quarta-feira, 3 de março de 2010

Livro eletrônico não vai criar novos leitores

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O DONO da Livraria Cultura, Pedro Herz, avalia que o alarido em torno dos e-readers, os leitores eletrônicos que para muitos extinguirão o livro de papel, não passa de "uma nuvem". A ameaça real ao futuro do livro, opina, é ausência de novos leitores entre os jovens. Para ele, há um apagão na educação do país que, somado à redução no tamanho das famílias instruídas, projeta uma perspectiva sombria para o livro no Brasil.

Numa viagem recente à Nova York, o dono da Livraria Cultura, Pedro Herz, fez um teste: ao andar de metrô pela cidade, observou quantos passageiros portavam e-readers. Em dez dias, encontrou um único leitor com o novo equipamento.
Herz diz já ter visto burburinho semelhante em outros tempos, e atribui tanto barulho à sede da indústria eletrônica por escoar os novos produtos que cria a cada ano.
Apesar do ceticismo, ele informa que em março a Cultura passará a vender 150 mil títulos de e-books em suas lojas.
Neste ano, a rede, que tem nove lojas (cinco em São Paulo e outras em Campinas, Recife, Porto Alegre e Brasília), abrirá mais três: Salvador, Fortaleza e uma segunda na capital federal.
FSP 21/02

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