quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS (1944-2012)
Incentivar leitura era seu prazer.
Não havia prazer maior para Bartolomeu Campos de Queirós do que convencer alguém a abrir um livro -seja de outros autores ou dele próprio, já que o mineiro deixou mais de 40 publicados, muitos deles voltados ao público infantojuvenil. FSP 17.01.12
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Queirós nasceu em Pará de Minas, em 1944. No início dos anos 1950 mudou-se para Belo Horizonte.
Solteiro até o fim da vida, sem filhos, dedicou sua vida aos livros, produzindo ou divulgando-os.
"Era muito afetuoso. Vivia cercado de amigos. Tinha uma energia inesgotável, estava sempre disposto a debater, a receber leitores", diz Olavo Romano, seu companheiro na Academia Mineira de Letras.
Queirós estreou na literatura em 1971, com "O Peixe e o Pássaro". No ano seguinte mudou-se para Paris, onde estudou arte e educação.
Voltou ao Brasil em 1975, e passou a se dedicar a programas de incentivo à leitura.
Trabalhou no Ministério da Cultura e participou de projetos culturais da Biblioteca Nacional, como o Proler. Em 1999, lançou o manifesto do Movimento por um Brasil Literário. Por sua atuação, recebeu homenagens na França e em Cuba.
Também por sua carreira literária recebeu inúmeros prêmios, como o Jabuti por "Sei por Ouvir Dizer" (2007).
"Vermelho Amargo", (ed. Cosac Naify, 2011), inspirado em sua própria infância, foi o último livro que publicou.
Queirós morreu ontem, aos 67 anos, em decorrência de insuficiência renal, em Belo Horizonte. Deixou um livro inédito, que vai ser lançado pela Cosac Naify.
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Um livro importante.  
Maria Lúcia Félix Bufáiçal
Adquiri, recentemente, o livro Letras e Memória, Uma Breve História da Escrita , de Adovaldo Fernandes Sampaio. O livro é um primor, tanto de edição, como de ilustrações, como de texto. O POPULAR 18.01
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Um trabalho de scholar mesmo, resultado de árdua pesquisa sobre esse gesto tão comum à humanidade, que é o de grafar símbolos para se comunicar com o outro, desde as cavernas até o computador, dos desenhos rupestres e hieróglifos, das velhas máquinas de escrever até os atuais códigos da internet. Fala de línguas de cuja existência a gente nunca soube, que talvez não surjam nem nas palavras cruzadas mais difíceis, como rotocas, bassá, inuí, cheroqui, abcázio, lepcha. Todas essas são línguas, faladas em diferentes pontos do mundo. Uma riqueza o livro! Fala de tudo que diga respeito à escrita, até sobre as tentativas de se criar línguas universais, que todos entendessem, papel hoje desempenhado, na prática, pelo inglês e que, talvez, em um futuro não tão remoto, venha a ser substituído pelo chinês. Chinês não, uma de suas incontáveis variações, das quais a mais provável fosse talvez o mandarim.

Só sei que assim caminha a humanidade, aos trancos e barrancos, entre mil línguas e também entre mil incompreensões babélicas.

Comprei o livro e estou muito satisfeita com ele. Que, aliás, se diz breve porque quem quiser pode ir mais fundo, estudar mais. Mas, para mim, está de bom tamanho. Pensei: uma das coisas que mais faço (e pobremente) é escrever; tenho de saber a história que me trouxe até aqui, é o mínimo que devo fazer. O Rubem Braga uma vez comprou um livro do tipo Enriqueça seu Vocabulário , na esperança, dizia, de que, "se usasse muitas palavras novas e diferentes, suas crônicas poderiam ser mais bem pagas".

Depois que li o Letras e Memória , chego a achar que eu merecia também um aumento. Porque penetrei num universo desbravado por muito poucos, fiquei sabendo de coisas antes impensáveis como, por exemplo, que "a palavra gótica runa significa "segredo" ou "mistério", e as runas sempre estiveram associadas a "poderes mágicos". Aprendi também que a escrita de trás pra frente, ou seja, da direita para a esquerda, é chamada levoversa, e que a escrita árabe deriva da escrita nabateia. E que "alquimistas, magos e místicos, para melhor guardarem seus segredos, desenvolveram escritas secretas e 'mágicas', como os alfabetos: angélico ou celestial; alfabeto dos gênios; alfabeto das adagas, e outros". Li que um índio cheroqui, chamado George Guess, "mais conhecido como Sequoyah, inventou um silabário - o alfabeto cheroqui - para que a língua de seu povo passasse a ser escrita", coisa que muito me comoveu.

Só sei que quando a gente pensa que já sabe um tanto bom, descobre que não sabe é nada nessa vida. Descobri, por exemplo, por meio do livro, que sou uma escrevinhadora (escritor sem nenhum ou pouco talento) e também que "há mais de 30 mil anos que o homem, levado por sua inerente e incoercível necessidade de comunicação e de expressão, começou a gravar e a pintar, em pedras, lajes, em paredões de falésias e em paredes de cavernas, sinais e símbolos que podem ser considerados o embrião da escrita". E, mais à frente, "os homens sempre procuraram vencer o efêmero, fixando na pedra sua vida cotidiana".

Não é lindo isso, "vencer o efêmero"? Será o que nos move? E para isso deixamos de viver tantas outras coisas? Como disse Dummond, "escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos". Mas, fazer o quê? O mundo tem de ter gente de todo jeito, os que escrevem, os que pesquisam sem cessar para registrar fatos, a exemplo do Adovaldo, com esse e outros livros dele, os que fazem milhões de outras coisas e falam mil outras línguas. Os que escrevem, fecham com o poeta: "Quando nasci, o mundo já era assim. O jeito foi bordá-lo com palavras".


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França
Mostra recupera meio século de produção fotográfica brasileira
O POPULAR 18.01
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Uma história recente da fotografia brasileira traçada em espirais: é possível, por exemplo, relacionar a repetição das formas e sombras das flores em Anturius Cruzadus fotografados em 1960 por German Lorca com a imagem colorida da série Desejo Eremita , do artista Rodrigo Braga, de 2009, na qual aparece, em primeiro plano, um amontoado de orelhas de bois? A mostra O Elogio da Vertigem - Coleção Itaú de Fotografia Brasileira, que se abre hoje para o público na prestigiada Maison Européenne de la Photographie (MEP) de Paris, coloca em diálogo o modernismo fotográfico brasileiro das décadas de 50 e 60 com obras contemporâneas justamente para "criar faíscas", como diz o curador Eder Chiodetto, e ressaltar o "experimentalismo" tupiniquim.

É uma visão "de risco", afirma Chiodetto, misturar dois períodos da produção fotográfica no Brasil separados pelo "hiato" da ditadura militar, podadora de uma efervescência experimental das criações formais, especialmente pelos integrantes do então Foto Cine Clube Bandeirante (Lorca, Thomaz Farkas, Geraldo de Barros), ou pelo carioca José Oiticica Filho. "Trata-se de uma orquestração mais poética do que voltar a restituir a história de uma maneira linear", diz Chiodetto.

Como se vê em O Elogio da Vertigem , que ficará em cartaz até 25 de março, a ressonância de uma vontade de "testar os limites da fotografia", elementar nas imagens modernistas, se faz nas obras do fim dos anos 1980 em diante de uma maneira diferente. Não como uma "filiação direta" do modernismo, explica o diretor da MPE, Jean-Luc Monterosso, mas como uma "questão de pele" relacionada a uma criatividade brasileira.

"O Brasil e a América Latina têm uma tradição documental apresentada

na Europa de uma maneira que me incomoda, a partir de um olhar hegemônico, perverso e repleto de

clichês", afirma Chiodetto, chamando atenção para o apelo que se faz de imagens de cunho social. O Elogio da Vertigem traça, assim, um panorama da fotografia brasileira por meio de cerca de 90 imagens que incorporam o onírico e a subjetividade com semente conceitual. "Temas como a pobreza, a escravidão e o regionalismo são subvertidos da visão historicista para chegar à questão da transcendência", diz o curador, destacando o território do mito nos retratos de Mario Cravo Neto ou a fusão da temática indígena com a representação de uma ideia de cosmos nas obras de Claudia Andujar.

ACERVO

Resultado de processo de um ano, O Elogio da Vertigem marca não apenas a realização de uma mostra brasileira de peso numa instituição europeia (as parcerias entre o Itaú Cultural e a Maison Européenne de la Photographie datam de desde 2009), como uma etapa do programa de sistematização e exposição do acervo de fotografia do banco. Esse segmento da coleção da instituição financeira tinha sua força no "modernismo na imagem" datado dos anos 40 e 50, com destaque para as obras da sofisticada visão geometrizada de José Yalenti e para as criações dos anos 60 assinadas por Georges Radó e Gertrudes Altschul. Trata-se de uma fotografia "preocupada mais com a forma do que com o conteúdo", afirma o fotógrafo e curador Iatã Cannabrava, consultor das aquisições do período para a Coleção Itaú.

O acervo, hoje com 308 fotografias, já contava com imagens contemporâneas, mas a atual exposição levou a um curioso processo de compras de obras recentes, indicadas por Chiodetto. Praticamente, duplicou-se o segmento contemporâneo.

Depois de apresentada

na MEP, a exposição da Coleção Itaú vai itinerar,

em versão ampliada, por cidades brasileiras até ser mostrada em São Paulo, em 2013. O curador fala da possibilidade de serem feitas novas aquisições para o acervo, citando lacunas como as obras do período ditatorial criadas por Anna Maria Maiolino e Boris Kossoy ou as do "documentário imaginário" de Maureen Bisilliat e Nair Benedicto.

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ESPANHA »  Juiz Baltasar Garzón no banco dos réus.   De toga, o juiz Garzón acompanha o julgamento: carreira ameaçada. CORREIO BSB  18.01

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Vestido com toga preta de punhos rendados, o juiz espanhol Baltasar Garzón se apresentou ontem ao Supremo Tribunal de Madri para ser julgado na ação em que é acusado de ter ordenado supostas escutas ilegais em um caso de corrupção. É o primeiro processo contra Garzón, que se tornou mundialmente conhecido por pedir a extradição do ex-ditador chileno Augusto Pinochet no fim dos anos 1990. Se declarado culpado, o magistrado poderá ser condenado a uma pena de até 17 anos de incapacitação profissional, o que representaria o fim de sua carreira.

Com o semblante sério, Garzón, 56 anos, ouviu as alegações de seu defensor, o advogado Francisco Baena Bocanegra, que se queixou de erros de procedimento na tramitação do processo. O juiz é acusado de “uso de instrumentos de escuta e gravação em violação das garantias constitucionais” na investigação de um escândalo de corrupção conhecido como Trama Gürtel, que no início de 2009 envolveu membros da cúpula do Partido Popular (PP, direita), que governa a Espanha desde dezembro.

Em frente ao tribunal, cerca de 100 pessoas realizaram uma manifestação de apoio ao juiz. O grupo Solidários a Garzón, do qual participam artistas, como o cineasta Pedro Almodóvar, o poeta Marcos Ana — detido durante a ditadura franquista — e a atriz Pilar Bardem, mãe do ator Javier Bardem, prometeu protestar todos os dias enquanto durar o julgamento.

Suspenso de suas funções na Espanha desde maio de 2010, Garzón voltará ao banco dos réus na próxima terça-feira para ser julgado pela tentativa de investigar os mais de 100 mil desaparecidos da Guerra Civil espanhola (1936-39) e da ditadura franquista (1939-75), apesar da lei de anistia aprovada na Espanha em 1977. “Estamos diante de um fato que envergonha a democracia espanhola, a justiça e o próprio Supremo Tribunal que é julgar um inocente”, afirmou o deputado comunista Gaspar Llamazares.

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A 2,5 anos da Copa, aeroportos operam acima da capacidade. FOLHA SP 18.01
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MÚSICA.   Morre cantora Carminha Mascarenhas
Morreu ontem, aos 82 anos, no Rio, a cantora mineira Carminha Mascarenhas. A causa da morte não foi divulgada. Artista ligada à Rádio Nacional, lançou o primeiro disco em 1953. Avó da cantora Mariana Belém, Carminha residia no Retiro dos Artistas havia um ano e oito meses. FOLHA SP 18.01

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Juiz critica corporativismo de corregedorias estaduais
Ex-presidente da associação que comanda os ataques contra o Conselho Nacional de Justiça, o juiz Mozart Valadares Pires vai na contramão da entidade que dirigiu de 2008 a 2010, defende o CNJ e diz que as corregedorias dos tribunais atuavam de forma ineficiente e corporativista. FOLHA SP 18.01

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Em artigo ainda inédito, Pires afirma que o CNJ muda a "sensação de que o Judiciário e nós, juízes, estávamos acima do bem e do mal" e diz que o "esforço" do conselho é "muitas vezes incompreendido" por magistrados.

O texto de Pires integra o número 16 da revista "Interesse Nacional", que começa a circular nesta semana (www.interessenacional.uol.com.br) com oito artigos sobre o CNJ, cuja atuação deflagrou crise no Judiciário.

A Associação dos Magistrados Brasileiros questiona no Supremo Tribunal Federal o poder de investigação do CNJ. Em decisão provisória, o ministro Marco Aurélio Mello restringiu a atuação do órgão.

O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, é autor de um dos artigos da revista.

Em seu texto, ele exalta o CNJ como "instrumento essencial para o aperfeiçoamento do sistema judicial brasileiro" e lista avanços conquistados pelo órgão, como o estabelecimento de metas de produtividade e as ações da corregedoria.

Peluso, porém, não comenta especificamente a polêmica sobre a atuação do CNJ.

O ministro Gilmar Mendes, ex-presidente da corte, escreve um dos artigos da revista, no qual afirma que o CNJ é "legítima conquista da democracia", diz que o órgão vem cumprindo sua "missão constitucional" e defende que sua atuação não se restrinja à fiscalização de magistrados.

Para Mendes, o CNJ é fundamental como órgão de "planejamento estratégico".

Também ex-presidente do STF, Ellen Gracie afirma que a emenda constitucional que criou o CNJ é "eloquente" ao dar poder de investigação ao órgão, mas diz que o conselho deverá ser o "grande centro de pensamento estratégico do Judiciário brasileiro".

Outro ex-presidente do STF que escreve para a revista é o ex-ministro Nelson Jobim, que afirma ser um retrocesso a tese que esvazia o CNJ, conforme a Folha antecipou no dia 26 de dezembro.

A ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça e personagem central da crise do Judiciário, escreve que nos tribunais havia "práticas administrativas absolutamente condenáveis sob o aspecto técnico (...) Tudo era feito de forma pessoal e na base do improviso".

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Usina de Belo Monte é invadida por cineastas
Onda de documentários sobre a região atrai produtoras independentes e universitários.   Se depender do cinema documental, o debate sobre a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte não vai esfriar em 2012. www.tvbelomonte.com.br. FOLHA SP 18.01

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A começar por um extenso projeto da produtora LC Barreto, a "TV Belo Monte", uma série de filmes sobre o empreendimento feitos especialmente para a internet.

O projeto é custeado pela Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina. Parte dos filmes já está no ar, no site www.tvbelomonte.com.br.

O lançamento pega embalo na onda de documentários realizados sobre a usina (veja ao lado os principais projetos). Mas com uma diferença: a TV Belo Monte parece um pouco mais empenhada em apontar pontos positivos no empreendimento.

A contratação da LC Barreto, a mesma produtora que produziu o filme "Lula, o Filho do Brasil", foi feita sem concorrência ou licitação -o que não é ilegal, uma vez que a Norte Energia é formada por um consórcio de empresas públicas e privadas.

A Eletrobras, que é pública, tem 49,98% das ações.

O contrato, segundo o produtor Daniel Tendler, um dos responsáveis pelo projeto da TV Belo Monte, deve ser renovado anualmente, até a conclusão das obras da usina.

Tendler afirma que a Norte Energia não exige que os filmes funcionem como peças institucionais. "Não é para ser a favor ou contra Belo Monte", diz. No entanto, os entrevistados parecem escolhidos a dedo.

Um deles é José Moreira, 60, pequeno agricultor que terá de deixar sua propriedade em Vitória do Xingu (PA). "Quero é que esses homens me botem para ir embora."

Ao evitar alguns dos conflitos gerados com a instalação da usina, o projeto vai na contramão de um movimento criado por documentaristas do mundo inteiro.

Altamira, uma das principais cidades da região à beira do rio Xingu, no Pará, sofre uma invasão de cineastas.

O diretor americano James Cameron foi um dos primeiros a documentar o conflito na região, para extras do filme "Avatar".

Hoje, a ONG Xingu Vivo, que tem sede em Altamira, fala em ao menos 15 solicitações de entrevistas para documentários, feitas por equipes de universitários, produtoras independentes nacionais e internacionais.

"Muitos documentaristas estão filmando com recursos próprios", atesta Marcelo Salazar, coordenador do programa Xingu/Terra do Meio, do Instituto Socioambiental.

"Vai ser bom comparar os documentários com a TV Belo Monte, para perceber o discurso ideológico por trás do empreendimento", diz André D'Élia, diretor do documentário "Belo Monte - Anúncio de uma Guerra", que ainda não tem previsão de estreia.

D'Élia aponta ainda um fenômeno resultante da veiculação de vídeos na internet -seu projeto foi custeado com R$ 140 mil depositados por internautas.

Trechos de seu filme lançados no YouTube e no Vimeo, por exemplo, já ganharam versões e edições que ele não reconhece como suas.

"Mas tudo isso é interessante para alimentar o debate. É um assunto que precisa ser discutido por todos", diz.

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