terça-feira, 16 de março de 2010

Folha lança "Manual da Redação" 2010 – FSP 14/03

Nova versão está adaptada às normas do Acordo Ortográfico, que vigora desde 2009

Principais mudanças estão no anexo gramatical, cujas tabelas de acentuação e uso do hífen visam resposta rápida a dúvidas frequentes



A Folha lançou neste mês a versão 2010 de seu "Manual da Redação", inteiramente adaptada às normas do Acordo Ortográfico que começou a vigorar no Brasil em 2009, com período de transição até 2012.
Embora as 392 páginas da obra tenham sido revisadas, as principais modificações estão no anexo gramatical, cujas tabelas de acentuação e uso do hífen visam responder rapidamente a dúvidas frequentes suscitadas pelas novas regras.
Thaís Nicoleti de Camargo, consultora de língua portuguesa do grupo Folha-UOL e uma das pessoas responsáveis pelo anexo gramatical, diz que as mudanças tornaram o manual "mais didático e de compreensão imediata". "A tabela de hifens foi a mais trabalhosa."
Outras mudanças de conteúdo estão no anexo jurídico, revisto pelos advogados Luís Francisco Carvalho Filho e Taís Gasparian. Nele, foram alterados os verbetes referentes à Lei de Imprensa, revogada pelo Supremo em 2009, e à obrigatoriedade do diploma em jornalismo para exercer a profissão, também derrubada pelo STF no ano passado.

Referência
A versão 2010 do "Manual da Redação" atualiza a que foi lançada em 2001, a quarta desde o início do projeto editorial da Folha (as anteriores datam de 1984, 1987 e 1992). Segundo a Publifolha, que edita a obra, foram 52 mil exemplares vendidos de 2001 até abril de 2009.
Ana Busch, diretora-executiva da Publifolha, diz que grande parte do público do manual é formada por estudantes e profissionais de comunicação. "Mas também há forte interesse de qualquer um que precise lidar com texto no dia a dia." A média anual de venda do livro, afirma Busch, varia muito pouco, o que demonstra seu status de obra de referência na área.
Para Sérgio Dávila, que assume amanhã o cargo de editor-executivo da Folha, as vendas "impressionam num país em que um livro é best-seller a partir de 5.000 cópias e mostram o interesse que o manual continua a despertar para além da comunidade jornalística".
Segundo Dávila, embora com foco na reforma, a atualização reflete o desejo do jornal de fazer do manual "não uma tábua de leis imutável e dogmática, mas um organismo vivo e atento às mudanças no jornalismo".

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