Aumenta a participação de investidor de outros países no financiamento da dívida pública
A
Dois eventos explicam esse número. O primeiro diz respeito ao aumento nominal de R$ 5 bilhões na participação desse tipo de investidor na dívida, devido a incertezas no âmbito externo, e à remuneração elevada (sobretudo da taxa Selic) paga pelo governo a seus credores. O segundo, à queda da dívida mobiliária interna, de 3,05%, em razão do vencimento, em 1º de janeiro, de R$ 100 bilhões em títulos federais.
Normalmente, a remuneração paga por um papel de dívida soberana leva em conta o risco de o país emissor dar o calote e as condições da economia do país, com destaque para a taxa de juros oficial. Atualmente, a taxa Selic está em 8,75% ao ano, os maiores juros reais (descontada a inflação) em todo o mundo. “Os juros (só) são um atrativo se acompanhados das condições macroeconômicas”, explica o coordenador-geral de operações da Dívida Pública, Fernando Garrido. Segundo ele, além desses fundamentos, a perspectiva de continuidade do bom desempenho do país emissor é o que mais conta para o estrangeiro comprar um papel de dívida soberana.
Essa é a mesma relação para a oferta de dívida mobiliária externa. No primeiro mês do ano, a parcela desses papéis cresceu 3,05% no estoque da dívida mobiliária federal, em razão da valorização do dólar no período e da apropriação de juros (correção de remunerações pagas a esses papéis). No mesmo sentido vieram os resultados do programa Tesouro Direto, que são aplicações voltadas ao investidor pessoa física. Em janeiro, o montante financeiro vendido pelo Tesouro Direto chegou a R$ 212,69 milhões. O resultado de janeiro ficou 68,47% maior ante dezembro e 12% acima do desempenho de igual mês de 2009.
O número
R$ 114,45 bilhões
Total da participação de estrangeiros nos papéis da dívida brasileira, que em janeiro atingiu R$ 1,4 trilhão
A Bienal Internaciona lde Istambul anunciou como curadores de sua 12 ª edição o brasileiro Adriano Pedrosa e o costa-riquenho Jens Hoffmann. Pedrosa foi curador de duas bienais de SP (1998 e 2006) e do 31º Panorama da Arte Brasileira, polêmico por não incluir artistas brasileiros. A Bienal de Istambul, que ganhou destaque no calendário internacional das Artes Plásticas, ocorrerá no fim de 2011.
Diretor de evento diz que Brasil não ofereceu opções
A modesta participação brasileira no 60º Festival Internacional de Cinema de Berlim, sem nenhum filme concorrendo ao Urso de Ouro -a ser anunciado hoje-, foi pura falta de opção, segundo o diretor do evento, Dieter Kosslick, 61. Em entrevista à Folha, ontem, o responsável desde 2001 pela seleção da Berlinale afirmou ter todos os meios para encontrar os bons filmes brasileiros para o festival, "mas apenas não funcionou neste ano para a nossa competição".
Ele aponta para um papel com os cinco longas e o curta brasileiros que foram exibidos em seções menores: "Isso foi tudo o que encontramos".
Seria uma indicação de que a produção nacional está enfraquecida? "Não é nada", contesta. "Também não temos nenhum filme francês na competição. Há momentos, há anos em que não há nada. Temos muito boa relação com os brasileiros e nossos representantes lá, procurando filmes. Então, possuímos bons contatos, tudo de que precisamos, mas apenas não funcionou", afirma o diretor. "Nada especial. Nada a dizer sobre isso."
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