Aventuras de Luana
Em Capoeira e liberdade, a menina Luana, de 8 anos, volta a contar as histórias e as tradições de seu povo. Agora, ela parte em busca de um berimbau perdido há muito tempo e resgata parte da história dos negros. Editora FTD; autores: Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino; 62 páginas; R$ 22,30.
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Conto de Angola
A árvore dos gincongos é um conto infantil da autora angolana Maria Celestina Fernandes e ganha vida nas mãos do ilustrador candango Jô Oliveira. O conto traz a crença de que os gincongos, os gêmeos, são enviados da deusa das águas Kyândá e, por isso, são seres especiais, de grande sensibilidade e que não podem ser contrariados. Coleção Histórias de além mar; editora Difusão Cultural do Livro; 40 páginas; R$ 28.
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ABC afro-brasileiro traz toda a herança africana no Brasil: tradições, histórias e músicas. Cada letra apresenta um verbete, e as ilustrações, de cores fortes e vibrantes, trazem elementos da cultura afro-brasileira. Editora SM; autora e ilustradora: Carolina Cunha; 48 páginas; R$ 30.
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Dias de santos e heróis
Esse livro apresenta ao pequeno leitor a história por trás das datas comemorativas que ilustram nossos calendários. Além do Dia Nacional da Bandeira Nacional, do Dia do Índio, por exemplo, destaca o Dia Nacional da Consciência Negra. Editora Promo; autora: Rosângela Vieira Rocha; ilustradora: Marilena Saito; 48 páginas; R$ 34,90.
Hoje, a dimensão dos obstáculos e das oportunidades que compartilhamos é maior que a conhecida por qualquer outra geração anterior.
Por isso, o futuro de qualquer sociedade depende tanto de um bom governo dentro das fronteiras quanto da capacidade institucional de cooperar agilmente no cenário internacional.
Pode-se afirmar, portanto, que a história nos aproxima e que o presente nos acerca, mas que nada pode nos unir mais que o futuro. Um futuro em que a cultura tem que ser a protagonista.
Mas, se a cultura nos cultiva, é não somente porque aumenta as nossas capacidades mas também porque nos nutre de valores imprescindíveis, como a responsabilidade e o compromisso, o esforço e a tolerância. Ela altera o modo como nos vemos e, ao fazê-lo, melhora nossa autoestima -e, ademais, transforma nossa maneira de ver os outros.
Por essa mesma razão, no âmbito cívico, incentivar a cultura significa fortalecer a convivência, reforçar o respeito e lutar contra todas as formas de discriminação.
Por isso é que devemos nos esforçar para que aqueles que têm mais barreiras para acessar a cultura ou se expressar artisticamente tenham a oportunidade de superar o atual abismo cultural que ainda persiste nas nossas sociedades.
É necessário termos sempre muito presente que os benefícios que a cultura pode trazer não são somente aqueles mensuráveis, numeráveis.
Há também os benefícios imateriais -que são, curiosamente, os que mais geram riquezas no médio e no longo prazos, como a preservação da diversidade ou a luta contra a exclusão social.
Não é fruto do acaso que as sociedades mais avançadas, as que contam com os melhores índices de bem-estar, sejam sempre aquelas em que a pluralidade e o acesso à cultura estão mais garantidos.
No âmbito econômico, impulsionar a cultura implica modernizar o tecido produtivo dos nossos países, acabar completamente com o modelo da depredação e avançar em direção a um modelo mais centrado na inteligência e na sensibilidade.
Os antigos gregos definiam as crises como os períodos em que o velho terminava de desaparecer e o novo terminava de nascer. O final do neoliberalismo, da cosmovisão despreocupada com a igualdade e obcecada pelo consumo rápido e pelos benefícios do curto prazo, proporciona a nós a intuição de uma ocasião que, juntos, devemos usar não só para aproveitar as oportunidades empresariais, não só para projetar em alta definição a imagem dos nossos países, mas também para melhorar a qualidade de vida das futuras gerações.
ÁNGELES GONZÁLEZ-SINDE REIG , roteirista e diretora de filmes, é ministra da Cultura da Espanha. Fonte : (FSP 02/10)
Conhecer outras realidades, sentir culturas diferentes e fugir da visão do dia a dia ajudam o profissional a aumentar o seu rendimento e a livrar-se do esgotamento de idéias, comum no mundo empresarial. “Nas empresas, tudo é muito corrido, assim, quem tem uma bagagem cultural e consegue fazer a conexão com o que trabalha sai na frente”, aposta Márcia Garcia, diretora do Grupo Labor.
Foi o que percebeu o chefe e os colegas de trabalho de Samya Mileine, 23 anos. A bancária sempre gostou de ir a peças teatrais, tanto que um dia se inscreveu em uma oficina de teatro oferecida pelo Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. Hoje, ela e outros bancários montaram uma companhia. “O teatro melhorou meu trabalho, isso repercutiu de tal maneira que vários colegas já me perguntaram quando será a próxima oficina para eles também participarem”, conta a brasiliense.
O consumo de cultura e arte geralmente é feito em seus momentos de lazer. Por isso, mesmo que a cultura seja importante na carreira, as escolhas pessoais por entretenimento não podem ser baseadas somente no pensamento da empresa, mas sim nas preferências pessoais. Até porque dificilmente alguém absorve o que não gosta no seu tempo vago.
“Ninguém diz: você precisa saber isso ou aquilo para fazer o diferencial. É toda uma bagagem que você vai adquirindo com o tempo”, comenta Fábio Saad, gerente de mercado financeiro da recrutadora Robert Half. “Além disso, o funcionário nunca sabe em que situação vai ter que usar seus conhecimentos. Não dá para prever. Por isso, é preciso estar sempre aberto a todas as manifestações culturais. Pode ser que surja um cliente de outro país e é bom você conhecer a cultura dele, por exemplo”, complementa Carmen Cavalcanti, diretora da Rhaiz Soluções
Sempre
Assim, o profissional não precisa ter vergonha de suas preferências, seja porque elas não são as mais sofisticadas, como frequentar uma exposição ou ir a um cinema alternativo, seja porque não são o que está na moda. Uma hora ou outra, ele pode usar um conhecimento que nunca imaginou que pudesse ser necessário. “Quando falamos em cultura, abrangemos várias coisas. Toda hora, você demonstra cultura, então, o que é chamado cultura inútil também é bem-vindo”, acredita Fábio Saad, gerente de mercado financeiro da recrutadora Robert Half.
Dessa forma, o gosto pela arte, pela música e pela literatura pode gerar afinidades tanto com colegas de trabalho quanto com clientes, o que aumenta a rede de relacionamentos e melhora o trabalho em equipe. “A cultura é muito rotulada, o profissional tem que saber que a empresa e o recrutador não estão avaliando o tipo de cultura, mas se ele se interessa por alguma coisa extra”, analisa Carmen Cavalcanti, diretora da Rhaiz Soluções
Apesar de as empresas desejarem que seus funcionários cheguem com uma boa formação cultural, é preciso também que elas invistam nesse processo. Essa é a opinião da coordenadora do Programa de Arte e Cultura da Universidade Católica de Brasília, Renata Sthepanes. Segundo ela, as organizações também devem dar a sua colaboração para o ócio criativo dos funcionários. “O empresário pode promover um coral ou uma feira de talentos, isso vai melhorar a imagem da empresa e aumentar os rendimentos”, analisa a coordenadora que já organizou grupos de coral em duas empresas
A Justiça erra, um homem paga
Aldenor Ferreira da Silva foi condenado em 1995 por homicídio ocorrido em 1980. Mas a vítima — bem viva — acabou presa anos depois do suposto crime. Somente ontem, desembargadores do DF reconheceram oficialmente a grave falha.
Condenado a 20 anos de prisão por latrocínio em 2003, Aldo José Rodrigues chegou a ficar 14 meses na cadeia. Mas o rapaz é inocente
Quando foi preso, na primeira hora de 27 de agosto de 2003, Aldo José Silva Rodrigues tinha a saúde perfeita. Quase 14 meses depois, quando magistrados ordenaram a sua soltura imediata, ele deixou o a penitenciária da Papuda 20kg mais magro, surdo de um ouvido, com a audição diminuída no outro e órgãos intestinais inutilizados. A debilidade é consequência de espancamentos e da falta de assistência, segundo médicos e a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. CrB 12/11
Menos vagas para pobres que estudam
Pagar pela educação dos filhos exigirá sacrifícios no ano que vem. O preço da mensalidade nas escolas particulares de Brasília vai subir até 11% em 2010. O percentual é muito superior à inflação registrada nos últimos 12 meses — 4,36%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). O sindicato das instituições de ensino (Sinepe) recomendou um aumento entre 6,5% e 7%, mas diversos colégios já anunciaram valores acima desse patamar.
Como é caro cuidar da saúde
Como é caro cuidar da saúde
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Escola pública para todos, sem discriminação de cidadãos, com os mesmos critérios de qualidade e eficiência. Os impostos progressivos justificam a presença de todos no mesmo e universal sistema escolar. Todos, igualmente, teriam acesso ao mesmo conhecimento. Alcançariam o mesmo nível de oportunidade de propor sua participação e oferecer sua criatividade em benefício da sociedade. Estariam garantidas a liberdade e a democracia.” EUGÊNIO GIOVENARDI
Não é de pé, não é deitado, não é lendo revista. Lugar de se alimentar é sentado à mesa, prestando atenção naquilo que está comendo
É preciso mastigar bem a comida
As pessoas aprenderam com a mãe e com a avó que a comida tem de ser pesada... Acham que comer bem é deixar o estômago cheio
No Brasil, a proporção é de apenas 22%. O maior desnível acontece na saúde, setor em que o Brasil investe 7% dos gastos, menos da metade do que Noruega (18%), Austrália (17%) e Islândia (18%).
Completaram-se na semana passada 90 dias de censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", impedido de publicar notícias referentes a uma operação da PF envolvendo o filho do presidente do Senado, José Sarney.
O jornal "O Povo", do Ceará, foi proibido por decisão judicial de noticiar o andamento de um processo sobre o jogo do bicho naquele Estado. Na Bahia, o jornal "A Tarde" conheceu a censura prévia para quaisquer notícias a respeito de um desembargador, acusado de suposta venda de votos. Em Florianópolis, decidiu-se pela apreensão de um jornal (e a retirada de seu site na internet) por trazer acusações contra o prefeito da cidade. Nesta Folha, o colunista José Simão teve silenciados seus comentários humorísticos a respeito de uma atriz de telenovela.
A defesa da plena liberdade de expressão e do direito à informação não exclui, por certo, que jornalistas e órgãos de comunicação venham a ser responsabilizados pelos deslizes e abusos que cometam. Nos planos penal e civil, a sociedade conta com mecanismos capazes de coibir violações da honra e da privacidade dos cidadãos. FSP 03/11
E a dissertação do vestibular? É recado. Então por que aquele frio na espinha? Só de pensar nela as mãos ficam geladas. O coração dispara. O suor jorra. Os sintomas têm um nome – medo. Do quê? O que apavora é não ter nada para dizer. Qual a saída? Ser esperto. Você já leu muitos livros, revistas e jornais. Viu milhares de filmes. Conversou sobre variados assuntos. Assistiu a incontáveis telejornais. Está pra lá de preparado. Tem assunto pra dar e vender. Na hora de dar seu recado, fique calmo. E siga as dicas.
1 – Respire fundo. Três vezes. Devagarinho. Deixe o ar chegar lá em baixo, no fundão da barriga. Visualize o umbigo. Sorria para ele. Por dentro e por fora.
2 – Leia o tema da redação. Entenda-o. Faça as outras provas. Enquanto você resolve questões de português, física, história, a cabeça vai pensando. Vai se organizando. Quietinha. Na hora de redigir, as idéias fluem como num passe de mágica. É só pôr no papel.
3 – Planeje o texto: delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias capazes de sustentar sua tese. Depois, faça um plano como o proposto no esqueminha:
Tema: o assunto geral do texto.
Delimitação do tema: aspecto do tema que vai ser tratado.
Objetivo: aonde você quer chegar com seu texto?
Idéias do desenvolvimento: argumentos, exemplos, comparações, confrontos e tudo que ajudar na sustentação do ponto de vista que você quer defender.
4 – Vai um exemplo de plano:
Tema: Brasília
Delimitação: turismo
Objetivo
Idéias
Com o plano feito, é hora de redigir. Mãos à obra.
5 – Comece pelo começo. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declaração, uma citação, uma pergunta, um verso, a letra de uma música. Depois desenvolva a sua tese. Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com um fecho elegante.
6 – Seja natural. Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto um toque humano. Você está escrevendo para pessoas. Gente igual a você.
7 – Use frases curtas. Com elas, você tropeça menos nas vírgulas, nos pontos ou nas reticências. Uma frase longa, ensinou Vinicius de Moraes, não é nada mais que duas curtas.
8 – Ponha as sentenças na forma positiva. Diga o que é, nunca o que não é. Em vez de escrever ele não assiste regularmente às aulas, escreva ele falta com freqüência às aulas.
9 – Prefira palavras curtas e simples. Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Casa, residência ou domicílio? Casa.
10 – Opte pela voz ativa. Ela deixa o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa o desmaiado, sem graça. Compare: Os alunos fizeram a redação. (voz ativa). A redação foi feita pelos alunos. (voz passiva)
11 – Abuse de substantivos e verbos. Seja sovina com adjetivos e advérbios. Eles são os inimigos do estilo enxuto.
12 – Seja conciso. Respeite a paciência do leitor. A frase não deve ter palavras desnecessárias. Por quê? Pela mesma razão que o desenho não deve ter linhas desnecessárias ou a máquina peças desnecessárias.
13 – Revise. Sua redação tem começo, meio e fim? Você defendeu seu ponto de vista? Escreveu parágrafos com tópico frasal e desenvolvimento? Respeitou a correção gramatical? (Redobre os cuidados com a pontuação, a regência, a crase, a concordância. Triplique a atenção com a passiva sintética – do tipo vendem-se carros – com o sujeito posposto ao verbo.)
14 – Avalie. As frases soam bem? Sem cacófatos (por cada, por tão, uma mão, boca dela)? Sem rimas (rigor do calor)? Você começou bem? Terminou melhor? Tenha a certeza: uma vaga da universidade é sua.
10 dicas
Veja abaixo algumas sugestões que podem ajudar a controlar melhor o tipo de conteúdo que crianças têm acesso na internet. Apesar de muito úteis, os especialistas lembram que o diálogo é sempre a melhor maneira de manter seu filho protegido.
1. Estimule seus filhos a compartilharem as experiências deles na internet com você. Navegue
na rede com ele. Conhecer a internet é a melhor forma de ajudar seu filho a evitar as armadilhas. Colocar o computador em uma área movimentada da casa também pode facilitar seu controle sobre o que
ele acessa
2. Ensine seus filhos a confiar em seus instintos. Se algo online os deixa nervosos, eles devem dizer isso a você
3. Se seus filhos visitam salas de bate-papo, utilizam programas de mensagem instantânea, jogos online ou outras atividades na internet que solicitam login e senhas para identificação, ajude-os a escolhê-las e oriente-os para que eles não revelem qualquer informação pessoal
4. Insista para que seus filhos nunca divulguem endereço, número de telefone, escola onde estudam ou qualquer outra informação pessoal. Explique que pessoas mal intencionadas podem utilizar essas informações
5. Ensine seus filhos a diferença entre o que é bom e o que é ruim na internet e compare com situações do mundo real. Mostre para eles que, da mesma forma que na vida real, existem pessoas boas e ruins na rede
6. Mostre aos seus filhos como respeitar os demais online. Certifique-se de que eles saibam que as regras de bom comportamento não mudam somente porque estão em uma máquina
7. Insista para que eles respeitem a propriedade dos outros que estão online. Explique que realizar cópias ilegais do trabalho de outras pessoas (música, vídeos, jogos e outros programas) é roubo
8. Diga aos seus filhos que eles nunca devem marcar um encontro pessoal com amigos virtuais. Explique que os amigos online podem não ser quem dizem que são
9. Ensine a eles que nem tudo o que leem e veem online é verdade. Estimule-os a perguntarem, se não estão seguros da veracidade das coisas na rede
10. Controle a atividade online dos seus filhos com softwares avançados de internet. A proteção infantil pode filtrar conteúdo prejudicial, supervisionar os sites que seu filho visita e averiguar o que ele faz neles. Acima de tudo, oriente-o sempre sobre os perigos da internet . Fonte: ONG SaferNet
"Se você perguntar a um intelectual brasileiro quais são seus artistas preferidos, ele responderá: Guimarães Rosa, Joyce, Kafka, Volpi, Bergman, Glauber Rocha, Caetano e Chico. Nem Villa-Lobos ou Stravinsky vão passar pela cabeça dele. A música erudita de nosso tempo não existe para a classe culta brasileira." Esse diagnóstico preciso foi fornecido pelo compositor Gilberto Mendes.
Ele indicava uma estranha ausência no "sistema nacional das artes": a ausência de debate e interesse pela produção musical das últimas décadas.
Haverá céticos que dirão que temos uma música popular que é estudada
Não se trata de reeditar aqui uma querela bizantina entre música popular e erudita, mas é inegável que algo acontece quando um país é incapaz de ver, em uma música que não seja a popular, um momento fundamental de sua reflexão cultural. Da mesma forma que algo de peculiar aconteceria se um país reduzisse seu sistema literário à produção de crônicas.
VLADIMIR SAFATLE é professor do departamento de filosofia da USP FSP 23/10
Se não se encolhe nem se arrepia, um sujeito que está de fora jura que há safadeza no caso.Graciliano Ramos
“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato
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