Brasil acompanhou a tendência de alta da proporção de gordos.
A China também é destaque, com aumento do índice de massa principalmente entre os homens.

MENOS SONO
Apesar de os hábitos alimentares terem muito a ver com isso, os processos de urbanização e automatização têm culpa maior, segundo o endocrinologista Bruno Geloneze, coordenador do laboratório de metabolismo e diabetes da Unicamp.
"O gasto energético foi muito reduzido. Não precisa ir muito longe. Sua bisavó, quando tomava suco, espremia a laranja. Hoje, é só abrir a geladeira."
Outra questão importante é a privação de sono. De acordo com Geloneze, de 50 anos para cá, o mundo está dormindo duas horas a menos por noite, o que tem ligação direta com o peso.
"Há uma desregulação do gasto energético, da produção de hormônios da saciedade e uma ativação da glândula suprarrenal, que faz adrenalina e cortisol. Tudo isso facilita o ganho de peso", diz o endocrinologista.
Os Estados Unidos, país que liderou a alta da obesidade, vem tentando atacar o problema com incentivos à alimentação saudável e à prática de exercícios.
De acordo com Geloneze, essas medidas são mal orientadas, porque dão peso muito grande para alimentação e esportes. "Não pode algo pró-esporte. As atividades físicas não programadas, como deslocamentos, pesam mais. O importante é que as cidades permitam que a pessoa ande de bicicleta, a pé."
O consumo de alimentos processados e a ocidentalização da dieta dos orientais contribuem para o fenômeno. O mundo está abandonando a comida in natura em favor da processada, com densidade de calorias muito maior.
A dificuldade de combater o ganho de peso é maior do que a enfrentada na redução de hipertensão e colesterol, que podem ser mais facilmente controlados com medicamentos. "A obesidade envolve consumo alimentar, muito ligado à emoção e estilo de vida. Não há pílula mágica para tratar isso."

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SETOR PÚBLICO

Tesouro suga R$ 4 bi das loterias

Fonte: correioweb.com.br 04/02

Parcela do arrecadado com as apostas deveria financiar programas sociais, como manda a lei, mas é retida para o pagamento de juros

As diversas manobras fiscais utilizadas nos últimos dois anos pelo governo para sustentar a gastança pública incluíram o dinheirinho que os brasileiros separam semanalmente para tentar a sorte nos concursos das loterias administradas pela Caixa Econômica Federal. Parte dos bilhões arrecadados todos os anos está sendo retida para engordar o superavit primário (economia feita para pagar parcela dos juros da dívida pública), em vez de ser revertida para projetos sociais e de custeio das áreas de educação, saúde, esporte e segurança, como estabelece a lei. Os valores do ano passado ainda não foram divulgados, mas estimativas de técnicos dão conta do repasse de mais de R$ 4 bilhões da Caixa à Secretaria do Tesouro Nacional que não chegam ao destino legal. Isso é quase a metade dos R$ 8,8 bilhões arrecadados em apostas.

Apesar da soma vultosa, a identificação do caminho traçado pelos recursos depois que entram no Tesouro é difícil. “Quando a quantia chega aos cofres, junta-se ao resto do bolo de receitas. A Caixa manda com algumas rubricas específicas. Mas, depois que vai para a União, não é possível enxergar onde foi parar o dinheiro. Ele não fica carimbado”, detalhou um assessor do governo. O documento publicado mensalmente pelo Tesouro com a contabilidade pública não mostra, entre as receitas do governo, os recolhimentos feitos especificamente pelas loterias. Procurado pelo Correio, o Tesouro não deu explicações.

Controle
Em 2009, último ano em que os dados foram consolidados pela Caixa, a destinação de recursos ao Tesouro cresceu 29%, chegando a R$ 3,5 bilhões. Do total, a maior parcela (R$ 1,2 bilhão) foi direcionada para a seguridade social, numa expansão de 42% em relação a 2008. Os únicos recursos sobre os quais a própria Caixa tem controle são os valores revertidos para os comitês olímpico e paraolímpico brasileiros, que recebem as somas diretamente da instituição por não serem órgãos do governo. No mesmo período, os repasses para as duas organizações foram de R$ 119 milhões (aumento de 28%) e de R$ 21 milhões (26%), respectivamente.

Além de atrapalhar a execução de programas sensíveis, como o Fundo de Investimento do Estudante Superior (Fies) e a construção, a reforma e a ampliação de presídios, financiadas pelo Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), a retenção dos recursos da loteria beneficia duplamente a contabilidade criativa do governo. Isso porque, de cada R$ 100 que são arrecadados, R$ 30 vão direto para os cofres federais a título de Imposto de Renda.

“Os burocratas do Tesouro são extremamente competentes e bem informados. Formam um grupo de gente preparada que conhece bem o funcionamento da máquina. Além disso, temos uma conjuntura de gastos recordes, que é danosa para a administração do dinheiro público. Se juntarmos esses dois pontos, fica fácil entender de onde vêm essas alternativas usadas para compor o superavit”, afirmou o analista de um banco de investimentos, especializado em contas públicas.

Críticas
A falta de transparência não é o único problema na distribuição dos recursos das loterias. O excesso de programas que devem receber parcelas do total arrecadado acaba diluindo os recursos a ponto de eles terem pouca representatividade no custeio desses projetos. “Cada hora, o governo inclui mais alguém para receber, e a pulverização acaba prejudicando todos os beneficiados”, apontou um técnico do governo.

Outra crítica recorrente é o tamanho da parcela destinada aos prêmios, pequena se comparada a outros países onde há jogos de azar regulamentados. No caso da Mega-Sena brasileira, apenas R$ 32,20 de cada R$ 100 vão parar no bolso dos acertadores. “Quantias maiores certamente levariam mais pessoas a apostar, gerando mais recursos”, considerou o técnico.


Bolada em disputa
Acumulada a cinco concursos consecutivos, a Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões no sorteio marcado para amanhã, às 20 horas (horário de Brasília). O valor estimado é suficiente para comprar 1.600 carros populares. De acordo com a Caixa Econômica Federal, se o dinheiro for aplicado na poupança, renderá cerca de R$ 240 mil mensais.


Sindicato em guerra

Luciano Pires

Alvo de disputas de poder que se arrastam há quase nove meses, o sindicato que representa os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) atravessa a pior crise interna desde sua fundação. A entidade mergulhou no caos a partir da polêmica eleição de diretoria que teve como vencedora a chapa de oposição. Descontente com a derrota, o grupo, que por 22 anos se reveza na cúpula, insiste em permanecer.

O processo sucessório na União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) teve início em abril do ano passado. Dos 3,7 mil filiados, pouco mais de 1,9 mil votaram pela internet ou por correspondência. Durante a apuração, os oposicionistas contestaram os votos enviados por carta e que não tinham gravados nos envelopes a data de postagem. O prazo limite era 15 de abril. Depois desse período, pelas regras do pleito, a comissão eleitoral gozava de total autonomia para desconsiderar um ou mais votos. Resultado: 153 cartas não foram computadas no resultado final.

A diferença entre a chapa 1 e a chapa 2 foi de apenas 25 votos. O clima pouco amistoso que vem sendo cultivado desde as eleições contaminou as estruturas dos órgãos. Mesmo os servidores que não são filiados à entidade, dizem que o episódio desgastou a imagem e arranhou a credibilidade do sindicato. Desde janeiro de 2010, 105 pessoas pediram desligamento e só nove se filiaram.

A Justiça do Trabalho determinou que os votos por correspondência sem a data de postagem ou posteriores a 15 de abril devem ser declarados nulos. Pela sentença, a comissão eleitoral terá de proclamar o resultado e dar posse aos eleitos.

Rudinei Marques, presidente eleito, espera assumir em duas semanas. Segundo ele, os contratempos mancharam a reputação da entidade, mas com trabalho e diálogo será possível restabelecer a ordem. “O sindicalismo carece de renovação. O problema é que as pessoas confundem e acabam se apropriando do cargo”, criticou. A chapa derrotada pretende recorrer da decisão da Justiça.

Em reunião ontem, os atuais diretores aprovaram a formulação de um recurso que paralisa a sucessão e reivindica a abertura dos envelopes contestados. Carlos Pio, presidente em exercício da Unacon, justificou que a medida tem como base pedidos de filiados que não tiveram seus votos contabilizados.

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Maria Gadú e Fernanda Takai abrem o Carnaval do Recife

Fonte: http://jc.uol.com.br/

A programação do Carnaval do Recife já está definida. Na abertura, com uma homenagem às mulheres já que o carnaval este ano acolhe o Dia Internacional da Mulher (8/3), um time de estrelas é dirigido por Lenine no espetáculo "Sob o mesmo céu - Mulheres do Brasil", encabeçado por um time estrelar de cantoras da MPB: Maria Gadú, Zélia Duncan, Marina Lima, Elba Ramalho, Roberta Sá, Céu, Fernanda Takai, Mariana Aydar, Karina Burh, Nena Queiroga e Isaar. Cada uma canta uma canção de seu repertório e duas músicas carnavalescas. A noite também referencia um dos homenageados do ciclo carnavalesco, o Maestro Duda, que recebe no palco os instrumentistas Hermeto Pascoal, Carlos Malta e Yamandú Costa.

A abertura conserva os moldes de uma década de Carnaval Multicultural, com o cortejo de 500 batuqueiros de nações de maracatu guiados por Naná Vasconcelos, mas traz como inovação a ampliação de ritmos contemplados com a inclusão de afoxés, caboclinhos e também da corte dos maracatus. Afora a sexta-feira de abertura e seus convidados ilustres, há pouca novidades entre as 340 atrações que passeiam pelos 17 polos de folia.

» Confira tabela com dias dos shows

De estreia no Carnaval do Recife, a programação traz Jorge Aragão, Marina Lima, Demônios da Garoa e a participações especiais de Leo Gandelman e João Donato, no palco com Josildo Sá, e de Preta Gil, na tarde da diversidade. De resto, é mais do mesmo, alguns novos shows de artistas recorrentes como Vanessa da Mata, Marcelo D2 (em homenagem a Bezerra da Silva) e muita gente que sempre passa por aqui entre nomes nacionais como Pitty, BNegão e Mart’nália e as pratas da casa em visitação Otto, Nação, Lenine, Antonio Carlos Nóbrega, Alceu Valença, etc.

"Estamos ampliando o número de palco descentralizados com a criação do polo da Bomba do Hemetério, que pleteou a inclusão com mais de 1200 votos numa plenário do orçamento participativo. Este é o primeiro ano em que o orçamento destinado aos focos do subúrbio é maior que o da programação do centro. São 2,4 milhões centralizados e R$ 2,5 milhões descentralizados em cachês", comentou o prefeito, ponderando que apesar das mudanças, o teto de todos os gastos com a estrutura do Carnaval não deve ultrapassar os R$ 30 milhões que têm sido teto nas últimas edições.

No Centro do Recife serão montados oito pólos: Recife Multicultural, Tradições, Mangue, Todos os Frevos, Afro, Fantasias, Todos os Ritmos, e Agremiações. Em comunidades da cidade serão espalhados pólos em Brasília Teimosa, Chão de Estrelas, Casa Amarela, Nova Descoberta, Alto José do Pinho, Jardim São Paulo, Ibura e Bomba do Hemetério. Ao todo serão 340 atrações em palcos, 390 shows, 800 apresentações de agremiações em pólos do Centro e descentralizados, 500 batuqueiros de maracatu, 100 caboclinhos, 10 cortes de maracatus e 50 passistas, 8 pólos no Centro, 9 pólos descentralizados e 43 pólos comunitários.

MARCO ZERO - Durante os quatro dias de festejo, o Marco Zero segue como palco principal da programação recebendo artistas como Otto, Lenine, Vanessa da Mata, Marcelo D2, Nação Zumbi, Martnália, Jorge Aragão, SpokFrevo Orquestra, Antônio Carlos Nóbrega e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. A apoteose do frevo, na terça-feira, mais uma vez faz a aurora da Quarta de Cinzas com Elba Ramalho e Alceu Valença, e o encontro de maestros do frevo como Ademir Araújo, Clóvis Pereira, Duda, Edson Rodrigues, Zé Menezes, Nunes, Forró, Fábio César, Lurdinha Nóbrega e Carmen Lúcia.

Também no Marco Zero o samba de Belo Xis, Emílio Santiago, Gerlane Lopes, Demônios da Garoa, Jorge Ribas, Paulo Perdigão e João do Morro. André Rio, Lia de Itamaracá, Nonô Germano, Reginaldo Rossi, Pitty, Ortinho, Zeh Rocha, de Terra Prima, Raimundos e Johnny Hooker garantem a diversidade dos festejos.

Os pernambucanos também garatem espaço. Passeiam pelo tablado Gustavo Travassos, Afoxé Oyá Alaxé, Getúlio Cavalcanti, Ed Carlos, Coco de Umbigada, Tiger, Volver, Ska Maria Pastora, Almir Rouche, Banda Eddie, Cascabulho, Zé Brown, Coco Bongar e Cristina Amaral. Há ainda no cronograma shows locais de Rabecado, Jr. Black, Pouca Chinfra, Di Melo, A Roda, Selma do Coco, Quinteto Violado, Geraldo Azevedo, Maciel Salú, Nando Cordel, Mesa de Samba Autoral, Aurinha do Coco, Mombojó e Devotos.

PÓLOS - O pólo das fantasias receberá atrações como Coral de Edgar Morais, Nena Queiroga, Josildo Sá com a participação de Leo Gandelman e João Donato. Já o pólo de Todos os Frevos tem como destaque da Orquestra Popular do Recife e Ed Carlos.

O pólo de Todos os Ritmos traz grandes nomes nesta edição, como Preta Gil no sábado de Carnaval (5), e ainda Marina Lima, Karina Buhr, Zé Cafofinho e B Negão dentro da programação. No Rec Beat, ou pólo Mangue, a banda baiana System (BA), Felipe Cordeiro (PA), Patrick Tor4 (SE) e Mombojó (PE) são alguns dos nomes da grade.

O pólo do Corredor do Frevo traz diversas orquestras e apresentações de passistas, como tradição. Já o pólo Afro destina-se a referenciar a cultura afro brasileira e seus ritmos, com os batuques e noite dos tambores silenciosos.

REC BEAT -
A lista completa da programação do festival independente Rec Beat ainda não foi divulgada, mas a prefeitura, anunciou alguns nomes já confirmados como Baiana System (BA), Felipe Cordeiro (PA), Patrick Tor4 (SE) e Mombojó (PE). Na tenda fashio, os foliões poderão assistir aos desfiles de Joana Gatis, Rogay por nós e Manoel Z. Na tenda eletrônica, os DJs que tomam as picapes da festa são Marky, Lúcio K e KL - Jay - Racionais.

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