LITERATURA
O Brasil em Frankfurt
Correioweb 23/06
Brasileiros serão destaque na principal feira de livro na Europa. Chance para o mercado editorial do país.
Quando a China participou da Feira de Frankfurt como país convidado, em 2009, editores chineses fecharam negócios avaliados em um total de 10 milhões de euros. A Europa lê muito os escritores chineses, mais do que os brasileiros. No entanto, o diretor da feira, Juergen Boos, aposta na mudança de cenário. Em 2013, o Brasil será o país convidado da maior feira de livros da Europa, uma iniciativa capaz, segundo Boos, de impulsionar o mercado editorial europeu e estimular alemães e outros povos a descobrir a literatura contemporânea tupiniquim.
uando a China participou da Feira de Frankfurt como país convidado, em 2009, editores chineses fecharam negócios avaliados em um total de 10 milhões de euros. A Europa lê muito os escritores chineses, mais do que os brasileiros. No entanto, o diretor da feira, Juergen Boos, aposta na mudança de cenário. Em 2013, o Brasil será o país convidado da maior feira de livros da Europa, uma iniciativa capaz, segundo Boos, de impulsionar o mercado editorial europeu e estimular alemães e outros povos a descobrir a literatura contemporânea tupiniquim.
Boos esteve em Brasília na segunda-feira para assinar o convite oficial feito ao Brasil este ano. A cerimônia reuniu o ministro da Cultura, Juca Ferreira, representantes do mercado editorial brasileiro e entidades como a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Academia Brasileira de Letras (ABL). “Intercâmbio é a palavra-chave na Feira de Frankfurt. São dois milhões de interessados pela feira a cada edição e, para nós, o conteúdo está em primeiro plano, não é só uma feira de negócios”, disse Boos. “O interesse (em traduzir livros brasileiros) existe, mas queremos dar o impulso com a feira.”
O Brasil participa como país convidado pela segunda vez na história da feira. Em 1994 foi homenageado, mesmo ano em que a Frankfurt editou, pela primeira vez, um guia eletrônico sobre seus expositores. Agora, a expectativa é que o investimento e o retorno sejam muito maiores. O MinC investe anualmente uma média de R$ 150 mil na feira alemã, mas, para 2013, Juca Ferreira tem a intenção de criar programas especiais de apoio ao mercado. “O MinC pensa em apoiar, por exemplo, as traduções. Estamos tentando criar um fundo para ampliar as políticas ligadas ao livro”, avisa. O ministro também cogitou realizar uma ação especial durante a feira envolvendo os países de língua portuguesa para celebrar a lusofonia, mas Boos acha desproporcional. “A língua envolve identidades nacionais e é difícil juntá-las. Talvez a cultura consiga isso, mas acho bem difícil”, disse.
A mera tradução de textos com antecedência é uma das maiores preocupações do mercado. “Temos que pensar em subvenção do governo para tradução para que os editores alemães se interessem e isso tem que ser feito já, para que em 2013 os títulos estejam publicados”, apontou Sônia Jardim, do grupo Record. Maurício de Sousa participou da reunião e brincou que já está trabalhando para a feira. “O mundo passa por lá para saber o que há de melhor no mercado editorial e nós estaremos lá. Temos que trabalhar para que Frankfurt possa ser a melhor vitrine”, disse o criador da Turma da Mônica.
O número
290 milhões
Número de pessoas visitaram a feira no ano passado
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