quarta-feira, 13 de junho de 2012
Jun/2012 Livro sobre festas e comemorações religiosas
de quilombos
será lançado em Brasília. http://www.palmares.gov.br/
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Campanha de vacinação contra a Poliomielite começa no sábado. Correio Bsb
13.06
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ONGs criticam rumos da Rio+20. Valor Econômico - 12/06/2012
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Fátima Melo, coordenadora da Cúpula dos Povos,
observa planta do espaço onde o evento vai ocorrer, no Parque do Flamengo, na
capital fluminense
Um espaço de crítica aos rumos que a Rio+20 está
tomando, mas também de busca de alternativas. Assim a ativista Fátima Mello
define a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável.
Coordenadora do evento, que reúne ONGs brasileiras
e estrangeiras, ela critica o conceito de economia verde e a abertura do
documento da ONU ao papel das grandes corporações na provisão de serviços
globais. Mas defende a manutenção do princípio das responsabilidades comuns,
porém diferenciadas nas negociações sobre mudanças climáticas.
"Acreditamos que os países responsáveis pelas emissões históricas mais
elevadas têm maior responsabilidade, mas o texto da ONU tende a esvaziar esse
principio", alerta.
Valor: Como a Cúpula dos Povos se articula com a
Rio+20?
Fátima Mello: O grande problema da Rio+20 é a
tendência à privatização dos regimes, convenções e tratados internacionais no
âmbito da ONU. Todas as conquistas que obtivemos desde a Rio92 correm o risco
de se perder. Queremos que a conferência implemente essas conquistas e avanços
em relação à garantia de direitos, justiça social e ambiental. Mas o que vemos
é retrocesso e uma captura do sistema ONU pelas grandes corporações. Vemos que
o texto da ONU tem armadilhas. Fala em "garantias de acesso" aos
serviços através do Estado, mas cita parcerias público-privadas, abrindo espaço
para as multinacionais se apoderarem deles. E, nesse caso, muitas pessoas não
terão como pagar.
Valor: Como a sra. avalia o princípio das
responsabilidades comuns, mas diferenciadas?
Mello: É muito importante pois rege as negociações
sobre mudanças climáticas, em que os países responsáveis pelas emissões
históricas mais elevadas têm maior responsabilidade. Mas o texto da ONU tende a
esvaziá-lo.
Isso é um risco muito grande porque um país como
Ruanda não pode arcar com os custos de uma transição tecnológica. Mesmo porque
não tem a mesma responsabilidade pela crise ambiental que Estados Unidos. O
Brasil tem se posicionado em relação a isso. Os países do norte têm hoje suas
economias baseadas em serviço e têm mais facilidade para fazer a transição para
a economia de baixo carbono.
Valor: A crise global pode atrapalhar nas negociações
sobre clima e sustentabilidade?
Mello: A crise global é um dos motivos das
resistências para se avançar nas negociações de clima e em relação ao acordo
global. O horizonte dos países desenvolvidos passou para o curtíssimo prazo. Já
os emergentes querem manter as taxas de crescimento, não querem frear o consumo
e resistem a compromissos para uma transição a outro modelo de produção e
consumo. A conferência se realiza em um cenário desfavorável a compromissos
mais profundos.
Caminha-se na direção de soluções simplificadoras,
como a chamada economia verde.
Valor: Quais são as suas criticas à economia verde?
Mello: Assim como a Rio92 legitimou a ideia de
desenvolvimento sustentável, que hoje caiu no vazio [porque cada um se apropria
do jeito que entende], o conceito de economia verde corre o risco de legitimar
a continuidade do atual modelo de produção e de consumo.
Somos a favor da transição para a economia de baixo
carbono. Mas a fórmula que a conferência oficial oferece para isso é
extremamente perigosa, pois não questiona quem ganha e quem perde.
Valor: E as bolsas verdes?
Mello: Se olharmos o relatório do Pnuma e o texto
em negociação, é muito forte a ideia de se criar um mercado financeiro para os
recursos da natureza. Já existem bolsas [de valores] verdes que precificam o ar
e criam créditos de carbono, o chamado mercado de carbono. Isso, para nós, é
falsa solução. O que estamos observando é que o mercado de carbono pode atuar
contra os direitos das populações tradicionais. É uma armadilha.
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Comissão reúne 50 parentes de
desaparecidos
O Estado de S. Paulo - 12/06/2012
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No encontro, grupo mostrou aos familiares de
antigos militantes como vai fazer a apuração
A Comissão da Verdade reuniu-se ontem com cerca de
50 familiares de mortos e desaparecidos políticos para apresentar detalhes de
como está sendo executada a etapa inicial da apuração do colegiado.
"Foi um encontro
comovente", disse o advogado José Carlos Dias, integrante do grupo de
notáveis que têm a missão de investigar violações graves aos direitos humanos
entre 1946 e 1988. "Mostramos como estamos trabalhando, a metodologia,
fizemos uma exposição da lei (que criou a Comissão) para mostrar os poderes que
temos."
O encontro, realizado em São Paulo, durou quase
quatro horas. O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a
advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, o professor e diplomata Paulo Sérgio
Pinheiro e a psicanalista Maria Rita Kehl participaram.
"A comissão se colocou à disposição (dos
familiares) para manter um grande entrosamento. Formalmente, não tomamos
depoimentos, mas cada um deles foi relatando sua história de dor. Uma conversa
muito importante. Me tocou muito o relato de uma mocinha, neta da Eleni
Guariba", contou Dias, ex-ministro da Justiça. Eleni, da Vanguarda Popular
Revolucionária, está desaparecida desde 1971, quando foi capturada pelo
DOI-Codi/Rio.
À tarde, Dias e seus pares se reuniram com a
Comissão da Verdade Rubens Paiva, que atua no âmbito da Assembleia Legislativa
paulista, sob presidência do deputado estadual Adriano Diogo (PT). "Foi
uma reunião de caráter institucional que oficializou o trabalho da Comissão
Estadual", disse Diogo. "A Comissão Nacional foi criada por lei. Nós
instalamos uma comissão de deputados e assessores. Sem o aval e o credenciamento
da Comissão Nacional seríamos uma comissão informal, sem papel institucional.
Hoje (ontem) consolidamos nossa comissão."
Diogo anunciou que o grupo que preside vai
reivindicar à União, para abrigar a Comissão Rubens Paiva, o prédio histórico
da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio onde no auge da ditadura funcionaram as
auditorias militares - ele próprio, então estudante de Geologia da USP, ali foi
julgado, mas depois de cumprir um ano e meio de prisão.
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'Estamos virando exterminadores
do futuro', diz Marina
O Estado de S. Paulo - 12/06/2012
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Em palestra na TEDxRio+20, ex-ministra do Meio
Ambiente afirma que "vivemos uma doença chamada mal do excesso"
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva fez
ontem um discurso engajado, alertando sobre os perigos do consumo excessivo e
convocando as pessoas a realizarem ações efetivas para salvar o planeta,
durante sua apresentação no TEDxRio+20, no Forte de Copacabana, zona sul do Rio
de Janeiro.
A ex-senadora também disse que "estamos vivendo
uma doença chamada o mal do excesso" e afirmou que as crises e decisões
políticas e econômicas recentes, aliadas ao nosso modo de vida atual, estão
"nos transformando em verdadeiros exterminadores do futuro".
O TEDxRIO+20 - versão da série de palestras
mundiais de 18 minutos proferidas por experts de diversas áreas - marcou o
início do Humanidade 2012, um dos eventos paralelos à Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Ontem, especialistas convidados apresentaram diversas
ideias criativas para contribuir com a preservação do planeta, mostrando fontes
alternativas de energia e algumas experiências bem-sucedidas em áreas como
saúde, arquitetura e meio ambiente.
Entre os palestrantes estava o artista plástico Vik
Muniz, que participou do documentário indicado ao Oscar Lixo Extraordinário,
sobre os catadores de lixo do Aterro de Jardim Gramacho, o maior lixão da
América Latina, que foi desativado neste mês, no Rio.
Eventos do dia. A programação de hoje inclui
palestras do ambientalista Jean-Michel Cousteau, filho do explorador Jacques
Cousteau; do biólogo suíço Colomban de Vargas; do repórter do New York Times
Jim Robbins; da ativista indiana Kiran Bedi; e da canadense Severn Suzuki, que,
aos 12 anos proferiu um discurso histórico durante a Eco-92 e ficou conhecida
como "a menina que calou o mundo".
O evento TEDxRio+20 pode ser acompanhado ao vivo
pelo site tedxrio20.com.
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Cinema
Filme sobre música brega vence festival
O documentário "Vou Rifar meu Coração",
de Ana Rieper, foi anunciado ontem como o vencedor da Competição Brasileira do
festival In-Edit Brasil. O filme mostra a ligação entre personagens reais e as
músicas de nomes como Odair José, Wando, Nelson Ned, Amado Baptista e Lindomar
Castilho. FOLHA SP 12.06
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Dicas de português.
Por Dad Squarisi >> dadsquarisi.df@dabr.com.br Correio bsb 13.06
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Recado
A casa da gente
Estamos na Rio + 20. A palavra em cartaz? É
ecologia. Ela entrou na moda há poucas décadas, mas pertence à família pra lá
de tradicional. Um de seus membros é economia. Ambas têm um ponto em comum.
Trata-se de eco. As três letrinhas vêm do grego oikos. Querem dizer casa.
A economia, no começo da vida, cuidava da
administração da casa. A ecologia se preocupa com a casa da gente. A casa da
gente não são só as quatro paredes onde moramos. A casa da gente é o meio
ambiente. Engloba tudo o que nos cerca — as árvores, os rios, os lagos, os
bichos, as plantas, o ar.
A língua
As palavras do clã eco- se escrevem de dois jeitos.
As seguidas de h ou o pedem hífen (eco-histórico, eco-organograma). As demais
dispensam o tracinho. Escrevem-se coladinhas. É o caso de ecomania, ecochato,
ecossistema, ecorregião, ecoeconomia.
Com juízo
Esquecer as luzes acesas? A tevê ligada? A
mangueira esbanjando água? Tomar banhos demoraaaaaaaaaaaaaados? Em tempos de
escassez, desperdiçar pega mal. Que tal pensar em racionamento e racionar?
Ambos são filhotes de razão, que quer dizer juízo.
São irmãozinhos de raciocinar, que significa
pensar. Só as pessoas têm juízo. Por isso, só elas podem pensar. E,
raciocinando, fazer um plano de racionamento: diminuir o número de lâmpadas,
usar lâmpadas mais econômicas, desligar a tevê antes de dormir, apagar as luzes
em salas vazias. E por aí vai.
Verde, que te quero verde
O adjetivo em cartaz? É verde — economia verde,
bairro verde, partido verde, transporte verde, processo verde. O dissílabo
qualifica o ecologicamente correto. Vale, pois, empregá-lo como manda a
gramática. É assim:
1. Se ele aparecer sozinho, concorda com o
substantivo a que se refere: partido verde, partidos verdes, olhos verdes.
2. Se estiver acompanhado, preste atenção à classe
gramatical das palavras que o compõem:
a. adjetivo + adjetivo: só o segundo varia (blusa
verde-clara, blusas verde-claras; sapato verde-escuro, sapatos verde-escuros,
bandeira verde-amarela, bandeiras verde-amarelas).
b. adjetivo + substantivo ou substantivo +
adjetivo: ambos ficam invariáveis (vestido verde-mar, vestidos verde-mar;
uniforme verde-oliva uniformes verde-oliva).
Leitor pergunta
Quando empregar "com nós mesmos"?
Heloísa Rangel, lugar incerto
Olho vivo, Heloísa. Com nós se emprega com palavras
reforçadoras (mesmo, próprio, todos). Assim: Os livros ficarão com nós todos.
As crianças saíram com nós dois. Queremos estar de bem com nós próprios. Nós
mesmos denunciamos os maus-tratos.
Sem o reforço, abra alas para o conosco: Os livros
ficarão conosco. As crianças saíram conosco. Querem estar de bem conosco.
Conosco ninguém pode.
Decidi que minha filha se chamaria Luíza. Em
pesquisa, verifiquei que existem registros do nome com s e com z. Optei por
Luíza. No cartório, a atendente disse que a grafia estava errada, pois, segundo
ela, de acordo com a nova regra ortográfica, Luíza não se acentuava. Só Luísa.
A explicação tem fundamento? Não é a mesma regra para as duas formas?
Fabrício Silva Brito, Brasília
Ela confundiu Luíza com Luiz.
Luiz não tem acento. A regra: acentuam-se o i e o u quando houver quebra de
ditongo. Pra quebrar ditongo, impõem-se quatro condições. O i e o u: 1. têm de
ser a sílaba tônica. 2. têm de ser antecedidos de vogal. 3. têm de formar
sílaba sozinho ou com s (é aí que Luiz pega). 4. Não serem seguidos de nh
(rainha). Luíza e Luísa preenchem os requisitos. Daí o acento.
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