terça-feira, 8 de novembro de 2011

Paralisação parcial. A greve dos servidores do Judiciário federal em Goiás deflagrada ontem teve baixa adesão. Na Justiça Federal, a estimativa do Sinjufego é que apenas 30% dos trabalhadores pararam. Já no TRT será realizado "apagão" (com paralisação total) amanhã, o mesmo acontecendo na sexta-feira, no TRE. Jorge Brito, livreiro, colecionador e pesquisador O popular/GO 08.11

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JK no traço. O pesquisador Jorge Brito reuniu mais de 100 caricaturas do ex-presidente visando à publicação de livro que contará uma versão não oficial de um período importante da história brasileira

Jorge Brito, livreiro, colecionador e pesquisador Correio BsB 08.11

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O ex-presidente Juscelino Kubitschek é um daqueles personagens que parece ter sido talhado sob medida para a pena dos caricaturistas: simpático, de riso largo, laborioso, inovador, arrojado, sonhador, pragmático, namorador, boêmio e pé de valsa. A sua história se misturou de maneira indivisível com a de Brasília, a sua obra mais audaciosa. O cearense Jorge Brito é livreiro, colecionador e pesquisador e, a cada biblioteca que compra, fica dividido entre os três interesses. Ele reuniu um precioso acervo com cerca de 100 caricaturas de Juscelino visando à publicação de um livro, a ser organizado: “É uma verdadeira história não oficial brasileira o que podemos depreender das caricaturas de Juscelino”, comenta Jorge. “Considero importante que os jovens tenham acesso a essa verdadeira história crítica do país registrada no traço dos cartunistas. A história do Brasil e de Brasília passa pela caricatura”.

Jorge mora em Brasília desde a década de 1980. A vontade de colecionar começou nos tempos em que era um menino nascido em uma família pobre, em Fortaleza, e olhava fascinado para os livros e discos dos sebos de calçada. “Ficava frustrado, pois não podia comprar nada.” Mas ele foi aprovado em um concurso para o Banco do Brasil, tornou-se funcionário público, juntou-se a colegas e fundou um sebo. O pesquisador vive em Taguatinga e reserva um dos cômodos da casa para ser uma espécie de biblioteca de babel, capaz de reunir o caos de livros, revistas e discos: “Vivo brigando comigo a cada biblioteca que adquiro. O trabalho de livreiro acabou dando vazão ao meu colecionismo. O nordestino é igual aquele bicho, o cassaco, que leva tudo para a sua toca”.

A pesquisa sobre as caricaturas é, na verdade, um recorte do interesse pela história de Brasília, que o levou a acumular um vasto acervo. As caricaturas de Juscelino foram publicadas, principalmente de 1955 a 1960, nas revistas Vitamina, Careta, O Cruzeiro, Maqui, Manchete, Mundo Ilustrado, Tribuna da Imprensa, Binômio e O Pasquim. Na Tribuna, jornal de Carlos Lacerda, JK sofreu uma oposição cerrada no traço ferino de Hilde. Na Careta, Theo destilava um humor gaiato em caricaturas e charges coloridas, com requinte gráfico. Em Vitamina, a célebre magreza do presidente Bossa Nova é gozada sob a legenda: “Um presidente muito fino”.

Polêmicas

Maqui, dirigida pelo então deputado Amaral Neto, desfechava uma crítica corrosiva a JK, quase sempre no traço da mesma Hilde, da Tribuna da Imprensa. Animado por raro senso de humor, o presidente se divertia com as polêmicas que provocava: “A caricatura é uma linguagem libertária”, comenta Jorge: “JK tinha espírito democrático e aquele período foi marcado por muita liberdade de imprensa. O humor floresceu na era JK com o surgimento de inúmeras publicações”.

A fonte de inspiração para a pesquisa de Jorge é o livro que Herman Lima organizou sobre as caricaturas de Rui Barbosa. Entre as preciosidades do acervo, Jorge tem a cópia de um desenho do cearense Mendez, ainda inédita. “É preciso contextualizar as caricaturas e charges para facilitar a compreensão de novas gerações”, enfatiza. “Era uma crítica feita com humor, imaginação e arte, mesmo quando tendenciosa ou injusta.” Ele faz questão de colocar todo o material que guarda à disposição para a pesquisa: “Não sou do tipo do colecionador que ostenta grandes volumes nas prateleiras. A informação tem de circular. Não vejo outro destino para os livros e as revistas. Acho que, apesar de ser uma cidade nova, Brasília cuida pouco de sua memória”.

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MÚSICA »Uma declaração de amor à cidade

Radicado em Brasília desde 1982, o cantor e compositor Carlos Bivar considera-se um apaixonado pela cidade. Tanto que Cotidiano, seu novo trabalho (em CD e DVD), foi planejado para ser lançado com o aniversário de 50 anos da capital brasileira. Uma série de contratempos postergou a finalização e o lançamento — que será esta noite, no restaurante Sumô Med (116 Sul). O atraso, no fim das contas, beneficiou o projeto, fazendo com que ganhasse corpo, amplitude.

COTIDIANO

Sétimo CD e segundo DVD do cantor Carlos Bivar. Lançamento independente/FAC (Fundo de Apoio à Cultura), 16 faixas. Preço médio: R$ 30. *** Correio BsB 08.11

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Em Amor de verão, faixa de abertura do disco, Bivar apresenta as intenções do trabalho: “Cotidiano é uma homenagem a Brasília, aos artistas da cidade e aos grandes nomes da MPB”. A cidade aparece em imagens (no DVD), como temática de canções (Brasília é assim, Declaração de bens a Brasília, Clube da Bossa) e nas participações de artistas locais — alguns deles, hoje vivendo no Rio de Janeiro (que também aparece nas imagens do registro audiovisual) —, como os músicos Erivelton Silva (bateria), Moises Alves (trompete), Lula Galvão (violão), Jorge Macarrão (percussão), Diana Mota (flauta), Jorge Helder (baixo) e Ademir Junior (saxofone) e os intérpretes Indiana Nomma, Sandra Dualibe e Rodrigo Araújo.

João Donato, outrora cidadão temporário de Brasília, participa da música Clube da Bossa. A ficha técnica de Cotidiano se completa com as vozes dos cariocas Dom Braga, Rosana Sabença, Nadia Maron e com o piano (e os arranjos) de João Carlos Coutinho. A lista de parceiros de composição também é vasta: Neudir da Conceição, Carlos Elias, Eugênio Monteiro, Cassia Portugal, Nonato Luiz, Salomão Di Pádua, Tibério Gaspar e Menezes Y Morais.

As 16 músicas foram gravadas no estúdio Tenda da Raposa (que funciona também como cenário do DVD), no bairro carioca de Santa Teresa. Mas tanto o registro em vídeo quanto a finalização do áudio foram feitas por equipe brasiliense. Essa ligação Rio-Brasília, mais do que dialogar com a proposta do projeto, se relaciona com a trajetória pessoal de Bivar, que deixou Manaus ainda criança e foi com a família viver na Cidade Maravilhosa. “Toda a minha influência musical vem dos anos vividos no Rio, tempo em que ouvi muita bossa nova, que marcou meu trabalho”, revela o cantor, de 59 anos.

Noite de confraternização

Com dois LPs, sete CDs e dois DVDs na bagagem, Carlos Bivar conhece bem o território onde pisa. Sua bossa tem cara própria. Em Cotidiano, o canto suave do cantor convive com outras boas vozes. O repertório de 16 faixas se impõe em quase todos os momentos e tem vários pontos altos, como a delicada Amor de verão, a homenagem à capital Declaração de bens a Brasília, a romântica Querém-quém-quém e a celebratória Clube da Bossa.

Um pouco mais de variedade e ousadia nos arranjos faria bem ao trabalho (por vezes, é difícil distinguir uma música da outra, dada a semelhança entre elas). Ao vivo, talvez, a impressão seja outra. A apresentação desta noite, no entanto, será mais uma confraternização do que um show. “Seria impossível trazer todos os participantes do disco para Brasília. Então vamos acompanhar o instrumental das músicas, em sincronia com as imagens do DVD, e cantar ao vivo”, explica. Devem participar do playback Rodrigo Araújo, Sandra Dualibe e Diana Mota — esta, filha da cantora Glória Maria (morta em 2008), uma das homenageadas de Cotidiano.

O show com banda, adianta Bivar, está programado para 19 de novembro, no Clube do Choro. Na ocasião, o cantor será acompanhado por Jeferson Alves no piano, Paulo Dantas no baixo, e Jorge Macarrão na bateria. Correio BsB 08.11

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LITERATURA. Portugal Telecom anuncia vencedores hoje. O Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2011 anuncia hoje à noite, em São Paulo, seus três vencedores. O primeiro lugar recebe R$ 100 mil; o segundo, R$ 35 mil; e o terceiro, R$ 15 mil. O concurso, realizado desde 2003, reconhece autores de língua portuguesa que tenham livros publicados no Brasil. FOLHA SP 08,11

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MÚSICA - Shows de João Gilberto têm novas datas. Depois de adiar a turnê de seus 80 anos, o cantor João Gilberto remarcou os shows. Em São Paulo, será no dia 18 de dezembro, na Via Funchal. No dia 21, João toca no Theatro Municipal do Rio. Em Salvador, será divulgado posteriormente. Em Brasília e Porto Alegre, o valor dos ingressos será estornado. FOLHA SP 08,11

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