domingo, 4 de julho de 2010

TOSTÃO

Brasil eliminado

.FSP 03/07

Desta vez não havia Zidane, mas Sneijder e Robben. Não é só o Brasil que tem craques

O BRASIL fez o melhor primeiro tempo e o pior segundo tempo da Copa. No primeiro, poderia ter feito mais de um gol. No segundo, quando perdia por 2 a 1, foi todo para a frente, e a Holanda teve mais chances de fazer o terceiro que o Brasil de empatar.
O Brasil, que, durante os quatro anos sob o comando de Dunga, fez um grande número de gols em jogadas aéreas, levou dois gols nesse tipo de lance.
O Brasil, que, durante quatro anos, procurou um lateral esquerdo, levou dois gols em jogadas que se iniciaram por esse setor.
O Brasil, que sempre teve um armador pela direita para ajudar Maicon (Elano ou Daniel Alves), nunca teve um armador pela esquerda para ajudar Michel Bastos. Desse lado, começaram as duas jogadas dos gols holandeses.
O Brasil, que tinha uma grande preocupação com as faltas violentas e com as expulsões de Felipe Melo, teve o jogador expulso quando o time perdia e precisava reagir. O atleta de Cristo Felipe Melo, que deu um excelente passe para o gol do Brasil, escreveu em seu Twitter, na véspera da partida: "O melhor de Deus ainda esta por vir. Creiam". Deus não gosta de jogador violento.
Foi uma repetição da Copa do Mundo de 2006, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final pela França. Lembro que, na época, assisti à partida ao lado de Clóvis Rossi, perplexo com a atuação de Zidane. Desta vez não havia Zidane, mas havia Sneijder e Robben. Não é só o Brasil que tem craques.
Dunga disse, após o jogo, que trocou Luis Fabiano por Nilmar para aproveitar sua velocidade. No momento em que o Brasil perdia e tinha de pressionar e usar as jogadas aéreas, seria muito melhor um ótimo cabeceador do que um velocista.
As virtudes do Brasil, bastante conhecidas antes da partida, como o excelente contra-ataque, as jogadas aéreas e a qualidade de seu goleiro (que falhou no gol) e de seus defensores, não acabaram por causa de uma derrota. As deficiências do Brasil, como a falta de mais talento na lateral esquerda e no meio-campo e o despreparo emocional de Felipe Melo para disputar uma Copa, ficaram ainda mais evidentes.
Como em 2006, o Brasil foi eliminado por um time de mesmo nível técnico. Não houve surpresa. Temos de valorizar o adversário. Precisamos terminar com a nossa prepotência de achar que o Brasil é sempre melhor.

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Flip abre venda de ingresso na segunda

FSP 03/07

Para minimizar problema com alta procura, organização aumenta entradas para o público que for a Paraty

Tíquetes para a oitava edição do evento, que vai de 4 a 8 de agosto e homenageará Gilberto Freyre, vão custar R$ 40

Os ingressos para a oitava edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que vai de 4 a 8 de agosto e tem como homenageado Gilberto Freyre, começam a ser vendidos na próxima segunda-feira, por internet, telefone e em pontos físicos em oito cidades (leia ao lado).
Segundo os organizadores, o número de entradas disponíveis para o público será o maior desde que o evento foi criado, em 2003.
Dos 850 ingressos para cada mesa literária da Tenda dos Autores, onde ocorrem os principais debates, 75% serão postos à venda.
O restante é distribuído entre patrocinadores, equipe técnica e acompanhantes dos convidados -universo que nos últimos anos recebeu cotas maiores, informou a assessoria do evento, sem precisar o percentual.
A medida é uma maneira de atenuar um problema recorrente da festa, a procura por ingressos para as mesas muito superior à oferta, o que força muitos interessados em acompanhar os debates a fazê-lo na Tenda do Telão, que os transmite ao vivo.
Serão 19 mesas neste ano, reunindo 35 convidados, 20 deles estrangeiros. Estão na lista o anglo-indiano Salman Rushdie (que já participara em 2005), o italiano Antonio Tabucchi a chilena Isabel Allende, além do roqueiro Lou Reed e dos cartunistas Robert Crumb e Gilbert Shelton, todos americanos.

AUMENTO
Os tíquetes para a Tenda dos Autores custam R$ 40 -um reajuste de 33% em relação ao ano passado, quando custaram R$ 30-, mesmo preço do show de abertura (Edu Lobo, Renata Rosa com Marcelo Jeneci e Quarteto de cordas da Academia da Osesp) e da conferência inaugural (de Fernando Henrique Cardoso, com Luiz Felipe de Alencastro como debatedor).
Para a Tenda do Telão, que possui 1.200 lugares (mais de 90% disponíveis ao público, segundo a organização), o valor foi mantido em R$ 10.
No ano passado o encontro literário reuniu 20 mil pessoas em Paraty.

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