Espaço valioso
Artistas que expõem trabalhos e ministram oficinas no Festival 7 Artes comemoram a boa aceitação do público
Se para o público o Festival 7 Artes, promovido pelo POPULAR e pelo Shopping Bougainville, tem sido uma boa opção de acesso a produtos culturais na cidade, para os artistas o espaço tem se mostrado valioso, entre outros fatores, por ser uma oportunidade rara de ter contato direto com esse público. Desde sexta-feira (com programação que vai até domingo), os artistas convidados têm tido a chance de trocar ideias, comentar suas obras e acima de tudo expor um pouco mais seus processos de trabalho àqueles que acabam sendo seus consumidores.“Minha experiência foi excelente ao lidar com várias faixas etárias de crianças e adolescentes a idosos. É sem dúvida uma iniciativa muito boa, que nos permite contato com as pessoas”, elogia a fotógrafa e cineasta Rosa Berardo, que ministrou oficina de fotografia na segunda-feira e é autora de trabalhos expostos. Além da oportunidade de ter suas produções apreciadas junto a obras de outros artistas, sempre com entrada franca, Rosa vê também com bons olhos essa proximidade, que considera importante.
Para Rosa, nestas ocasiões é possível reavivar a constatação de que as pessoas ainda se interessam muito por produções culturais e sobre como elas são produzidas. No caso da fotografia, ela salienta que também pode observar como todos acabam revelando que tem, de maneira ou de outra, algum tipo diferente de sensibilidade no olhar para apreciar e – por que não? – também produzir. “É uma boa chance de perceber que às vezes não temos ideia de que quanto podemos ter olhares diferentes na fotografia”, afirma.
Contatos
Recém-chegado a Goiânia, vindo de Bonito (MS), o designer Sabino Jan-Job (na assinatura das obras, simplesmente Sabino) também se entusiasma com a oportunidade de ficar cara a cara com o público e ainda conhecer outros artistas locais. “Isso acaba abrindo espaço importante para nós, até para fazer contatos”, observa ele, que já ministrou duas oficinas disputadas, uma para adultos e outra para crianças, e ainda expõe trabalhos em madeira, sua especialidade de trabalho.
A artista plástica Maria Aline Petterson, que trabalha com arte e escultura em vidro, ficou surpresa com a procura e o preenchimento total de suas duas oficinas, quando chegou sua vez. Preocupada em montar um programa lúdico, mas que respeitasse o conceito de seu trabalho, ela optou por ensinar uma técnica acessível de tinta sobre vidro, já que também teria um público inevitavelmente misto, de crianças a mais velhos. “Além de mostrar meu trabalho, ainda tenho a oportunidade de conhecer muita gente, dos quais acabo até ficando amiga”, revela.
Especialista em desenho sobre papel e também autor de quadros que podem ser vistos no espaço, o desenhista Reis Néri destaca a importância que o evento tem obtido no despertar de possíveis novos talentos. Após observarem obras suas, muitos visitantes foram falar com ele e não perderam a abertura para sanar dúvidas sobre seu processo criativo, além, claro, de se interessar em participar de sua oficina. “Alguns chegaram falando sobre meus trabalhos, sem vergonha, explicando que agora estavam com mais confiança e motivados em também se arriscar a produzir”, conta.
Motivação também não faltou na apresentação da professora Joelma Gomes, responsável por uma oficina de vivências com o corpo. A prática, que consiste em jogos para aumentar a consciência corporal, geralmente é empregada por ela em ambientes corporativos. Pela primeira vez, experimentou aplicar seu método a uma turma heterogênea. “Atingimos o objetivo de integrar os participantes e o feedback foi positivo. Foi uma boa experiência”, comemora ela, que espera ter outra oportunidade de repeti-la.
Coordenador de dois estudos sobre as novelas brasileiras -um focado em taxas de fertilidade e outro, em índices de divórcio-, Chong e equipe analisaram 115 novelas exibidas pela Globo às 19h e às 20h, entre 1965 e 1999.
As taxas de fertilidade (número de nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva) caíram 60% no período, enquanto os divórcios aumentaram mais de cinco vezes desde a década de 80. Nos mesmos anos, a presença dos aparelhos de TV nos domicílios aumentou em mais de dez vezes.
"Nossos resultados indicam que, mesmo levando-se em conta outros fatores ligados a desenvolvimento [do país] e similares, ainda notamos um impacto significativo das novelas em longo prazo", diz Chong.
Áreas com e sem sinal da Globo, por exemplo, têm diferenças consideradas significativas pelo economista. Caiu 0,6 ponto percentual a taxa de fertilidade em regiões que recebiam as novelas da emissora.
O contrário ocorre com o divórcio: é maior (de
Nas novelas, segundo o estudo, 26% das personagens principais eram infiéis.
FLIP CONFIRMA PRIMEIRO NOME ESTRANGEIRO DE 2010
O irlandês Colum McCann, autor de dois livros de contos e seis romances, é o primeiro nome estrangeiro confirmado pela organização da Flip
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