segunda-feira, 4 de junho de 2012


Folha lança aplicativo em inglês sobre a Rio+20
App complementa site especial em três idiomas. FOLHA SP 01.06


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Os leitores da Folha poderão acompanhar a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável também por um aplicativo em inglês para tablet.

Para acessá-lo, basta digitar folha.com/rio20 no navegador de internet e clicar no ícone da bandeira americana. O aplicativo também tem conteúdo em português, com notícias sobre a conferência e galerias de imagens.

A Folha também lançou um site internacional sobre a Rio+20, em inglês e espanhol, com os destaques da cobertura, disponível em folha.com/internacional/en.


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Dicas de português  » Dad Squarisi >> dadsquarisi.df@dabr.com.br
CORREIO BSB  03/06
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Recado
"A arte da palavra é a mais enganadora de todas."
Maurice Garçon


      
De deuses e meses
Junho chegou. Além das festas juninas, de preparativos para as férias e de projetos de viagem, o sexto mês do ano lembra curiosidade mitológica. Ela tem tudo a ver com o nome do mês. Júpiter é marido de Juno. Infiel, o deus dos deuses romanos a engana com a desenvoltura do peixe solto na água. Ao ver um rabo de saia, ele arranja um jeitinho de distrair a senhora do Olimpo. E, livre, parte em busca de aventuras. Quando ela descobre, vinga-se sem piedade.
Uma das vítimas da ira junina foi Hércules. Ele nasceu da traição de Júpiter com Alkmena. Juno, ao saber a origem do bebê, mandou serpentes sufocá-lo no berço. Não conseguiu. Mais tarde, fez o semideus ficar louco. Ele, então, matou os próprios filhos. Como castigo, teve de enfrentar 12 perigos enormes. Foram os 12 trabalhos de Hércules.
Outra vítima foi Eco. Com bom papo, a moça distraía Juno. Enquanto a conversa rolava, o deus namorava mortais. Quando a ciumenta descobriu a jogada, foi um deus nos acuda. Transformou a voz de Eco em eco. Hoje, quando a alcoviteira fala, só se ouve a última sílaba da palavra.
Por defender com unhas e dentes o casamento, Juno se tornou a protetora dos casais. Os homens, então, lhe fizeram uma homenagem. Deram-lhe de presente o sexto mês do ano. Para lembrar Juno, junho se chama junho.

A origem
Júpiter e Juno nasceram gregos. Na mitologia mais apreciada do mundo, eles têm outro nome. Júpiter é Zeus. Juno, Hera. Mas a história se mantém. Ele é o deus dos deuses. Ela, a mulher cimenta que luta com todas as armas pra evitar que o marido pule a cerca. Perde sempre.

Que festa!
Com junho, vêm as festas juninas. Oba! Fogueira, chita, chapéu de palha, pé de moleque, canjica, pamonha, milho assado fazem a alegria de adultos e crianças. Quadrilhas se sucedem. Casamentos na roça se celebram com divertida solenidade.
Pra curtir tanta oferta, uma condição se impõe: não confundir a festa com o santo que lhe dá o nome. São João, o primo de Jesus, é nome próprio. Escreve-se com as iniciais grandonas. A festa joga no time dos vira-latas. Nome comum, grafa-se são-joão. Assim, com hífen e letra minúscula.

A sofisticação
Quando eu era pequenino
De pé no chão
Eu cortava papel fino
Pra fazer balão
E o balão ia subindo
Para o azul da imensidão
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Os balões acendem os sonhos da meninada. Sobem, sobem, sobem. E, lá no alto, levam recados pro Senhor. Para que o Todo-Poderoso escute os apelos, preste atenção ao plural de balãozinho. Ele exige quatro passos:
1. escreva o plural da palavra no grau normal: balões
2. retire o s: balõe
3. acrescente o sufixo -zinho ao radical: balõezinho
4. devolva o s retirado lá na frente: balõezinhos

É regra
O plural pra lá de sofisticado não constitui privilégio de balão. Irmãozinhos com a mesma terminação seguem-lhe os passos: botão (botõezinhos), portão (portõezinhos), cartão (cartõezinhos), cordão (cordõezinhos), caixão (caixõezinhos), ação (açõezinhos), papelão (papelõezinhos).


Leitor pergunta

Tenho duas perguntas:
1. A crase está certa na frase "Estamos à disposição pra prestar eventuais esclarecimentos"?
2. No período "Nos colocamos à disposição para eventuais esclarecimentos", está correto iniciar o texto com o átono nos?
Marcia Kasai, Viçosa

O sinal da crase está correto em ambas as frases. Trata-se de locução adverbial formada de palavra feminina. Eis outros exemplos: Fique à vontade. Gosto de tudo às claras. Ele prefere agir às escuras. Movimentava-se às apalpadelas.
No uso formal, não iniciamos períodos com pronome átono. Melhor: Colocamo-nos à disposição para eventuais esclarecimentos.

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OPULAÇÃO NEGRA
Alagoas vai produzir a sua primeira Cartilha de Saúde
A cartilha é uma iniciativa da ONG Raízes da África e tem previsão de lançamento para 30 dias
http://www.agenciaalagoas.al.gov.br   01/06

 -Reunião de apresentação do projeto da Cartilha de Saúde "Omirá"
Alagoas terá a sua primeira Cartilha de Saúde voltada para população negra. “Omirá”, que significa liberdade, foi o nome escolhido para o projeto, que é pioneiro no Estado. O projeto foi apresentado nessa quinta-feira (31), durante reunião com a coordenadora do Programa DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Fátima Rodrigues.


A cartilha é uma iniciativa da ONG Raízes da África, dirigida por Arísia Barros, que participou do encontro com dois integrantes da equipe técnica, os médicos Rosana Vilela e Cláudio Soriano.

De acordo com Arísia Barros, uma equipe está pesquisando as principais doenças que afetam a população negra em Alagoas. O método está focado em três eixos: o que é, o que sinto e onde trato.  Conforme destacou a presidente da ONG, após a conclusão, o trabalho passará pela análise de médicos especialistas, a exemplo de Rosana Vilela, referência no tratamento de anemia falciforme.

“A cartilha é um projeto ousado de proposta de saúde pública, que vai atender aos profissionais da Atenção Básica, bem como os usuários que utilizam essa principal porta de acesso aos serviços de saúde”, afirmou a coordenadora Fátima Rodrigues.

A Sesau vai patrocinar a impressão de dois mil exemplares da cartilha. A previsão é que o lançamento aconteça em 30 dias, em Maceió. No segundo semestre, a cartilha será lançada em Belo Horizonte.


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LITERATURA

Venda de ingressos para mesas da 10ª Flip tem início hoje

DE SÃO PAULO - A Festa Literária Internacional de Paraty inicia hoje, às 10h, a venda de ingressos para seus debates.

Os interessados podem comprar por telefone (0/xx/11/4003-5588), site (www.ticketsforfun.com.br) ou nos postos credenciados (confira em www.flip.org.br).

O preço de cada uma das mesas varia de R$ 10 a R$ 40. A Flip acontece entre os dias 4 e 8 de julho. FOLHA SP 04.06

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Educação para um mundo sem fronteiras. CORREIO BSB 04.06

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Coordenadora da área de educação formal do Instituto Ayrton Senna e membro da cátedra Unesco/IAS de educação e desenvolvimento humano
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A falta de qualidade da educação brasileira não é de hoje. Já na Primeira República, o educador paulista Orestes Guimarães liderava o movimento de cunho nacionalista chamado “Entusiasmo pela educação”, e convocava a atenção da sociedade para o impacto socioeconômico e político do investimento na educação popular. No início do século 20, 80% dos brasileiros eram analfabetos e 46% da população entre sete e 14 anos se encontravam fora da escola. Segundo estatísticas da época, o Brasil estava em penúltimo lugar em índice de alfabetização entre as nações “civilizadas”.

Quase um século depois, temos ainda 9,7% de analfabetos na população entre 15 e 64 anos de idade e 3% de crianças de sete a 14 anos fora da escola. Mais: somente 56,1% dos estudantes que concluem o 3º ano do ensino fundamental aprenderam o que era esperado em leitura; e 42,8%, em matemática. E continuamos a ocupar os últimos lugares nos rankings mundiais de educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).

É um contrassenso que o Brasil, considerado a 6ª economia do mundo, esteja na lanterna nos rankings internacionais de educação. Os últimos resultados do Pisa confirmam essa discrepância entre o poder econômico de um país e o nível educacional de seus cidadãos. A avaliação da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o PIB per capita tem influência para o sucesso educativo, mas só explica 6% das diferenças de desempenho médio dos estudantes. Os outros 94% refletem o modo como os recursos fazem a diferença.

As análises da OCDE sugerem que a relação entre investimento na educação e desempenho não tem mais impacto a partir de um patamar de US$ 35 mil de gasto cumulativo por aluno em sua educação dos seis aos 15 anos. Por exemplo: países que gastam mais de US$ 100 mil com seus estudantes, como Suíça e Estados Unidos, apresentaram níveis semelhantes de desempenho em comparação aos que gastam menos da metade desse valor por aluno, como a Hungria e a Polônia.

O Brasil destina a cada aluno US$ 18 mil em média, durante os nove anos de estudo do ensino fundamental. Comparando investimento dos países e o desempenho de leitura média no Pisa, estamos acima apenas do Kirguistão, um dos países mais pobres da Ásia Central, com 5 milhões de habitantes e às voltas com guerras étnicas. Portanto, o nível de investimento com educação básica no Brasil, além de estar num patamar baixo, é ineficaz porque não implica bons resultados e indica claramente que não estamos empregando bem os investimentos em educação.

Cabe, então, uma pergunta: como fazer para que a qualidade realmente chegue a todas as escolas do país? Coreia, Finlândia e Xangai sobressaem nas avaliações internacionais de matemática e linguagem e servem como exemplos de sucesso para quem busca melhorar o desempenho educacional. Como ponto de partida, esses países acreditam que todos os alunos são capazes de aprender e lhes dão essa oportunidade, com uma abordagem individualizada na aprendizagem, foco na aquisição de habilidades complexas do pensamento desde o início da educação infantil e alinhamento com as novas tecnologias.

Outra prática importante nesses países é o foco em gestão educacional, delegando aos próprios gestores o controle sobre recursos humanos, materiais e finanças. Esse modelo requer a contrapartida governamental no compromisso com a formação inicial e contínua dos educadores, além de planos de carreira que atraiam os profissionais mais qualificados.

Os exemplos estão postos e é preciso agir com urgência para superar esse histórico de perdas na área educacional. Não se trata mais da simples vontade de “querer mudar“, mas sim de uma indeclinável “exigência de mudanças” de uma sociedade em constante transformação, que nos conecta, em tempo real, em interações físicas e digitais a um mundo sem fronteiras. Não há mais tempo para retórica sobre a abertura da escola para um incrível mundo novo.

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