Levantamento inédito feito pela Folha mostra que empresas que fizeram doações eleitorais receberam recursos públicos destinados pelos mesmos deputados que ajudaram a eleger.
Foram cruzados a lista de doadores nas campanhas de 2006 e 2008 e os gastos secretos da verba indenizatória, que custeia despesas relacionadas à atividade parlamentar. Levando em conta os deputados que receberam maiores doações, existem pelo menos dez casos em que a empresa doadora foi contratada pelo congressista para quem contribuiu.
O número de empresas que são tanto beneficiárias da verba indenizatória como doadoras de campanha representa cerca de 10% das que emitiram notas para os deputados no período.
As cerca de 1.400 empresas que receberam recursos da verba da Câmara gastaram R$ 22,1 milhões em doações.FSP 25/01
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MÚSICA
O saxofonista das ruas
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Bombeiro que passa as horas livres tocando nas entrequadras encabeça projeto para incentivar outros instrumentistas a ocupar a cidade
Durante o dia, vestido como bombeiro, ele luta contra o tempo para salvar vidas. Mas é nas folgas que João Alves da Cruz Filho, de 39 anos, se divide entre manhã, tarde e noite para encantar quem passa por ele. De bermuda, tênis, camiseta regata e várias tatuagens cobrindo os braços, ele vai para as ruas do Plano Piloto. No comércio das entrequadras, no ponto de ônibus, onde houver gente, monta a parafernália de som e empunha o saxofone. “Sou o exército de um homem só”, diz. Fonte:
Correioweb.com.br 24/01
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União alternativa
Enquanto o Brasil não tem uma legislação específica para a união de homossexuais, casais gays têm buscado um caminho antes só usado pelos héteros: oficializar a relação em uma escritura pública de convivência afetiva registrada em cartório. Em 2009, o 26º Tabelionato de Notas de São Paulo, na praça João Mendes, fez 202 delas para homossexuais -contra 270 para heterossexuais.
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Segundo o tabelião Paulo Roberto Gaiger, esse número vem aumentando desde 2002, quando o INSS publicou uma instrução normativa garantindo a companheiros do mesmo sexo o direito à pensão. Ele falou à coluna:
FOLHA - O que essa escritura garante aos casais homossexuais? PAULO ROBERTO GAIGER - Primeiro, a proteção aos diretos dos companheiros, fundamentada na Constituição, no que chamamos princípio da igualdade. Depois, os companheiros informam se são ou não dependentes econômicos entre si, e aí definem o regime de bens que querem adotar. Depois, declaram se têm bens particulares e em comum. Alguns ainda fazem declarações sobre tratamentos de saúde. FSP 07/01
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“Atualmente, o volume de pessoas fora do mercado está mais ligado à qualificação. O desemprego atinge 7,4% da população economicamente ativa e só 19,4% dos jovens com idade entre 15 e 24 anos estão ocupados. Levantamentos confirmam o que milhares de brasileiros já sabem: o baixo nível de escolaridade e de qualificação leva a poucas opções de emprego e remuneração menor. No universo de 92,3 milhões de trabalhadores, 29,1% têm rendimentos inferiores a um salário mínimo e 31%, entre um e dois salários mínimos. As mudanças são lentas, as grades de aula não refletem os problemas práticos do cotidiano. O ensino tem que deixar de ser tão burocrático”
Célio Cunha, especialista em educação da Unesco e professor da UnB
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Livro: A íris do olho da noite do escritor Menezes Y Morais
Escritor Menezes y Morais, como é conhecido, nasceu em Altos, Piauí. Radicado em Brasília desde 1980, lidera o movimento Coletivo de Poetas que existe há 19 anos e que realiza saraus em todo o Distrito Federal.
Jornalista e escritor José Roberto da Silva
Livro “A outra orelha de van gogh” de José Roberto da Silva
A poesia de Zé Roberto é de marinhagem terrestre seduzida pelas musas, sereias da poesia. “A outra orelha de van gogh” é título duplo pois ecoa o silêncio que se segue ao amor, sendo o mais enigmático e dionisíaco; um livro “borgeano”, refletindo nos labirintos de espelhos a essência da luta na cidade transbabylônica. Zé é daqueles que anuncia: “de todos os artefatos, ainda prefiro a poesia”. Jornalista, inspirado no movimento de Poesia Concreta dos anos 60, sua poesia rápida, dinâmica, com a linguagem do cartaz, que transmite, fotografa ambientes e sensações.
Reflexão !!!!!!
Pedaços da memória
Numa ilha perdida no oceano, deixaram de nascer criancinhas. Homens e mulheres viviam em paz, não se atraíam, viviam todos como irmãos, na inocência natural da carne.
Um missionário foi lá para saber o que estava acontecendo. E ficou horrorizado: homens e mulheres andavam nus, na maior intimidade, nem sabiam o que era sexo. Na mesma hora, o missionário rasgou a batina e fez pequeninas tangas para que as mulheres pelo menos escondessem o que fosse possível.
Na primeira noite, o missionário foi dormir, mas não conseguiu. Os machos procuravam desesperadamente as fêmeas, muito se fornicou à custa das pequeninas tangas que excitaram os homens e deram mais prazer às mulheres. Meses depois, nasciam criancinhas naquela ilha perdida no oceano. O missionário as batizava, pois lá ficara para sempre.CARLOS HEITOR CONY Folha sp 27.04
Lançamento do livro de Climério Ferreira
Poesia Mínima & Frases Amenas é o mais recente livro do Climério Ferreira, uma grande obra construída, tijolo a tijolo, com a argamassa da síntese em que as palavras se fazem de cimento e dão liga ao concreto.
Livro Poesia Mínima & Frases Amenas de Climério Ferreira
É possível ler o livro sem parar. Aliás, este é o primeiro impulso. Mas logo se percebe que, como um bom vinho, o melhor mesmo é degustar, sem pressa. Até porque a síntese poética tem o poder de provocar reações, remeter a lembranças.
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JUSTIÇA
Promotoria troca processo por doação de livros em São Carlos
DE RIBEIRÃO PRETO - Suspeitos de cometerem crimes federais leves em São Carlos (232 km de São Paulo) estão se deparando com uma proposta inusitada do Ministério Público Federal: doar livros em vez de responder ao processo.
O acordo começou a ser proposto há sete meses para casos em que a punição é inferior a dois anos e para suspeitos sem antecedentes criminais. Se enquadram nessa situação crimes como falso testemunho, contrabando, descaminho e desacato, por exemplo. Fonte: www.folha.uol.com.br
Antônio Miranda
Antonio Lisboa Carvalho de Miranda é maranhense nascido em 5 de agosto de 1940. Membro da Academia de Letras do Distrito Federal, foi colaborador de revistas e suplementos literários como o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil e também o La Nación (Buenos Aires, Argentina) e Imagen (Caracas, Venezuela). Professor e ex-coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília, Brasil, ministra aulas e cursos por todo o Brasil e países ibero-americanos. Também é consultor em planejamento e arquitetura de Bibliotecas e Centros de Documentação. Doutor em Ciência da Comunicação (Universidade de São Paulo, 1987), fez mestrado em Biblioteconomia na Loughborough University of Technology, LUT, Inglaterra, 1975. Sua formação em Bibliotecologia é da Universidad Central de Venezuela, UCV, Venezuela, 1970. Foi Diretor da Biblioteca Nacional de Brasília de 2007 a 2010.
DETRÁS DEL ESPEJO, poemas de Antonio Miranda,
traducción y prólogo de Elga Pérez-Laborde. www.abraceeditora.com
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PARA VIVER COM POESIA
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não consegue levar: um estribilho antigo, o carinho no momento preciso, o folhear de um livro, o cheiro que um dia teve o próprio vento...
Mário Quintana
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O tempo é lento demais para os que esperam... rápido demais para os que temem... longo demais para os que sofrem... curto demais para os que celebram... mas para os que amam, o tempo é eterno. (Henry Van Dyke)
Nicolas Behr - Poesia Pau-Brasília
Nicolas Behr (Nikolaus von Behr) nasceu em Cuiabá, em 1958. Cursou o primário com os padres jesuítas em Diamantino, MT, onde os pais eram fazendeiros. Mudou-se para a capital aos 10 anos e queria ser geólogo, arqueológo ou historiador. Mora em Brasília desde 1974. http://www.nicolasbehr.com.br/
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POESIA
Versos de bar em bar
A geração mimeógrafo, que tem emNicolas Behr o mais conhecido representante na cidade, fez escola e tem seguidores. Uma delas é Mira Alves, poetisa que busca divulgar o trabalho distribuindo seus livretos em bares e restaurantes de Brasília. Informações: miraa1. ecosol@gmail.com ou 8157-4119.
Poeta Jorge Amâncio
Jorge Amancio é fundador do Centro de Estudos Afro Brasileiro e do Grupo Cultural Axé Dudu. Faz parte da Academia de letras do Brasil - secção DF, do Coletivo de Poetas de Brasília e do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Já participou de diversas antologias e publicou em 2007 o livro NEGROJORGEN. É coordenador do projeto Poemação – Sarau Videoliteromusical, que acontece na Biblioteca Nacional de Brasília. Mantém os blogs negrojorgen.blogspot.com e poemacao.blogspot.com.
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"Vivemos em um continente cheio de anacronismos. Por isso é um terreno fértil para a literatura. O escritor não pode escapar dessas percepções, mesmo que só queira contar uma história de amor"SERGIO RAMÍREZ escritor nicaraguense
Marcos Freitas
Brasília/DF . “Escrever é fácil: você começa com uma letra Maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias.” Neruda. "Temos a arte para que a verdade não nos destrua..."; Nietzsche http://emversoeprosa.blogspot.com/
Lançamento ( 2010) mf
Livro de Marcos Freitas - URDIDURA DE SONHOS E ASSOMBROS (Poemas Escolhidos 2003-2007).
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“ Pode-se conhecer facilmente o caráter de um homem pela relação que ele mantém com o idioma (...).Elegância demasiada é suspeita, porque encobre um vazio.(...)O brasileiro, até mesmo no sentido filosófico, fala com sinceridade.Ele ainda deve criar sua própria linguagem.Isso também o obriga a pensar com sinceridade."João Guimarães Rosa
Jorge Ferreira
Empresário e escritor (poeta). Mineiro da cidade de Cruzília. Proprietário de bares em Brasília: Feitiço MIneiro, Armazém do Ferreira, Bar Brasília, Bar Brahma, Mercado Municipal ...
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Durante dias e dias o país inteiro discutiu uma miragem, um não-fato, algo que não existia. E na discussão se leu de tudo, analistas com julgamentos definitivos sobre a questão, acadêmicos soltando sentenças condenatórias, jornalistas atirando flechas na miragem.
O livro massacrado não defendia a norma “inculta”. Apenas seguia recomendações do Ministério da Educação, em vigor desde 1997, de não desprezar a fala popular. Era uma recomendação para que os jovens alfabetizados, que aprendem a falar corretamente, não desprezem pessoas do seu próprio meio, que não tiveram acesso à chamada norma culta.
Livro singelo de versos e causos do mineiro Jorge Ferreira foi escrito com entusiasmo para presentear os amigos no dia dos seus 50 anos. O bom texto traz imagens claras e potentes: seu próprio eu, que ele mesmo estranha; o pai que partiu antes da hora; o tio morto com seu terno azul de lisras claras e a gravata ainda cheiranda naftalina; uma Paulinha que se foi porque tudo tem seu fim; uma homenagem ao amigo que a política, cruel, abateu, mas voltará. Curtam este livro extraindo dele as palavras de um bom companheiro.
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